O Chat escrita por Labi
Notas iniciais do capítulo
A.N: Eu nem sei por onde começar a explicação... Este mês tem sido um INFERNO e ainda só vamos no 12º dia. Quero dizer, os meus professores pensam que não tenho nada melhor para fazer do que trabalhos e apresentações. Para melhorar a situação as minhas colegas querem fazer uma espécie de filme sobre Fernando Pessoa para português. ADIVINHEM QUEM É QUE VAI ESCREVER O GUIÃO?
É, eu. Acertaram.
Acho que ficou demasiado aos saltos porque eu não sei escrever cenas a acontecer ao mesmo tempo. Fuq da police.
Alfred entrou na cozinha e seguiu Peter por um corredor até encontrar umas escadas:
"Eu vou procurar aqui no piso de baixo e tu lá em cima." cantarolou Peter. E antes que Alfred pusesse contra-argumentar, começou a correr e desapareceu da vista do americano.
"Damn it."
Alfred subiu as escadas lentamente e em silencio á procura de algum barulho que denunciasse a presença de seres sobrenaturais. Quando subiu o ultimo degrau, Alfred não pode deixar de admirar aquilo que ele suponha ser a sala de estar dos nórdicos.
Uma sala enorme com janelas igualmente grandiosas que deixavam passar os raios de luar e davam um aspecto angélico ao lugar não fosse os lençóis e abóboras pendurados por todas as paredes.
Passou por uma das grandes janelas e olhou lá para fora distraído. O seu coração de um pulo quando viu Arthur sentado no chão que parecia estar a falar sozinho enquanto um vulto preto com uma foice na mão se aproximava atrás dele. A adrenalina apoderou-se dele e num acto irracional, voltou para trás e começou a correr em direcção ás escadas até que bateu contra uma coisa dura.
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"Sapo retardado, achas que isso é uma boa ideia?"
"Por favor mon ami. Afinal de contas ainda estás a dever-me favores."
"Nem pensar! Porque não vai o Matthew para tua casa depois da festa?"
"Que diferença te faz? O Alfred acaba sempre na tua casa, quer o Matt fique na minha quer não."
Arthur massajou as têmporas frustradamente. Depois das duas pestes terem entrado na casa, ele tinha-se sentado no alpendre à espera que Alfred voltasse a correr cheio de medo, como sempre faz. Acontece que do nada, tinham aparecido alguns dos seus amigos, nomeadamente Francis, Feliks , Dan, Norge, Tino e Kiku a dizer que a sua missão agora era assustar os grupos que faltavam. Todos entraram pela casa a correr e Francis excepto Francis que começou pedir a Arthur para deixar que Alfred ficasse em sua casa porque queria "partilhar momentos carinhosos com Matt".
A discussão tinha continuado, como sempre, e após alguns empurrões o britânico acabou por tropeçar na manta e caiu de traseiro.
Francis ria-se a bandeiras despregadas ao ver Arthur todo vermelho, embaraçado. Mas rapidamente parou ao ver alguém aproximar-se. Fez um sorriso malicioso e disse ao outro loiro:
"Como queiras Angleterre... Agora vou lá dentro assustar as crianças." voltou-se, levantou uma mão e em passos rápidos entrou pela porta das traseiras por onde os restantes já tinham entrado.
Arthur ainda protestou e proferiu alguns palavrões mas sentiu um arrepio na espinha, aquele pressentimento que tem alguém a observar. Voltou-se e deparou uma figura enorme, toda vestida de preto com a excepção de uma mascara branca uma enorme foice na mão esquerda.
E não, o grito que ele deu não foi de medo! Foi... de espanto.
Francis assistia a tudo lá de dentro reagiu ao impulso de fazer pipocas e assistir ao desenrolar da noite.
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Quando Alfred abriu os olhos viu que tinha batido contra alguém quase do seu tamanho. E esse alguém tinha uma mascara de plástico tipo Fantasma da Opera e uma faca na mão, entrou em estado de pânico. Sem saber exactamente o que fazer, Alfred gritou e começou a correr também sem saber para onde.
"Assim não tem piada!" disse Dan ao sair de trás da pessoa mascara "Eu nem sequer lhe atirei com tinta vermelha!"
Berwald suspirou, tirou a mascara e passou a faca para Dan:
"Eu sabia que isto ia acontecer. Agora temos de encontrar Peter e dar-lhe a pista."
"Isto foi má ideia." comentou Norge ao passar pelos dois e percorrer toda a sala para chegar ao outro corredor.
