O Chat escrita por Labi


Capítulo 12
Capítulo XII - Night Eternal


Notas iniciais do capítulo

A.N: Foi difícil escolher quais os países a participar neste capítulo
Acho que não será problema porque bem, está indicado que poderá conter 'linguagem imprópria', mas quero alertar de qualquer das formas para a linguagem do Lovino. Mas nada de muito chocante ou que não estejam habituados a ouvir diariamente. Como normalmente não tenho o hábito de escrever calão a menos que totalmente necessário... Sei lá... É estranho.
Peço desculpa também pelo fail que vão ser as falas do Luciano (Brasil), eu tentei escrever da mesma forma que vocês (porque bem... ia ficar estranho se ele falasse como o Afonso né?)



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"Eu tenho uma surpresa a anunciar!" disse uma Rapuzel sorridente enquanto um diabo e uma múmia mantinham expressões de indiferença em contraste com as do resto do grupo que variavam de puro espanto a puro terror.

"Não olhem assim para mim! Se não fizesse isto, não teria piada! Kiku?"

Ao ouvir o seu nome, a múmia deu um passo em frente:

"Nós decidimos fazer uma caça ao tesouro. Para isso escondemos as diferentes peças do mapa e pistas não só pelo cemitério todo como também por todas as casas e habitantes desta rua."

"Como é isso?" disse Francis, que vestia um uniforme de polícia, enquanto levantava uma sobrancelha.

"Vocês vão ficar por grupos e nós vamos começar por distribuir uma dica diferente a cada grupo para não irem para a mesma direcção. Depois de terem encontrado o tesouro e do jogo ter terminado, vamos para casa do Ivan como planeado."

Ao ver o seu nome mencionado, Ivan sorriu e ajeitou o seu chapéu de Super Mário.

"Estão prontos? Vamos fazer o sorteio dos grupos!"

"Já devíamos ter começado! Se não fosse por determinadas pessoas terem chegado atrasadas..." sibilou Arthur ao olhar de lado para Alfred, que o ignorou totalmente.

"Está toda a gente?"

"Sim! Despacha isso! Eu quero provar a toda a gente o meu poder!" disse um pequeno cowboy hiperactivo que se encontrava de mãos dadas a um fantasma finlandês.

"Alguém me explica como esse pequeno veio aqui parar?" perguntou Russia

"PEQUENO? EU SOU GRANDE! SOU MUITO MAI-"

"N-nós trouxemo-lo connosco para ele se divertir um bocadinho." Desculpou-se Tino enquanto tapava a boca a Peter e este se debatia e puxava a comprida capa de Batman do Dan..

"O Arthur não vai gostar muito disto." Segredou Alfred a Matthew. O canadiano vestia um uniforme castanho de explorador e segurava um urso polar de peluche e abanou afirmativamente a cabeça.

"Hey tenho aqui o saco, posso tirar os nomes?" gritou Gilbert.

"Sim, faz lá isso de uma vez!" gritou de volta o pirata sul italiano.

"Então, os grupos são de quatro pessoas. A staff do jogo somos nós." Disse Elisabeta enquanto apontava para ela própria, Kiku, Gilbert e Ivan. "Vou começar a tirar."

Ela começou a remexer no saco enquanto o grupo observava atentamente.

"Então, grupo 1... Norge."

O norueguês, que estava vestido de cavaleiro manteve a sua expressão estática que rapidamente se tornou numa careta quando Elisabeta anunciou:

"Dan!"

O dinamarquês agarrou em Norge pelos ombros enquanto lhe gritava:

"FICAMOS NA MESMA EQUIPA!"

Elisabeta sorriu e pegou em mais um papel:

"Francis."

O pseudo-polícia sorriu e atirou-lhe uma rosa, que para desagrado de Gilbert, a deixou bastante corada.

"E-e-eu tiro agora os nomes, porque eu sou AWSOME!" ele tirou rapidamente o saco das mãos da húngara, quase não tendo tempo para se desviar da frigideira.

"Grupo 2: Arthur! Peter! E... Alfred!" anunciou, atirando os papeis ao ar e desta vez apanhando com a frigideira na nuca.

"NÃO! POR FAVOR MUDEM!" pediu em desespero o britânico ao ver o seu companheiro de equipa colocar o braço pelo seu ombro (no caso de Peter, agarrar-lhe a perna).

"Com que então vais passar o Halloween a fazer de babysitter hein?" provocou Francis.

