Estrela Nascente escrita por BabySuhBR


Capítulo 3
Tempo


Notas iniciais do capítulo

N/A: Oie oie gente. Mais um capítulo para vocês. Todos eles são bem grandões, mas esse por acaso saiu mais curtinho, sorry. Espero que gostem na mesma. Se quiserem que mantenha o tamanho anterior, isso já é garantido, mas se quiserem que fique desse tamanho, é só darem um toque, ok?
Para quem aguardava ansiosa a chegada do Jake, ele aparecerá no próximo cap, maaas, não acho que vocês NÃO vão gostar muito dessa aparição. Isto é só uma suposição minha.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/160866/chapter/3


Tempo

O tempo passa... Mesmo quando isso parece impossível. Mesmo quando cada batida do ponteiro dos segundos dói como o sangue pulsando sob um hematoma. Passa do modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa. Até para mim!(Stephanie Meyer)


Eu estava cansada. Uma exaustão incompreensível.

Uma semana se havia passado desde que eu chegara a La Push e nesse tempo todo maior parte do meu dia era trancafiada em casa.

Leah me devolvera todas as roupas que eu lhe comprara e deixara de me falar.

Queria gritar com ela, estapeá-la, mas algo dentro de mim me dizia que eu não o deveria fazer.

Estava de novo sem amigas. Quer dizer, Emily era minha amiga, mas ela era demasiado ocupada para me dar atenção ou para conversar comigo banalidades femininas…

Então, certa manhã, recebi um telefonema surpreendente. Rosalie e Alice estavam me convidando para um chá de bebê que elas mesma organizariam.

Sam se opôs que eu fosse, mas apesar da hospitalidade ele não era meu dono.

Então acabei por ser acompanhada por Seth e Embry, tipo escolta.

Claro que eles não queriam admitir que estavam sendo meus “companheiros” a mando do Pulga, mas também não me importei.

Depois do afastamento de Leah, Seth passou a estar muito mais tempo comigo, me fazendo companhia e me animando. Passávamos tardes vendo filmes, comendo lambarices e rindo de tudo.

E Embry, que andou uns tempos “desaparecido” – e eu pensava que era por estar me evitando – finalmente me convida para sair.

Saímos na picape do Sam e em poucos minutos estávamos em casa dos Cullen. Não conseguia parar de a admirar e de me surpreender com a sua magnanimidade.

Alice e Rose vieram me receber na porta e assim que entramos encontrei um monte de gente que eu não conhecia.

Ok, não era tanta gente assim, mas…nossa, será que é só nessa terra que existem gostosos como esses?

–Juh, deixe eu lhe apresentar meu…companheiro. Esse é Jasper Hale. Jazz, essa é a Junia. – Alice falou toda delicada, nos apresentando.

Jasper era uma coisa de outro mundo. Seu ar superior mas de um jeito bom me fazia estremecer. Alice era uma sortuda, isso sim.

–Ei, eu sou o Emmett, irmão de Alice e namorado da Rose. – Um grandalhão falou com voz grossa, me fazendo recuar um pouco assustada. Ele realmente intimidava.

Embry se colocou na defensiva um passo à minha frente e Emmett apenas gargalhou alto.

De repente me senti mais calma e relaxada. Talvez sua risada tivesse cortado minha tensão e então eu dei um passo em frente e o cumprimentei.

–Será que chegamos a tempo desse chá de bebê? – Escutei uma voz soar atrás de mim e me voltei.

Um garoto super alto, de cabelos acobreados e um sorriso de matar, entrou em casa acompanhando de…uma mosca morta?

Esse tal rapaz franziu o cenho como que desgostando de algo mas eu estava tão aérea que nem notei qual o comentário que haviam feito que ele não tinha gostado.

–Ed, Bella. Que bom que puderam vir. – Esme os cumprimentou.

A moça, denominada Bella – nem sei porquê, né? – sorriu fraco e parecia um peixinho fora de água. Quem quer que ela fosse e por mais que ela gostasse dessa família, ela não se sentia em casa…ou talvez apenas ao pé desse tal de Ed. Porque toda a vez que ela estava insegura, ela olhava para ele e seu sorriso a tranquilizava.

Será que eles eram namorados? Nãa…uma gato como aqueles não escolheria uma tão sem sal…ok, ela não era feia de todo, mas…sei lá…era estranha! Só sei que não fui com a cara dela.

Depois de mais umas frases trocadas, e eu não apanhei nenhuma, percebi Bella olhando fixamente para os meninos. Ela parecia que esperava ansiosamente que eles dissessem alguma coisa.