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Após quase 10 minutos de pura agonia e de um dilema interno grandioso (ou esconder-se ou ver se Arthur estava bem) Afred reparou que as luzes de toda a casa se tinham acendido.
"Hey Alfred? Podes voltar, vamos parar com isto." a voz de Tino ecoou pelo quarto. Com que raio ele tinha dado com o quarto do finlandês?”
Alfred saiu debaixo da cama e viu que na porta encontrava-se um grupo de pessoa que ele certamente não esperava. Sentiu a sua cara a ficar vermelha mas tentou ignorar.
"Alfred!" chamou o pequeno Peter, já sonolento, que se encontrava no colo de Tino "Eu já tenho a pista!"
"A pista? Que... O ARTHUR?" a adrenalina tinha voltado "Ele-ele tinha um fantasma atrás dele! Eu vi pela janela! Ele-"
"Alfred... Nós achamos que ele foi levado pelo fantasma..." comentou Fracis num tom falsamente preocupado.
"Ele está bem?"
"Nem sabemos se ele sobreviveu seu idiota. O Berwald tentou dizer que tínhamos dado pela ausência da Princesa mas tu começaste a correr."
Alfred’s POV
Eles estavam a brincar...certo? Não havia forma de eles estarem a falar a sério. O Arthur tinha sido raptado por um... por um... fantasma! Fuck! Eu sou um herói claro, posso perfeitamente salvar donzel- pessoas em apuros... M-m-mas fantasmas...
"Alfie apanha!"
Virei-me para Peter mesmo a tempo de apanhar um papel enrolado.
"Ele vai ficar cá em casa, já passa da hora de ir dormir..."
Certo, Berwald tinha razão... M-mas isso significa que tenho de ir procurar o Arthur e o f-f-fantasma sozinho? Oh não...
"Agora fica á tua escolha. Ou procuras a Princessa ou então encontras o tesouro."
Francês idiota. É claro que vou procurar pelo Arthur primeiro... p-p-porque... Ele... Ele pode estar ferido, ou pior...
"Se calhar o fantasma raptou-o e agora vai totalmente fugir com ele e com o tesouro."
Acenei afirmativamente a Feliks. Maldito f-f-f-fantasma.
"Já chega disto! A cada segundo que passamos o Arthur pode estar a ser t-t-t-torturado. EU VOU SALVA-LO!"
POV Normal
O americano saiu a correr e quando se certificaram que ele estava longe, todos relaxaram ligeiramente e começaram a rir.
"Mas mamã não fomos mau para ele? Afinal o Tio Ice não vai fazer nada de mal ao Arthur..."
O finlandês sorriu para o seu "filho" e deu-lhe um beijo na testa.
"Nós sabemos... foi só para nos divertir."
"Então vocês não vão para casa do Ivan?" perguntou Francis.
"Não..." responderam em unissono Berwald, Tino e Norge.
"Nooorge, seu desmancha-prazeres!" disse amuado Dan mas foi prontamente ignorado.
"Eu não queria ser chato, mas temos de ir para a casa do Vash ver o grupo do Ludwig já chegou lá..."
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Lovino estava furioso e capaz de matar alguém. Ele nem acreditava que se deu ao trabalho de procurar a pista na casa do bastardo do António, de aguentar com o amigo colorido do irmão, ter fugido a um Vash disfarçado de soldado e ainda escavar um buraco de 2 metros para encontrar um báu cheio de...penas gigantes.
Vash e Ivan estavam agarrados á sua barriga de tanto rir. Eles esperavam uma má reacção, mas não tão má assim.
Lovino, completamente vermelho tanto do esforço como embaraço, ia começar a proferir maldizeres quando António saiu pela porta acompanhado por Lily.
"Ah Lily... isso foi verdadeiramente uma boa partida."
Lovino engoliu em seco. Ele não largar a sua fúria numa garota tão doce... Mas Luciano podia ter a certeza que as coisas não iam ficar assim...
"Vamos agora esperar pelas pessoas que faltam." anunciou Ivan, que ainda tentava controlar o riso.
O grupo concordou e alguns deles sentaram-se pela relva a conversar.
"Elizaveta! O Kiku mandou sms a dizer que o plano tinha corrido como planeado, seja lá que plano for." gritou Gilbert enquanto olhava para o seu telemóvel.
Um sorriso malicioso apareceu nos lábios da húngara.
A noite ia ser melhor que o planeado.
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O vulto com a mascara revelou rapidamente ser uma tentativa falhada de pregar um susto.
Arthur rapidamente tinha percebido que era uma pessoa disfarçada. Ainda para mais tinha lhe pedido para o seguir até ao fundo do jardim onde seria suposto esconder-se.
