Deusa do mar. escrita por Cora


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Lua de prata no céu, o brilho das estrelas no chão. Tenho certeza que não sonhava e a noite linda continuava. E a voz tão doce que me falava: o mundo pertence a nós!

Legião Urbana.



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Poseidon esperava ansioso a chega de Delphin, estava tão agitado que mal conseguia se manter parado, indo de um lado para o outro. Uma incerteza brotava no seu coração, e o medo de perder Anfitrite o deixava mais louco a cada instante que se passava. Até que finalmente ele ouviu o som das portas do salão se abrirem. Poseidon se virou, esperançoso. No começou ele não conseguiu ver ninguém, e por um segundo sua esperança evaporou por completo, mas então uma pequena figura surgiu em meio às enormes pilastras de mármore branco, e silenciosamente seguiu na direção do deus, que mal pode conter sua felicidade ao contemplar o sorriso que iluminava o rosto da nereida.

Ele correu até ela. Os dois estavam a um passo de distancia, se olhando em silencio, sem saberem o que dizer um ao outro.

– Eu pensei que não voltaria, pensei que me odiasse, que achasse que eu era um monstro, assim como todos os outros. Mas eu senti tanto medo naquela hora que acabei agindo sem pensar, eu não sou daquele jeito Anfitrite, eu juro, não sou um monstro...

– Shhhhh – disse ela colocando o indicador sobre os lábios dele – Tudo bem, está tudo bem agora...

– Eu sinto muito por tê-la assustado daquela forma, me perdoe Anfitrite, por favor me perdoe...

Anfitrite sorri gentilmente para ele. Ela segurou as mãos de Poseidon, e entrelaçou seus dedos nos dele. Aquelas mãos eram cheias de calos e cicatrizes, tão rudes e ao mesmo tempo eram mãos tão quentes e confortáveis. E de alguma forma os dedos dela cabiam perfeitamente entre os dele. Como se tivessem sido feitos para se encaixarem. Ela olha encantada para as mãos entrelaçadas dos dois, e um pouco tímida fala:

– Só prometa-me que nunca mais me fará sentir sozinha novamente, prometa-me que me fará feliz Poseidon.

A forma triste com que aquelas palavras soaram fez o coração do deus se apertar. Ele se ajoelhou em frente a ela, como jamais havia feito para nenhuma mulher antes. Ela o olha com curiosidade, não esperava que Poseidon fizesse tal coisa. Ambos estão nervosos. Mas não deixam de se tocarem.

Poseidon olha dentro dos olhos dela, tão intensos quanto as ondas furiosas do mar, e com o máximo de convicção na voz ele diz:

– Eu juro a você Anfitrite que a farei feliz a qualquer custo, e que nunca mais você se sentirá sozinha novamente. Por isso eu imploro de joelhos que você se torne minha rainha para toda a eternidade.

– Eu aceito ser sua rainha Poseidon.

Tão grande foi sua alegria ao ouvir aquelas palavras que o deus dos mares mal pode se conter. Ele a abraçou com força e ergueu-a, girando suavemente no ar como em uma dança.

Ele a colocou no chão, e foi surpreendido por um beijo.

Anfitrite sentiu seu estomago se contrair, e seu coração acelerar. O mundo parecia ter parado. E a única coisa que existia eram os dois.

Ela não sabia se o amava, talvez aquilo ainda não pudesse ser chamado de amor. Mas havia alguma coisa ali, disso ela tinha certeza. Era um desejo, uma vontade louca de se perder naquele olhar e não se encontrar nunca mais. Talvez um dia ela pudesse amá-lo da mesma forma que ele parecia amá-la, ela iria pedir a Afrodite que isso acontecesse, e talvez algum dia...

De alguma forma estranha e perturbadora Anfitrite sentiu no fundo do seu coração que poderia confiar nele, ela soube quando ele respondeu aquele beijo que nunca mais sentiria medo dele. E um pensamento estranho passou pela cabeça dela. Ela nunca mais iria permitir que ele sofresse por causa dela. Não deixaria nunca mais ele se sentir sozinho, como ela se sentia.

Poseidon sentiu seu coração acelerar pela primeira vez. Aquela sensação estranha estava voltando novamente. A sensação de ter o mundo nas mãos.


Ele jurou a si mesmo que manteria aquela promessa, e que faria qualquer coisa para que isso acontecesse. Ele a faria se apaixonar por ele, a faria amá-lo. Deixaria que ela o conhecesse, que descobrisse todos os seus medos, todas as suas duvidas. Provaria que aquela escolha tinha valido apena. Provaria que não era um monstro, e a manteria a salvo para sempre em seus braços. Porque desde o momento em que a viu ele soube que ela era diferente, que era única. E agora ela dele, inteiramente dele.


Os dias até o casamento passaram rapidamente. Por um pedido de Anfitrite, ela havia ficado na casa do pai, para se despedir dele e de suas irmãs. Mas todas as tardes ele a visitava e juntos subiam a superfície para ver o sol se por. E então, sem nem ao menos perceber, Anfitrite começou a passar os dias almejando a chegada da tarde. E em pouco tempo todos no reino submarino souberam do casamento dos dois. Poseidon havia dito a ela que alguns dias depois do casamento, ele a levaria para conhecer o Olimpo, que estava animado e curioso para saber quem era a bela que havia conseguido acalmar a fera do mar.

Todos comemoravam a felicidade que jamais foi vista antes, o senhor dos mares finalmente encontrou sua esposa, e Anfitrite finalmente encontrou seu lugar.


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Notas finais do capítulo

Bom gente, estamos ai na luta pra conseguir escrever e ver animes ao mesmo tempo ^^

hehehehehehehe

terminei, não é o final, quero reescrevê-la e já comecei, mas está ai, espero que tenham gostado.

Eu tive que mudar algumas coisas, sinto muito

Até

Nessie-cham



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