POV Fred

Como essa garota é atrevida! Como ela ousa dar em cima da MINHA Hermione bem na minha frente? Maldita!

“Então Fred, você podia procurar a Ginny pra mim?” Não! Não podia. Deixar a minha castanha sozinha com aquela... Aquela cadela. Calma, Fred. Calma. Dei uma olhada para onde estavam Hermione e Clear, ou Katerina. A morena sorria pra mim de forma divertida, provavelmente sabendo que havia acabado de chamá-la de cadela. Como ela pode ser tão intragável? Respira, Fred. Respira fundo e continua procurando a ruiva.

- Mas eu não podia perder isso aqui por nada! – Ouvi uma gargalhada conhecida e me virei. – Fred!

- Bill? – Gritei assustado.

Sim. Gritei igual uma garota. Qual é. Bill Kaulitz era a ÚLTIMA pessoa que eu achava que fosse ver. Deprimido? Deprimido uma banana! O maldito mostrava um sorriso de orelha a orelha – exatamente como eu me lembrava de antigamente. Ele ria divertido da minha cara de confusão.

- Então... – Riu e ergueu uma só sobrancelha. – Nesse caso eu não ganho um abraço?

- Vem cá, seu filho de uma... – Me abraçou apertado.

Quanta saudade! Maldito! Imbecil! Que tipo de “melhor amigo” some dizendo estar “depressivo” e agora volta com um sorriso maior que a minha varinha? Se é que vocês me entendem... [sim, a gente entende 666]

- Tom! – Abracei o gêmeo que vinha logo atrás, com um sorriso igualmente enorme. – Depressão? Cadê a depressão que eu não estou vendo?

- Bom, eu acho que esse milagre é graças a essa santa. – Tom saiu da frente e escondida atrás dele havia uma garota.

A garota tinha cabelos vermelhos caindo sobre os ombros e me olhou com um sorriso enorme. Oi? Eu te conheço? Ela se aproximou de Bill e pegou em sua mão. Perto do cara, a menina parecia uma anã.

- Oi Fredoca boboca. – Ela gargalhou. – Como vai sua vida?

Não. Creio. Arregalei os olhos o máximo que pude. Eu reconheceria aquela gargalhada até depois da morte. Fiquei ali, parado. Embasbacado e tentando descobrir o que diabos estava acontecendo.

- Fred? – Bill gritou. – Você está bem, cara?

- Se eu estou bem? – Gritei de volta. – Maldito, o que está acontecendo?

- Então você não reconhece seus antigos amigos? – A ruiva perguntou. – Eu achava que só eu te chamava de Fredoca boboca. Magoei.

Olhava-me rindo divertida da minha careta de “o que está acontecendo aqui?”

Respirei fundo.

- Merlin, vocês podem, por favor, me explicar o que está acontecendo? – Perguntei agora olhando para os gêmeos, que riam da minha cara.

- Fred, essa é minha namorada nova. – Gargalhou o Bill. – Anne, esse é o Fred. Cumprimenta direito, querida.

A ruiva ficou na ponta dos pés e me deu um peteleco na testa. Por mais que eu me esforçasse pra pensar que “não, essa não é a Nat”, não dava mais pra negar. Abracei-a com toda força do mundo e quase esmaguei a garota.

- Calma, Fred. – Ela gritou. – Você vai me quebrar!

- Eu não acredito! – Gargalhei. – Vocês têm muito pra explicar! Não vão fugir de mim... O George precisa saber disso!

- Nada de... Nat. – Ela sussurrou. – Sou Anne.

Piscou pra mim e então as coisas ficaram mais claras. Nat era uma auror procurada. Bill queria protegê-la. Foram para o mundo trouxa, forjando a morte da garota e vivendo uma vida tranquila e feliz dançando tango nas entranhas da Alemanha! Malditos! Porque eu não tive essa ideia antes?

- Eu preciso procurar a Ginny. – Revirei os olhos. – Mas eu volto. A gente precisa muito conversar.

- A gente promete que não vai sumir. – Riram. – Não comenta com ninguém, Fredoca boboca. Ninguém pode saber.

- Eu sei, ruiva. – Ri. – Aliás, bem-vinda ao time.

- Fiquei linda, pode falar. – Balançou os cabelos cor-de-fogo.

Bill olhava-a com certa admiração – e ainda com um sorriso enorme no rosto. Senti-me imensamente feliz em vê-los ali e saber que estava tudo melhor do que eu jamais imaginara com os meus amigos...

- Não sumam. – Disse antes de me afastar.

POVs HG

“Fred, por favor, me tira daqui!” gritava meu inconsciente, pedindo pra sair de perto daquela garota louca.

- Então, Grenger não é? – Sorriu. – Eu conheço os Weasleys há muito-

- Granger. – Interrompi a morena.

- Ah sim, desculpe. Não sou muito boa com nomes. – Deu-me uma piscadela e continuou. – Eu conheço-os há muito tempo...

- Eu faço parte dessa família há um tempo já. – Desconversei. – Desde que eu me conheço como bruxa, eu me conheço como parte da família. E é engraçado como sempre estive por perto e não te conheci...

- Provavelmente nos aproximávamos em épocas diferentes. – Deu os ombros. – Eu também não me lembro de você... Acredite, eu não esqueceria.

Maldita! Porque essa maldita mulher linda, maravilhosa e atraente está dando em cima de MIM? “Fred, socorro!” A morena apenas me deu um sorriso e continuou bebendo sua bebida. Será mesmo que não vai aparecer ninguém pra me salvar?