Radiance escrita por Mih Ward, Hoppe


Capítulo 11
Varinha das Varinhas


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas lindas do meu coração! Perceberam que eu to animada? Bom, vou explicar porque, são dois motivos.
1° Esse capitulo está perfeito, pois foi minha divã que fez, a DearHoppeFrozen. E agora ela é minha beta! Viu que perfeitoo?
2° Ela me colocou como beta de uma fic dela, o nome é Morphine, a historia é muito perfeita, e ela fez uma troca comigo, ela escreveu esse capitulo e eu escrevi um pra ela... Então se puderem passar lá para dizerem o que acharam eu agradeço ok??



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Com muita hesitação e relutância, Madame Pomfrey me deixara voltar ao meu dormitório com a minha desculpa de que preferia minha cama.

Andei lentamente em direção ao Salão Comunal da Grifinória ainda sentindo as incômodas dores pelo corpo. E então, murmúrios soaram fazendo-me parar. Uma delas era tão reconhecível que me trazia boas lembranças, no entanto, a outra me fez voltar à noite passada, a dor e ao meu desejo incessante de morrer.

Esgueirei-me pelo corredor e me encostei na parede gélida tentando ignorar a dor pelo corpo.

- Mi lorde o quer de volta á mansão – a voz de Aleto fazia tão mal aos meus ouvidos quanto um quadro negro sendo riscado, era fria e aguda.

- Por quê? – já a voz de Draco, estranhamente, me fazia bem. Era arrastada e ao mesmo tempo envolta por um mistério do qual me intrigava.

- Não faça perguntas! – Aleto o cortou friamente, talvez tenha acontecido algo na noite passada que a deixara furiosa com ele – Arrume suas malas, Amico o levara de volta.

O barulho dos sapatos de salto alto de Aleto soou logo em seguida fazendo eco pelo silencioso e deserto corredor, se distanciando aos poucos.

Esperei longos minutos e logo que constatei que não havia mais ninguém ali com exceção de Draco, me desencostei da parede e dobrei o corredor. Ele andava lentamente em direção que deduzi ser o Salão Comunal da Sonserina.

- Não pode ir embora! – exclamei fazendo eco pelo local. Ele se sobressaltou, virando-se para mim e arregalando os olhos.

- Mady... – ele deu um passo em minha direção. Um soluço inesperado escapou pelos meus lábios enquanto andava depressa ao seu encontro e o abraçava – Eu...

- Você não pode voltar pra lá! É horrível – as lágrimas ameaçavam cair tentando suprimir meus esforços.

- Eu não tenho escolha – murmurou ele melancolicamente – Eu... Tenho que ir.

Balancei a cabeça negativamente sussurrando a mim mesma que aquilo não era real. Ele não podia voltar, não podia... Voldemort o mataria se visse em sua mente tudo o que havíamos passado, e era insuportável a mim pensar no fato de que ele estaria sofrendo. Longe de mim.

- Preciso ir agora... – ele tentou se afastar de mim e finalmente, meus esforços foram subestimados pelas lágrimas que começaram a cair copiosamente pelo meu rosto – Não chore, minha Mady... – ele voltou a se aproximar de mim encostando seus lábios em uma das lágrimas que rolara pela maçã do meu rosto. Me sentia patética chorar diante de um ser tão frio como Draco, mas não me importava de certa forma. Ele estava indo embora e talvez, eu nunca o veria mais.

Ele se afastou de mim subitamente e com movimentos sinuosos e rápidos, como uma cobra, andou de volta ao seu Salão Comunal.

“ – A arte de duelar não está na força ou na habilidade – murmurava meu avô enquanto com um feitiço mudo bloqueava meus patéticos e fracos feitiços de desarmamento, seus movimentos eram rápidos e frenéticos – Não importa a varinha ou o poder do duelista... – falava ele e me pareceu que sua poderosa Varinha das Varinhas reluziu em minha direção – O que vale é o poder que há de dentro de nós, nossa força interior, é acreditar em nós mesmos que conseguimos.

