Radiance escrita por Mih Ward, Hoppe


Capítulo 13
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Notas iniciais do capítulo

Ei pessoal, eu to me sentindo uma folgada, porque de novo a Hoppee que fez... Mas o que eu posso fazer se essas cenas ela faz com maestria (uh, palavra dificil)
Bom, enfim... eu espero que gostem...



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Antes de dar o primeiro passo, repassei pela minha mente os motivos dos quais minha vida não valia a pena, dos quais não iria importar se eu morresse. Não me restara ninguém, era egoísmo da minha parte, meus pais sofreriam com isso mas logo se recuperariam, afinal, não poderiam sofrer para sempre.

Eu tinha motivos o bastante para fazer aquilo, aquele ato de suicídio, mas era por Draco Malfoy. Eu faria aquilo, era por ele, só ele.

De olhos fechados, dei o primeiro passo e logo os abri, já estava encostada no portão do enorme casarão. Observei novamente o caminho tortuoso que levava a ela, os gritos já não eram mais ouvidos, o estranho e sombrio silêncio.

Tirei minha varinha e apontei para qualquer lugar do portão, teria de explodi-lo. Estava tão nervosa que me esquecera do fato, de que talvez houvesse um alarme que logo se ativaria e eu seria morta em apenas breves segundos.

- Alohomo...- estava prestes a completar o encantamento, antes que uma mão tampasse minha boca e a outra agarrasse meu braço puxando-me para longe de lá.

Era a hora, pensei, era meu fim. Fechei os olhos esperando pelo clarão verde que levaria minha vida e minha alma. Porém, nada aconteceu depois de breves minutos. Talvez eles quisessem me torturar antes, pensei novamente, eram Comensais da Morte, o que eu poderia esperar?

Mas eu estava ali para salvar Draco, e não para um ato suicídio. Tentei gritar, porém, as mãos continuavam em minha boca abafando meu grito, tentei espernear, me soltar, pular, mas nada surtira efeito.

Cansada, relaxei meu corpo. Aos poucos, a mão se afastou da minha boca, porém, a outra continuou presa aos meus braços.

- O que pensa que está fazendo, Kendra? – perguntou uma voz familiar. Arrastada, fria, ácida. Severus Snape.

- Não me chame de Kendra! – gritei, porém, ele voltou a me calar colocando sua mão sobre a minha boca.

E quando percebeu que eu me acalmara, abaixou sua mão. Respirei fundo, ignorando sua presença e voltei a andar em direção ao portão da mansão. No entanto, ele se movimentou como uma cobra parando logo a minha frente.

- Saia daqui, Snape! – exclamei apertando minha varinha.

- Digo o mesmo a você, Madeleine – falou ríspido – O que diabos está fazendo aqui? Enlouqueceu?

Ele agarrou novamente meu braço, porém, me soltei do seu aperto.

- Você não entende! – meus olhos lacrimejaram – Ninguém entenderá! Draco está em perigo! Está lá dentro! Voldemort saberá de tudo! Ele o matará! Não posso deixar isso acontecer! – e sem perceber, minha voz fora se elevando até chegar aos gritos, novamente.

As lágrimas voltaram a cair copiosamente pelo meu rosto, minha garganta se fechava aos poucos mas não permiti que os soluços saíssem. Não queria me fazer de fraca em frente a Severus Snape, eu teria de ser forte como meu avô, teria de mostrar a ele que eu era como Alvo Dumbledore, que eu era a legítima e única neta da pessoa do qual ele matará covardemente.

- Vá embora, Madeleine – murmurou ele, hesitante olhando apreensivo para algo detrás de mim. De alguma forma, me parecera que ele não sabia que Draco estava ali.

- Não – murmurei firme.

- Vá... Embora – falou ele, ameaçadoramente, entre dentes agarrando meus braços.

- Não – repeti, e surpreendentemente, minha voz saíra mais firme.

Ele suspirou.

- Isso não é uma brincadeira, Madeleine – falou – Você tem que ir agora.

- Eu não viajei tudo isso por nada, Snape – cuspi – Eu vou entrar lá, e ninguém me impedirá.

- Ah! É mesmo? – a expressão de sarcasmo se formou em seu rosto.

Passei novamente por ele, em direção ao portão da mansão, porém, ele novamente agarrou meu braço.

- Vá embora – sibilou.

E por um instante, minha pose rígida relaxou e minha expressão de frieza, se foi.

- Por favor... – supliquei – É pela vida dele... É minha vez de salvá-lo!

- Você não sabe o quanto tudo isso é perigoso... – murmurou ele – Vá embora enquanto há tempo, Kendra.

- Você é diferente deles, Snape – falei depois de alguns instantes ponderando comigo mesma – Se você fosse como eles, já teria me matado e me levado ao seu mestre.

- Entenda que durante todos esses anos, eu fui leal ao seu avô – falou ele com os olhos negros distante.

- Então por que...

- Eu o matei? – completou e eu assenti – Fora preciso e até hoje, me sinto culpado por tê-lo tirado de você, Madeleine...

- Se quer concertar tudo hoje... – hesitei – Me ajude a entrar na mansão...

Ele me olhou com uma fusão estranha de relutância e dor.

- Vista isto... – e rapidamente conjurara uma capa negra jogando sobre os meus ombros, levantando o capuz cobrindo minha cabeça.

Havia uma frase que dizia: Se não viver por algo, vai morrer por nada. E de fato, ela estava certa. Eu vivia por Draco Malfoy e talvez, morreria por ele. Não me importava, aquela era uma forma nobre de morrer e eu também havia muitos motivos que me fariam fazer aquilo.

Em um movimento com a varinha, as trancas do enorme portão do qual pendia o brasão serpentino da família Malfoy, se abriu. Ele olhou para os lados, constatando que estava seguro, e me puxou.

- Continue com o capuz levantado – me explicava ele com sua voz gélida e dura, sem sequer me encarar – Não levante a cabeça, procure-o e tente sair o mais rápido possível, manterei o portão aberto por apenas 13 minutos.

Assenti e ele soltou meu braço e antes que eu pudesse correr, ele me encarou de frente.

- Boa sorte, Madeleine – murmurou – Tome cuidado. E não se esqueça: Você é uma Dumbledore, a coragem sempre correrá pelo seu sangue.

Meu coração pulsava de forma irregular, meu sangue corria como uma torrente enfurecida e não pude raciocinar sua frase. Comecei a correr pelo tortuoso corredor que levava a Mansão Malfoy. Um feixe de luz verde foi lançado em minha direção, me sobressaltando. Rapidamente me abaixei e saquei a varinha, olhando para a direção do qual o feitiço fora lançado.

A estátua de um dragão do qual cuspira o feitiço em minha direção pareceu se mover e se preparar para outro golpe. Olhei ao redor percebendo que o imenso jardim possuía muitas outras armadilhas.

- É por você Draco... – sussurrei trêmula, apontado a varinha para a estátua de dragão – Bombarda! – a estátua explodiu se desfazendo instantaneamente.

Então, recomecei minha corrida.


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