Confiança escrita por dagalvao


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo saiu mais rápido do que eu havia planejado, seus reviews me inspiram! Enjoy!



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Capítulo 5

Agora aprenderiam que com Isabella Swan não se brinca.

        __ Então quer dizer que você toca em uma banda de rock? – Emmet estava entusiasmado com a ideia de ter uma amiga musicista, poderia ser sua oportunidade de entrar em uma banda legal.

       Nesse instante, Edward que se mostrara indiferente à conversa a sua volta voltou a cabeça para Isabella com sincera curiosidade para ouvir a resposta da menina chatinha. Era possível uma garota cheia de frescuras tocar em uma banda de rock?

       __ Sim eu toco. Quase todos os finais de semana. Na verdade eu sou a vocalista, mas apresento algumas músicas tocando guitarra, violão ou piano. Sou pianista desde criança e guitarra e violão aprendi com um cara da banda. – Bella não estava se importando de explicar para Emmet o funcionamento da Nightfall, simpatizara com ele desde que se aproximou daquela mesa.

       __ Isabella, vocês não têm uma vaguinha para Emmet não? Ele toca bateria. - Já que Emmet não se pronunciava, Jasper decidiu intervir por ele.

       __ Que coincidência! A Nightfall está precisando de um baterista, o Jonh está querendo dividir os solos de guitarra com o Alex, porém não largou a bateria ainda por falta de candidatos. Acho que é a sua oportunidade grandão.

       __ Nightfall? É o nome da banda? Por que esse nome? – Alice resolveu entrar na conversa, não podia deixar a feiosa ser o centro das atenções.

       __ É o nome da banda sim, fui eu que escolhi e só dou explicação do por que da escolha para quem julgo ser merecedor de ouvi-la. O que não é o seu caso. – Alice havia pisado no orgulho de Bella e agora teria que aguentar a hostilidade.

       __ Escuta aqui sua patricinha, quem você pensa que é para falar assim com a minha irmã? – Aquela garota já estava dando nos nervos de Edward. Ele não agüentou ver a irmã sendo maltratada na sua presença e num átimo levantou batendo as mãos na mesa e encarando Isabella como se quisesse matá-la.

       __ Ei, calma Edward, Alice pediu para ser tratada assim, quem mandou ela recusar o aperto de mão de Isabella? Escuta Jasper, vocês não têm que irem para o escritório não? – Emmet arqueou sugestivamente a sobrancelha para Jazz. Se não fosse pela mão firme dele nos braços do amigo, este poderia ter feito uma besteira. Emmet já considerava a hipótese de ligar para sua tia Esme a fim de pedi-la que proibisse o filho de lutar boxe por uns tempos ou ele ia acabar fazendo besteira, andava com os nervos a flor da pele, talvez estivesse precisando de uma boa noite de sexo. Disso ele poderia cuidar, antes que Edward desse um soco de direita no perfeito nariz de Isabella Swan.

       __ Me larga Emmet. – lançou um olhar severo para o primo e depois se voltou para Isabella com uma expressão furiosa. – Escuta aqui sua fedelha, se eu vir você desfazendo da minha irmã mais uma vez eu juro que não respondo por mim. Ou não me chamo Edward Cullen.

       __ Pois fique você sabendo, seu arquitetozinho de merda, que eu não tenho medo de você. Tem vários homens que viriam atrás de você caso encostasse esse seu dedo nojento em mim e não estou falando dos seguranças da minha família, falo de meus amigos. E mais uma coisa, sua irmã pediu para ser tratada assim. Diga a senhora sua mãe para reeducá-la, pois ela ainda não aprendeu as boas maneiras que com certeza lhe foram ensinadas. Não tenho culpa se ela não conseguiu fisgar Jasper e não está suportando vê-lo babar por mim. – Alice ficou completamente atônita e envergonhada. Era tão nítido o seu interesse por Jazz?