Expelliarmus! – exclamei com mais força sabendo que ele novamente bloquearia, porém, o feitiço pareceu pegá-lo de surpresa fazendo sua varinha voar metros longe. Logo, ela magicamente flutuou em minha direção caindo em minhas mãos. Ela reluziu mais intensamente imitindo um brilho fluorecente.

Exausta, me sentei em um dos degraus da pequena escadaria da sua sala. Ofeguei e ele se sentou ao meu lado. Lhe estendi de volta a varinha, porém, ele empurrou de leve minha mão.

- Ela é sua agora... – falou ele expondo um sorrisinho bondoso e cansado.

- O quê? – perguntei exasperada – Claro que não! É sua! O que uma garota de 14 anos pode fazer com a varinha mais poderosa do mundo?

- Você a conquistou honestamente, Madeleine – falou ele – Isso que dizer que você tem poder bastante para usá-la como teve poder o bastante para conquistá-la, portanto, é sua agora. Contudo, deve-se usá-la com grande cautela e não subestime seu poder, por vezes é perigoso.

Olhei para a varinha em minhas mãos. Soava tão bem dizer a mim mesma que era minha varinha, que eu conseguira conquistá-la... Que eu era dona da Varinha das Varinhas.”

Sequei a única lágrima que escorrera pelo meu rosto. Pensar em meu avô não doía mais como antes e por um lado, era bom ter aquelas claras lembranças dele. O quarto estava escuro, Gina provavelmente estava na aula de Herbologia.

Voltei a deitar minha cabeça no travesseiro macio relaxando meu corpo dolorido no colchão macio. Fechei os olhos aproveitando aquele doce silêncio e me afundando novamente em minhas lembranças.

E então a idéia que me ocorreu repentinamente em minha mente me veio com um baque surdo. Imediatamente, abri os olhos levantando da cama de súbito e ignorando a pontada aguda em meu estômago.

Corri pelo quarto e escancarei meu armário abrindo o fundo falso do qual havia uma caixa de veludo azul. Peguei a caixa soprando a poeira branca que se acumulara sobre a tampa e abri.

Rocei os dedos pela varinha sentindo um calor na ponta deles, peguei ela deixando a caixa de lado. E como da primeira vez, e se possível mais forte, o brilho iluminou o quarto aquecendo meu corpo e me livrando as pontadas pelo corpo. Levantei do chão sentindo as forças aos poucos serem passadas da varinha para o meu corpo.

Estava pronta. Iria salvá-lo. Ele já me salvara inúmeras vezes e aquela era a minha vez. Não importava o perigo, eu tinha a Varinha das Varinhas, eu acreditava em mim mesma, acreditava na minha força de dentro de mim que me parecia inexistente mas acreditava, tinha tudo o que meu avô dissera. Eu estava pronta e iria salvá-lo.

Saí do quarto sentindo meu corpo leve e comecei a correr. Passei pelo Saguão e pela Entrada Principal do qual a enorme porta que a guardava estava aberta. Corri para fora e os vi passarem pelo portão do qual era guardado por duas estátuas de dois javalis.

Usavam as mantas e tinha as cabeças cobertas pelo capuz mas mesmo assim, sabia quem era quem. Amico, o mais baixo, lhe estendeu o braço e Draco, o mais alto, o pegou com relutância.

Diante dos meus olhos, se transformaram em duas sombras negras que voaram pelo céu até desaparecerem por entres as nuvens negras. Senti uma parte de mim ir junto dele. Arfei sentindo meu coração se acelerar.

O portão estava quase sendo fechado e comecei a correr, corri como se tudo dependesse daquilo, corri pensando nele. Fechei os olhos ao me aproximar do portão e passar por ele. Ainda de olhos fechados, ouvi o estrondo que ele provocara ao se fechar.

Respirei fundo e abri os olhos vendo a ponte que separava Hogwarts do vilarejo de Hogsmeade, bem a minha frente. Apertei com força a Varinha das Varinhas enquanto tentava me lembrar de como se aparatava. Naquela época, o Ministério não tinha mais controle sobre as aparatações, o que seria mais fácil.

- É isso, Madeleine – sussurrei a mim mesma – Agora... Tudo está em suas mãos.


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Notas finais do capítulo

Perfeito não é?? Espero que comentem bastante! Esse capitulo merece