"Tch..."

"Eu sei que odeias ter de concordar comigo." Disse-lhe enquanto piscava o olho.

“Arthur vai ser divertido!"

"Pois vai!" disse entusiasmado Peter ao dar um "high five" a Alfred.

Arthur limitou-se a suspirar fundo e levar a palma da sua mão á testa. Ia ser uma noite muito longa.

"Continuando!" gritou Elisabeta para chamar a atenção de toda a gente e se desviava de Gilbert que rebolava no chão com dores -  "O próximo grupo é: Feliciano...Feliks e...Tino!"

Feliciano tinha ficado um pouco triste por não ter calhado no mesmo grupo que Lovino e Ludwig, mas ele também gostava imenso da companhia de Feliks e de Tino. Ao chegar ao pé deles, fizeram um grito de guerra improvisado e então Elisabeta voltou a falar:

"Então o ultimo grupo, o grupo quatro, são as pessoas que sobram: Ludwig, Lovino e... hum... Matthew."

"Quem?!" responderam todos em uníssono.

O canadiano suspirou. Havia coisas que nunca mudavam.

##

"E agora viramos por onde?" perguntou já impaciente Lovino "Eu disse que devíamos ter virado á esquerda!"

"Não era nada! Devemos estar algures próximos!" gritou de volta Ludwig, que estava vestido de estrela rock.

"Tenham calma." pedia inutilmente Matt "O Kiku disse que a nossa primeira pista ficava ao pé de uma cruz preta na parte central do cemitério certo?"

"E se esse peixe cru nos enganou?!"

"Ele não faria isso."

"Então a culpa de nós não encontrar o mapa é tua! Seu devorador de batatas inútil!"

Os três tinham chegado agora ao centro do cemitério e procuravam o papel que teria a primeira pista para depois conseguirem encontrar a parte que faltava do mapa. Matthew e Ludwig procuravam silenciosamente em todos os cantos e lugares onde seria mais provável estar a pista, mas Lovino continuava a reclamar e a queixar-se.

Após um momento a pensar, Matt teve a ideia de procurar atrás de um vaso de flores e por sorte a sua intuição estava correcta. Um pequeno papel estava escondido no meio das várias flores. Matt pegou nele e virou-o em todas as formas possíveis.

"Um desenho? O que é isto?"

"Posso ver?" pediu Ludwig.

O canadiano acenou afirmativamente e passou-lhe o papel.

"Isto é uma...maça?"

"Passa cá isso seu comedor de batatas inútil!" disse Lovino enquanto retirava bruscamente o papel das mãos do alemão. Ficou a olhar durante alguns segundos e depois uma súbita realização apoderou-se de si:

"Não é uma maçã! É um tomate!"

"Hein?"

"É um tomate... Sorridente? E...Vestido de vampiro?"

"O que significa isso então?"

"Aquele bastardo... Quase que aposto que isto é obra do idiota do António."

Ludwig suspirou exasperado. Os irmãos italianos davam-lhe dores de cabeça:

"Isso significa que a próxima pista está em casa do António?"

"Não sei. Mas vamos lá ver. De qualquer forma eu tencionava pregar-lhe alguma partida."

"Vamos então."

"E-e-eu não acho que seja boa ideia." comentou Matt ao ver o sorriso malicioso de Lovino.

Este, ao ouvir a voz suave e calma de Matt, deu um salto e gritou a Ludwig:

"UM FANTASMA!"

E começou a correr desenfreadamente pela rua fora. O alemão não teve nem tempo de reagir á fuga do italiano, olhou para Matt para tentar perceber o que tinha acontecido.

O canadiano encolheu os ombros.

##

Lovino's POV

Eu corri em direcção á casa daquele bastardo, não por me ter assustado com o canadiano, nada disso. Apenas queria chegar lá rápido para poder fazer uma partida aquele idiota... E já agora, ensinar aquele burro a desenhar tomates. Sério, até o batateiro deve conseguir desenhar aquela merda melhor. Se bem que a caligrafia do António é bonita, provavelmente mais bonita até que a do meu irmão que por acaso é a coisa mais floreada e gay que pode existir.

Cheguei rápido ao alpendre da casa de Antonio. Enquanto esperava por aqueles dois atrasos de vida, fiquei a admirar a decoração do alpendre.