O cumprimento entre eles foi distante e frio e percebia-se que Embry não estava muito à vontade ali. Apenas Seth interagia com todos com muita naturalidade. Até conversava bastante com Emmett e Alice. E tentava puxar conversa com Ed, mas percebia que ele evitava certas vezes se aproximar de Bella.

Mel bom pra uns, repelente para outros.

A tarde se passou calma e eu me surpreendi com todos os presentes que recebi.

Todas as mulheres da casa, menos a songa, me paparicavam e isso a parecia incomodar. Ela realmente não estava se sentindo bem ali e passava a vida coçando a nuca e olhando para Ed, super inquieta.

Então ele a abraçou e sussurrou algo no seu ouvido, que pareceu a ter aliviado.

Os dois se ergueram, ainda abraçados, e Ed se manifestou.

–Bom, a festa está boa, mas ainda tenho de levar Bella a casa. – Ele argumentou.

–Claro. Bella, não se esqueça que essa semana é a prova do seu vestido de noiva.

–VOCÊS VÃO CASAR? – Minha grande boca se abriu surpresa.

A garota deu o golpe do baú! Meu Deus. Só com uma bela lavagem cerebral para um gato como o Ed se casar com ela.

–Vão sim. E você está convidadíssima. Não aceito um não como resposta. – Alice falou toda serelepe e saltitona.

–Que eu saiba o casamento ainda é meu. – Ed murmurou entre dentes. Ele também não parecia ter ido com a minha cara.

–Edward, você está desconvidando a Junia? – Rosalie se alterou.

–Não. Claro que não, mas gostaria de ter sido eu, ou a Bella, a fazer esse convite. Vocês nos roubaram essa oportunidade porque era exatamente isso que eu ia fazer antes de sair. – Edward se explicou bastante convincente.

Se bem que eu não comprei sua mentira, nem Alice ou Rose.

–Eu não quero atrapalhar. Não conhecerei ninguém… - Falei tirando o corpo fora.

–Eu virei! – Seth se entusiasmou. – Você pode ser o meu par. – Ele sugeriu, recebendo de seguida uma pelada na nuca.

–Está me querendo roubar a paquera? – Embry perguntou de brincadeira com Seth.

–Eca, que nojo. – Rose fez um careta e eu a olhei confusa. – Comi uma azeitona, odeio azeitonas. – Ela se explicou.

Sério que ela comeu? Não a vi comer em todo o chá. Nem ela, nem seu irmão, nem nenhum dos Cullen. Só apenas eu, Seth, Embry e a Mosquinha comemos. Eita dieta mais estranha, né? Deve ser por isso que eles são perfeitos. Depois de desembuchar, vou pedir a receita dessa dieta!

–E então? – Seth ainda esperava uma resposta.

Eu ia negar, mas todos, menos os noivos e Embry, me olhavam com carinhas de pidões. Então não teve jeito.


Voltamos para casa ainda a meio da tarde, quase finalzinho, visto termos ido na hora do almoço e antes de eu entrar, Embry me puxou à parte.

–Então, nossa noite ainda está de pé? – Ele perguntou tímido, o que eu achei uma FOFURA!

–Claro. Me pega às 21h, ‘tá bom? – Perguntei e ele assentiu.

–Então…até logo. – Ele se despediu, me dando um demorado e fofo beijo na bochecha.

Fui para dentro toda elétrica. Eu estava nervosa, realmente. Não que eu estivesse apaixonada por ele. Meu coração, depois do que o Gabe fez, estava fechado e dificilmente se abriria tão cedo para alguém.

Mas eu ainda era garota. Ainda gostava de me sentir desejada, querida. Gostava de namorar, principalmente. E Embry…Embry não era NADA de se jogar fora. E, ok, ele mexia bastante comigo. Seu sorriso traquina, seu jeito carinhoso de agir comigo sem deixar de lado sua personalidade divertida e atrevida, até. Me sentia de novo pra cima.

Levei horas escolhendo minha indumentária, isto porque já nada do que eu gostava me servia e as roupas que eu tinha comprado ainda eram um pouco largas. E para piorar ainda mais o dia estava frio pra caramba!

Depois de muita reviravolta optei então por uma meia de lã cor creme, uma blusa de gola subida que mal tapava minha barriga e um vestido de sarja castanho, estilo macacão, que me ficava super justo. Calcei uma bota rasa de inverno de cano médio em castanho e coloquei por cima uma gabardine bege. Deixei meus cabelos soltos e coloquei uma boina de lã em bege, cor creme e castanho.

