Marotos - Uma Nova História escrita por Sara_McGonagall


Capítulo 34
A Luz no fim do túnel




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— E você ainda pergunta? – disse ela o encarando jogando a jaqueta molhada sobre uma estante. A blusa vermelha, e o jeans completamente ensopados assim como parte do seu cabelo – Acho engraçado a sincronia de quando você decide sumir o Carrow manda os ministeriais fazerem uma vistoria nas torres...

— Como assim? Por que ele mandaria verificar as torres? – perguntou James.

— Oras... por que será? – disse ela sarcástica cruzando os braços – É obvio não é? Ele quer sua cabeça...

— Grande novidade... – respondeu ele no mesmo tom dando de ombros - ... eu estava sob a capa... ninguém me viu saindo... além disso...porque não veio Remus...ou Peter... até mesmo o Sírius...

— Deixe me ver... – disse ela fazendo cara de pensativa – Talvez porque a essa hora estão passando por uma série de torturas pra livrar seu traseiro dourado... só por isso! – respondeu ela ofegante correspondendo o olhar. Foi quando ouviu um “HamHam” vindo de um lugar atrás de si e então virou-se rapidamente – Er... me desculpe Sr. Potter... eu... eu não...

— Não... não... não se importem comigo... – disse ele achando graça  da cena - ... a propósito... muito prazer... – o bruxo então saiu das sombras e encarou Sarah -  então Jimi...essa bela senhorita deve ser a filha do Steven Perks... a qual você tanto falou... – agora ele estendia a mão - ... muito prazer Srta... Charlus Alex Potter.

— Muito prazer... Senhor... – Sarah é quem estava um tanto sem jeito - ... ouvi falar muito no Senhor... digo... meu avô...

— Ohhhh sim sim... o Sr. Warrior... muitas vezes fui aos jogos dos Falcons graças a ele... seu pai e eu costumávamos invadir o vestiário rival com a capa de invisibilidade e usar pó de urtiga na calça do apanhador.... – divagou Sr. Potter com um sorriso mas então ficara sério por alguns minutos - ... Sinto muito o que veio acontecer com eles... ainda não lhe deram noticias eu suponho... -  A garota apenas negou com a cabeça e o sorriso desapareceu de seu rosto - ... bem,  Alastor está fazendo tudo o que pode para saber o que houve... e com certeza tenho esperanças ainda de ver o sorriso daquele velhote nos campos de quadribol...  – agora ele olhou para James e novamente para Sarah com um sorriso triste - ... mas você veio do castelo... sozinha? Olha... tenho de admitir... é tão destemida quanto seu pai... – então olhou para Sarah e sorriu - ... Minha esposa tinha razão... esses brincos ficaram muito bonitos em você...

— Paiiiii.... – gemeu James mas Charlus apenas sorriu galente para o filho.

— Er.. obrigado Senhor...– disse ela sentindo o rosto corar violentamente, e então encarou James sem compreender.

— Er...Como foi que você chegou aqui? – perguntou James tentando mudar o foco da conversa – Está cheio de bruxos do ministério e suspeitos lá fora... poderiam ter... você enlouqueceu foi?

— É Potter... eu enlouqueci! – disse ela novamente voltando a ser a mesma Sarah de sempre – E boa parte é por conta das suas mancadas...

— Ela igualzinha sua mãe.... – falou Charlus quase gargalhando - ... Dorea e eu costumávamos discutir assim o tempo todo... mas devo admitir que... – Charlus levantou a mão - ... que dessa vez foi porque o chamei...

— Desculpe Sr. Potter... mas esse cabeça de vento podia ter nos contado... – disse ela cruzando os braços e cerrando os olhos - ... poderíamos te-lo ajudado a vir sem correr risco algum... nem para o senhor... e nem para ele... – então ela encarou James – Eu não vou negar... que andar por esses becos escuros... nos tempos de hoje me deixou apavorada... mas não podia deixar que algo acontecesse com vo... – Sarah ia dizer o nome de James mas parou no meio da frase -  digo... Humm... bem, a professora McGonagall e a Gryffindor vão ser responsabilizadas pelo sumiço de James... não podemos perdê-la também... – Ouve então uma comoção do lado de fora e os três ficaram em silêncio -  ... acho melhor irmos agora... Carrow deve ter descoberto que você não está no castelo e vai mandar um pelotão a sua procura... – disse ela olhando para James, então se voltou para o Charlus -  foi um prazer ...  – ela foi então até onde havia deixado o casaco de Sírius, o vestiu.e estendeu a mão para Charlus – realmente gostaria de tê-lo conhecido em outra oportunidade senhor... mas...

— Eu não teria escolhido momento melhor minha jovem... – disse ele com um belo sorriso. – E creio que Jimmy está em boas mãos tendo amigos tão devotados... – então olhou para o filho com um sorriso maroto – muito embora ele devesse demonstrar mais gratidão de vez em quando...

James deixara os ombros caírem com uma expressão de incredulidade, a boca meio aberta sem saber o que dizer.

— Espero realmente vê-la mais vezes Senhorita... e com certeza tem muito do seu pai... coragem e integridade...  – disse Charlus diante da garota - ... tenho certeza de que Dorea vai ficar muito chateada por eu te-la conhecido e ela não. – dera um sorriso maroto para James que pela expressão parecia querer se enfiar embaixo de qualquer coisa.

O som ficara distante novamente e eles puderam respirar mais uma vez. Sarah embora estivesse zangada com James estava se segurando para não rir das expressões que ele fazia sempre que seu pai lhe lançava algum olhar ou dizia alguma coisa. Mas também se sentia tímida por estar diante do Sr. Potter. Pelas “indiretas” nada discretas, James talvez tivesse contado alguma coisa sobre sua relação e, bem, isso fazia seu estomago dar voltas.

— Escutem... – disse ele olhando agora para os dois - ... Voldemort está a procura de mais alguma coisa. Na verdade eu suponho que seja alguém... – então seus olhos recaíram sobre Sarah e ele sorriu o que ela realmente achou estranho. – Precisamos saber o que o seu professor de História da magia estava pesquisando...