Tenho de admitir que graças a mim, esta casa ficou magnifica e bem decorada ,mas agora com todas estas idiotices de Halloween tinha um aspecto diferente e... Aquilo eram penas? Penas enormes e coloridas presas num vaso. Que raio...onde é que já tinha visto aquilo?

"Pronto, já cá estamos!" disse-me, ofegante, o meu pseudo-cunhado ou algo parecido com isso.

"A porta está aberta...Devemos entrar?" perguntou muito calmamente o loiro.

"É provável." respondi-lhes e fui á frente deles a liderar o caminho. Afinal conheço esta casa até de olhos fechados. Claro que apenas conheço porque fui EU que a mobilei com o meu BOM GOSTO e não porque passo muitas horas cá na companhia do atrasado mental do António. Nada disso.

Ao entrar pressenti logo algo errado. As luzes estavam apagadas, mas tinha algumas velas acesas e cheirava imenso a queimado. O rádio da sala tinha sido ligado mas em vez de música, ouvia-se barulhos assustadores como trovões e morcegos.

"Então era por isto que ele não quis vir ao cemitério..."

"Hum, falaste?"

Por pouco não dei um grito (Um grito de macho claro! Não um gritinho histérico do tipo Feliciano). O raio do americano assustou-me de novo. Por isso é que não gosto de americanos, fazem sempre coisas idiotas e têm hábitos estranhos.

"Não, estava a falar sozinho."

"É um dos sintomas de loucura" disse o batateiro a rir-se. Ele estava a rir-se na minha cara? A chamar-me louco? Ele passa dias inteiros com o meu irmão e ainda me chama louco?! E o António ainda me chama masoquista.

Por falar nesse parvo, tínhamos de encontrar ainda a segunda pista...

"Eu vou ao piso de cima, procurem aqui em baixo."

Subi as escadas com cuidado, não fosse a minha capa passar perto de uma vela e começar a arder. Se bem que não fazia diferença nenhuma, afinal era a roupa do António. Pois, eu tive de descer o meu nível de orgulho para lhe conseguir pedir a roupa. Ah, a cara de felicidade daquele bastardo ao ver-me com a roupa dele... Q-q-quero dizer, a cara de inveja daquele bastardo! A roupa dele fica muito melhor a mim, claro!

Ao passar perto de um dos grandes armários que tinha no corredor do piso de cima senti um arrepio na espinha...DE FRIO OBVIAMENTE! Quase que aposto que o bastardo tinha deixado a janela do meu qua- do quarto de hospedes aberta...

Ao olhar para trás para me certificar que não tinha ningué-  que não tinha nenhuma janela aberta, ouvi uns barulhos estranhos vindos do armário.

Peguei na espada de plástico que trazia comigo (se fossem ladrões podiam muito bem pensar que era verdadeira!) e tentei ouvir melhor que tipo de barulhos eram. E por pouco não tive outro ataque de coração quando ouvi vozes:

"Ouch!"

"Eu já estava aqui quando você decidiu entrar para aqui!"

"Shiiu, ele estava no corredor ainda nos ouve."

"Tinha muitos lugares para se esconder sabe?"

"Shiiiu!! Não tive tempo de encontrar um sítio melhor!"

“Sitio? Só se for o do Pica-Pau Amarelo.Podia ser que se transformasse no jantar da Cuca.”

“Tu és parvo ou quê? Chega-te para lá seu gordo!”

"Saia de cima de mim porra! EU NÃO SOU GORDO!"

"Eu não estou encima de ti idiota! Tira essa pena daqui!"

Estava a controlar a minha vontade de bater com a cabeça na parede quando ouvi a palavra "pena". COMO NÃO TINHA PENSADO NISSO ANTES? Claro que as penas tinham de ser obra do Luciano... Mais uma vez a minha teoria de que os americanos tinham hábitos idiotas era confirmada. Já no ano passado aquela criatura tinha andado com uma pena de pavão gigante a fazer cócegas a toda a gente que passava por ele. Ainda me lembro de ter sido acordado pelo estúpido do meu pseudo cunha-  pelo estúpido do Afonso a implorar ao António para o deixar dormir cá em casa porque o Luciano andava a persegui-lo. Tch.

 -Normal POV-

Romano abriu o armário e levantou uma sobrancelha ao ver Afonso encostado num canto a tentar tapar-se com o chapéu de pirata (bastante semelhante ao que António tinha emprestado) e no outro lado Luciano bastante divertido, vestido de esqueleto, a segurar numa pena verde fluorescente enquanto tentava fazer cócegas ao português.

