Radiance escrita por Mih Ward, Hoppe


Capítulo 33
It Was You


Notas iniciais do capítulo

Hello people, adivinhem? Sim, foi eu que fiz o caps. Thanks Hoppe ¬¬
Enfim... Ultimo capitulo genteeeee... ~le pega o lencinho~
Buut, não vou enrolar tanto assim, eu realmente espero que você gostem, fiz com todo meu carinha (e meu drama). So, enjoy *-*
Ah, quem comentar ganha spoiler do epilogo, lálálálá...
Haha, vou responder os reviews assim que fazer o lanche pro meu pai (levo vida de empreguete, eu pego as 7)
Musica do capitulo (muuuuito importante pra dá o clima, ouçam e é linda): http://letras.mus.br/12-stones/1052384/



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Pisquei os olhos atordoada. Onde eu estava?

Olhei para os lados confusa, tentando enxergar alguma coisa além do branco ofuscante. Dei alguns passos receosos para onde eu achava que havia algo.

– Vovô? – eu perguntei confusa, quando o reconheci sentado em um banco afastado.

Chegava a ser um alivio ver algo além do branco naquele estranho lugar. Os olhos azuis genuínos de meu avô me analisavam intensamente, mas o sorriso sereno nunca saíra de seu rosto.

– Kendra – ele me cumprimentou, batendo suas mãos no banco, como se me convidasse a sentar junto com ele.

– Eu morri? – perguntei, me sentando ao seu lado.

– Você acredita nisso? – ele perguntou sereno e eu me vi mais confusa ainda.

– Eu não posso morrer agora... Por que estou aqui? – o encarei, indagando.

– Oh, creio que já saiba o motivo de minha visita – ele respondeu, olhando para o nada a nossa frente.

– Eu não... sei – falei colocando as mãos na cabeça, não conseguia me lembrar de coisa alguma – Draco...

– Sim? – ele me incentivou, voltando a fitar-me.

– Ele está em coma – eu constatei, arregalando os olhos – A batalha... Harry derrotou Voldemort... Draco está internado no St. Mungus há quase três meses... – sacudi a cabeça, tentando clarear meus pensamentos – Vovô, ele irá morrer? É por isso que estou aqui?

– Oh, não acho que saberei responde-la, querida – ele respondeu, sorrindo – Tudo dependerá dele.

– Então...

– Você entende o porquê de deixarem você voltar, não entende? – ele me cortou, os olhos azuis pareciam me radiografar por trás dos óculos meia-lua.

– Porque ele precisava de mim, não é? – eu falei, sem conseguir acompanhar seu raciocínio.

– Sim, e enquanto ele viver, precisará de sua ajuda – ele confirmou, o sorriso diminuindo aos poucos.

– Então se ele escolher não voltar, eu morrerei? – eu perguntei, sentindo minha garganta se fechar com a possibilidade de que ele não queira acordar.

– Creio que sim – ele respondeu.

– Mas... – eu suspirei, piscando e tentando desembaçar minha visão – E Anne?

– Você já a ajudou, querida – ele disse, pegando uma de minhas mãos – Você ajudou a todos.

Eu suspirei novamente, sentindo uma lágrima morna escorrer de um de meus olhos.

– Eu quero que ele volte, vovô – eu murmurei, me sentindo uma criancinha de cinco anos chorando pelo brinquedo que havia perdido – Ele tem que voltar...

Ele não respondeu, olhando para o nada pensativamente.

– Está na hora de acordar – ele falou baixo, se voltando para mim – Seja qual for sua decisão, vocês sempre estarão juntos, Kendra.

– Eu estou com medo – sussurrei, sentindo outra lágrima cair de meus olhos – Não posso perde-lo, não agora.

– Você não irá – ele murmurou, sorrindo genuinamente – Agora acorde, querida.

Senti suas palavras distantes e aos poucos o branco se desfazendo, deixando tudo negro a minha volta, até que abri meus olhos.

– Alguma coisa? – perguntei sonolenta para a mulher a minha frente, que negou melancolicamente.

Me sentei ao seu lado, tomando uma de suas mãos gélidas.

– Acho melhor ir para casa, Sra. Malfoy – eu falei carinhosamente – Não dorme há dias.

– Não quero deixa-lo – ela respondeu, afagando os cabelos platinados de seu filho.

– Se ele acordar, pedirei para que lhe informem – eu disse, enquanto a mulher me olhava com receio.

– Tudo bem – ela falou por fim, se levantando da cadeira relutante – Me avise se algo acontecer, qualquer coisa.

– Eu avisarei – sorri fraco, tomando a cadeira onde ela estava a poucos minutos, pegando a mão do garoto deitado a minha frente, como se estivesse dormindo.

