O Chat escrita por Labi


Capítulo 13
Capítulo XIII - Better than Today


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo deveria ter sido escrito no dia seguinte ao anterior, mas devido ao facto de ter sido a campanha eleitoral para a associação de estudantes na minha escola (e eu faço parte de uma das listas) acabei por enrolar, enrolar e deixar para cima da hora. Acontece também que normalmente faço update uma vez por semana, então para não quebrar de certa forma essa rotina, escrevi metade do capítulo. Em suma, falta ainda a outra metade e a parte da festa na casa do Ivan para o Arco do Halloween ficar terminado.



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Norge tinha vontade de fazer uma das duas coisas: ou espancar Francis ou matar Dan. E a sua mente inclinava-se mais para a segunda opção.

O comportamento demasiado excessivo e afectivo do dinamarquês era algo com que ele já estava habituado a lidar, para aborrecimento dos outros norte europeus que conviviam com o dois diariamente, mas ter de aguentar com ele influenciado pelo Francis já era outro assunto totalmente diferente.

Francis era uma boa pessoa, ou pelo menos Norge tentava acreditar que sim, mas se ele contasse mais alguma piada pornográfica a violência teria de ser usada.

"Eu não consigo resolver isto!" reclamou Dan enquanto coçava a cabeça.

"Pelos vistos é um enigma para pessoas inteligente." cortou de imediato o norueguês.

"És sempre mau para mim Norge!"

Francis olhava para os dois intrigado e ,sem que desse conta, começava a "cantar mentalmente" a famosa musica de Elton Jonh  -"Can you feel the love tonight". Ele sorriu para si mesmo. Sempre que essa música despertava na sua cabeça só poderia significar uma coisa: que o seu tão infalível "Radar de l'amour" tinha começado a funcionar. Isso deixava-o aliviado porque o francês tinha  achado que o radar estava a começar a ficar estragado pois cada vez que via Arthur falar com Alfred, o radar disparava, mas eles ainda não estavam juntos.

Ele fez uma nota mental para depois falar com a húngara sobre este seu dom

"Posso voltar a ver o papel?" perguntou a Norge.

O loiro passou-lhe o papel e Francis tentou procurar alguma coisa que denunciasse o lugar onde estaria o tesouro. O papel tinha apenas uma sequência de riscos pretos e brancos que pareciam um código de barras.

"Esse desenho é estúpido!" continuava-se a queixar o dinamarquês.

"Não mais que tu, não te preocupes."

"Pelo menos eu tenho formas definidas." disse, fazendo musculo com o braço "Tenho músculos bem definidos."

"Pena que o teu cérbero não seja definido."

"Ou se tem beleza ou inteligência."

"É discutível."

"Parem!" gritou Francis "O raio da música não me sai da cabeça!"

Os dois norte europeus trocaram um olhar rápido e depois olharam para Francis e perguntaram ao mesmo tempo:

"Que musica?"

Francis suspirou e levou uma mão á cabeça:

"Esqueçam. E se fossemos perguntar mais dicas á 'organização' ?"

"Boa ideia, a Elisabeta deve poder ajudar."

##

Mal saíram do cemitério viram que Tino e o resto do seu grupo também estavam a falar com Elisabeta. Quando os alcançaram, Feliciano chegou-se para perto de Francis e comentou:

"Nós desistimos..."

"Porquê?"

"Porque... porque..."

"Porque a pista é totalmente estúpida!" respondeu  Feliks que tinha um fato de espantalho e usava uma mascara de abóbora.

"Assim não tem piada!" respondeu Elisabeta amuada.

"Nós também desistimos." informou Norge ao passar o papel do "código de barras" para a hungara.

"HEY!" gritou o dinamarquês "Quem concordou com isso!"

Norge encolheu os ombros e respondeu-lhe no mesmo tom sem emoção de sempre:

"Eu."

"Fraaaaaaancis! Não o deixes fazer isto! Eu quero encontrar o tesouro!"

"Mon ami, para te ser sincero estou com demasiadas dores de cabeça para pensar."

"Norge! Seu...seu monstro sem coração!"

O norueguês esboçou um sorriso sarcastico e Tino rapidamente interveio:

"Pronto, pronto... Dan podes ficar connosco a ajudar a assustar os grupos que faltam..."

"Sim! Sim! Eu quero também assustar o Ludwig!"

"Isto vai ser totalmente desastroso..."

Elisabeta tentou demove-los da ideia, mas não conseguiu. Ela suspirou e encolheu os ombros. Afinal, ainda tinha mais dois grupos a jogar.

"Ói, que raio de desenho é esse?" perguntou-lhe Gilbert ao tentar ver o que ela tinha na mão.

"Foi a pista que eu fiz." respondeu, com um olhar ameaçador.

"Isso é o que?"

"Um piano. Era suposto eles irem buscar a peça do mapa que faltava a casa do Roderich."

O albino começou a rir-se mas ao ver a cara dela tentou parar.

"Q-q-que foi?"

"É que... Se eles fossem até casa do Roderich eu tinha uma desculpa para ir também... Eu já não falo com ele á tanto tempo…"

Gilbert fez uma careta.

"Tch.Como se ele alguma vez quisesse falar com alguém tão pouco interessante como tu."

No momento seguinte, Gilbert começava a pensar na possibilidade de controlar aquilo que dizia, caso contrário ia passar a noite toda a apanhar com uma frigideira na testa.