— Bem... – disse Sarah - ... acho que vi algumas coisas na sala da professora Minerva da última vez que estive com ela...

— O que Moody acha que vai encontrar nas quinquilharias do Bins? – perguntou James ao pai que apenas sorriu.

— Não subestime as “quinquilharias de um velho” Jimmy”.... – respondeu Charlus com um sorriso. - ... poderia dizer a sua professora para entregar para nós?

— Eu posso dar o recado... – disse Sarah - ... só não sei como ela vai conseguir isso com os ministeriais atrás dela... as visitas a hogsmade estão terminantemente proibidas...

— Proibidas para os que são contra o diretor... – respondeu  James cruzando os braços – já para as cobrinhas criadas dele...

— É.. isso vai complicar um pouco mais as coisas... – disse Charlus coçando o queixo. Foi então que Albelfort adentrou para dentro da sala um tanto alarmado.

— Bruxos... uma delegação de bruxos do ministério está fazendo batidas... – disse Albelfort que estava visivelmente cansado. – Não vai demorar muito para virem aqui...

— Vamos depressa... – disse Charlus - ... temos de tirar as crianças daqui...

— Pai... – começou James mas Charlus o interrompeu.

— Me prometa Jimmy... vai fazer o que eu lhe disse para fazer... – Falou Charlus encarando James.

— Você... – disse Albelfort para Charlus - ... trate de aparatar logo... eu cuido desses dois...

— Espero encontrá-la mais uma vez Srta. Perks... – disse Charlus olhando para Sarah que apenas sorriu, alguma coisa no olhar do pai de James fez com que ela sentisse que, embora ele tivesse desejado encontrar com ela mais uma vez isso não aconteceria. Sentiu um aperto terrível no coração ao pensar nisso e então viu-o puxar James para um abraço. Desejou que aquilo não fosse um abraço de adeus definitivo. Com todas as suas forças desejou isso. Foi quando sentiu Albelfort lhe empurrando em direção a um canto onde havia um enorme quadro de uma garota pintado.

— Ariana... – disse o estaleiro – Sabe o que fazer...

A menina do quadro que vestia um vestido azul claro, sorriu e dera um passo para trás. O quadro então girou e uma porta indicando uma passagem, O túnel era um tanto escuro mas Albelfort praticamente pegou Sarah no colo e a jogou túnel a dentro.

— Rápido rapaz... – disse o bruxo e James se desvencilhou dos braços de seu pai e precipitou-se para dentro do túnel.

— James....  – disse Charlus e o garoto virou-se para ele. Mais uma vez Charlus foi até James, segurou seu rosto em um gesto de afeto e o encarou - ... proteja ela o máximo que você puder. – e indicou Sarah com os olhos.

— É o que eu estou tentando fazer... – respondeu James olhando para Sarah que estava mais a frente no túnel e então voltou a encarar o pai.

— Não... – disse ele meneando a cabeça - ... não a afaste... você precisa dela, e ela mais do que nunca de você...

— Andem rápido... – disse Albelfort enquanto ouviam batidas e coisas quebradas no andar de cima.

James encarara o pai um tanto confuso, e até tentou falar alguma coisa mas Charlus o puxou mais uma vez para um abraço.

— Amamos você Jimmy... e contamos com você.... vocês são nossa única esperança... -  dizendo isso ouve-se uma porta sendo escancarada e gritos no andar de cima. Charlus desaparatou com um estalo, enquanto James e Sarah desapareciam túnel a dentro.

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— Eles ainda não voltaram? – perguntava Olivia entrando na sala da professora McGonagall com os olhos lacrimejando e o coração aos saltos.

— Não...  – observou Emmeline que agora se levantava e ia em direção a lareira - ... nem Potter e nem o resto dos marotos.

— Carrow está com eles muito mais tempo que ficou com a gente... – disse Frank massageando o ombro – Com toda certeza está pegando ainda mais pesado do que pegou conosco...

— Pois eu estou pouco me importando... – disse Olivia - ... Já chega dessa maluquice... estou exausta de ter de ficar passando por isso...

— Estamos em guerra... – disse Frank um pouco mais sério do que gostaria - ... o que você sujere? Outra revolta? Se não pudermos tomar o castelo não adiantará nada...

— Eu não sei... um boicote ao Carrow por exemplo? Ao ministério... – visivelmente Olivia estava saturada de tudo o que andava acontecendo.

— Só se você quiser uma passagem só de ida a Azkaban... – disse Emmeline – Concordo com  Olivia... as coisas estão cada vez piores e tendem a piorar ainda mais... não temos mais Lorigan e sabe-se lá quem é que vai nos dar aula amanhã...

— Muito provavelmente o nosso ilustre diretor... – disse Sírius que entrava sendo amparado por Peter e Remus que mancava.

— Remus! – disse Olivia praticamente pulando em seu pescoço.

— Vai com calma ai.... – gemeu Sírius, um corte realmente profundo em seu supercílio - ... cachorro ferido sabia?

— Foi mal Black... – disse a garota sem jeito. – Venham, sentem-se aqui...

Meio cambaleando a dupla colocou Sírius deitado em uma poltrona e sentou-se praticamente deixando seus corpos despencarem no banco ao lado.

— Eu juro... faço uma promessa a vocês... – disse Sírius gemendo ao se acomodar na poltrona - ... eu quero muito... mas muito mesmo pegar Carter...

— Foi ele quem usou de tábua de afiar facas? – perguntou Emmeline e Sírius tentou sorrir  mas gemeu com isso - ... pode-se dizer que sim... aquele filho da mãe do Carrow... fez com que eles testassem suas habilidades com as maldições...

— Ele podia ter matado vocês... – disse Olivia agora horrorizada tentando limpar uma mancha de sangue do rosto de Remus.

— Ele até poderia... mas não vai... – respondeu Remus segurando a mão de Olivia por alguns segundos e olhando para ela - ... não sei dizer o que ele está pretendendo... mas matar mesmo... acho que não... coagir... amedrontar... mas não matar... – então olhou para Emme e os outros- ... James e Sarah ainda não voltaram?

