Radiance escrita por Mih Ward, Hoppe


Capítulo 6
Castigo.


Notas iniciais do capítulo

Ei amores, desculpem a demora, prometo que se tiver bastante reviews eu posto essa semana ainda.
Cap dedicado a todas que comentaram aqui, fiquei super feliz, assim que der eu respondo os reviews. E dedicado especialmente para minha anja Hoppee que fez outra capa pra fic e um banner pro capitulo.



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Acordei com o barulho dos passos de Parvati, parecia que ela estava procurando alguma coisa.

– Perdeu alguma coisa Parvati? - perguntei sonolenta.

– Sim! Não consigo achar meu pergaminho com o dever de Feitiços! - falou desesperada.

– Já tentou um feitiço convocatório?

– Ah Merlin, como eu sou uma idiota! Que tipo de bruxa eu sou? - falou batendo na sua testa - Accio pergaminho de Feitiços.

O pergaminho saiu de debaixo da cama de Lilá indo direto para sua mão estendida. Me levantei rindo e fui me arrumar para descer para o café.

Desci para o salão comunal e encontrei uma Gina tensa me esperando. Então a verdade me atingiu, hoje eu iria descobrir que castigo me dariam, não achava que seria muito pesado pois eles estavam com receio de mim, eu sentia isso. 

– Bom dia - murmurei nervosa.

– Dia - respondei no mesmo tom.

Não falamos nada no caminho para o Salão Principal. Assim que o adentramos os murmúrios cessaram quase que no mesmo instante e os alunos me olharam como se esperassem que eu fosse explodir ou coisa parecida, pelo visto todos sabiam o que tinha acontecido. Andei apressada para a mesa da Grifinória e me entre Neville e Parvati enquanto Gina se sentou em nossa frente.

Os murmúrios voltaram como se nada tivesse acontecido, mas eu não duvidada nada que eu era o assunto deles.

Senti um olhar mais intenso que todos em minhas costas, me virei e encontrei com olhos cinzas e aparentemente frios que me fitavam com intensidade. Devolvi o olhar com o mesmo nível de intensidade, naquele momento eu não me importava mais com os olhares e as fofocas dos outros, nem com Gina e Neville falando comigo, só o que me importava era o dono daqueles olhos tão enigmáticos. Draco Malfoy. Eles me transmitiam segurança, e instantaneamente meu medo e meu receio se dizimaram.

– MADY! – Gina se alterou.

– Oi? - perguntei sem desviar o olhar.

– Você escutou o que eu disse? - perguntou indginada.

– Aham - murmurei sem saber do que ela estava falando.

– Então o que eu disse?

– É...

– Mady! Dá pra você olhar pra mim?

Me virei a contra gosto quebrando nossa troca de olhares.

– Fala Gina - murmurei contrariada.

– Eu e o Neville estávamos te perguntando se você sabe o que Harry está procurando. Sabe, você era bem próxima deles e seu avô que deu a missão pra eles.

– Eu não sei não, ninguém quis me contar, eles disseram que eu tinha que ficar aqui em Hogwarts - falei indignada.

– Ah... Bom, então deixa eu...

Parei de prestar atenção nela e procurei aqueles olhos frios de novo. Mas para minha infelicidade ele já havia saído do Salão Principal. Logo o medo e a insegurança voltaram piores e perdi a vontade de comer. Dei uma desculpa qualquer para meus amigos e fui em direção a aula de Feitiços.

– Bom dia Prof. Flitwick - murmurei nervosa.

– Bom dia.

Logo os alunos começaram a entrar e ocupar seus lugares. Neville se sentou ao meu lado.

– Bom dia turma, hoje iremos aprender sobre o fei... - Flitwick foi interrompido por Amico e Aleto Carrow, que entraram na sala abruptamente me olhando com ódio junto de Snape.

– Dumbledore, venha comigo - falou rudemente Amico.

Congelei, era agora que eu receberia meu castigo.

– Com licença Carrow, mas não posso liberar uma aluna assim com ela estando em aula, é uma matéria importante a não ser que seja de extrema importância - tentou intervir o Prof. Flitwick.

– É de extrema importância a punição de um aluno que foi contra as regras e desrespeitou um professor - disse Aleto com ódio transparecendo na voz - Venha Dumbledore.

Prof. Flitwick tentou argumentar mas se calou com o olhar de Aleto. Fiquei paralisada de medo, não sabia o que eles fariam comigo.

