Radiance escrita por Mih Ward, Hoppe


Capítulo 32
Anjo, eu?


Notas iniciais do capítulo

Milena: Como eu falei em My Dear, a culpa da demora é toda da Hoppe, primeiro era que ela que tinha que fazer esse capitulo, mas como ela é uma lerda, eu acabei me irritando e fiz ( a um tempinho já), só que ele precisava ser betado e ela ficou enrolando! Ou seja, culpem ela!
Ah, esse é o nosso penúltimo capitulo (D:), só vai ter mais um e provavelmente um epilogo, então, por favor, comentem o que acharam.
Serio gente, precisamos de comentários e recomendações. Alias, quem comentar nesse capitulo vai ganhar um spoiler, sim, um pedacinho do ultimo capitulo, que eu vou mandar por MP.



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Eu via duelos, sangue e corpos por qualquer lugar que eu olhasse, minha cabeça latejava com a grande confusão de sensações e sentimentos que aquilo me trazia, era perturbador.

Há tempos havia me perdido de Draco, quando alguns comensais nos cercaram e ele falou para que eu corresse para ajudar Luna, que lutava com três comensais ao mesmo tempo.

Apesar de tudo, era clara a vantagem do nosso lado sobre os comensais, visto que muitos deles haviam aparatado quando viram que Harry estava vivo, por medo. Os defensores da escola lutavam com considerável confiança, que foi completamente restaurada graças a Harry.

Era estranho como algumas pessoas me olhavam surpresas e confusas, outras nem ao menos sabiam que eu realmente estava viva. Eu queria encontrar Neville ou Gina, ainda não os havia visto, mas os dois não estavam em qualquer lugar visível. Eu sabia que Harry estava tentando matar Nagini ou, até mesmo, Voldemort e provavelmente Ron e Hermione estariam com eles.

Eu também precisava achar Draco, me dava grande angustia não saber onde ele estava ou se estava bem, mas os comensais pareciam saber disso já que a cada passo que eu dava para dentro do castelo aparecia algum para me atacar.

- Estupefaça! – murmurei irritada para um que entrou em minha frente. Chegava a ser patética a habilidade de alguns em duelos.

- Mady! – escutei um grito infantil e angustiado vindo de algum lugar por perto e meu coração se apertou ao reconhecer a voz doce de Anne.

- Anne? – a chamei, procurando com os olhos.

- Mady, me ajude! – ela parecia assustada e ao reconhecer este sentimento, me deixei ser guiada por ele, tentando ser o mais rápida possível, não poderia deixar que nada acontecesse com a frágil garota, não quando ela já havia passado por tanto...

- Confringo! – lanço com raiva e o comensal que a prendia contra parede cai, desacordado.

- Ah! – Anne solta um grito assustado mas assim que me vê corre em minha direção, me abraçando.

- Você está viva! – sua voz sai abafada e parece que estava chorando – Achei que tinha te perdido.

- Eu estou aqui, calma – murmuro, acariciando seus cabelos – Por que me chamou, se achava que eu estava morta?

- Eu sabia que você iria me salvar, é isso que anjos fazem – ela falou, ainda sem olhar para mim e por um momento eu fico sem fala, minha respiração presa.

- Anjo? – balbucio incerta.

- Sim, você é meu anjo, Mady – ela se vira para mim, seus olhos brilhando mais que nunca – Eu precisava de você aqui e você apareceu.

Eu sorri ternamente, me recordando vagamente do que meu avô falava, que havia pessoas precisando de mim aqui, por isso eu poderia voltar.

- Não vou deixar que nada aconteça com você, certo? – eu pergunto, me agachando para ficar a sua altura.

- Eu sei – ela murmura infantilmente, me abraçando com força – Mas tem mais pessoas precisando de você agora Mady, Hogwarts precisa de você.

Eu sorri novamente, me levantando e me separando da garotinha.

- Promete que irá tomar cuidado? – eu pergunto, a olhando séria.

- Vou ajudar Madame Pomfrey – ela informou e logo se afastou.

Suspirei profundamente e só naquele momento estranhei o fato de que ninguém tentara nos atacar, estávamos completamente indefesas.

Olho ao meu redor e vejo alguns comensais sendo impedidos de andar até mim e Anne.

- O que... – eu murmuro atordoada e de repente me sinto calma e reconfortada, logo entendendo o que era aquilo – Obrigada vovô – falo olhando para cima e ao mesmo tempo que Anne vira um corredor, a barreira se dissipa e três comensais me atacam ao mesmo tempo.

- Protego! Wingardium Leviosa. Orbis! – me protejo, os faço levitar e rapidamente eles se desintegram, devido ao último feitiço. Eu deveria me sentir mal por suas mortes, mas com todos os sentimentos sufocantes das outras pessoas, minha culpa não é tão relevante assim.

Corri até o Salão Principal, agradecendo por não ser interrompida por ninguém e quando finalmente chego em sua entrada vejo o mais perfeito caos. Feridos se espremem no que resta das paredes, corpos estão jogados pelo chão e sangue cobre boa parte do salão. Os gritos de dor e os feitiços conjurados preenchem o ar e minha cabeça lateja.

- Estupore! – um Comensal que atacava uma garota cai no chão, desacordado e ela sorri para mim, agradecida.

Escuto um grito conhecido ao mesmo tempo que vejo Sra. Weasley duelando com Bellatrix que ri abertamente.

- Minha filha não, sua vadia! – ela grita e por um momento penso o pior sobre Gina, mas logo a vejo em um canto por perto, ofegante.