–Juh, o Emb já está te esperando lá fora. – Emy me avisou e eu sorri. – Você está linda.

–Obrigada. - Respondi pegando minha bolsa a tiracolo e saindo do meu quarto junto com ela.

Assim que cheguei na sala todos os garotos estavam lá reunidos. Maioria estava acompanhado.

Jared estava com Kim, Quil com Claire no colo, Paul com uma que eu nem sabia do nome, pois era diferente da que ele trouxe ontem e com certeza diferente da que ele trará amanhã. Até os meninos mais novos estavam com umas amiguinhas. Notei que uma ruivinha tentava se dar com o Collin, mas ele estava apenas focado noutra coisa. Ou melhor, noutro alguém. Quando segui seu olhar percebi ser Leah. E mais espantada fiquei quando a vi usando um dos vestidos que eu lhe havia comprado.

Ela me sorriu e eu retribuí e de seguida me fez uma careta e eu revirei os olhos. Sem precisar de palavras nós havíamos feito as pazes e ela me pedira desculpas.

Dei tchau para todos e sai de casa, parando na varanda.

Meu queixo deve ter caído uns três andares ao olhar Embry.

Ele estava lindo. Vestia uma calça caqui e uma camisa de botões azul clarinha com riscas quase imperceptíveis de azul mais escuro. As mangas estavam dobradas a ¾ e seus cabelos estavam perfeitamente alinhados e não desarrumados como ele costumava usar.

Apenas em seu pé ele continuava usando um chinelo, mas esse me parecia ser novo.

–Deus do céu, você não tem frio não? – Questionei estremecendo quando uma rajada de vento gelada passou por mim.

–Você está linda. – Ele me sorriu com os olhinhos brilhando.

–Ah. – Dei de ombros, revirando os olhos. – Você também está muito bonito. Se aperaltou todo para nosso encontro? – Perguntei sorrindo sapeca.

–E você não? - Me devolveu o sorriso, mas de forma maliciosa, o que me fez corar.

Eu nem soube o que responder, mas ele também não esperou que eu dissesse nada e foi me encaminhando até a picape de Sam.

–Isso agora é transporte público? – Perguntei quando já estava na quentura do interior do carro.

–Sam é generoso. – Emb sorriu fechado, dando um charme à sua frase.

–Sei. Ninguém dá nada de graça, certo?

–É…Desculpe meu sumiço essa semana. Estive pagando adiantado o transporte. – Ele se explicou e nós dois rimos.

A viagem para Port Angels foi completamente silenciosa e constrangedora. Começava acreditando que isso era efeito da picape e não das pessoas que iam nela.

Assim que chegamos na pequena cidade fomos diretamente no cinema mas acabamos por desistir de ver qualquer filme. Primeiro devido à fila desgraçada que estava e segundo porque só estavam exibindo filmes de m****.

O único que valia a pena estava lotado.

–E agora? – Eu perguntei.

–Nosso programa foi sabotado. – Ele falou me fazendo rir.

–Que nada. Vem. – Falei o puxando pela mão e adentrando em uma sorveteira.

–Gelado? – Ele soergueu os sobrolhos me olhando espantado.

–Numa sorveteira não vendem apenas gelados. É o principal, mas eles têm mais variedades. – Expliquei e ele fez uma cara de “muito bem”, abanando a cabeça junto.

Nos sentamos em um reservado bem do lado da janela e pegamos nos menus.

–Já escolhi! – Revelei toda entusiasmada, poucos segundos depois de ter erguido o menu.

–E o que você vai pedir?

–Um chocolate quente e um crepe de fruta com calda de chocolate quente.

–Isso parece delicioso. – Ele sorriu mas tornou a olhar o menu com o cenho franzido.

–Posso fazer uma sugestão? – Pedi mordendo o lábio e ele assentiu de imediato. - Eu acho que você deveria de tomar um sorvete tropical com 3 bolas e com calda de chocolate quente. Eu vou pedir um chocolate quente big, assim bebemos os dois. O que você acha?

Embry abriu um enorme sorriso e seus olhos brilharam. Ele pousou seu menu na mesa e no mesmo instante uma moça veio pegar os pedidos.

–Estou adorando nosso programa. – Embry falou sorridente, pegando nas minhas mãos por sobre a mesa.

Olhei meio hesitante para nossas mãos e senti um embrulho no estômago. O tempo pode ter passado, mas as marcas do meu passado ainda estavam bem presentes.

