Something About His Eyes - Fremione escrita por nanny
Notas iniciais do capítulo
Espero que não me matem por ter demorado. Minha inspiração foi dar uma voltinha e resolveu voltar MUITO RUIM. Acho que ela pegou uma gripe e N- O capítulo tá pequeno, eu acho... Mas espero que gostem. Tenho que agradecer à hagata e à 'weasleytwins' pelas recomendações. Eu fiquei tããão feliz. *-* Enfim, Screamnaah que é a nossa novatinha :) E todas, cada uma de vocês que está lendo e deixando reviews. Espero que se divirtam com o Fred nesse capítulo.
- Pai. Mãe. – Sorriu. – Esse é Fred Weasley, meu namorado.
E essa frase deu inicio à minha guerra contra mim mesmo. Sabia que tinha que ficar ali, ao seu lado, mantendo uma expressão calma e esperando que os Granger tivessem alguma reação, mas a minha vontade era soltar a mão de Hermione e aparatar pro fim do mundo! Mesmo que eu não saiba onde é o fim do mundo, aparataria pra qualquer lugar só pra sair dessa cena. Os olhares dos meus “sogros” ainda me incomodavam um pouco, e o homem parece querer me matar. A mulher, parece satisfeita, mas ainda está assustada.
Hermione pigarreou – provavelmente ainda assustada com o silêncio dos pais e o aperto em minha mão afrouxou um pouco.
- Mãe. – Hermione apelou quase chorosa.
- Querida. – Sua mãe suspirou. – Não esperávamos por isso.
Mas mesmo assim ela sorriu e se aproximou de mim.
- Desculpe a indelicadeza. – Sorri pegando sua mão e beijando-a. – Fred Weasley.
- É um prazer. – Ela sorriu parecendo encantada e eu respirei aliviado.
Hermione tinha um sorriso sincero nos lábios, e então, voltamos à atenção ao seu pai.
- Sr. Granger. – Falei antes dela, juntando toda coragem que tinha. – Eu não sei como eles demonstram respeito ou carinho por aqui, mas eu me jogaria na frente de um crucio por sua filha.
Hermione me abraçou de lado e abriu um grande sorriso. Seu pai parecia confuso e não tinha dito uma palavra ainda.
- Eu acho que... – Hermione sussurrou. – Papai, ele quis dizer que se jogaria na frente de um tiro por mim.
O homem deu um sorriso tímido, parecendo ter gostado do que ouviu. “Um tiro?” Me perguntei mentalmente, o que é isso?
- Eu vim para trazê-la. – Disse diretamente para o homem à minha frente. – E pra perguntar se o senhor concorda com o nosso namoro.
Hermione ergueu uma sobrancelha. Ela não sabia o que eu estava fazendo – e nem eu.
- Eu... – Ele respirou fundo.
Eu pelo menos fui educado – não fui? – mas ele pode não ter ido com a minha cara...
- Tudo bem. – Se manteve sério. – Eu sabia que isso aconteceria um dia.
- Obrigada pai. – Hermione o abraçou.
Ela provavelmente estava com tanto medo quanto eu de que ele me colocasse pra fora a pontapés.
- Minhas intenções com a sua filha são as melhores. – Disse com um ar divertido a Sra. Granger riu. – Prometo tratá-la como uma princesa, assim como merece e acima de tudo respeitá-la o tempo todo.
- Deixa de ser bobo, Fred. – Hermione me deu um tapa no ombro. – Seja pelo menos cavalheiro e me ajude com o malão.
Peguei o malão e segui Hermione, que subia as escadas rapidamente. Sr. E Sra. Granger pararam no meio da sala e começaram a conversar... “Vinte galeões que estão falando de mim!”
Hermione abriu uma das portas e entrou. Segui-a e coloquei o malão ao lado da cama. Olhei em volta e seu quarto era bem simples. As paredes num tom de lilás, com alguns quadros – imóveis – pendurados nela. Um grande painel cheio de papéis e fotos penduradas. Uma cama, um aparelho de som e uma grande estante de livros embutida em um dos cantos.
Senti as mãos de Hermione envolvendo minha cintura e me virei.
- Mamãe gostou de você. – Ela sorriu.
- Não imagina o quanto isso me alivia. – Revirei os olhos. – Mas...
- Um dia ele se acostuma. – Ela enterrou o rosto no meu peito.