            Edward não suportando as palavras proferidas por Bella avançou em sua direção para lhe arrancar os cabelos, mas parou num átimo. Que besteira estava fazendo? O que Tanya fez com ele? Não estava se reconhecendo. Nunca levantara a mão para uma mulher dantes. Tudo bem que a fedelha destratou Alice e ainda colocou a D. Esme na contenda, mas nada justificava seus atos. O boxe o ensinou a ser uma pessoa controlada, aversa às brigas, a luta era para ser praticada exclusivamente em um ring e com alguém do seu tamanho e de mesmo sexo. Mas estava tão estressado com os últimos acontecimentos envolvendo Tanya que brigava com qualquer um por motivos banais, até com seu pai havia se desentendido. Aquela frágil e insuportável garota não tinha culpa de seus problemas, embora ele acreditasse piamente que ela merecia umas boas palmadas para deixar de ser mal educada, mas isso quem teria que fazer eram os seu pais. Além do mais, acabou reconhecendo que fora Alice que tinha começado a desavença. O desentendimento não passou de um confronto entre duas adolescentes mimadas, eram estranhamente iguais, Isabella e Alice, talvez tenha sido esse o motivo do desentendimento. Duas cargas negativas quando se encontram tendem a dar choque.

       __ Por favor, – Edward engoliu seu orgulho. – Me desculpe, você está errada, mas Alice também está – nesse momento Alice se fingiu de ofendida e colocou as mãos no peito como se fosse realmente a vítima. – Agi por impulso, sei que não justifica, mas estou com alguns problemas e ando querendo matar meio mundo por isso. Você não tem culpa, por isso peço perdão mais uma vez. Vamos embora Alice. Veja o que você me levou a fazer! Intrometer na briga de duas fedelhas por causa de homem. Jasper não merece tanto.

       Bella ia abrindo a boca para retrucar e dizer que não iria desculpá-lo coisa nenhuma e que não estava nem um pouco interessada no rapaz de cabelos encaracolados, Alice poderia fazer bom proveito. Mas além de estar boquiaberta com a repentina mudança de comportamento de Edward, foi surpreendida com um braço calorosamente conhecido segurando o seu.

       __ O que está acontecendo aqui? – Riley chegou ao fim do tumulto e não gostou de ver aquele cara partindo para cima de sua amiga. – Boneca, está tudo bem? – perguntou abraçando Bella e encarando Edward como um leão que vê sua cria sendo ameaçada e está prestes a atacar o ameaçador. – Ei, eu conheço você! É o cara que esbarrei há algum tempo e quase me bateu porque seus projetos caíram no chão.

       __ Me lembro de você também seu desavisado. Mas isso não vem ao caso, você chegou atrasado. Sua Barbie não está mais em perigo. Vamos Alice. – Edward saiu puxando Alice, já tinha tido sua dose de estresse por aquele dia. Não estava com saco para aturar namoradinhos irritados. Quando chegaram do lado de fora do prédio tranqüilizou a irmã. – Viu Lice, ela tem namorado, não precisava ter feito aquela cena. Você quase acabou de me arruinar.

       __ Edward, você é tão dramático! Hoje você não deveria ir pro escritório. Que tal passar a tarde em um puteiro qualquer? Vai ser bom pra aliviar a tensão. – Alice falou a última frase há alguns bons metros de distancia do irmão, pois o conhecia bem para saber que ele não gostaria de ouvir aquilo, mas ela não perderia a oportunidade de provocá-lo. Quando estava numa distancia segura completou: - Obrigada por me defender daquela idiota. Da próxima vez eu mesma dou na cara dela. – dito isto adentrou o seu prédio correndo para não ser a próxima vitima do irmão rabugento.

            Talvez Alice tivesse razão, estava há três dias sem uma boa foda, a última fora no sábado com uma vadia que nem lembrava o nome, sabia apenas que estudava... Estudava o que mesmo? Bem, tanto faz isso não era relevante, o que importava era que tinha ficado satisfeito. Contudo, não estava acostumado a ficar nem um dia sem sexo. A verdadeira razão para namorar Tanya fora o fato de transarem todos os dias (ou quase), seja na casa dela ou em algum motel de beira de esquina, ele não dava a mínima para o lugar, ela não era importante o suficiente para que ele se preocupasse em levá-la a algum hotel de luxo ou para o seu quarto em seu apartamento. Para este último lugar não levava mulher nenhuma, nem sob tortura. Nenhuma era digna de sentir os lençóis macios de sua cama, se algum dia levasse alguma garota para o seu quarto, já tinha avisado aos amigos, poderiam interná-lo, pois para fazer isso só mesmo perdendo a sanidade mental. Permitiu a Tanya que conhecesse seu apartamento, mas ela teve acesso somente à sala, cozinha e varanda, nada mais, mesmo assim na companhia de alguns amigos. Não comeria aquela vagabunda onde morava com Alice, seria falta de respeito com a irmã. Quando deu por si, já havia desviado do caminho da empresa que estava abrindo com o ex-atual-futuro-cunhado e seguia para onde descarregaria suas tensões com uma qualquer, só sairia de lá quando se sentisse renovado.

