Remember When - Leah e Embry escrita por Marypl27


Capítulo 7
Capítulo 7 - Novas Sensações


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpa eu to demorando muuuuuito pra postar, mas a partir d hj isso acaba, essa é a minha promessa de Ano Novo pra vcs (:



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Leah (POV)

A imagem parou, revelando a lembrança na qual paramos. Lá estava eu, com meus 13 anos, saindo de casa vestida com uma saia babada azul clara, uma blusa branca com corujas desenhadas, meia ¾ e uma sapatilha preta com um laço na ponta; abraçando dois livros contra meu peito.

Estava caminhando rumo á minha escola, quando um garoto vestido com uma calça jeans meio acinzentada, blusa social xadrez preta aberta, mostrando uma cinza clara por baixo e um sapato branco com preto de cano alto tocou meu ombro.

Virei para ver quem era e, para minha não surpresa era Embry Call.

– Nossa, desculpa aí se te fiz alguma coisa... – ele disse sorrindo.

– Do que você tá falando Emb? – eu disse, arqueando uma sobrancelha.

– Eu to gritando seu nome faz um tempão e você nem para olhar pra traz... – ele disse, fingindo uma cara de decepção, abaixando a cabeça.

– Own, me desculpe Embb... – eu disse, fazendo um biquinho e afagando seus cabelos.

– Ta tudo bem! – ele disse levantando a cabeça do nada – Deixa que eu te ajudo com os seus livros...

– Não precisa n... – eu comecei a frase, mas já era tarde demais, ele havia “roubado” os livros da minha mão.

– Posso te fazer uma pergunta? – ele disse, enquanto olhava para o chão.

– Você acabou de fazer uma! – respondi, brincando com ele, mas percebi que ele continuava sério, então resolvi parar, não só de brincar, mas de andar também. – Pode sim.

Ele deu mais uns dois passos para perceber que eu havia parado, então parou também, e recuou os dois passos, deixando um pouco de espaço entre nós.

– Hmm... – ele disse pensativo – Sabe aquele dia... Há uns dois anos atrás... Quando você me deu um “selinho”?

– Sei... – senti minhas bochechas arderem, então ele se lembrava disso! Isso não era bom, ele se lembrava que, de uma forma bem simples, eu demonstrei não só agradecimento, mas que o amava também, por mais que ele não soubesse. – O que tem ele?

– Hmm... É só que... Desde aquele dia, eu fico me perguntando se você só fez ele por agradecimento... – ele disse, olhando no fundo dos meus olhos.

– Por que se pergunta isso? – de repente, aquele pouco espaço entre nós começou a me deixar sem ar.

– É que... Existem outros meios de se agradecer, sabe... – ele disse, e abaixou a cabeça quando chegou ao ponto em que queria. – Você gosta de mim, Lee?

Senti meu ar faltar de repente, me fazendo ofegar, e me obrigar a me afastar dele. Mas percebi que ele ficou triste com a minha reação, então, me obriguei a chegar perto dele de novo, e por fim responder á sua pergunta.

– Bom, eu nunca amei ninguém antes para saber se é amor o que sinto... – ‘Vamos Leah, você tem que conseguir, mergulha de cabeça’, puxei o ar e terminei a frase– Se quando você diz “amor”, você se refere á um sentimento que faz seu coração bater mais forte e rápido só de ver, ouvir a voz, ou até mesmo escutar o nome da pessoa, então sim, é isso o que eu sinto.

Vi um sorriso aparecer em seu rosto, ele levantou a cabeça e vi seus olhos brilhando de felicidade, mas eu estava paralisada ali, com tudo o que eu acabara de dizer, então apenas retribuí o sorriso.

Embry olhou para o relógio e mordeu o lábio inferior, não entendi o porquê, então peguei meu celular para ver que horas eram e entendi a preocupação dele, estávamos atrasados para o colégio.

– É melhor a gente correr. – ele disse enquanto pegava a minha mão e me puxava em direção ao colégio.


~*~

Quando bateu o sinal, indicando que as aulas tinham finalmente acabado, comecei a arrumar meus materiais, quando vi uma mão sobre os meus livros, me impedindo de tirá-los do chão, olhei para cima e vi Embry, e eu corei, lembrando da conversa que tínhamos tido mais cedo.

– Acho que temos uma conversa inacabada. – ele disse enquanto pegava os meus livros e colocava por cima dos do dele.

– Como assim, inacabada? – perguntei, seguindo ele para fora da sala, em direção ao meu armário.