– DUMBLEDORE! - se irritou Amico.

Me levantei apressada e os segui para sala do diretor. Snape murmurou a senha, baixo para eu não escutar e adentramos na antiga sala do meu avô. A última vez que eu tinha estado ali fora quando meu avô ainda estava vivo, Harry em Hogwarts e Voldemort escondido. Ela estava completamente diferente, agora estavam pesadas cortinas pretas que não permitiam que a luz passasse, tapetes com o brasão da Sonserina, as cores predominantes eram o verde e o prata e os quadros dos diretores estavam atrás de grossas cortinas. Na mesa só havia um pergaminho e uma pena longa e preta. Instantaneamente me lembrei da detenção que aquela Umbridge aplicara em Harry anos atrás.

– É simples Dumbledore, você ira escrever... Aleto... - murmurou Amico com o sorriso sádico nos lábios - O que ela escrevera?

– Que tal... "Não devo lançar Crucciatus no professor nem sumir com a varinha dele?" - ela sugeriu em um tom de deboche com o mesmo sorriso que o irmão. Um calafrio percorreu meu corpo.

– O que esta esperando, Dumbledore? - indagou Amico quando me viu fitando-os assustada - Escreva!

Escrevi a frase e soltei uma exclamação de dor. As palavras que apareceram no pergaminho eram brilhantes e vermelhas. Ao mesmo tempo elas se replicaram nas costas da minha mão direita, gravadas na minha pele como se tivessem sido riscadas por um bisturi, então a pele voltou a fechar, deixando o lugar mais vermelho que antes, contudo ainda inteiro.

Olhei para eles que estavam sorrindo cinicamente enquanto observavam a minha frase no pergaminho.

– Está esperando o que para continuar a escrever? - perguntou Aleto.

– Nada - murmurei.

Voltei minha atenção para o pergaminho e escrevi mais uma vez "Não devo lançar Crucciatus no professor nem sumir com a varinha dele.", e senti a ardência nas costas da minha mão pela segunda vez; e de novo as palavras cortaram minha pele sumindo logo depois.

E assim o castigo se seguiu. Repetitivamente eu escrevia as palavras no pergaminho, mas não com tinta, mas com meu próprio sangue. E sucessivamente as palavras eram gravadas nas costas da minha mão, fechavam e apareciam quando eu tocava no pergaminho mais uma vez.

A manhã toda se passou mas eu não perguntaria quando deveria parar. Nem sequer olhei para o relógio. Sabia que eles me observavam à procura de sinais de fraqueza, e eu não manifestaria nenhum, nem mesmo que tivesse que ficar ali o dia inteiro, se cortando com aquela pena.

– Dumbledore, venha aqui - falou Aleto.

Me levantei com a mão ardendo dolorosamente. Quando baixei os olhos vi que o corte se fechara, mas a pele estava em carne viva.

– Mostre-me sua mão.

A estendi e Aleto a segurou nas dela. Reprimi o tremor que me percorreu assim que suas unhas percorreram por minha mão.

– Tss, tss, parece que ainda não foi gravado fundo o bastante - disse sorrindo - Bom, teremos que tentar outra vez amanha não é mesmo? Apareça aqui as 20:00 horas para continuarmos a tarefa.

Saí da sala sem dizer uma palavra, era hora do almoço mas eu não sentia fome e não queria que vissem minha mão nem me perguntassem o que havia acontecido.

Andava sem rumo entre os corredores, não sabia aonde iria, queria ficar sozinha e nesses tempos o melhor lugar para isso era a biblioteca.

Mudei minha rota em direção a biblioteca, os corredores estavam vazios para minha sorte. Adentrei no local e constatei que não havia ninguém nela, nem mesmo Madame Pince, ela deveria está em seus aposentos.

Fui para a parte mais afastada que encontrei e me sentei no chão. Sentia uma enorme vontade de chorar mas eu não queria, eles não mereciam minhas lágrimas. Contudo, assim que olhei para minha mão não consegui agüentar, ela ardia e latejava, e eu tinha certeza que iria formar uma cicatriz. Os soluços logo vieram e eu não os conseguia controlar, chorava tudo aquilo que havia guardado, a angústia da morte de uma pessoa tão importante para mim, o perigo constante que meus amigos corriam a procura de não sei o que para matar Voldemort, o perigo que nós aqui em Hogwarts corríamos também...