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            __ Bells, acorda. Você está atrasada. – Maria tentava pela milésima vez acordar Isabella que dormia um sono tão profundo que não ouvira o despertador avisando com o barulho irritante que era hora de ir pra Universidade. – Isabella Marie, se a senhorita não levantar dessa cama agora, ligarei para o seu pai imediatamente. – Maria considerava a hipótese de realmente ligar para o Sr. Swan. Desde o início do ano o seu patrão havia liberado-a da incumbência dos serviços de babá para com Bella, ela não precisava mais avisar ao Charlie cada passo de sua Bells, a filha conseguira conquistar a confiança do pai, mas se Isabella desse inicio a uma vida desregrada, Maria ligaria para os patrões sem pestanejar.

            __ Eu quero que você se exploda Edward Cullen! – Bella estava tendo um pesadelo com aquele ser desprezível que atendia por Edward Cullen, que saco, mal o tinha conhecido e ele já vinha importunar seus sonhos.

            __ Bella o que foi? – Maria questionou assustada.

            __ Foi só um pesadelo Maria. – quando olhou para o relógio quase teve um infarto. – Nossa! Perdi a hora. Por que você não me acordou? – perguntou irritadiça.

            __ É o que estou fazendo há séculos. – Maria devolveu revirando os olhos para a patroazinha, com ela Bella não tinha vez, Maria não cedia aos seus mimos.

            __ Tenho um dia longo, hoje vou me encontrar com um quase arquiteto para tratarmos do projeto da clinica. Ele está montando uma empresa com um amigo. – Bella cuspiu a palavra amigo quando se lembrou quem era o tal amigo. – E me ofereceu ajuda, a amiga do Jim não apareceu ontem... Bom, isso não importa. Prepare meu café que só tomarei um banho rápido.

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            Diferente dos outros dias, Isabella seguiu para o estacionamento do prédio onde estivera outrora brigando com certos irmãos. Em meio à confusão havia se esquecido de perguntar a Jasper o endereço de seu escritório. Trajava blusa branca com uma caveira de laço cor-de-rosa, calça jeans que revelava suas belas curvas e sapatos Gucci também na cor rosa. A bolsa Chanel exclusivamente feita para ela fora escolhida aquele dia para o caso de encontrar Alice Cullen e matá-la de inveja, tinha certeza que a outra era louca por moda, seus trajes denunciavam isso.

De costas para o estacionamento, conversava distraidamente com Jasper quando ouviu uma voz irritantemente conhecida atrás de Si.

            __Jazz, cara! Você viu o carrão que está parado alí? É um BMW Z4 Roadster! Quem é o felizardo que tem uma perfeição daquela? Não sabia que tinha outros caras aqui loucos por carros como eu. – Vestindo seu costumeiro moletom e calça jeans, Edward, no alto de sua distração, não percebera que a garota que o amigo estava conversando era...

            __ O carro é meu Sr. Cullen, mas pode tirar o seu cavalinho da chuva, você não coloca as mãos no meu bebê nem por um milhão de dólares. – Bella virou-se para o ser desprezível ostentando um sorriso irônico.

