Something About His Eyes - Fremione escrita por nanny


Capítulo 22
O Anjo e o Guerreiro


Notas iniciais do capítulo

máoê *O* voltei. sei que demorou, mas voltei. obrigada por todos os reviews. eu amo vocês demais. cada uma de vocês, mesmo que leiam sem deixar review. é tão tranquilo escrever isso aqui, me faz tão bem! então, o apoio de vocês me faz melhor ainda... saber que alguém curte as traquinagens que eu escrevo me deixa MUITO feliz... enfim, capítulo bonitinho pra vocês.



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- Ele nunca aceitaria isso. – Hermione revirou os olhos.

- Eu concordo com Hermione, ele não vai aceitar.

- Mas é a nossa única chance! – Mad-Eye respondeu autoritário a Ron e Hermione. – Vamos tentar... Somos todos maiores de idade e temos responsabilidade por nós mesmos. Harry não precisa proteger nenhum de nós.

- Mas ele vai querer. – Hermione riu, soando sarcástica. – Ele não vai permitir que alguém se arrisque por ele, Alastor.

- Se ele não permitir, teremos que o proteger contra a vontade dele, Hermione. – Torceu os lábios. – Harry é a nossa única esperança, não podemos ceder aos caprichos dele! Vai ter que ser assim.

- Tudo bem. – Ela suspirou vencida. – Mas não diga que não avisei quando ele disser que não vai aceitar nada!

- Ao invés de dizer “eu avisei” tente persuadi-lo para que não percamos tempo. – Ele deu um sorriso torto.

Hermione sorriu de volta, agora ansiosa e confiante.

--

Hermione G. POV’s

 Eu não conseguia me focar exatamente em nada! Em um segundo pensava em proteger Harry, no outro pensava em proteger Fred, e no outro, minha cabeça vagava aos meus pais... “Onde estão?” “O que estão fazendo?” “Um dia vou voltar a vê-los?

Não conseguia mais segurar tanta ansiedade dentro da minha cabeça.

Os fatos também não ajudavam muito. Acabara de chegar com Kingsley na toca. Voltando a minha forma normal, desci do testrálio, olhando em volta e procurando quem tivesse chegado antes. Harry veio ao meu encontro e me abraçou.

- Onde está Fred? – Foi a primeira coisa que consegui dizer.

- Ele ainda não chegou. – Harry me soltou e marchou pra dentro.

Segui-o. Assim que passei pela porta, vi George estirado no sofá. Angelina, Ginny e Molly limpando seu rosto ensangüentado. Minha respiração falhou por cinco segundos. George! Era George. Ensangüentado!

- O que aconteceu? – Perguntei me aproximando.

- Sectumsempra. – Harry suspirou pesadamente. – Snape decepou-lhe a orelha.

- O que? – Perguntei incrédula.

Era difícil acreditar nisso. Snape? Ele não seria capaz!

- O que você ouviu. – Harry revirou os olhos. – Acho que não tem mais motivos pra manter seu favoritismo, não é?

Um “crack” interrompeu nosso assunto e me fez desejar em silêncio que fossem Fred e Arthur.

- Eu provarei que sou verdadeiro, Kingsley, depois de ver meu filho. – Arhur praticamente esbravejou. – Agora saia da minha frente se você souber o que é realmente bom pra você!

E Fred estava ali. Atrás de Arthur. Pálido e parecendo assustado, mas sem machucados, pra minha felicidade. Dei um suspiro, sabendo que não seria nada agradável quando ele visse George no estado em que estava.

Antes que pudesse notar seu gêmeo ensangüentado, seu olhar encontrou o meu. Notei seu corpo relaxar um pouco e seu peito se inflar aliviado. Caminhei até Fred e ele depositou um beijo na minha testa.

Levei-o até onde estava George e instintivamente me afastei um pouco. Fred se ajoelhou ao lado do irmão, parecendo não acreditar no que via.

Não posso dizer nada, porque até agora, nem eu acredito no que está acontecendo.

- George, como se sente? – Murmurou Molly.

O gêmeo que ainda tinha sangue por todo rosto, levou a mão ao lado da cabeça.

- Como um anjo. – Disse simplesmente, deixando um sorriso brotar no rosto.

- Qual é o problema dele? – Fred perguntou horrorizado. – Perdeu o juízo? O cérebro foi afetado?

- Um anjo. – George repetiu, agora encarando o gêmeo. – Sou “sangrado”. Santo, Fred. Entendeu?

Solucei. Angelina caiu mais ainda em seu pranto, e Sra. Weasley abraçou-a de lado, soluçando mais que nunca. Fred abriu um sorriso sarcástico, a cor voltando aos poucos pro seu rosto, como se sentisse que George estava bem.

- Patético. – Ele disse revirando os olhos pro irmão. – Patético! Com o mundo todo preocupado com a maldita orelha, você diz “sangrado”?

- Pelo lado bom... – George procurou Molly com o olhar. – Você vai poder nos diferenciar, mãe.

Revirei os olhos e deixei escapar um riso baixo.

--

Nem tinha me aproximado de Fred. Parecia em choque com o estado de George, enquanto este já ria e fazia piadas. Angelina só fazia chorar, chorar e chorar. Molly já parecia segura de que seu menino estava bem, e ajudava a tentar melhorar a situação do ‘buraco’ que tinha onde deviam estar as orelhas do garoto. Depois de alguns minutos, vi Bill e Fleur entrando pela porta, sem ferimentos.