— Não... – disse Olivia - ... e isso está começando a me apavorar...

— James vai dar um jeito... – respondeu Remus mas viu na cara de Olivia que ela não acreditava muito nisso.

— Qual é... ninguém vai me paparicar??? – disse Sírius resmungando – Esqueçam aqueles dois, meu irmãozinho é mais sagaz do que qualquer um... na verdade acho que ele só perde para mim... – então ele olhou para Emme com o melhor sorriso que conseguiu - ... Ei Emm???? Pode por favor me dar uma mãozinha? Estou todo dolorido...

— Está me achando com a cara de Enfermeira? – perguntou a menina cruzando os braços. E o garoto estendeu os braços feito uma criança.

— Eu estou ferido... qual é Vance... não mereço nem um pouquinho de compaixão? – perguntou o garoto fazendo cara de cão que caiu da mudança.

— É Bance... – disse Peter limpando um nariz ensangüentado – Ele foi o que bais sofreu...

— Tenha piedade... – novamente disse Black com cara de bezerro apaixonado.

— Ok... eu dou um jeito nisso... – disse a garota meneando a cabeça - ... mas só porque sou sua amiga e detesto ver você moribundo do jeito que está.

O garoto dera uma piscadela para Remus que meneou a cabeça, Black definitivamente não tinha jeito.

— E como você está? – ouviu a voz de Olivia – Você nem se quer se recuperou direito do seu...  – então ela foi até seu ouvido – probleminha peludo...

— Ter esse “probleminha” tem suas vantagens... – disse o garoto com um sorriso - ... recuperação e cicatrização mais rápida que o normal... além de me tornar mais “durão”...

— Mesmo assim... – disse Olivia olhando para Emmeline que parecia avaliar as escoriações de Sírius - ... vem Emme... vamos preparar alguma poção revigorante ou até mesmo balsamo para colocar nesses três.  Foi então que ouviram a passagem do retrato se abrir e Evans aparecer. Seus cabelos revoltos e os olhos vermelhos. Não haviam cicatrizes ou marcas em seu rosto mas ela parecia muito nervosa.

— Por onde você andou... – perguntou Alice preocupada - ... estamos todos passando por um perrengue e você sumida?

— Se está se referindo a ser chamada pelo nosso diretor, humilhada e terrivelmente coagida... sim... era exatamente por tudo isso que eu estava passando... – disse a menina começando a soluçar.

— Ninguém está lhe acusando de nada Evans... – disse Remus sério.

— Vocês acham que eu não percebo? Pensam que eu não vejo os olhares furtivos... os cochichos? Eu sei o que falam sobre mim pelas minhas costas... – disse a garota e Olivia estreitou os olhos. Remus automaticamente segurou o braço da menina que fez um movimento involuntário. - ... mas se querem saber? SIM EU ME ARREPENDO...

— Do que é que você está falando? – perguntou Alice olhando para cada um dos presentes.

— Mania de perseguição da Evans... – disse Sírius - ... alguém já te disse que somente quando a gente deve alguma coisa... é que surgem suspeitas? Ninguém aqui andou falando ou insinuando nada sobre sua “índole”...

— Se acha que estamos todos contra você Lily... – agora era Remus quem tomava a palavra - ... creio que está redondamente enganada, nosso verdadeiro inimigo agora... não é Severus Snape... embora ache que ele tenha sua parcela de culpa... mas sim Amycus e seus capangas... – então ele olhou de um por um que estava presente - ... com certeza os nascidos trouxas serão os novos sacos de pancada... precisamos o mais rápido possível deixar todos os que são contra ele, do nosso lado... precisamos de aliados...

— E foi por isso que James pipocou para fora? – perguntou Frank – Porque ele não nos contou o que estava planejando?

— James não  “pipocou” para fora... até parece Frank! – ralhou Sírius parecendo começar ar recobrar seu velho estilo – O pai dele o chamou... ele tinha de ir vê-lo... estamos no escuro e precisamos de ajuda...

— Potter saiu do castelo? – perguntou Lily agora com a voz preocupada e Remus se levantou um tanto dolorido e foi até ela.

— Sim.. ele... usou uma das passagens secretas... – começou dizer ele mas ao ver os olhos dela ficarem apreensivos já deduziu que havia algo errado. – O que você está sabendo Lily?

— Todo o castelo foi bloqueado magicamente... – disse ela gaguejando - ... enquanto estava com Carrow... ouvi os ministeriais dizerem que bloquearam todas as saídas e passagens do castelo para que ninguém entrasse ou saísse até que Potter aparecesse...

— E mais essa agora... – disse Olivia e então encarou os marotos -  Eles podem fazer isso? Bloquear todo o castelo?

— E quem é que sabe? Duvido que alguém se arrisque a ir ver.... – disse agora Frank também se levantando. Remus então foi até Peter e Sírius que se levantaram e o encararam.

— Se realmente as portas estão lacradas... James e Sarah não poderão usar a passagem da dedos de mel... – disse Sírius.

— Muito menos a do salgueiro... – relatou Remus - ... Peter.. está bem para dar uma voltinha pelo castelo?

— Pode deixar comigo... – disse ele com um sorriso e então se esticando todo - ... Boceis me dão licença.. mas vou dar um deito nesse dariz...

Remus observou o garoto desaparecer escada acima. Olivia subiu para o dormitório feminino com Emme, e logo voltaram com alguns apetrechos para cuidar de Sírius. Passaram-se alguns minutos, Remus conseguiu ver um pequeno ratinho perambular pelo chão e logo desaparecer por um buraco na parede.

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— Anda logo com isso Severus...  – dizia Bella já impaciente andando de um lado para outro.

— A paciência é uma virtude que claramente você não tem... – respondeu o garoto limpando com um lenço sua varinha. – Legilimencia não é algo fácil de se aprender, e bem, também pode deixar a mente do seu oponente feito purê de abóbora antes mesmo dele lhe dizer o que você quer saber...