##

"Alfred..."

"MAS EU VI!"

"Alfred!"

"NÃO DEIXES QUE ELE TE APANHE!"

"SAI DE CIMA DE MIM!"

"Promete-me que tomas cuidado…”

Arthur tentou respirar fundo apesar de ter Alfred deitado em cima dele.

"Prometo."

Alfred levantou-se e agarrou-se ao braço de Arthur.

"Odeio fantasmas..."

"Não existem fantasmas Alfred." Disse-lhe com um sorriso Peter enquanto lhe dava a mão.

"Existem sim! O Arthur fala com eles!"

"Fadas são diferentes de fantasmas ou espectros."

"É tudo igual!"

Arthur ignorou e continuou a procurar por todas as cruzes o papel que tinha a pista. Kiku tinha-os feito ir quase até á parte mais longínqua do cemitério e  como Alfred tinha começado a entrar em pânico, acabou por empurrar Arthur para o chão porque ,segundo ele, tinha um fantasma atrás do inglês.

Dito inglês estava agora a achar que toda esta procura no cemitério era apenas um teste á sua paciência. Agarrado ao seu braço direito, tinha um americano enorme que tremia tanto de frio como de medo (Arthur nunca admitiria, nem em mil anos, que nem se importava que Alfred estivesse ali) , a caminhar ao lado de Alfred ia Peter que estava constantemente a falar e a fazer piadinhas sobre como ele era mais corajoso que Alfred.

Após mais de 5 minutos de procura, Peter conseguiu encontrar a pista e levou-a até Arthur para poderem analisar.

“Isto é um peixe?” perguntou Alfred ao tentar perceber o que era o desenho.

“Hum…Bacalhau!” gritou aos saltos Peter.

Arthur fez um sorriso maléfico.

“Só há uma pessoa que gosta imenso de bacalhau. Parece que tenho ir visitar o meu velho amigo.”

“he? Não sabia que eras amigo do tio Norge.”

O britânico ficou por momentos a olhar para Peter para tentar perceber aquela  afirmação e rapidamente sorriu para a pequena nação.

“É isso! És capaz de ter razão.  Vamos a casa do Norge então.”

“Artie isso fica longe. E eu tenho fome.”

“Tu não tens cinco anos pois não?”

Alfred fez biquinho de amuado mas apertou o braço do britânico ainda mais, deixando-o ligeiramente atrapalhado. Á frente deles os dois, Peter ia a cantar alegremente:

“London bridge is falling down, falling down, falling down. London bridge is falling down, my fair lady..”

##


Sealand continuou a cantar até chegar a casa, para irritação do inglês. Os nórdicos partilhavam a mesma habitação e como nenhum dos elementos do grupo tinha visto o Berwald ou o Ice perto do cemitério, Arthur acreditava que um dos dois estaria em casa para os receber.

“Vamos pela porta das traseiras. O tio Dan costuma fechar sempre  a porta da frente.”

Tal como Peter previu, a porta das traseiras estava aberta, mas as luzes da cozinha estavam apagadas. Arthur e Peter apressaram o passo para entrarem na cozinha deixando Alfred ainda parado a meio do caminho.

“A-a-rthur, não seria melhor deixar o Peter entrar e procurar a pista por nós? Ele conhece melhor a casa e portanto era mais rápido… Acho que só iríamos atrapalhar não? Eu posso ficar aqui fora á procura…”

“Não sejas idiota. Ele é quase tão inútil como tu ,nunca conseguiria encontrar a pista.”

“HEY, EU NÃO SOU INUTIL! E ALÉM DISSO NÃO SOU COBARDE COMO O ALFRED!”

“Seu- Eu não sou cobarde!”

“Então prova!”  Peter mostrou a língua a Alfred.

Arthur riu-se e compreendeu onde Peter cria chegar.

“E-eu vou contigo lá dentro então.”

“Óptimo. Então eu fico cá fora. Não tem problema pois não Peter? O Alfred vai contigo caso precises de alguma coisa.”

O falso sorriso corajoso de Alfred vacilou mas ele não deu parte fraca e avançou para dentro da cozinha escura, decorada com abóboras e adornos de halloween, e que á semelhança da casa de António, tinha um rádio ligado que emitia barulhos assustadores.

Peter e Arthur olharam um para o outro em descrença e ao ver a expressão de Arthur, Peter disse-lhe com um sorriso traiçoeiro:

“Não te precisas de te preocupar! Eu tomo conta dele! Afinal, eu moro aqui e conheço bem a casa.”

“E-e-eu não estou preocupado.”

“Claro que não.” Pela segunda vez , Peter pôs a língua de fora, e antes que Arthur pudesse reagir correu para a cozinha enquanto gritava para que Alfred esperasse por ele.

No fundo, bem lá no fundo, Arthur estava só ligeiramente preocupado. Ele sabia que Alfred cometia estupidezes quando estava assustado com medos demasiado irracionais. O britânico suspirou e encostou-se á parede, agarrando a sua capa para se tentar aquecer, agora que Alfred não estava agarrado a ele, já não era tão quentinho… Enquanto tentar desviar os seus pensamentos do americano barulhento, a música que Peter tinha cantado invadiu-lhe a mente.

“Damn those brats…”


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Notas finais do capítulo

E não foi só o Arthur que ficou a cantar mentalmente a "London Bridge" o dia todo...