Something About His Eyes - Fremione escrita por nanny


Capítulo 14
Complicated


Notas iniciais do capítulo

Ma-Oe! Capítulo pequeno :( Espero que não me espanquem! Agradecendo à Leticia pela recomendação... Sigam o exemplo dela pessoal *-* Boa leitura.



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Nervosa. Não, a palavra não é nervosa. Nervosa é pouco. Acho que furiosa é o certo! Fred Weasley esqueceu um dever de vinte pergaminhos no final do ano letivo. Não que isso fosse raro, mas precisava ser esse ano? Precisava ser hoje? Mesmo ele dizendo que não precisava de ajuda, eu tomei sua pena e os pergaminhos de suas mãos e fui fazer o dever pra ele. Até porque, o dever é de poções, e mesmo sendo hoje, Slughorn pegaria no pé dele... Aposto que pegaria.

Meu livro de poções estava guardado desde quando começamos a namorar, porque desde então, fazia os exercícios com ele. Fiz o exercício dele com o meu livro, e quando terminei, guardei os pergaminhos dentro do mesmo, Fred não estava em lugar nenhum do salão comunal, então deixei um bilhete pra ele escrito “seus pergaminhos estão dentro do livro.” Assinado como “sua Granger”. Sorri e resolvi dar uma volta pelo castelo. “Fred não vai desaparecer por muito tempo”, pensei, enquanto caminhava. Depois de andar sem rumo, encontrei alguém que realmente não procurava.

- Professor Dumbledore? – Chamei assustada.

- Oh, senhorita Granger? – Ele sorriu.

- Desculpe professor. – Disse apressada. – Não era pra eu estar aqui e...

- Não precisa se desculpar. – Ele sorriu novamente. – Às vezes é bom continuar andando pelo castelo, só pra não perder o costume.

- Realmente. – Encostei-me a uma das paredes.

- Tem alguma coisa te incomodando? – Perguntou com os olhos azuis me fitando. – Alguma coisa que queira me falar?

Pensei por alguns segundos se devia. Se alguma coisa fosse acontecer à Snape e Fred, e tivesse um jeito de impedir, obviamente eu queria saber. E com Dumbledore não importa se eu disser ou não, ele parece saber das coisas antes mesmo que eu conte.

- Na verdade, professor. – Suspirei. – Tem sim.

- Não sei se posso ajudar em tudo, mas veremos se sou útil. – Com os olhos ainda grudados em mim, ele fez menção para que contasse.

- Eu tenho tido sonhos... Estranhos. – Mordi o lábio. – Parecem presságios... Visões do futuro.

- Tem certeza que não são só sonhos? – Ele sorriu.

- Tenho. – Afirmei. – São terríveis e... Eu sei que são muito reais pra serem só sonhos.

- Tudo bem. – Ele ainda sorria. – Sonhos sobre o que?

- Na verdade são pesadelos. – Pausa. – Pesadelos com a morte.

- Morte? – Ele perguntou parecendo interessado. – Morte de quem? Talvez a minha?

- Não! – Quase gritei. – É claro que não.

Talvez, se eu dissesse que eram com ele, ele poderia achar que estava chamando-o de velho.

- Eu estou velho. – Ele sorriu. – Não seria surpresa nenhuma.

- Mas não são com o senhor, professor. – Pausa. – São com Fred Weasley.

- Ah sim! – Sorriu. – O garoto Weasley que você é mais próxima, sim?

- Sim. – Respondi corando.

A minha sorte é que na torre de astronomia não tem tanta claridade, pois sabia que havia corado.

- Talvez sejam mesmo presságios. – Ele disse normalmente. – Às vezes temos alguns avisos em forma de sonhos.

- Mas eu não quero que aconteça. – Me desencostei da parede. – Eu não quero que a família dele sofra, não quero sofrer.

- Tem coisas que são inevitáveis. – Ele sorriu.

- Mas se eu fui “avisada”, deve ter algum jeito de evitar! – Me desesperava cada vez mais. – Não é possível que tenha tido esses pesadelos só pra sofrer antes da hora!

- É a morte, Srta Granger. – Ele ainda sorria. – Não é algo tão terrível assim...

- Como pode dizer que não é algo tão terrível? – Uma lágrima escorreu. – Pode não ser tão terrível quando você morre, mas e quando alguém importante morre?