– Ah, você sabe... – ele disse me encarando.

– Não, eu não sei. – eu disse, erguendo as sobrancelhas.

– Então vem que eu te explico. – ele disse, enquanto se virava, me deixando na frente do meu armário, vi ele desaparecer no meio das pessoas.

Joguei meus livros de qualquer jeito e sai “correndo” á procura dele, olhava em todos os lugares, mas não o achava. Desisti de procurar e saí do colégio, mas, logo ao passar pela porta, senti uma mão segurando o meu pulso direito e me puxando para longe da multidão que estava saindo do colégio.

– Se você se atrasar para o almoço os seus pais vão brigar? – perguntou.

– Se não me atrasar muito, não... – respondi, sem entender o sentido da pergunta dele.

– Então vem comigo. – ele disse, enquanto se virava e ia em direção á floresta.

Eu sei bem que garotas em sua sã consciência não entrariam numa floresta fechada acompanhadas apenas de um garoto, que escondia seus planos de você. Mas havia alguma coisa em Embry que me fazia confiar nele, então resolvi segui-lo.

– Você ta sendo bem estranho escondendo o que você quer de mim... – eu disse, enquanto me postava ao seu lado.

– Eu só quero um lugar pra gente poder conversar que não esteja repleto de olhares... – ele disse, enquanto olhava para mim. – Posso te fazer uma pergunta?

– Você já ta fazendo! – respondi, igual á primeira vez, mas desta vez, ele riu comigo. – Mas pode sim.

– Você já beijou alguém antes? – perguntou, com um tom meio preocupado.

– Não... – respondi, aliviando um pouco da tensão dele. – Por quê?

– Só para saber...

Parei de andar, igualmente á ele. Estávamos parados na mesma clareira com dentes-de-leão na qual eu me afoguei e fui salva por ele, o dando um selinho no final do dia. Vi ele diminuir o espaço entre nós e pegar nas minhas mãos. Esperava que eu perguntasse algo, e eu já sabia o que falar.

– Hoje de manhã, você perguntou se eu amava você... – eu disse, olhando no fundo dos olhos dele – Bom, acho que agora é minha vez de saber se eu sou correspondida...

Vi um sorriso se iluminar em seu rosto.

– Eu também te amo Lee... Acho que desde quando nós tínhamos idade para saber o que era amor, mas eu não sabia se era correspondido, e não tinha coragem de perguntar com medo de a nossa amizade acabar... – ele disse, e, mesmo olhando para o chão, percebi que ele estava sendo sincero

Suas mãos escorregaram para a minha cintura e me puxaram para mais perto dele, meu coração começou a bater forte ao sentir seu hálito fresco contra o meu rosto, e a única coisa que consegui fazer foi fechar meus olhos e abraçar seu pescoço com minhas mãos.

Nossos lábios se encostaram, e nossas línguas tinham a sincronia perfeita, fazendo com que apenas sentimentos bons passassem em mim, deixei todos os meus problemas e preocupações de lado.

Comecei a acariciar seus cabelos quando suas mãos subiram da minha cintura para a minha nuca, me fazendo a mesma carícia...

Mas éramos seres humanos e, infelizmente, precisávamos de ar. Nossas bocas se soltaram e ele colocou sua testa contra a minha, arfando, assim como eu.

– Agora eu entendi o que precisava ser terminado... – disse sorrindo, recebendo sua retribuição.

– É melhor nós irmos, seus pais devem estar preocupados. – ele disse, desgrudando sua testa da minha, e passando a mão pela minha cintura.

A volta para casa foi bem tranqüila, não estava escuro então não tinha por que ter medo, mas mesmo assim, fiz o favor de andar abraçada ao Embry...

Como da primeira vez, paramos na rua oposta a da minha casa, me virei para olhar para ele, mas ele já estava me olhando; aproveitou a chance e me puxou para outro beijo, exatamente como o primeiro.

– Até amanhã Emb... – me despedi, num tom triste, acenando vagarosamente para ele.

– Tchau Lee. – respondeu, no mesmo tom que eu, e ficou lá parado, vê vendo andar até em casa.


~*~

Como todas as vezes, tudo começou a perder o foco e girar rápido demais... Nos fazendo sair daquela lembrança, rumo a próxima lembrança, que eu sabia muito bem qual era. Sabia também que não estava preparada para mostrar ela...

Mas as imagens passaram direto por ela, indo cada vez mais rápido e parando no presente, me fazendo dar um pulo.



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