- Eu vou sentir sua falta. – Sussurrei.
- Eu não vou chorar. – Disse decidida e ergueu o rosto, me olhando nos olhos.
Os olhos castanhos que me causavam tantos arrepios. Analisei o formato do seu rosto delicado, que me lembrava uma boneca de porcelana a qual era meu dever proteger com todas as minhas forças. Analisei todos os simples detalhes perfeitos que formavam a beleza daquele rosto que eu tanto amo. Os cílios longos e grossos, a boca rosada e um pouco inchada – por minha culpa, admito –, o nariz fino e empinado... E por ultimo voltei a olhá-la nos olhos... Os olhos castanhos cor de avelã que agora estão carregados de emoção, marejados e prontos pra liberar suas preciosas lágrimas – que eu não quero que rolem por nada.
- Não chora. – Sussurrei.
- Desculpa. – Ela murmurou e piscou, fazendo uma lágrima rolar de cada lado.
Sequei suas lágrimas e emoldurei seu rosto com as mãos.
- Eu já disse que te amo? – Sussurrei.
Aquelas sensações que eu tanto adoro vieram à tona. Seus lábios se entreabriram, a respiração falhou e ela – como sempre – parecia incrédula.
- Não. – Ela murmurou. – Você nunca disse isso...
- Eu acabei de dizer. – Sorri. – Eu te amo, Hermione Granger.
- Eu... – Suspirou.
- Futura Hermione Weasley.
- Fred! – Ela soltou a respiração de uma vez, como se tivesse se esquecido de respirar.
Dei uma gargalhada curta com o momento confuso da castanha.
- Eu te amo. – Ela sorriu. – Muito.
Selei nossos lábios rapidamente, ainda tinha coisas pra falar com ela antes de me despedir definitivamente.
- Eu comprei alguns presentes e-
- Eu não vou aceitar mais presentes, Fred! – Ela disse parecendo irritada.
- Mas eu nem te dei presentes. – Arqueei as sobrancelhas, na esperança de persuadi-la.
- Isso. – Ela agarrou o “W” que estava pendurado em seu pescoço. – E mais alguns livros. É o bastante.
- Mas isso foi de natal. – Revirei os olhos.
- E agora é de quê? – Perguntou rindo.
- É... É de aniversário atrasado. – Gargalhou. – Do ano passado.
- Fred! – Ela parecia indignada com a minha capacidade de ser chato.
- Eu sei que eu sou o namorado mais chato do mundo. – Suspirei. – Tanto bruxo, quanto trouxa, mas são só presentes.
Ficou em silêncio.
- Você merece todos eles, e muito mais. – Sorriu.
Sorri junto, e comemorei internamente por ter persuadido-a.
- Primeiramente, eu quero te dar uma coisa que eu acho que vá te ajudar a passar essas noites aqui. – Dei um sorriso quando ela arregalou os olhos. – Oh, não. Hermione... É só um filtro de sonhos.
Ela gargalhou.
- Filtro de sonhos? – Ergueu uma das sobrancelhas.
- Ele bloqueia pesadelos. – Sorri e entreguei-a o enfeite bruxo. – Você pode pendurá-lo em cima da sua cama.
- Eu já ouvi falar de filtro de sonhos trouxas. – Ela analisou o enfeite. – Mas normalmente eles não têm penas de hipogrifo.
- É meio óbvio. – Ri.
- Obrigada. – Sorriu. – Eu realmente precisava dar adeus a todos esses pesadelos!
Sr. E Sra. Granger apareceram e se apoiaram na porta do quarto, observando-nos.
- De nada. – Disse com um sorriso torto e ela arqueou as sobrancelhas.
- Só isso, não é? – Perguntou aliviada.
- Na verdade não. – Ri da expressão de raiva dela.
Raiva muito falsa, por sinal. Antes que ela pudesse falar qualquer coisa, me ajoelhei aos seus pés.
- O que-
- Hermione Jean Granger, você aceita oficialmente e sobre as vistas de seus pais, namorar comigo? – Perguntei e ela sorriu.
Seus pais ainda estavam encostados no batente da porta. O pai ainda tinha feições sérias, mas a mãe sorria – do mesmo jeito que Hermione.
- Então? – Perguntei e ela balançou a cabeça, como se estivesse afastando pensamentos.
- Friederich Weasley, eu aceito oficialmente e sobre as vistas de meus pais namorar com você. – Ela gargalhou.
