Something About His Eyes - Fremione escrita por nanny


Capítulo 9
Kisses, Plans and The Future


Notas iniciais do capítulo

o capítulo não é muito grande, mas é fofinho :3 awn, obrigada pelos reviews, suas lindas. ♥



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24 de dezembro de 1996 – Uma da manhã.

Sem fazer qualquer barulho, caminhei colina acima, com um sorriso no rosto. Quando cheguei ao topo, lá estava ele. Fred Weasley, minha felicidade em pessoa. Esparramado em um lençol, e coberto por um segundo mais grosso, ele apenas me encarou e sorriu.

- É arriscado. – Ele disse quebrando o silêncio. – Mas ainda não existe algo que eu não faria por você.

Sentei-me ao seu lado e ele entrelaçou nossas mãos.

- Eu estive pensando no rumo que nossas vidas podem tomar... – Ele disse olhando pro céu.

Segui seu exemplo e também olhei pro céu. Maravilhoso! As estrelas cobriam quase todo o céu, deixando espaço pra lua, que brilhava prateada – e cheia. Não poderia ter pedido pra dormir aqui outro dia. É a noite perfeita.

- Eu não quero pensar no rumo que nossas vidas podem tomar. – Disse com a voz trêmula. – Não podemos pensar no futuro, não agora.

- Eu gosto de pensar no futuro. – Sua voz soou firme. – George, Gemialidades, minha família. Sem “você-sabe-quem”, tudo bem outra vez.

Uma guerra...” A voz fria de Snape ecoou na minha cabeça. “Não sabemos se estaremos vivos no final.

- Eu não sinto muita segurança no futuro. – Minha voz soou um pouco pior. Talvez chorosa. – Eu juro que tento. Mas eu tenho pesadelos...

- São só pesadelos. – Ele sussurrou. – Eles vão acabar. Tudo vai ficar bem.

- Eu queria poder acreditar nisso. – Disse olhando-o e sorrindo. – Mas eu estou com medo.

- Você não tem nada a temer. – Ele disse me puxando pra mais perto e me abraçando. – Pelo menos não agora.

- Você está comigo, certo?

- Sempre estarei. – Disse e logo depois beijou o topo da minha cabeça. – Até o final.

Eu queria tanto conseguir acreditar.” Pensei, puxando o lençol mais grosso até a altura do meu pescoço e tentando relaxar.

- Tente dormir. – Ele sussurrou. – Se não acordarmos antes da mamãe, eu nem sei o que pode nos acontecer.

- Eu não tenho nada a temer. – Disse baixinho. – Você sempre estará comigo. Eu ficarei bem.

x-x-x-x-x-x-x-x

- Enquanto você viver, Severus, a varinha mestra não pode ser realmente minha.

- Milorde! – Snape gritou, levantando sua varinha.

- Não pode ser de outro jeito. – Disse Voldemort. – Eu preciso ser mestre da varinha, Severus. Mestre da varinha, e mestre de Potter, finalmente.

E Voldemort riscou o ar com a varinha mestra. Nada aconteceu à Snape. Suspirei aliviada. “Ele foi poupado.” Mas então a intenção de Voldemort me pareceu clara. Antes que Snape pudesse fazer algo além de gritar, Nagini caiu sobre ele, enrolando seus ombros e sua cabeça. Voldemort sibilou e as lágrimas começaram a rolar meu rosto com mais rapidez e intensidade que antes. Solucei e senti Ron apertar meu ombro. Logo depois, houve um terrível grito. O rosto de Snape perdeu a pouca cor que tinha e seus olhos foram se arregalando enquanto a cobra enfiava suas presas em seu pescoço.

- Hermione? – Ouvi um grito, me arrancando da cena de uma vez e abri meus olhos, encontrando a claridade do céu da manhã.

- Fred! – Exclamei abraçando-o e deixei as lágrimas rolarem livremente.

- O que aconteceu?

- Pesadelos. – Eu disse, ainda chorando. – Pesadelos reais. Pesadelos terríveis.

- Acalme-se. – Ele beijou minha testa. – Era só um pesadelo. É véspera de natal, querida.

Respirei fundo e tentei sorrir. Fred secou minhas lágrimas e beijou minha bochecha.

- Hermione eu... – Ele hesitou. – Eu quero te falar uma coisa.

- Podemos falar sobre isso depois? – Perguntei com um sorriso falso.

O sonho mexeu comigo. Era Nagini matando Severus. Eu assistia e não podia fazer nada. Era angustiante, era terrível.

- Eu queria que falássemos agora. – Ele sorriu. – Como você mesma disse, não podemos mais adiar as coisas. Viver o presente e aproveitar o tempo que temos juntos.

Respirei fundo.

- Desculpe-me. – Consegui dar um sorriso, afastando as memórias do sonho. – É claro que pode falar agora.

Tinha acabado de acordar e estava sentada no lençol. Devem ser seis da manhã. Fred se afastou um pouco e deu um passo pra trás – ou pra baixo, já que estamos no topo da colina, e se ajoelhou aos meus pés.

Dei um sorriso – nervosa com o que ele queria falar.

- Você já deve estar imaginando o que é que quero te falar. – Ele disse, parecendo nervoso. – Você é inteligente e já deve ter percebido que venho tentando fazer isso há dias.

Fiquei em silêncio. Não quero decepcioná-lo dizendo que não notei nada, mas também não quero dizer que já sabia e estragar a surpresa do ruivo.