"Ups, fomos descobertos..."

"CLARO QUE FOMOS DESCOBERTOS, TU NÃO SABES FICAR CALADO!"

"Relaxe ok? Vai ficar ainda com mais rugas se continua assim mal-humorado..."

"Importam-se de me explicar o que se passa?"

Os dois olharam um para o outro, incertos do que dizer.

"Ficaram mudos é?"

"Fala com o meu irmão, ele é que nos meteu nisto. Ele e aquela mulher assustadora."

"Bah, ibéricos são tão inúteis!" comentou Lovino

"Hey hey! Seu grande- Não fales mal da Ibéria! Pelos vistos não te importas nada de visitar a Espanha não é?"

"Aff, para quem está sempre a dizer que tenho de respeitar as outras pessoas, você não trata nada bem o seu cunhado." disse num suspiro Luciano.

Afonso fez um sorriso malicioso, ele já sabia o que estava para acontecer. Por sua vez, Lovino estava muito vermelho e com cara de quem ia matar alguém. Afonso aproximou-se de Luciano e sussurrou-lhe ao ouvido:

"Acho que devias fugir..."

Mas foi tarde demais. Lovino voltou a fechar a porta do armário e com a chave. Ia já a descer as escadas mas ainda conseguia ouvir gritos:

"POR TUA CULPA AGORA FIQUEI AQUI PRESO!"

"Ahaha, alguém nos vai tirar daqui é certo."

"QUANDO SAIR DAQUI PODES TER A CERTEZA DE QUE TE VOU MATAR!"

"Boa sorte com isso meu velho."

Quando chegou ao piso inferior viu que as luzes tinham sido acesas. Matt e Ludwig estavam a falar com António perto da entrada.

"Que raio se passou aqui?" perguntou furioso.

António olhava para ele desapontado:

"Ah Lovi... Eu queria assustar-te mas eles encontraram-me primeiro..."

"E eu encontrei aqueles dois idiotas lá em cima."

"Ohh que pena. O Luciano queria tanto assustar alguém... Hum, Lovi... Ficas tão fofo vestido de pirata~"

Lovino sentiu a sua cara quente e desviou rapidamente o olhar.

"B-b-bastardo! Agora diz-nos onde está a próxima pista!"

Ludwig levantou um papel e disse:

"Ele já nos deu. Eu e o Matt já juntamos este papel ao que o Kiku nos tinha dado e já temos o mapa."

Lovino pegou no papel e olhou com atenção e os seus olhos aumentaram de tamanho com a realização:

"A cruz onde está o tesouro fica..."

"Sim..."suspirou Matt "Fica no jardim do Vash..."

"E-e-eu tenho medo de lá ir..."

António sorriu e passou o braço pelos ombros do italiano:

"Vá Lovi, não sabia que eras tão medricas~"

Romano deu-lhe uma cotovelada no estômago e disse a Ludwig:

"Vamos para lá então?"

O alemão engoliu em seco e acenou afirmativamente, a última vez que tinha lá estado ainda era uma memória muito fresca... Saíram os três da casa do espanhol e continuaram o seu caminho para encontrar o tesouro.

António tinha ficado no alpendre a vê-los ir embora mas voltou para dentro por culpa do frio. Ia apenas fechar as janelas ao piso de cima e depois preparar-se para ir para a casa do Ivan.

Quando passou pelo armário do segundo piso e ouviu barulhos deu um grito e começou a correr feito barata tonta pela casa, deixando assim um português a ser torturado por uma pena gigante durante mais algumas horas...


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Notas finais do capítulo

Vejamos... Continuo a ser um fail a fazer POVs, peço desculpa.
E espero que não fiquem ofendidos com as "penas" eu estava-me obviamente a referir áquelas penas enormes que se vê nos fatos de samba... Achei que seria divertido se Luciano andasse a trollar toda a gente com elas.
Já agora, o trocadilho do sitio e do lugar... Aqui em pt usamos a palavra "sitio" como sinónimo de "lugar" mas segundo um amigo meu brasileiro, vocês têm um significado diferente para "sitio", dai a confusão do Luciano. (E o Sitio do Pica-Pau Amarelo fez parte da minha infância porque passava num canal cá em Pt.)
Aproveitando isto para os recados, o post que tinha de planeado para o Halloween teve de ser modificado, então vou tentar fazer um cap para cada grupo e depois um cap em conjunto do que acontece na casa de Ivan.