— E quem é que vai ligar se essa ameba ai ficar com alguma seqüela? – respondeu Ken Carter andando em círculos em volta da cadeira onde Mandy Wilson tinha alguns espasmos e choramingava – Ela não espalhou aos quatro ventos que mantinha uma relação com o “precioso Potter”?

— É MENTIRA!!! – gritava a garota, seus cabelos todo desalinhado, o rosto encharcado de suor – Eu só disse aquilo para irritar a Perks!

— Aahhhh é? – agora era Bellatrix cruzando os braços e encarando a menina. – Então... como sabe da tatuagem de pomo no ombro dele?

— Porque fui eu quem inventou isso! Eu tinha de dizer alguma coisa já que aquele imbecil nem se quer olhava para mim! Você sabe disso Bella! Eu te contei quando pedi a poção do amor! – falou a menina desesperada.

— Disse???? Não me lembro... – respondeu Bella abrindo um sorrisinho sádico e dando as costas a ela - ... Vamos acabar logo com isso... o nosso Diretor quer respostas!

— Ok... – disse Severus com a maior calma que conseguiu - ... quer que descreva ou posso simplesmente depositar esses pensamentos bobos em uma penseira?

— Descreva... duvido que ache algo relevante ai dentro... – disse com desdém Lucius cutucando a cabeça de Mandy que soltou um gemido.

— Tudo bem... – disse o garoto puxando as mangas das vestes – Legilimens!...

Severus Snape mais uma vez adentrava naquele lamaçal de lembranças da garota mais fútil que se podia imaginar. Mandy Wilson queria passar a imagem de a bruxa mais perfeita que existia no castelo, mas não passava de uma garota mimada que os pais davam tudo o que ela queria para mantê-la ocupada longe deles. Viagens, roupas, tudo do bom e do melhor... mas o que a menina queria na verdade era o carinho e atenção que eles depositavam as suas respectivas carreiras no trabalho. Novamente ele estava vagando pelas lembranças bobas de uma bruxa rica a qual, nada tinha valor, a não ser é claro a popularidade. Em todas as lembranças que percorriam sua mente uma era a mais forte. O detestável Potter! Não conseguira evitar uma careta mas conseguia ver várias e várias imagens do maroto na mente da menina. E uma delas a que lhe causava mais raiva era o fato de vê-lo sentado na poltrona próximo a lareira a encarar Perks do outro lado da sala que lia um livro completamente alheia ao que acontecia a sua volta. Novamente fora levado para outra lembrança... agora uma em que os via sentados a beira do lago rindo por alguma coisa. Ele então se aproximou mais, James falava alto e ria mais alto ainda, algo que ele achara patético.

— Tentando se mostrar para Perks... suponho... – disse para si mesmo enquanto a jovem começava a se levantar. Pode notar o pendente que ela usava em seu pescoço. Ele desprendeu-se e caiu na grama. James então o segurou.

— Acho que isso pertence a você... – o ouviu dizer com a maior cara de bobo que já tinha visto na vida. Não que ele não o achasse normalmente idiota mas aquilo era digno de pena. Em um gesto delicado James se aproximou da garota e então o colocou de volta em seu pescoço demorando significativamente com seus braços posicionados nos ombros de Perks. A menina dissera alguma coisa e então ele a beijou.

— Eu não tenho mais estomago para ver isso... – disse Severus movendo a varinha e sentindo sua cabeça girar ao mesmo tempo que a sala voltava a seu campo de visão. - ... não vamos conseguir nada de útil se querem saber. Não dessa aí...

— Não tem jeito... – agora era Mayfair - ... se tivéssemos pego a Perks como eu tinha falado não estaríamos aqui agora...

— Você viu o que Carrow disse... – agora era Malfoy - ... McGonagall é tutora dela agora... a integridade dele já está por um fio, se McGonagall decidir acusá-lo publicamente de alguma coisa nem o Ministério vai conseguir livrá-lo do conselho Mágico Internacional.

— Mas você-sabe-quem não controla o ministério? – perguntou Bella – O que aqueles ratos estão fazendo que não tiram essa boçal daqui!

— Depois de Dumbledore... a segunda na linha de comando é McGonagall... – disse Lucius examinando Mandy que gemia coisas sem sentindo - ... Sabemos que a maioria da comunidade bruxa tem os dois em alta conta... Dumbledore foi ridicularizado e tirado daqui... mas McGonagall ainda não foi conseguido nada em sua índole ou comportamento para poder tira-la... -  então ele olhou para os outros sério - ... e com a besteira de Carrow de sair torturando alunos dizendo que é uma nova “maneira de educar” acabou desagradando os que antes eram seus apoiadores...

— Minha mãe esta bem feliz por finalmente Hogwarts voltar a ser dos puros sangues...  – disse Bella com um sorrisinho - ... embora ainda ache que eles devam ser banidos e não só usados como escravos...

— O que eu ainda não entendo... – agora era Lestrange – é como vocês três caíram na graça do Lord...

— Nossas famílias tolinho... – respondeu Bella tocando de leve o rosto do garoto que meneou a cabeça.

— Talvez você e Malfoy... mas ele? – e apontou para Severus que apenas dera o costumeiro suspiro resignado e cerrou os olhos.

— Ele provou ser talentoso o suficiente para ganhar essa honraria... – disse Malfoy - ... e você por acaso está questionando as decisões do mestre?

— Não... não... apenas achei isso estranho... só .. isso – disse o garoto amedrontado.

— Acho bom não achar mais nada... “estranho” – disse Severus agora cruzando os braços - ... pois Carrow é muito bom em saber em quem deve confiar...

— Serv está certo... – disse Malfoy - ... façam por merecer estarem na Morsmordre... só assim caíram nas graças do Lord.

— Minha família é de seguidores dele! – Ralhou Rosalie.

— Pode até ser... mas e você? – perguntou Lucius agora a encarando – O que fez para que Lord das trevas confiasse em você? – Então olhou para a garota que mesmo com o nariz empertigado não soube o que responder – Vê? É exatamente isso... você não fez nada... NADA!