- Eu entendo. – Ele disse parecendo atordoado. O sorriso havia sumido. – Mas ainda é a morte.

- Não é tão inevitável assim. – Passei a mão pelo rosto. – Tem que haver um jeito. Eu e Harry salvamos Bicuço e Sirius no terceiro ano... Porque eu não posso simplesmente salvá-lo?

- Não é bem assim, Hermione. – Ele me fitou novamente com os olhos azuis que pareciam atravessar minha alma. – Às vezes as coisas estão fora de nosso alcance.

- Professor... – Suspirei. – Há alguma coisa que eu possa fazer?

Ele ficou em silencio.

- Qualquer chance? – Pausa. – Qualquer coisa!

- Na verdade... – Suspirou. – A morte não costuma deixar as pessoas pra trás.

- Tem que ter um jeito! – Quase gritei. – Não é possível que eu vá perdê-los.

- Você não precisa perdê-los. – Ele disse com um sorriso. – A morte não deixa pessoas pra trás, mas...

Ele parou. Eu ansiava pelo resto da frase, mas os olhos de Dumbledore estreitaram e ele fitou o corredor escuro. Escutamos passos e a imagem de Severus Snape entrou no nosso campo de visão.

- Queria falar comigo, diretor? – Perguntou me ignorando.

- Sim, Severus. – Ele sorriu. – Srta. Granger, procure a professora McGonnagal e ela esclarecerá suas duvidas. E não se esqueça que o maior ato de coragem pode se revelar em confiar e apoiar alguém que já não confia e não apóia a si mesmo.

- Obrigada professor Dumbledore. – Sorri. – Com licença.

Saí rápido da torre, antes que minha cabeça explodisse com o nervosismo de não saber o final da frase e com a confusão da ultima frase que Dumbledore disse.

x-x-x-x-x

- Professora McGonnagal? – Encontrei-a saindo da sua sala.

- Sim Srta. Granger. – Ela arqueou as sobrancelhas. – O que faz pelo castelo à uma hora dessas?

- Dumbledore me mantou te procurar. – Disse com um sorriso.

- Ah sim. – Ela sorriu. – Entre.

Abriu a porta e entrou de novo, junto comigo. Sentou-se em sua mesa e eu me sentei de frente pra ela.

- Professora. – Pausa. – Dumbledore me disse que não há um jeito de parar a morte, mas...

- Mas? – Perguntou com as sobrancelhas erguidas.

- Ele não completou a frase. – Revirei os olhos. – E depois disse que você esclareceria minhas duvidas.

Meu braço formigou e eu olhei de lado, vendo a marca ficar levemente mais clara. “O experimento deve estar dando errado”, pensei balançando a cabeça.

- Então você tem duvidas sobre como parar a morte? – Perguntou parecendo assustada.

- Eu tenho tido alguns pesa-

- Desculpe Srta. Granger. – Ela me interrompeu. – Eu não sei como parar a morte. A morte não deixa pessoas pra trás.

- Dumbledore não me mandaria aqui à-toa. – Revirei os olhos. – Por favor, professora.

- Eu não sei. – Ela suspirou. – Me desculpe.

- Tudo bem. – Respirei fundo. – Obrigada de qualquer forma.

- Tenha uma boa noite. – Sorriu.

- Igualmente. – Me levantei e me retirei de sua sala.

É claro que ela sabe de alguma coisa”, foi o que pensei enquanto caminhava na direção do quadro da mulher-gorda.

x-x-x-x-x-x

Assim que passei pelo quadro, localizei os cabelos ruivos e desgrenhados de costas pra mim e dei um suspiro. Aproximei-me lentamente e passei meus braços envolta da cintura de Fred.

- Como você ousa? – Ele se virou pra mim e se afastou ao mesmo tempo.

- O que? – Perguntei rindo.

- Você deveria esconder seus pergaminhos preciosos melhor, Granger. – Disse com um sorriso sarcástico e me deu as costas, saindo pela passagem do quadro.

O que eu fiz de errado Merlin?


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Notas finais do capítulo

Eu sei eu sei, minusculo :( mas a fic tá chegamd numa parte importante.. me ajudem com os reviews e eu compenso postando tudo rapidinho. beijos suas LINDAS, ♥