Escutei o fraco ruído da porta se fechando, indicando que eu estava sozinha com Draco.

– Queria que você estivesse aqui – senti minha voz embargando ao mesmo tempo em que meus olhos embaçavam – Você não faz ideia do quanto sinto sua falta.

Apertei sua mão levemente, como eu queria que ele fizesse o mesmo.

– Já irá fazer três meses, Draco – murmurei – Três meses sem ouvir sua voz, sem ver seus olhos... Não vá embora, por favor.

Eu afagava seus cabelos com a mão livre, sentindo algumas lágrimas teimosas caírem por meu rosto.

– Vovô disse que só depende de você, acordar – continuei, como se ele pudesse ouvir – Então por que não acorda?

Olhei para seu rosto, esperando por alguma resposta, algum sinal de que ele me entendia.

– Tenho medo... – murmurei – Medo de que você desista de voltar, de que prefira ficar aí... Vovô disse que eu morrerei também, pois é você que me prende na terra, que é por você que eu voltei – eu ri sem, de fato, achar graça alguma – Queria que você estivesse aqui para dizer o quanto isso é clichê. Você me faz falta...

Funguei, passando uma das mãos pelo rosto, secando as lágrimas.

– Você perdeu tanta coisa... – falei – Acredita que depois do que eu fiz, meus poderes sumiram? – esperei que ele me respondesse, coisa que não aconteceu – Eu não consigo mais sentir outras emoções e todas aquelas coisas estranhas, não acontecem mais... Estou aliviada, de qualquer modo. Minhas emoções já estão suficientemente conturbadas, não preciso de outras mais...

Olhei para o teto branco do hospital, sem realmente saber o que fazer.

– Harry derrotou Voldemort – continuei a contar – Estão reconstruindo Hogwarts agora, Minerva disse que podemos voltar a estudar, se quisermos. Mas eu não sei se quero isso, Hogwarts me trás muitas lembranças ruins, agora. De qualquer forma, se você não voltar, não tem o porquê de me preocupar com isso. Anne está morando com meus pais agora, ela parece feliz, finalmente.

Eu ri, lembrando de como a garota ficou radiante quando meus pais a chamaram para morar conosco, depois que contei a eles sobre o que acontecera com ela.

– Sua mãe fica todos os dias com você – eu falei – Ela te ama muito, também tem medo que você não volte mais. Gina vem aqui algumas vezes, ela disse que aprendeu a conviver com seu ego e seu sarcasmo, e agora estranha à falta dele. Luna também já veio, junto com Neville. Acho que eles estão tendo algo, mas ninguém assumiu ainda.

Parei de falar, minha garganta parecia se fechar e minha voz já saia estrangulada.

– Todos parecem bem, na medida do possível – continuei – Só falta você, Draco. Por favor, não nos abandone. Não depois de tudo que aconteceu, de tudo que passamos juntos... Não acho que conseguiria qualquer coisa sem você, eu já estaria morta, para falar a verdade.

Me voltei para sua face, analisando os traços tão bem conhecidos por mim. Como eu sentia fala de seu sorriso irônico, seus olhos prateados que pareciam tão fáceis de desvendar para mim.

– Quando se tornou tão sentimental, Madeleine? – uma voz rouca e falha murmurou fraco e eu de morei poucos segundos para identificar de onde ela vinha.

– Draco, oh Merlin, você está aqui! – eu sorri verdadeiramente, sentindo novas lágrimas caírem de meus olhos, dessa vez de felicidade.


It was you,
(Foi você)

That showed me who I am,
(Que me mostrou quem eu sou)

And taught me how to stand,
(E me ensinou como suportar)

For what I know is real
(Por o que eu sei que é real)

– Você realmente achou que eu a deixaria? – ele falou novamente e eu não pude conter um gritinho animado.

– Continue falando, por favor – murmurei, rindo como uma criança – Por Merlin, pensei que nunca mais ouviria sua voz.

Ele soltou uma risada fraca, o rosto aos poucos ganhando um pouco mais de cor. Seus olhos prateados brilhavam como nunca.

– Eu tive tanto medo – falei, um pouco mais controlada, me aproximando dele – Eu preciso chamar sua mãe.

– Não! – ele pegou meu pulso, me impedindo de me afastar – Fique aqui.

Seus ol hos estavam tão intensos que não me atrevi a contesta-lo, voltando ao seu lado.

– O que você disse, sobre você morrer, é verdade? – ele perguntou sério.

Eu assenti, enxugando as lágrimas que teimavam cair de meus olhos.

– Vovô disse que eu pude voltar porque precisavam de mim – eu murmurei – Você, Anne... Todos – revirei os olhos, tentando parecer que não era tão relevante – Mas agora eu já ajudei a todos, ninguém realmente precisaria de mim, a não ser você.