Arthur não sabia do que se estava a esconder mas mesmo assim seguiu o estranho que quase corria pelo jardim desconhecido.
Por culpa da sua longa manta voltou a tropeçar, mas desta vez caiu de queixo e rasgou um pouco a manga da camisola.
"Fuck..."
"Hum... As luzes da casa acenderam."
“Essa voz!” pensou o loiro “ Só pode ser o Ice!”
Ele tinha razão quanto ás luzes acesas. Isto significava que Alfred e Peter tinham encontrado a pista?
"ARTHUR!" ouviu se a voz do americano por toda a rua.
"Falando no diabo." pensou Arthur.
Ele ouviu o barulho de folhas secas a serem calcadas e sentiu os seus pulsos presos.
"Isto é rápido e não dói. Eu vou me já embora."
Antes que Arthur tivesse tempo de dizer 'scones', Ice tinha-lhe amarrado os pulsos e saltado o muro para o outro lado. O inglês, que continuava no chão, tentou sentar-se e entretanto ouviu a voz do americano de novo:
"ARTHUR!"
"ESTOU AQUI IDIOTA!"
Ele ouvia os passos de Alfred aproximarem-se e em menos de dez segundos o americano conseguiu encontra-lo no meio do jardim, cheio de terra na cara , com a camisola rota e sentado no chão. Não havia sinais de sangue, Alfred notou.
Arthur sentiu um peso a embater contra si:
"AARTIE ESTAS BEM? FIZERAM-TE MAL?" o americano gritava-lhe aos ouvidos ao mesmo tempo que o abraça de tal forma que Arthur nem conseguia respirar.
"N-não consigo respirar seu idiota. E-e ajuda-me! Tenho as mãos presas!"
Sem tirar uma mão das costas do britânico, Alfred conseguiu sem problemas tirar o nó que tinha a corda. Instintivamente, voltou a apertar Arthur contra sim e pousou a cabeça no pescoço do inglês.
"Haha... Que susto me pregaste!" disse, com uma gargalhada falsa "Eu pensei que o f-f-fantasma te t-t-tivesse raptado."
"F-fantasma?" respondeu Arthur ao mesmo tempo que tentava combater aquela sensação estranha que tinha no estômago cada vez que Alfred estava por perto.
"Sim! E-eu vi-te da janela. O f-f-fantasma tinha um foice e tu estavas distraído e eles dizeram-me que tinhas desaparecido e eu-"
Os braços de Arthur enlaçaram-se á volta das costas do americano, sem aviso.
O inglês apercebeu-se que Alfred tinha interpretado, como sempre, mal a situação. E ele sabia o medo que o amigo tinha desses seres sobrenaturais. No fundo, bem fundo, ele sentia-se privilegiado pelo facto de Alfred, mesmo tendo terror destas coisas, tivesse coragem para o procurar...
Ele ainda sentia o americano tremer nos seus braços, mesmo não sabendo se era de frio , medo ou restos de adrenalina, Arthur começou a sussurrar o que tinha verdadeiramente acontecido e de como o fantasma era na verdade um dos nórdicos a fazer uma partida.
Os músculos de Alfred começaram a relaxar e ele deixou de tremer. Arthur afastou-se ligeiramente do americano mas rapidamente o agarrou de novo fazendo com que a cabeça de Alfred batesse contra o seu peito.
"O Francis perguntou se te importavas de dormir em minha casa."
"Hey! Não devia perguntar antes se podia dormir na MINHA? Eu tenho de ter uma conversinha com o Matt."
Arthur deu uma gargalhada e soltou Alfred:
"Afinal de contas o sofá está reservado para ti."
"E tu a-a-chas que eu vou conseguir dormir depois disto tudo?"
Arthur voltou a rir-se e levantou-se, rasgando a manta durante o processo.
"Damn..."
"Acho que temos de ir encontrar o tesouro..."
Arthur suspirou fundo. A noite ainda nem a meio ia.
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Desculpem-me o facto do cap ter ficado cheio de POVs e cenas diferentes (e já agora também a fraca ideia do conteúdo do tesouro) mas foi só uma tentativa de não enrolar mais a história... A falta de tempo tem me matado... Escrevi um pouco à pressa e portanto deve tar cheio de erros gramaticais e concordância. Se virem algum muito berrante por favor digam.
Eu disse que ia ter mais algum contacto usuk, mas achei melhor deixar para o próximo cap. Spoilers á parte, é mais ou menos previsivél o que vai acontecer não?
Já agora, obrigada por todos os simpáticos e queridos reviews que têm deixado. :3