–Desculpe. – Ele pediu, recolhendo suas mãos e eu apenas sorri fraco.

Depois desse “episódio” nós ficamos em silêncio até nossos pedidos chegarem, o que demorou um bom bocado.

Assim que o chocolate quente big, com dois canudinhos, foi pousado no meio da mesa, eu olhei para Embry e sorri.

Logo nós retomamos outro tema de conversa divertido. Dessa vez sobre nossos gostos musicais.

E foi uma discussão aferrada sobre Rock. Embry achava que o verdadeiro Rock era o antigo, dos anos 70/80 e eu contra argumentava dizendo que haviam excelentes bandas atualmente que estavam no mesmo patamar que as bandas “mãe”.

Quando demos conta a sorveteria estava vazia e esperando que a gente saísse para fechar.

Rimos alto, quando chegamos na rua, ao constatarmos que quando “discutíamos” o resto do mundo parecia deixar de existir.

Voltamos para casa ouvindo rádio e cantarolando algumas músicas Pop e nos divertindo e quando chegamos, Sam já nos esperava com cara de poucos amigos.

–Pensei que tivessem sumido com a minha carrinha! Já ia mandar Jared atrás de você.

Eu apenas revirei os olhos e lhe virei costas, dando a entender que queria me despedir de Embry.

Este estava fazendo uns gestos, mas parou de os fazer assim que me voltei e passou as mãos pelo cabelo. Fiz uma careta do tipo “Te apanhei! Mas o que você estava fazendo mesmo?” e olhei por sobre o ombro constatando que Sam já havia entrado em casa.

–Adorei nossa noite. Temos de repetir mais vezes. – Falei e ele assentiu. – Então…tchau. – Falei mordendo o lábio.

Eu esperava ansiosa que ele me beijasse, mas Embry continuava com as mãos socadas nos bolsos, ombros encolhidos e olhar vago.

Frustrada, virei costas depois de me despedir e dei apenas dois passos.

Porque tenho de esperar que ele haja? Porque não posso ser eu a fazê-lo? Ele pode estar esperando que EU faça alguma coisa. Claro! Eu não deixei ele pegar minha mão, ele deve estar com medo de eu lhe dar um tapa na cara se ele tentar me beijar. BURRA!

–Embry! – O chamei me voltando de imediato e vendo ele fazer o mesmo.

Então eu caminhei um pouco rápido demais e me joguei em seus braços, o segurando pela nuca e tacando um beijo em seus lábios.

Uma garoa fininha começou caindo enquanto nossos lábios se tocavam e eu me atrevi a aprofundar nosso beijo, entre abrindo minha boca e deixando que sua língua dançasse com a minha num esquema saboroso.

Quando o fôlego foi necessário, nós nos separamos e encostamos nossas testas. Um sorriso brotava em nossos lábios e eu me sentia tão bem que até havia esquecido que era suposto eu ser uma “rejeitada”. Embry me fazia sentir bem e feliz. Me fazia esquecer de todos os meus problemas e isso era tudo o que eu precisava.

Aos poucos, em silêncio, nós nos separamos, mantendo nossas mãos unidas até que não fosse mais possível. Nossos dedos ainda tentavam se tocar, mas logo o ar tomou espaço entre a gente.

Subi a varanda passando os dedos em meus lábios, recordando do beijo e sorrindo feito boba. Olhei para trás e Embry também me olhou. Parecia haver uma conexão ou um íman nos puxando um para o outro e quando nossos olhares se cruzaram, tive vontade de correr de novo até ele e nunca mais o largar. Mas não o fiz.

Isto porque o empata momentos românticos do Pulga estava parado na porta, de braços cruzados, com a sua habitual carranca de meter apenas medo ao seu reflexo no espelho!

Olhei para ele estreito e bufei, entrando de uma vez em casa e me encaminhando para o meu quarto.

Sei que dessa vez teria bons sonhos!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

N/A: Oin, que final tão fofo. Sei que muitas meninas não acham que essa relação com o Embry vai durar, mas não me matem por estar fazendo esse romance com ele. Faz parte do enredo que eu planejei para a estória.
Como diz na sinopse, entre a PP e o Jake haverá apenas uma ENORME amizade, mas que pode resultar para ambos em algo muito maior que isso, veremos!
Por enquanto a PP e Embry terão uma relação amorosa SIM! Lamento, meninas. Curtam esse gatinho! XD
Kisses da Baby