Radiance escrita por Mih Ward, Hoppe


Capítulo 22
Reconciliação?


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, aqui está o capitulo de hoje, mesmo eu ainda estando meio triste pelos coments, dessa vez foram quatro e é por vocês, meninas, esse capitulo de hoje, obrigada por não me fazerem desistir ;)



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Madeleine:

– Onde estamos? – Harry perguntou quando todo o alvoroço se acalmou, olhando atentamente para sala desconhecida.

– Draco a encontrou – eu respondi calmamente, sem conter um sorriso.

– Malfoy? – Harry perguntou assustado, seus sentimentos conflitantes.

– É, ele faz parte da AD agora – Neville comentou amargamente, fazendo uma careta de desagrado.

O lancei um olhar desaprovador e ele revirou os olhos.

– Onde ele está então? – Ron perguntou, como se duvidasse.

– Está ali... Cadê ele? – perguntei ao não o achar onde estava antes.

– Ele saiu – um quintanista lufano respondeu com simplicidade.

– Como assim saiu? – perguntei assustada e ele apenas deu de ombros.

– Mady... – Gina começou a falar, mas eu a cortei rapidamente.

– Não adianta falar nada – respondi, pegando minha capa e me preparando para sair do esconderijo.

– Onde você vai? – Harry me impediu, segurando um de meus braços.

– Eu preciso acha-lo – murmurei séria, olhando em seus olhos intensamente – Ele faria o mesmo por mim.

– Mas Mady, estão atrás de nós, se eles... – Neville parou de falar assim que o lancei um olhar cortante.

– Vá Mady, mas cuidado – Luna me encorajou, recebendo um olhar desaprovador de meus amigos.

– Obrigada – a agradeci, me soltando de Harry e saindo da sala.

Assim que sai, parei de sentir os sentimentos dos membros da AD e a porta começou a sumir, logo se tornando invisível.

Respirei fundo, descendo as escadas rapidamente.

– Mady, espere! – parei assim que ouvi a voz de Harry me chamando. Ele estava relutante.

– Nada que você falar vai me impedir – avisei o olhando irritada, por que ninguém o aceitava?

– Eu sei – ele suspirou pesadamente, ficando em minha frente – Tome – ele me estendeu uma capa, me olhando intensamente, como eu havia feito segundos atrás com ele – Você vai precisar mais do que eu – ele disse ao notar meu olhar indagador. E então, como em um estalo, eu entendi. Aquela era a capa da invisibilidade.

– Harry, eu... – murmurei relutante, receosa em aceitar.

Ele me lançou um olhar incisivo, desejando que eu aceitasse. Suspirei pesadamente, mas assenti, pegando a capa e colocando-a, enquanto ele sorria e entrava novamente no esconderijo.

– Obrigada – agradeci, mas ele já havia fechado a porta, que logo voltou a sumir.

Suspirei, me virando para o corujal, pensando em que lugar Draco provavelmente estaria.

Eu caminhava silenciosamente pelos corredores desertos do castelo, a tempos já havia passado do horário de recolher.

Eu não tinha a mínima ideia de onde ele estaria, obviamente não seria seu Salão Comunal, já que era considerado um traidor por lá, coisa que eu sabia que o deixava desconfortável e triste, eu sentia. Foi então, que uma ideia me ocorreu, e se eu tentasse me guiar por seus sentimentos? Eu já havia percebido que conseguia diferenciar os sentimentos daqueles mais próximos de mim, de modo a saber de quem eles seriam, sem precisar olhar. Os sentimentos dos meus amigos eram mais fortes, mais conhecidos e fáceis de detectar, eu poderia usar isso.

Parei em um dos corredores, primeiro observando para ter a certeza de que estava sozinha, para então fechar os olhos, tentando me concentrar nos sentimentos de Draco. De inicio nada ocorreu, me fazendo bufar, frustrada. Mas eu não poderia desistir, tinha que acha-lo.