- Eu vou tentar ser direto, porque não sou bom com palavras. – Ele mordeu o lábio inferior, mostrando-se ansioso. – Eu quero que seja minha namorada, Hermione Granger.

Ele deu um sorriso tímido e encarou o chão, esperando que eu falasse alguma coisa.

- E então? – Perguntou, sem levantar o olhar. – Namora comigo?

Demorei mais segundos pra processar a informação. Não conseguia acreditar que isso estava acontecendo comigo. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, me joguei pra cima de Fred, sem pensar em nada. Esse foi meu grande erro da “véspera de natal”. Atos geram conseqüências, e a conseqüência desse ato, foi rolar a colina abaixo com Fred. Assim que começamos a rolar – entre gargalhadas – ele protegeu minha cabeça com as mãos e fez o possível – não adiantando muito – pra não me machucar com seu corpo quando ficava em cima de mim. Depois de minutos e metros abaixo, ele conseguiu parar de rolar e se levantou, me puxando junto logo depois.

Suas roupas, seu cabelo, seu rosto... Fred está coberto de grama, de terra e completamente arranhado. Seus cabelos estão totalmente sujos e ele tem alguns ferimentos – com vestígios de sangue – no rosto. Isso tudo virou detalhe quando vi o sorriso maravilhoso que está estampado no seu rosto.

- Eu te jogo colina abaixo e você sorri? – Disse com as bochechas corando.

- O sorriso não é por ter rolado colina abaixo. – Ele afastou meu cabelo do rosto, com muita dificuldade. – O sorriso é por ver o que estou vendo.

Fiquei em silêncio, abrindo um sorriso pra ele.

- Você acabou de acordar de um pesadelo, foi surpreendida com um pedido, rolou colina abaixo... Está descabelada, machucada, suja e cheia de grama... – Ele disse encarando-me. – E sem contar com os machucados e ferimentos que estão sangrando na sua bochecha...

Resumindo: você está um monstro!

- E você continua sendo a garota mais linda do mundo. – Ele passou o braço envolta da minha cintura. – E não faz idéia do quanto isso me encanta.

Continuei em silêncio. Ele se aproximou um pouco mais, com o sorriso ainda em seu rosto.

- No futuro que eu tanto planejo, quando eu acordar e olhar pro lado de manhã, quero te ver acordando e se espreguiçando... Descabelada e mal-humorada. – Disse e meu coração parecia querer saltar pela boca. – Vestida ou não. Sorrindo ou não. Grávida ou não... Quero que você seja a primeira coisa que vou ver todos os dias.

Não sabia o que dizer. Muito menos o que fazer.

- Devo te lembrar, Srta. Granger, que ainda não me deu uma resposta sobre meu pedido de namoro. – Ele disse, e o sorriso sumiu. – Devo considerar essa demora como um não?

- É claro que eu aceito ser sua namorada. – Quase gritei. – Descabelada, machucada, sangrando e assustada... Mas a sua namorada.

- Só minha? – Perguntou com o sorriso voltando ao seu rosto.

- Só sua. – Disse depositando um beijo em sua testa.

Fred gemeu de dor.

- Vamos... – Eu disse puxando-o pra Toca. – Meu príncipe precisa de cuidados especiais agora.

Corremos pra dentro em silêncio e fomos direto pro banheiro.

- Não podemos tomar banho juntos. – Eu cruzei os braços.

- Mas eu não posso esperar do lado de fora enquanto você toma. – Ele riu. – Imagina se a mamãe me vê assim?

- E eu também não posso. – Ri junto. – O que vamos fazer?

- Eu posso tomar banho primeiro. – Ele disse com um sorriso malicioso. – Se você não quiser mesmo tomar comigo.

- Eu não vou tomar banho com você, Fred. – Eu me fingi de irritada.

- Então você vai olhar pra parede enquanto eu tomo banho. – Tirou a camiseta suja de terra. – E quando eu terminar, eu saio e você toma seu banho.

- Tudo bem. – Me virei pra parede. – Não demora.

- Eu não vou demorar querida. – Ele disse baixo.

x-x-x-x-x-x

Depois de uns dez minutos de conversa sem contato visual, Fred terminou o banho.

- Pode olhar agora. – Ele disse e eu me virei.

- Você não está vestido! – Gritei.

- Eu estou de toalha. – Ele revirou os olhos. – Qual é! Vai dizer que nunca viu um garoto de toalha?

- Só de toalha não. – Minhas bochechas queimaram.

- Mas eu sou seu namorado. – Ele abriu um sorriso. – Não tem problema.

Fred estava com a toalha na altura da cintura. Seus machucados ainda saiam um pouco de sangue. Com um toque da minha varinha, fiz todos eles desaparecerem. “Agora você parece um príncipe encantado de verdade” sussurrei enquanto olhava-o. “Como ele pode ser tão perfeito?” Pensei quando vi Fred passando a mão pelos cabelos molhados e desajeitados.

Totalmente molhado e sorridente, ele caminhou até mim e me deu um beijo rápido, saindo do banheiro logo depois. Abri meu melhor sorriso e me olhei no espelho. “Merlin, eu estou parecendo uma bruxa!


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Notas finais do capítulo

Bruxa de histórias encantadas flw mano? -qqqqqqqqqqqqq Espero que tenham gostado *-*