— Meus pais já fazem... – retorquiu ela.

— Sim... SEUS PAIS... não você queridinha... – disse Bella melodiosamente enquanto ia até Mandy e examinava - ... os pais dessa aqui também fizeram e contribuíram muito para o Ministério... sabe-se lá quanto dinheiro gastaram subornando bruxos e até o próprio Ministro... e olhe onde ela está agora...

— P...Pen...Pensei que fossemos amigas... – murmurou Mandy e Bellatrix então gargalhou curvando-se para olhar bem nos olhos de Wilson.  - Eu? Sua amiga? Eu nada mais fiz do que tirar proveito de algo que ambas temos em comum... ódio pela Perks... – então se endireitou novamente - ... não preciso mais de você...

— Façam o feitiço da memória e a levem para a enfermaria... – disse Lucius - ... inventem alguma desculpa para o estado dela, mas em hipótese alguma digam o que estivemos fazendo com essa destrambelhada.

— Pode deixar.... – Rosalie disse com um sorrisinho dançando em seus lábios - ... tenho uma idéia.

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A passagem que estava a sua frente parecia estar ali por anos, haviam degraus de pedra lisa do outro lado daquele quadro, e a julgar pela limpeza... bem, Sarah podia ver que aquilo realmente era muito usado. Haviam luminárias de latão que pendiam das paredes e o chão mostrava que a terra já era batida. Sinais que realmente comprovavam que ela estava certa quanto ao uso de tal passagem. As suas sombras tremeluziam deixando aquele túnel ainda mais assustador, porém sabia que se o estaleiro do cabeça de Javali havia lhes mandado entrar... bem, com certeza não havia perigo.

— Deixa eu ir na frente... – disse James passando por ela - ... Não quero que seja pega de surpresa sabe-se lá pelo o que.

— E você pode ser pego de surpresas sem problemas... – disse Sarah girando os olhos nas órbitas - ... não acha que se... por acaso não fosse seguro, o dono lá ia deixar a gente vir por aqui?

— Bem... ele é o dono do “Cabeça de Javali”... – disse James dando de ombros e lhe encarando - ... ele lida com todo tipo de gente... vai se saber o que ele entende por “seguro”?

— Acho que por ele se arriscar a deixar seu pai se encontrar com você lá... – disse ela o encarando - ... com certeza ele deve saber algo sobre segurança.

O túnel não era tão estreito como os quais ela estava acostumada a seguir no castelo. Ele realmente deixava duas pessoas passarem por ele sem problemas o que lhe veio a mente que provavelmente era usado para transportar algo ilegal. Sentiu um arrepio ao pensar nisso e James logo percebeu.

— Está sentindo frio? – disse ele parando e tirando-lhe o casaco molhado que ela vestia, tirando o próprio casaco e dando a ela – Toma... veste esse...

Depois que ela vestira, ele usou a varinha para secá-lo e então o vestiu. Sarah então parou e o encarou. Ele por sua vez quando viu que ela não o seguia voltou – Quê? Prefiro seu perfume nas minhas roupas do que nas do pulguento... – pegou então na mão de Sarah, mas ela precipitou-se e passou a sua frente. Se tinha uma coisa que ela não conseguia entender realmente é a mente daquele maroto. E sua paciência que já era pouca estava começando a se esvair como fumaça. Caminharam mais alguns passos sem ela se quer abrir a boca, agora o túnel começava a descer  e sentia ainda mais frio. Deviam já estar no meio do vilarejo, obviamente embaixo dele. Foi então que ouviu a voz de James. – Ainda está zangada comigo?

— Já não fico zangada com você a muito tempo... – disse ela sem olhar para trás ou parar de andar - ... isso consome demais minha sanidade... e não posso perder o pouco que ainda me resta se quiser fazer algo por Hogwarts.

Não que ela estivesse querendo magoá-lo ou de certa forma puni-lo por ser tão irresponsável. Mas aquela simples frase talvez tivesse tido um efeito no garoto o qual ela não tinha se quer se dado conta.

— Então é assim? – perguntou ele e ela se virou para encará-lo. James estava a alguns passos atrás com uma expressão que ela jamais imaginou ver em sua vida.

— Assim... o quê? – disse ela no mesmo tom. Então vira o garoto dar mais alguns passos em sua direção e a encarou.

— Vai me tratar desse jeito? Como se houvesse uma parede entre a gente? – falou ele e ela então respirou fundo e cruzou os braços.

— E de que jeito você quer que eu te trate? – perguntou ela sentindo novamente o coração começar a acelerar – Como a Brown? Que até beija o chão por onde você passa? Ou como a Wilson? Que espalhou aos quatro cantos do castelo que teve uma sessão particular com você em uma sala no quarto andar... – Sarah então respirou fundo mais uma vez tentando não perder a calma - ... Não James, você pediu para que eu ficasse longe, e por Merlim... é o que eu estou tentando fazer... mas por algum motivo sádico... que nem eu mesmo entendo... Acabo em algum lugar sozinha com você. E sempre que penso que as coisas podem finalmente tomar um rumo... você faz alguma maluquice... – então mais uma vez decidiu que era melhor respirar outra vez ou falaria algo que não devia, embora tivesse certeza de que ele deveria ouvir. Dera-lhe as costas decidida a continuar andando, mas pela primeira vez, decidiu dar ouvidos ao que Olivia lhe dissera, precisava saber o que realmente estava se passando na cabeça de Potter. E estava tendo a chance de ouro então virou e o encarou-o novamente - ... quer saber... você pede para me afastar mas... faz de tudo para que eu fique por perto feito aquele seu pomo de ouro... o que você quer de mim? – Por alguns incontáveis minutos Sarah ficou esperando uma resposta. Mas James apenas a encarava sem dizer nada  – Eu não sei porque ainda me importo... – murmurou ela dando-lhe as costas e começando a andar novamente. Sentia os olhos começarem a arder, se continuasse por esse caminho ia se debulhar em lágrimas na frente de Potter e isso ela não ia conseguir se perdoar. Na hora em que começou a andar sentiu ele se aproximando com passos rápidos e virou-se alerta. Fora nessa hora que sentira o braço de James a puxando pela cintura contra seu corpo e os lábios do garoto indo de encontro aos seus com tanta urgência que ela mal conseguia respirar. O corpo todo tremeu de tal forma que se ele não a estivesse segurando firme em seus braços. Ela tinha certeza que seus joelhos cederiam. Com um movimento rápido James a apoiou contra a parede de pedras pressionando seu corpo contra o dela enquanto sentia uma mão do garoto percorrer seu quadril e a outra acariciando seu pescoço. Qualquer pensamento consciente tinha se esvaído completamente de sua cabeça nessa hora. O toque de James, o contato de seu corpo com o dele, seu beijo urgente era a única coisa que precisava. Era o que precisava para preencher o vazio enorme que havia ficado em sua alma. Quando se dera conta, já havia se entregado aquele beijo por completo. Lentamente e também por falta de ar, James fora diminuindo a intensidade do beijo até Sarah abrira os olhos sentindo a respiração do garoto sobre os lábios.