Não sei por quanto tempo fiquei encostada ali chorando, só sei que depois de muito choro senti braços frios que em contato com minha pele estavam quentes me abraçando, não precisei levantar a cabeça para descobrir quem era o dono daqueles braços, era ele, Draco Malfoy. O único que me causava aquelas reações. Porem, naquele instante eu não me importei quem ele era ou o que ele me causava, só queria aquela sensação aconchegante que ele me trazia, de certa forma eu me sentia segura em seus braços, sabia que nada iria me acontecer pois ele estava ali para me proteger.

Aos poucos fui me acalmando e finalmente consegui o fitar, seu rosto estava em sua habitual máscara de frieza e indiferença, porém seus olhos, aqueles olhos tão frios e enigmáticos, estavam preocupados e apreensivos.

– O-Obrigada. - agradeci.

– Pelo que? - perguntou confuso.

– Por estar aqui - murmurei secando meus olhos com minha mão machucada. Aquilo foi um grande erro, pois ele viu as costas dela e seus lindos olhos se arregalaram.

– O que é isso? - perguntou assustado tentando pegar minha mão.

– Nada - falei tentando a esconder.

– Deixe-me ver Mady - pediu com a mão estendida.

Mesmo com medo da sua reação eu o mostrei minha mão. Seus olhos se arregalaram ainda mais e demostravam espanto.

– O que aconteceu? - perguntou indignado - O que aqueles monstros a obrigaram a fazer?

Então contei tudo que havia acontecido, sobre o que era a tinta com que eu escrevia no pergaminho e sobre os cortes que ela fazia. Sua mascara continuava intacta, porém em seus olhos havia uma mistura de emoções: ódio, pena, receio...

Ele ainda fitava minha mão, pensando sobre alguma coisa. Ele se levantou abruptamente, parecia transtornado. Fiquei com medo do que ele poderia fazer, não queria que ele se encrencasse por minha culpa.

– Draco, o que você vai fazer?

– Eu... eu... eu não sei, mas eu não posso deixar que eles façam isso com você, é cruel. Precisamos falar com alguém.

– Quem Draco? O diretor? Pois ele estava lá na sala enquanto eu fazia aquelas frases.

– Mas, eu não posso deixar que isso aconteça. Você não entende Mady? Eles não têm o direito de fazer isso com você, e eu não consigo deixar isso de lado. Amanha você terá que ir lá de novo. Agüentar isso tudo mais uma vez. Isso é tão injusto! Você apenas se defendeu!

– Por favor Draco, não faça isso. Eu não vou conseguir perder mais alguém, e eu sei que se você for lá eles vão te matar, acho que fariam o mesmo a mim se eu não tivesse esses poderes ridículos. Fique aqui comigo, por favor - pedi suplicante.

Seus olhos encontraram os meus e vi que ele havia cedido. Sentou de novo e me pois no seu colo de modo que eu ficasse em sua frente. Seus olhos estavam agoniados mais aos poucos foram substituídos por outro sentimento, um sentimento que eu nunca esperaria ver nos olhos de um Sonserino, era amor.

Me aproximei dele de modo que nossas respirações se misturavam, nos olhávamos nos olhos com a mesma intensidade. Meus lábios estavam secos e me vi passando a língua por eles capturando a atenção dele. Seus lábios se abriram a procura de ar e eu estreitei ainda mais o espaço entre nossos corpos. Estava ofegante e me vi olhando para sua boca e a desejando. Ele acabou com o espaço entre nós encostando seus lábios de leve nos meus. Sua língua pediu passagem e eu cedi sem protestos a sua invasão em minha boca. Nossas línguas travavam uma batalha ou uma dança mortal, onde estavam se conhecendo. Minhas mãos que antes estavam em seu pescoço foram na direção do seu peito, não para afastá-lo mas sim para mantê-lo perto de mim, as suas mãos foram para as minhas costas me puxando para perto. Quando o fôlego faltou nos separamos ofegantes e nos olhamos com intensidade. Encostei-me em seu peito e me permiti descansar ali, palavras não foram trocadas, não era preciso. Apenas ficamos ali um apreciando a presença do outro.



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Notas finais do capítulo

E ai? Ficou grandinho esse cap em? Se tiver bastante review lá pra quinta tem mais um :)



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