– E então, se eu morresse...

– Eu morreria também – completei, o ajudando a se sentar na cama – Fico feliz por você está de volta, de qualquer forma, eu não viveria sem você.

– Parece que ambos precisamos um do outro – ele falou, sorrindo ironicamente.

– Parece que sim – ri, feliz demais para absorver a verdade daquelas palavras.

– Deveria te considerar um anjo, então? – ele comentou divertidamente.

– Não é o primeiro a cogitar isso – murmurei, mais para mim mesma – Anne me chamou de anjo uma vez.

– É a verdade – ele falou, sem vestígio algum de sarcasmo ou ironia – Você me salvou.

– Como... – o olhei confusa.

– Eu escutei sua voz – ele esclareceu - Quando eu estava desistindo, quando iria me entregar a escuridão, eu escutei sua voz. Foi assim que eu consegui voltar, por sua causa.

I was sick of all the pain,
(Eu estava cansado de toda esta dor)

Tired of all the shame that I felt,
(Cansado de toda a vergonha que eu sentia)

But you showed me a way,
(Mas você me mostrou o caminho)

To never have a doubt,
(Para nunca ter dúvidas)

And always to believe in myself,
(E sempre acreditar em mim mesmo)

Now i see,
(Agora eu vejo)

– Quando se tornou tão sentimental, Draco? – repeti sua pergunta, mas o sorriso bobo em meu rosto não me dava muita credibilidade.

– Acho que experiências de quase morte podem fazer isso com as pessoas – ele respondeu ironicamente e eu ri, boba.

– Senti sua falta – murmurei, me aproximando um pouco mais, deixando nossos rostos a centímetros um do outro.

Ele sorriu, seus olhos como prata liquida, tão serenos e diferentes, que espantavam.

– Fico feliz em ouvir isso – ele respondeu, acabando com a curta distancia e selando nossos lábios.

Now I'm breathing for the first time,
(Agora estou respirando pela primeira vez)

And I'm leaving all this behind,
(E estou deixando tudo isso para trás)

I've become what I am because of you,
(Eu me tornei o que eu sou por sua causa)

It was you,
(Foi você)

Separei nossos lábios depois de um tempo, em busca de ar.

– Eu amo você – as palavras saíram repentinamente e eu arregalei os olhos percebendo o quanto elas pareciam certas.

– Também a amo – ele respondeu, enquanto eu me aconchegava em seu peito, suspirando.

I'm so sorry about the ways,
(Eu lamento muito pelos caminhos)

That I can't take away my past,
(É que eu não posso desaparecer com meu passado)

But you loved me anyway,
Mas você me amou mesmo assim)

And now I wanna do,
(E agora eu quero fazer)

Everything for you that I can,
(Qualquer coisa que eu possa por você)

Even though it won't erase,
(Mesmo sabendo que não apagarei)

The foolish things that I've done,
(As coisas idiotas que eu fiz)

Things that blinded me,
(Coisas que me cegaram)

But now I see,

(Mas agora eu vejo)

Tentei me lembrar de quanto exatamente fiquei tão idiotamente apaixonada, não fora um dia definido. Draco me conquistou com gestos, sorrisos e ironias. Sua dor, seu medo... Todos os seus defeitos faziam com que eu o quisesse mais e mais. Quisesse o ajudar, ajuda-lo a superar tudo. Acho que começou no dia em que o vi chorando, parecia tão indefeso... tão diferente da habitual frieza.

So how can I make this up to you,
(Então como eu posso fazer isso por você)

I'll fight and I'll push and I'll strive,
(Lutarei e empurrarei e me esforçarei)

Now that I'm living my life for you,
(Agora estou vivendo por você)

I'll fight and I'll push and I'll strive,
(Lutarei e empurrarei e me esforçarei)

Can't you see,
(Você não vê)

– Quer namorar comigo? – ele perguntou repentinamente, me virei para encara-lo, confusa.

O analisei por alguns segundos, buscando alguma ironia em seu sorriso e seus olhos, não achei.

– Pensei que já estivéssemos namorando – respondi finalmente, já sorrindo.

– Fico feliz que pense o mesmo – ele murmurou, selando mais uma vez nossos lábios.

I can see the writing on the wall,

(Posso ver as escritas nas paredes)

As time begins to crawl away from me,

(Como o tempo começa a rastejar longe de mim)

And i've become what I am because of you,
(Eu me tornei o que eu sou por sua causa)

It was you.
(Foi você)



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Notas finais do capítulo

Então? Please, digam o que acharam... *-*
E ah, muuuuuito obrigada pelos mais de 300 reviews, vocês são fo*as!



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