— Você é a única garota que consegue me fazer esquecer do mundo sabia?  - disse ele ainda ofegante sobre os lábios de Sarah.

— É um dom... – respondeu ela e então James sorriu afundando seu rosto no espaço entre o pescoço e o ombro de Sarah o que fez com que ela sentisse cócegas. James então a apertou mais contra o corpo em um abraço. Dizer como estava se sentindo não era nada fácil.

— É sério... – ouviu-o dizer em seu ouvido - ... você é a única que me faz perder a cabeça e esquecer dessa guerra... – então tocou seu rosto suavemente e fez com que o encarasse - ... é a única que me faz acreditar que existe algo bom pelo que vale a pena lutar...

— Não adianta... – disse ela séria lhe encarando o que pode notar uma certa confusão no olhar do garoto - ... não vai me convencer a te perdoar da besteira com um beijo...

— Não foi só um beijo... – disse ele com um sorriso maroto nos lábios - ... e você correspondeu... sinal de que não está mais zangada comigo...

— James Potter ... eu tenho vontade de... – disse ela fechando os olhos mas James novamente a puxou lhe dando outro beijo. Porém mais suave e lento do que o primeiro. Perdera-se por alguns minutos, ele então afastou seu rosto alguns centímetros e a encarou.

— De me encher de beijos e passar o resto da vida comigo? – disse ele galante com um sorriso dançando em seus lábios que a tempos a garota não via.

— Não... de socar você e dar-lhe novamente um belo chute entre as pernas... – disse ela cerrando os olhos e cruzando os braços. - ... assim quem sabe você comece a pensar com mais clareza.

— Qual é Sah... eu precisava ver meu pai...  e você ouviu... temos que descobrir quem é essa pessoa que o Voldinho está querendo...  – agora ele pegara na mão da garota e começou novamente a percorrer o corredor.  – Carrow deve estar a procura disso.

— É eu ouvi... – respondeu ela - ... mas também ouvi o que ele disse sobre você permanecer no castelo e retomá-lo para a Ordem...

Agora estavam diante de uma enorme escadaria e no final dela uma porta de madeira. Foi então que James parou diante de Sarah e a encarou por alguns segundos. Ela também o encarou sem saber ao certo o que dizer. Ele então pareceu pensar em algo para dizer-lhe mas acabou não dizendo.

— Tá eu sei... para minha proteção melhor que fiquemos distante um do outro... – disse Sarah dando-lhe as costas e começando a subir as escadas. - ... já conheço esse discurso o suficiente para lançar um Avada em você!

Sem pensar muito e apenas com vontade de sumir da vistas de James ela subiu a escadaria e praticamente empurrou a porta sem nem ao menos pensar na sua segurança ou no que esperava ela no final daquele túnel. Para sua surpresa estava numa sala ampla, com algumas poltronas.

— Voltamos para o castelo? – perguntou ela mais para si mesmo do que para o garoto o qual ela acabava de se zangar.

— E a sala precisa... – disse ele saltando a abertura e estendendo a mão para ajudar a descer, mas Sarah o ignorou por completo. – Não sabia que essa sala tinha ligação com o cabeça de Javali.

— Minha preocupação é como chegar na sala comunal sem que os idiotas do ministério nos peguem... – disse ela agora o encarando.

James então pegou o mapa do maroto a sala onde estavam não aparecia no mapa e muito menos eles, todos os corredores pareciam estar repletos de ministeriais e obviamente sonserinos.

— Droga... os corredores estão lotados de vigilantes do Carrow... – disse ele verificando uma mínima passagem que fosse para irem em segurança.

— Quanto mais demorarmos... pior vai ser... – respondeu Sarah vendo grupos de cinco nomes percorrendo os corredores da escola.  – Precisamos de uma saída rápida e segura até a torre da Gryffindor.

Quando terminou de dizer isso, James erguera os olhos e observou uma porta materializar-se a direita de Sarah e então sorriu.

— Do que é que você está rindo? – perguntou ela e então ele foi até a porta e a abriu, ele conseguia ver no fundo do corredor o quadro da mulher gorda, então olhou para Sarah e fez sinal para que ela o acompanhasse.

— Viu? Hogwarts está a nosso favor...  – disse ele com um sorriso puxando novamente o mapa e se certificando de que não havia perigo. Se andassem rápido conseguiriam chegar lá rapidamente.

— Onde é que vocês andaram? – perguntou a mulher gorda.

— Baba de bola... – disse James sem rodeios, precisavam entrar na torre antes que alguém aparecesse.

— Nananinanão... mocinho... não e essa senha... – respondeu a mulher gorda começando a cantar.

— Devem ter mudado enquanto estivemos fora... – disse Sarah agora mais uma vez olhando para o mapa. Haviam três ministeriais e mais dois alunos da sonserina vindo direto para aquele corredor. – Estamos literalmente ferrados...

