Remember When - Leah e Embry escrita por Marypl27


Capítulo 3
Capítulo 3 - Surpresas




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Leah (POV)

Acordei já era à tarde, olhei para o lado e para a minha surpresa Embry Call estava lá deitado ao meu lado me olhando como se estivesse me admirando ou algo do tipo.

Precisava urgentemente perguntar para ele o que tinha acontecido, o que fizeram com ele e para onde ele foi, mas não conseguia desgrudar os meus olhos do seu olhar, eu simplesmente não queria, e a única coisa que conseguiu me tirar daquele transe e me levou para outro foi quando senti sua boca encostando á minha, num beijo apaixonado.

Ficamos assim por algum tempo até que paramos e ele encostou sua testa á minha ainda de olhos fechados.

- Eles já te deram um sermão? – ele perguntou e eu simplesmente balancei a cabeça fazendo um sinal positivo, como é que quando estávamos a sós ele conseguia me deixar assim, tão... Sem palavras?.

- Devo deduzir que também já conversaram com você... – foi a única coisa coerente que se passou pela minha cabeça, e também a única que eu realmente precisava saber.

- Não. – ele disse separando sua testa da minha. – Bem... Foi mais para um monólogo, o Sam falava e eu fazia as minhas coisas como se ele não estivesse lá, e quando ele terminou, eu saí e fui para minha casa.

- Ah, sim. – abri um sorriso meio tímido e brinquei com uma mecha do meu cabelo. – Acho que deveria ter feito isso também...

- Como assim? – ele disse arqueando uma sobrancelha.

- Digamos que eu resolvi discutir com Sam e acabei perdendo quando descobri que toda a Alcatéia que foi na festa se lembrava de nós... – senti meu rosto corar, e provavelmente esse foi o motivo dele ter aberto aquele sorriso que eu tanto apreciava.

Levantei e fui até a minha penteadeira para dar uma olhada em como eu estava, e percebi que o meu cabelo não estava lá em seus melhores dias, quando peguei a escova para penteá-lo, senti uma mão tirando delicadamente a escova da minha mão.

- Me daria a honra? – ele perguntou com um sorriso meio apaixonado na cara.            .

- E você ainda pergunta? – o respondi com um sorriso.

E ele começou a pentear meus cabelos, eu não entendia o porquê dele estar ali, quer dizer, se ele queria fugir de Sam e dos sermões dele, ele teria que ficar afastado de mim, e não ao meu lado... Talvez ele tenha ido para casa transformado e algum dos garotos tenha ido atrás dele e remexido sua mente, o fazendo mudar de ideia... Ou talvez ele tivesse descoberto de alguma forma que eu botei tudo a perder e só queria me mostrar que ele não se importava com o que os outros pensavam...

Mas, por mais que ele parecesse calmo por fora, eu sabia que havia alguma coisa incomodando ele, havia uma dor em seus olhos que me lembrava vagamente do dia em que Sam o obrigou a acabar a suposta amizade que Emb tinha comigo...

- Será que eu posso saber no que está pensando senhorita Clearwater? – ele perguntou, cortando minha linha de pensamento.

- Só em algumas coisas que eu não entendo... – eu disse esperando ele argumentar alguma coisa, e quando percebi que não falaria nada, prossegui – Quer dizer... Por que você está no meu quarto, já que está tentando fugir do sermão do Sam? – eu perguntei meio confusa.

- Humm... Bom, creio que por mais eu queria fugir de um belo sermão, eu não vou deixar você passar por isso sozinha e também... – ele parou de falar mordendo o lábio inferior, como se tivesse dito alguma coisa a mais.

- E também? – arqueei uma sobrancelha para ele, meio desconfiada.

- E também que quando eu voltei, tive a infeliz ideia de entrar pela porta da frente, pensando que todos já tinham ido embora... E os caras falaram que queriam conversar com nós dois ao mesmo tempo... E eu disse que tudo bem, e que levava você lá para baixo. – ele disse num tom meio culpado e eu não me agüentei, pulei da cadeira e empurrei ele de leve.

- Como assim a gente vai conversar com eles, Emb, eles vão ficar perguntando coisas do nosso passado, não acredito que você aceitou isso, aposto que depois você vai aproveitar que todo mundo já sabe e espalhar para La Push inteira que você conseguiu conquistar a Leah Clearwater, como se eu fosse um prêmio e, e... – não consegui completar a frase, meus olhos se encheram de lagrimas só por pensar que eu estava sendo usada por um cara que disse me amar por 8 anos...

Então ouvi Embry dizer ‘Me desculpe’ em um sussurro tão baixo que eu não ouviria se não fosse a minha audição aguçada, então abri os olhos e o vi sentado na cama com uma de suas mãos apoiando o rosto e a outra apoiada em sua coxa, nesse momento percebi que aquilo que eu disse tinha sido mais doloroso para ele do que o que ele disse para mim, então abaixei a cabeça, envergonhada e fui andando lentamente até ele, e depois sentando ao seu lado e o encarando.

- Me desculpe, eu não quis dizer aquilo... – perdi a fala quando seus olhos cheios de lágrimas se encontraram aos meus.

- Eu só achei que seria mais fácil para nós dois caso eles descobrissem logo de tudo... – selei as palavras dele com um beijo não muito demorado.

- Você tem razão, uma hora a gente ia ter que “oficializar” – falei enquanto dava um sorriso e ele me correspondeu. – Então... Você tem alguma idéia sobre o que eles querem saber?

- Não, eu não prestei muita atenção ao que eles disseram, só queria ver como você estava. – ele me disse dando um sorriso meio fraco.

- Bom, então acho que quanto mais cedo descermos, mais cedo descobrimos, não concorda? – eu disse enquanto levantava da cama e estendia as mãos convidando ele a vir também.

Dito isso, Embry se levantou, passou o braço em minha cintura e me deu um beijo estralado na testa. E nos pomos a andar para fora do quarto.

Ao chegar ao topo da escada, olhei para baixo e engoli a seco, todas as pessoas da festa e do Conselho nos encararam com cara de reprovação, menos meu irmão, que olhou enfurecido para mim, como se eu tivesse feito a maior burrice de toda a minha vida...

Meu coração começou a bater forte, e ouvi um outro que batia ainda mais forte que o meu, percebi que era o do Emb. Olhei para ele e ele me olhou, me apertando ainda mais no seu abraço, talvez para mostrar que estaria lá comigo, não importa o que acontecesse...

Mas não tínhamos outra escolha a não ser descer as escadas, já que caso déssemos meio volta e fugíssemos para o quarto, eles iriam atrás de nós. Então nós fomos, descendo degrau por degrau, e tudo o que acontecia a minha volta começou a passar em câmera lenta, nunca pensei que um minuto poderia demorar tanto tempo quanto naquela hora.


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