Fechei novamente os olhos, respirando fundo, eu conseguiria. Todos os sentimentos dos alunos adormecidos passavam por mim com intensidade, mas apenas um me chamou atenção, era mágoa. Me concentrei em seu dono e arfei quando ele se tornou mais intenso, era Draco.

Abri os olhos, um pouco assustada pela força desse sentimento, mas tentei não pensar muito, buscando apenas sentir. Recomecei a andar confiante, parecia que um rastro luminoso se formava em minha mente, me indicando o caminho a seguir.

Depois de um tempo, cheguei ao local onde o rastro terminara, o local onde Draco estava, a torre de astronomia.

Entrei sorrateiramente, tentando não fazer barulho. Ele estava virado para o céu, a lua solitária que tentava achar um lugar pelas densas nuvens. Seus olhos brilhavam e ele parecia mais pálido que o normal.

– Sei que está aqui – ele murmurou baixo, sem tirar os olhos da lua.

– Por que fugiu? – perguntei, tentava controlar a irritação que crescia cada vez mais em meu peito.

– Eu não fugi – ele riu sarcasticamente – Apenas deixei você matar a saudade do seu amiguinho – falou amargo – Não queria que você achasse que tinha alguma obrigação comigo. Afinal, nós não temos nada né?

Eu arfei, sentindo como se estivessem cravado uma faca em meu peito. Ele me olhava com intensidade, demostrando toda sua dor no olhar, a dor que eu sentia, se misturando com a minha.

– Por que diz isso? – minha voz saiu fraca, eu já havia a tempos tirado a capa de Harry e sentia meus olhos marejarem.

– Eu já entendi Madeleine – ele disse se aproximando lentamente, como uma cobra – Já entendi tudo.

– Tudo o que? Eu não consigo entender onde você quer chegar – murmurei confusa dando um passo involuntário para trás.

– Mas é claro que sabe – ele riu novamente, sua risada parecia repleta de dor que me fez sentir uma pontada no coração – Eu fui apenas um passatempo, não é? Apenas alguém para te fazer esquecer um pouco o Potter enquanto ele estava longe. Bom, agora não sou mais necessário, ele voltou, não é?

– O que? – perguntei atordoada, deixando uma lágrima escapar de meus olhos – É isso que você pensa de mim? Acha que eu te usei?

– É o que parece, certo? – ele comentou amargo, voltando seu olhar para o céu, onde a lua havia sido encoberta, deixando tudo escuro.

– Eu pensava que você confiasse em mim Malfoy – murmurei , deixando outra lagrima cair.

– Eu confiava – ele disse simplesmente – Eu realmente confiava.

– Mas que droga, garoto! – eu exclamei, irritada – Por que você sempre tem que estragar tudo? Por que sempre entende tudo errado?

– O que é o certo então?- ele aumentou o tom de voz, voltando a se aproximar – Vamos, me diga!

– Eu te amo, seu imbecil! – gritei irritada, agora as lágrimas corriam livremente pelo meu rosto – Eu te amo tanto que chega a doer, sabia? Isso doí, Draco. Doí tanto que eu não sei se vou aguentar, tenho medo de um dia simplesmente cair, morta, sem conseguir suportar isso tudo. Você não entende? Isso não é natural, não deveria machucar tanto, não é? Droga, eu deveria te odiar! Deveria...

– Shiiiu – ele havia se aproximado e colocara um de seus dedos em minha boca, me calando – Fico feliz de saber que não sou o único que se sente assim, achava que estava ficando louco – ele riu baixo, me apoiando na parede e selando nossos lábios – Me desculpe, eu acredito em você.

Eu sorri e ele enxugou as ultimas lágrimas que ainda caiam de meu rosto.

– Vamos – me separei dele, entrelaçando nossas mãos – Temos uma guerra pra vencer.

Ele riu, encostando suavemente nossos lábios, antes de pegar a capa que eu havia jogado no chão e coberto a nós dois.


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Notas finais do capítulo

So, coments! E até amanha ;)



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