Antes que pudesse se mexer de novo ou falar alguma coisa, tirei uma caixinha aveludada do meu bolso. Hermione levou um susto! “Impagável ver a cara de susto que ela sempre faz.”
Abri a caixa e duas alianças – uma sendo mais grossa que a outra – estavam guardadas.
Peguei a menor e mais grossa e coloquei em seu dedo fino e delicado. Ela sorriu e pegou a outra aliança, colocando-a no meu dedo.
- Bom. – Me levantei e suspirei. – Acho que meu tempo aqui acabou.
- Já? – Ela perguntou parecendo triste.
- Eu te proíbo de ficar triste, Mione. – Disse sério. – Eu já te roubei muito dos teus pais por um tempo, eles devem estar com saudades.
Dei um olhar rápido e os dois abriram um sorriso tímido – concordando com o que eu disse.
- Tudo bem. – Ela revirou os olhos.
- Você tem certeza que vai participar? – Lancei-a um olhar significativo.
- Sim! – Ela quase gritou. – Você sabe que eu farei qualquer coisa pra proteger Harry.
- Isso se chama preocupação. – Disse serio. – Enquanto Angelina, Lilá e Ginny vão esperar em casa, você e Fleur vão se aventurar e-
- Fleur? – Ela perguntou com uma expressão engraçada.
- Sim. – Revirei os olhos. – Ela disse que não vai sair de perto de Bill tão fácil. Nem Bill conseguiu impedi-la.
- E você não vai conseguir me impedir. – Empinou o nariz.
- Eu sei que não. – Revirei os olhos derrotado.
- Deve ser difícil namorar uma menina como eu. – Ela torceu os lábios.
- Menina como você? – Ergui as sobrancelhas o máximo que pude.
- Uma menina que gosta mais de livros do que de festas. – Ela riu. – Uma menina que prefere lutar a ficar em casa esperando pelo namorado.
- É realmente difícil. – Revirei os olhos. – Mas é difícil porque me preocupo. Porque eu tenho medo. Porque eu te amo.
Respirou fundo.
- Eu também te amo. – Sorriu. – Mas isso não muda nada sobre o outro assunto.
- Tudo bem. – Ri. – Já sabia que não mudaria.
- Eu sei. – Ela me abraçou. – Não esqueça de me escrever.
- Como se fosse possível. – Murmurei.
- Vou sentir sua falta.
- Eu vou sentir mais. – Beijei sua testa.
- Eu te amo. – Sussurrou.
- Eu também te amo. – Beijei seus lábios. – Nos vemos em algumas semanas, querida.
Ela sorriu, provavelmente pensando “será uma eternidade”.
- Será uma eternidade. – Sussurrou. – Pelo menos pra mim.
- Divirta-se com os seus pais. – Ri. – E prometa que não vai virar uma garota comum que chora por sentir falta do namorado. A minha Granger é forte demais pra isso.
- Mas...
- A minha Granger enfrentou um trasgo montanhês adulto quando tinha onze anos. Na companhia do meu irmão cabeça oca e do magrelo Potter. – Fi-la rir com minha piada sem graça. – E não é saudade que vai derrubá-la.
- Você está certo. – Sorriu. – Eu tenho você. Não tenho razões pra chorar.
- Sim. – Suspirei aliviado. – Estaremos juntos de novo em um piscar de olhos.
- Tudo bem. – Ela riu.
- Agora é sério. – A beijei novamente. – Até logo.
- Até logo, Fred. – Sorriu vendo-me passar pela porta.
Cumprimentei os pais de Hermione e saí pela porta da frente, logo depois aparatando nos arredores da toca.
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Bom, eu não soube muito lidar com os Granger, mas espero que tenha ficado legal. Outra coisa, essa coisa do filtro de sonhos, é que eu acho legal e também acho que a Mione merece uma trégua de pesadelos, né? E a conversa que eles ~conversaram entre aspas~ é sobre os sete Potters. Todos já devem ter reparado não é? E também tem o fato de eu ter colocado que a Hermione é forte demais pra sofrer por isso... E ela é, né? Ela é uma das minhas divas, porque prova que ninguém depende só de amor - de namorado - pra viver. Mas enfim, espero que tenham gostado. No próximo eles vão trocar cartas e o Fred vem com uma surpresinha a mais. Muitas notas. Adios. ♥