Enquanto James tentava pensar em algo, Sarah via aquele grupo se aproximando e se fossem pegos, sabe-se lá o que aconteceria com eles. Foi mais ou menos nesse minuto que ouviram um “O Que vocês dois estão fazendo parados ai fora?” Rapidamente Sarah e James voltaram sua atenção para o final do corredor e um Peter Pettigrew corria em sua direção parecendo fugir de algo.

— Felix Felicis!!! – berrou ele e o quadro da mulher gorda começou a girar. Tanto James quanto Sarah e Peter se precipitaram para dentro fazendo com que os presentes levassem um susto.

— Até que enfim! – disse Olivia saltando do sofá -  Estávamos preocupados com vocês!

— Ainda mais com Carrow bloqueando todas as passagens secretas do castelo... – disse Frank. – Como foi que conseguiram entrar?

— Como foi que você Saiu Peter? – perguntou Alice espantada.

— Depois explicamos... – disse James guardando o mapa dentro das vestes e encarando os demais.

— Acho bom os Senhores explicarem agora mesmo... – ouviu-se a voz de Carrow entrando pelo buraco no retrato praticamente dando um susto. McGonagall entrava com ele e sua expressão era extremamente séria. - ... os senhores desrespeitaram o toque de recolher, e se não me falha a memória, ambos tem um histórico muito extenso de detenções e creio que isso pede uma medida muito mais severa...

Sarah pode notar que Carrow I dera um sorrisinho sádico mas manteve seu olhar o mais inocente que conseguiu, já não pode dizer o mesmo de James que o encarou em desafio. Se não arrumassem uma desculpa plausível e rápido, seriam ambos torturados. E sabe-se lá o que aconteceria com sua professora. Foi então que tivera uma idéia e então encarou o diretor com a melhor e mais tola cara que conseguiu.

— Bem... não quero dizer que não temos culpa... mas se não tivessem trancado todas as passagens do castelo e mudado as senhas de acesso as torres... talvez tivéssemos chegado antes do toque de recolher... – Pode notar que isso pegara o diretor de surpresa. – Estávamos estudando para os NIEMs, na verdade... estávamos praticando feitiços em uma sala... não sou boa com alguns deles e pedi para que Potter me ajudasse... perdemos a hora e quando saímos... Pirraça nos atacou e entramos em uma das passagens secretas...

— O senhor deve conhecê-las não é diretor? – perguntou James também fingindo uma cara de falsa inocência que não convencia ninguém – A passagem do terceiro andar...

— Bem... – começou Carrow mas Sarah então o interrompeu.

— ... estávamos percorrendo a passagem, a que vai dar no sexto andar atrás da tapeçaria, mas quando chegamos no final ela estava trancada sabe-se lá porque... então tivemos de ficar lá até agora esperando...

— Creio que... – começou a professora McGonagall com seu tom habitual de seriedade - ... por conta de suas medidas de “segurança” senhor diretor... acabou o senhor mesmo prejudicando dois alunos que apenas estavam estudando...

— Estudando... – disse o Diretor desconfiado olhando de Sarah a James - ... sei... e... o que exatamente estavam estudando?

— Feitiços... – responderam os dois praticamente ao mesmo tempo.

— Não sou tão boa com o feitiço do patrono... e bem... – disse ela - ... o Potter sabe executá-lo sem problemas... por esse motivo pedi ajuda dele.

— Sr. Diretor... devo dizer que como membro do ministério e de extremo conhecimento acadêmico... o senhor deve estar a par sobre as questões dos Níveis incrivelmente exaustivos de magia... – disse a professora Minerva. Carrow abriu a boca para falar mas ela continuou - ... e estando a par sobre isso, não tem como impedir os alunos dessa instituição de desejarem tão arduamente ser competentes quanto o senhor... – novamente ele abriu a boca mas ela continuou - ... sendo assim, não acho que isso seja motivo para uma reprimenda... afinal... apenas estão seguindo o seu belo exemplo.

Sarah então trocou olhares com James tentando não sorrir mas James não escondia a satisfação de ter escapado ileso mais uma vez. Carrow cerrou os olhos desconfiado mas diante do que a professora tinha acabado de dizer, e perante aos alunos que estavam ali, bem, ele não podia contrariá-la afinal, não podia se indispor com Minerva McGonagall.

— Muito bem... – disse ele -... mas deixo claro que qualquer comportamento suspeito ou atividade ilicita... ou qualquer manifestação desrespeitosa, ou de má fé será interpretada como alta traição ao próprio Ministro da Magia... sendo rapidamente conduzido a Azkaban. Espero ter sido claro.

— Sim senhor... – responderam os alunos. Amycus ainda dera uma boa olhada em Sarah e James antes de sair novamente pelo buraco do retrato.

— Será que ele caiu nessa? – perguntou Peter que também parecia preocupado.

— Eu duvido muito.., - disse James  - ... mas ele não vai poder ir contra a Mimi assim...

— E porque? – perguntou Frank.

— Minerva é de extrema confiança de Dumbledore... e bem... – disse Remus agora andando até James - ... sua popularidade e competência são inquestionáveis... é provável que nosso ilustre diretor está cavando e fundo para achar algo que manche essa imagem...

— Mas não vai ser tão fácil de conseguir... – disse Sarah vendo sua professora seguir o diretor para fora da sala comunal, não sem antes dar-lhe um sorriso discreto como sempre fazia quando algo que ela planejava dava certo. - ... ela me disse que está tendo dificuldades em se manter na escola com tanta gente lhe vigiando...

— E quem é que está conseguindo tomar um banho sem ter alguém espionando...  – disse Sírius levantando-se da poltrona e fazendo uma careta. – não que eu não goste de ser visto não é?

— Você está péssimo... – disse James encarando o amigo - ... Lana te encontrou outra vez?

— Dessa vez meu velho galhudo... foi por sua causa.. e aliás... você me deve. – respondeu Sírius dando um sorriso - ... mas se a leoa aqui puder tomar conta de mim... eu posso perdoar a dívida... e aliás... porque você está com meu casaco favorito?