- Gina! – gritei correndo em sua direção e ela me fita de olhos arregalados ao mesmo tempo que escuto o grito de Bellatrix.

- M-Mady? – ela pergunta incerta e eu concordo com a cabeça, a abraçando – Eu achei que você est...

- Shiiu – eu a impeço de continuar a falar – Depois eu explico, está bem?

Ela assentiu, os olhos brilhantes por lágrimas mas antes que possa dizer algo uma forte dor me atinge e eu caio de joelhos ao chão.

- Mady! – ela grita assustada e, com as varinhas em punho, procura alguém que provavelmente estaria me atacando, mas sei que não é isso.

- Draco... – eu falo angustiada, juntando minhas forças e me levantando – Draco!

- O que está acontecendo? – ela pergunta confusa e assustada.

- Eu preciso acha-lo, ele está em perigo – eu balbucio, procurando ele pelo salão, sem sucesso – Ele vai morrer! – eu grito desesperada, as lágrimas dificultam minha visão - Eu não posso deixar que isso aconteça!

- Mady, eu ac...

Mas eu não fiquei para ouvir o resto da frase, pois o avistei do outro lado do Salão Principal, cercado por cinco comensais e aparentemente sem sua varinha.

Ele curvou-se ao chão, gemendo de dor enquanto os comensais gargalhavam.

- Não! – gritei novamente, correndo em sua direção, mas ele estava longe demais.

Não escutei que feitiço foi lançado, porém segundos antes que eu chegasse perto deles, Draco caiu no chão, inconsciente.

- DRACO! –gritei, correndo até ele e me jogando ao seu lado. Seu corpo inteiro estava coberto por cortes que não paravam de jorrar sangue, ele não me respondia.

Escutei a risada escandalosa de um dos comensais e o fitei em fúria.

- É o que acontece com os fracos, aqueles que se permitem amar – um deles comenta maldosamente– Olhe como ele é patético! Ele poderia ser grande, mas trocou tudo pelo amor, pod...

- CHEGA! – gritei furiosa, me levantando e os encarando. Minha visão estava tingida de vermelho e eu cerrava meus punhos, minha varinha estava ao lado de Draco e eles não pareciam nem um pouco intimidados comigo – ISSO TERMINA AGORA!

Um deles parecia prestes a fazer algum comentário debochado, mas suas expressões se tornaram assustadas de repente e eles deram vários passos para trás. Não entendia o que estava acontecendo, porém assim que olhei para mim mesma, notei que eu não estava mais no chão, uma estranha luz branca me envolvia e eu flutuava a vários centímetros do solo.

Todos pararam de lutar e olhavam para mim assustados, fitei cada um de seus rostos. Quase todos pareciam machucados e eu reconhecia vários rostos caídos no chão. Me lembrei de Lupin, Tonks, Snape, Fred e a raiva cresceu ainda mais. Me lembrei de Anne, havia perdido sua mãe por eles, seu pai era um monstro. Harry, que havia perdido seus pais e desde então carregava o grande fardo de ser aquele que derrotou Voldemort pela primeira vez. Hermione tivera que apagar a memoria dos pais para a própria proteção deles. Os Weasley haviam perdido um filho, eu havia perdido meu avô e Draco... O quão tudo poderia ter sido diferente se ele não fosse criado naquele ambiente? Será que ele estaria aqui, aos meus pés, praticamente morto? A dor e o medo de todos, além da minha, me sufocavam e eu não aguentava mais, aquilo tinha que ter um fim, todos haviam sofrido demais.

- ACABOU! – eu gritei o mais alto que eu conseguia, ao mesmo tempo em que aquela luz se propagava, cobrindo todo o salão por alguns segundos.

Eu pisquei aturdida e a luz sumiu por completo e cai no chão, ao lado de Draco.

Escutei ofegos assustados e quando me virei para eles, noto a estranha falta dos comensais da morte.

- Mady? – escuto a voz receosa de Gina, mas estou assustada demais para responde-la, o chão estava, além de coberto por sangue, com um estranho pó negro, eram como cinzas.

Aos poucos o salão começou a falar rapidamente, todos expressando suas dúvidas e receios, ninguém sabia direito o que havia acontecido, muito menos eu.

Porém, naquele momento, pouco me importava com qualquer coisa que acontecia ao meu redor. Me voltei para Draco, que estava cada vez mais pálido e gélido, os cortes ainda expeliam sangue e eu sabia que sua vida escapa por entre meus dedos, mas eu não poderia deixa-lo ir, não agora.

- Draco, por favor! – eu chorava, murmurando um feitiço para fechar os cortes – Por favor, não me deixe agora...

Eu o abracei, sem me importar com o sangue ou qualquer outra coisa, meu coração doía e parecia que eu ia sufocar a qualquer momento.

Sabia que Neville, Luna e Gina estavam perto de mim, em silêncio. Sabia que Luna chorava e Gina abraçava a si mesma. Sabia que muitos estavam comemorando a derrota dos comensais e outros estavam perguntando-se sobre Voldemort e Harry. Eu sabia de tudo aquilo, mas não fazia a menor diferença em algo. A dor me consumia e eu sabia que não poderia fazer mais nada, ele havia perdido muito sangue e todos estavam muito ocupados com outros feridos para tentar ajudar alguém que não parecia ter chances de sobreviver.

- Mady? – uma voz infantil e chorosa me chamou e a pequena garotinha se sentou ao meu lado, me abraçando de lado – Ele não vai te deixar, anjo. 


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Notas finais do capítulo

So, comentem. VALENDO SPOILERS, UHU!



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