- Bill! – Molly correu para abraçar o filho.

Mas antes que o alcançasse, o ruivo virou-se pro pai e disse:

- Mad-Eye está morto.

Ninguém falou nada, ninguém se moveu. Senti um choque passando pelo meu corpo, como se tivesse sido acertada com um soco no estômago. Senti que alguma coisa ia sempre faltar a partir de agora. Senti lágrimas se formando e meus olhos queimando. “Não pode ser...” foi o que sussurrei pra mim mesma.

- Nós o vimos. – Disse Bill e Fleur afirmou, com o rosto marcado por lágrimas. – Aconteceu depois que nós quebramos o círculo, Alastor e Dungo estavam perto de nós, eles estavam indo para a direção do norte também. Dungo apavorou-se. Eu o ouvi chorando, Mad-Eye tentou pará-lo, mas ele desapareceu. Não havia nada que pudéssemos fazer. Nós estávamos em meia dúzia.

Quanto mais ele dizia, mais sua voz ficava baixa e às vezes falhava. Bill não conseguia nem respirar direito.

- Vocês não podiam ter feito nada. – Disse Lupin.

Todos se entreolharam. Ninguém parecia acreditar. Parecia impossível... Mad-Eye morto... Não entrava na cabeça de ninguém... Bill rodeou a mesa e pegou a garrafa de Whisky com alguns copos.

- Aqui. – Disse ele entregando doze copos cheios para cada um de nós.

Levantou o dele e disse bem alto:

- Ao Mad-Eye!

- Ao Mad-Eye! – Todos repetimos e bebemos.

O Whisky de fogo queimou minha garganta, fazendo-me lembrar do dia feliz que fora a ultima vez que havia tomado. Fazendo-me fechar os olhos e desejar que estivesse no dormitório feminino comemorando por uma besteira qualquer, e não bebendo o liquido pra saldar um guerreiro morto. Mas quando abri os olhos a realidade me deu outro soco, mostrando que realmente, um de nossos maiores guerreiros tinha ido. Partido e não ia mais passar por aquela porta resmungando como sempre fazia.

--

 - Ele já está... – Suspirou. – Está bem.

- Ele já está fazendo piadas, certo? – Perguntei com um sorriso fraco. – Ele vai ficar bem.

- É. – Fred sorriu tão fraco quanto eu.

Era visível o quanto estava balançado pelo ataque dessa noite. Angelina não parava de chorar, tanto que Ginny teve que arrastar a menina e usar um feitiço calmante pra fazê-la dormir e deixar George respirar um pouco. E agora estávamos ali, em silêncio no corredor escuro. Dizendo entre olhares o quanto precisamos um do outro. O quanto sentimos vontade um do outro... Não era o momento, não era o lugar, mas eu precisava sentir o corpo do ruivo contra o meu e sabia que ele também precisava do mesmo. 

- Meu amor... – Fred sussurrou e se aproximou, tomando meu corpo pra si.

Era esse o momento que deixava até minha alma mais leve. Entendi quando ele não teve vontade nem de me beijar quando George estava ali ensangüentado, mas meu corpo não. Meu corpo pedia por seu toque, e eu, como uma fraca mortal, só sabia atender aos pedidos do meu corpo.

- Fred... – Sussurrei de volta enquanto as mãos do ruivo passavam pelo meu corpo.

Mas não podíamos simplesmente nos entregar aos desejos de nossos corpos e hormônios no meio do corredor d’a toca. Respirei fundo e dei um passo pra trás, arrumando meu cabelo e sorrindo divertida. Fred riu. Ele também sabia que estávamos errados, então não reclamou.

- Eu quero te levar pra um lugar. – Ele sussurrou ao pé do meu ouvido depois que já estava controlada.

Mas foi a conta pra me arrepiar e me descontrolar novamente.

- Tem que ser hoje? – Perguntei com a voz fraca.

Senti os lábios de Fred no meu pescoço. Mordiscava, beijava e soltava pequenas gargalhadas – me lembrando uma criancinha de cinco anos.

- Não necessariamente. – Ele se afastou. – Mas tem que ser antes do casamento.

- Temos alguns dias. – Sorri, respirando fundo. – Mas hoje eu acho melhor você ir passar a noite com George.

Revirou os olhos.

- Você sabe que é o certo. – Disse me aproximando e passando a mão pelos cabelos ruivos. – Angelina e Lilá estão no quarto de Ginny... Vou me juntar a elas, afinal, a noite foi cansativa.

Menti. Meu plano não era dormir no meio das meninas. Ia me esgueirar pro quarto de Ron e dividir o quarto com ele e Harry.

- Tudo bem. – Passou os braços ao meu redor. – Preciso ficar com George e você precisa colocar a fofoca em dia.

- Não fala assim! – Ri. – Não sou fofoqueira.

- Sei. – Revirou os olhos.

- Boa noite, ruivo grego. – Sorri, beijando-lhe o pescoço e sentindo-o tremer.

- Boa noite, minha Bela Adormecida. – Riu de volta.

- Eu te amo. – Sussurrei na curva de seu pescoço, ele me apertou contra seu corpo.

- Eu amo mais. – Disse alto. – Dorme bem, amor.

Soltei-me de Fred e observei-o sumir no meio do corredor com um “crack”.


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Notas finais do capítulo

espero que não tenha ficado tão ruim quanto eu imaginei que ficou... capítulo ao mad-eye! *-* beijos pra vocês, suas lindas.