— A leoa aqui precisa é de um banho... tive “emoções demais” para um dia só... – disse Sarah pegando o rumo das escadas. Olivia se despediu de Remus e também subiu.

— Ei... ninguém aqui vai cuidar de mim? Assim eu fico triste.... – disse Sírius mais uma vez. Um a um foram subindo para seus dormitórios, incluindo os marotos. Assim que chegaram ao dormitório James sentou-se na cama assim como Remus e Peter, já Sírius sentiu dificuldades para se sentar devido aos hematomas nas costelas.

— Acho que aquele filhote de hipogrifo conseguiu quebrar minhas costelas... – disse Sírius fazendo uma careta.

— Você tá legal? – perguntou James, Sirius raramente reclamava se estivesse machucado. E se assim estava fazendo era porque realmente tinham pego pesado com ele.

— Vou sobreviver... – disse o garoto e então encarou James - ... se não estou enganado... eu dei essa jaqueta para a leoa... o que está fazendo com ela?

— Não ia deixar a minha leoa com suas pulgas não é? – disse James tirando o casaco e lhe devolvendo.

— Que história é essa? – perguntou Remus o encarando. – Você e Sarah se acertaram finalmente?

— Não Moony... – disse James sentando-se agora no malão - ... discutimos... a coisa esquentou... e... bem... acabei beijando ela.

— E o que isso tem de ruim? – perguntou Peter – Acho que qualquer garota ia gostar de umas beijocas não?

— A leoa não é do tipo que se dá “beijocas” focinho pequeno! – disse Sírius – No mínimo esse Mané deu uns pegas na Leoa, e depois se lembrou da promessa besta que fez...

— As vezes me pergunto se você realmente não anda praticando legilimencia... – disse James jogando o travesseiro em Sírius.

— Viu? Eu disse que ele ia fazer uma besteira... – respondeu o garoto devolvendo o travesseiro. - ... depois não venha chorar feito um bezerro apaixonado porque ela te deu um avada!

— O que seu pai disse? – agora era Remus quem tomava a palavra – Pra ele ter se arriscado tanto...

— Ele me fez jurar que permaneceria no castelo... aconteça o que acontecer... – respondeu James agora sério. O brilho maroto desaparecendo por completo dos seus olhos - ... Voldemort pode não ter mostrado as caras ainda, mas a população parece que finalmente está acordando... Mas mesmo assim... a Ordem teve muitas baixas... até mesmo Moody está com a cabeça a prêmio agora. E...

— E? – perguntou Sírius agora com a mesma expressão preocupada de Remus.

— E que somos a única esperança para retomar Hogwarts... – disse James por fim em meio a um suspiro.

— ÓTIMO! – disse Sírius esfregando as palmas das mãos – Quando começamos a espalhar o caos?

— Meu pai também disse... o tal artefato não está em Hogwarts... Carrow pode arrancar pedra sobre pedra desse castelo e não vai encontrar o que o Voldinho quer... mas... – então James olhou para os amigos que o encaravam esperando ele continuar - ... que ele está também a procura de alguém... talvez alguém que possa levar ele até a tão famosa ilha das maçãs de Merlin...

— E ele pensa que esse alguém possa estar aqui? – perguntou Remus e James confirmou com a cabeça. – Mas quem?

— Meu pai não conseguiu me falar... – disse James agora com um olhar triste que Sírius acabou percebendo - ... houve uma batida de ministeriais no Cabeça de Javali...

— Desembucha Prongs... – falou Sírius agora o encarando - ... não é por isso que você está desse jeito.

— Meu velho... a guerra finalmente o está consumindo... – disse James num fio de voz - ... senti isso quando o vi... não sei... – ele então levantou-se e foi em direção a uma das janelas da torre - ... a guerra contra Voldemort... as calúnias que disseram sobre minha família... sobre ele... isso realmente está o fazendo definhar...

— Deixa disso Prongs... – agora era Sírius quem tentava animá-lo – Seu coroa é um dos caras mais fortes e destemidos que já conheci.

— Você não o viu como eu o vi hoje... – respondeu James em meio novamente a um suspiro triste - ... eu senti.. estou perdendo ele...

— Ele é um bruxo forte Prongs... talvez ele só precisasse ver você...  – disse Sírius com um sorriso - ... ele finalmente conheceu a leoa?

— É... de certa forma... – respondeu James com um sorriso  - ... ele presenciou uma pequena discussão nossa e... praticamente caiu na gargalhada.

— Viu? Ele só precisava de um pouco da sua jovialidade... – agora era Remus quem ia até ele - ... Obvio que tudo o que aconteceu deixaria seqüelas... mas ele só precisava te ver, para voltar a ser o mesmo Sr. Potter de antes. Além disso precisamos dormir... temos mais um dia terrível pela frente.

— Precisamos convocar quem realmente está afim de lutar... – disse James voltando a sua postura normal - ... se é para tomarmos o castelo... precisamos de mais aliados...

— O que tem em mente? – disse Sírius encarando o garoto que lhe dera um sorriso.

— Remus... preciso que você fale com os lufanos... conhece Hardy... e depois do que ele passou... acho que não ficaria de fora da nossa festinha... – falou James e Remus sorriu.

— Meu caro Padfooth acho que você pode falar com Pirraça para que ele se empenhe mais em pixar as paredes... mas agora... com mensagens muito mais objetivas... – falou James.

— Eu já tenho uma idéia de como fazer ele nos ajudar... – respondeu Sírius com um sorriso maroto.

— E Peter meu pequeno e não menos corajoso prodígio... – disse James - ... a Armada precisa de um espião ardiloso e invisível... precisamos saber o que aquelas cobras estão planejando... para podermos nos defender...

— ... que saudades da época em que eu podia só pensar em como invadir a cozinha... – disse o garoto jogando-se na cama – a vida era tão mais fácil...

— É meus caros... a batalha por Hogwarts está prestes a começar... – disse James - ... agora é tudo ou nada.


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