            __ Isabella... – Edward estava visivelmente desconcertado, primeiro porque tinha elogiado o carro na presença da proprietária chatinha e segundo porque quando se aproximava, permitiu-se admirar o traseiro da mulher que conversava com Jasper sem a menor discrição. Como ia imaginar que a fedelha insuportável era até degustável? No dia anterior não se dera ao trabalho de observá-la com pericia como fazia com toda a ala feminina. Por fim recuperou do susto e concluiu sua resposta. – Ora, ora. A fedelha até que tem bom gosto para carros, aposto que foi presente do papai. Você não tem cara de quem gosta de trabalhar. Deve torrar toda a grana dos Swan comprando roupas para ficar menos ridícula. – Edward não admitiria nem por um decreto que minutos atrás estava cobiçando o corpo daquela garota.

            __ Se eu fosse tão ridícula, a sua irmã não estaria preocupada com interesse de Jazz por mim. – Chamou Jasper Withlock pelo apelido apenas para importunar Alice que estava calda ao lado de Edward, somente observando a cena e cobiçando a bolsa de sua rival.

            __ Isabella, estou farta dessas suas insinuações, não tenho e não terei nada com Jasper, pode ficar com ele pra você. – Alice retrucou e seguiu para sua aula deixando os demais assustados com seu ciúme. Não agüentava mais olhar para aquela garota que estava lhe roubando sua paixão.

            __ Mais que merda! – Bella gritou exasperada tirando uma Heineken da bolsa. – Já disse que não estou interessada em você Jasper. Pode ir tranquilizar sua irmã Sr. Cullen, meu envolvimento com Jasper é estritamente profissional, no máximo uma amizade. Pela última vez: homens estão proibidos de entrar na minha vida. Saco! – estava tão cansada dessas insinuações que não se importou de desabafar na frente daqueles dois que mal a conheciam. – Nos encontramos mais tarde Jasper, cansei de respirar o mesmo ar que esse daí! Tchauzinho. – entrou em seu carro e saiu cantando pneus sem se importar com nada.

            __ Garota maluca, além de mimada não bate bem das bolas, o que nós temos haver com o fato de ela não querer saber de homens? Deve ser lésbica. – Edward estava, assim como Withlock, sem entender o repentino piti da patricinha. – Me avise o horário que ela irá à empresa, quero passar bem longe.

            __ Aviso não Edward. Ou você esqueceu que passou uma tarde na promiscuidade ontem? Hoje terá que recompensar. Temos muito trabalho.

            __ Que seja, mas vou avisando que sairei exatamente ás seis, preciso passar na academia para ver o horário das lutas do campeonato.

            __ Porra, tinha me esquecido! Você está pronto para arrebentar com os caras de Malibu? Esse ano a comemoração terá mais bebidas e mulherada.

            Edward revirou os olhos, ele quem ganhava as lutas e tinha que dividir com Emmet e Jasper as bebidas e as mulheres que ficavam ao seu dispor quando era campeão.

            __ Ei cara, preciso ter uma palavrinha com você. – Riley interrompeu Edward quando este subia as escadas do prédio.

            __ Mas vejam só! O namoradinho veio defender a fedelha. – O rapaz de cabelos acobreados não se importaria de dar um belo soco na cara daquele merdinha caso ele merecesse.

            __Vou avisar só uma vez, portanto preste bem atenção: Bella mora longe da família, logo, meu dever, como MELHOR amigo, é protegê-la. Sei o quanto ela é mimada e quando quer, consegue irritar até um passarinho. Mas isso não justifica você querer bater nela. Ontem eu vi que por pouco você não desceu o braço na minha boneca. Como lutador de boxe, deveria incentivar a paz, não a violência, principalmente com uma mulher. Não me intrometerei nas implicâncias dela com sua irmã e vice e versa, isso deve ser resolvido entre elas. Bella não quer nada com aquele seu amiguinho. Ele não faz o tipo dela. A implicância se dá pelo fato de serem parecidas, ambas estão acostumadas a ser o centro das atenções. Tenho certeza que seus pais criaram sua irmã, igual Charlie e Renee criaram Bella, mimando suas caçulas. – Riley que falava de forma educada e pausada, proferiu as próximas palavras com um tom ameaçador. – Mas se eu souber que você ao menos cogitou a hipótese de bater em Isabella, considere-se um homem morto. Eu mesmo me encobrirei disso. – depois voltou a amenizar a voz. – Você já é adulto, Bella está deixando a adolescência agora, tem apenas dezenove anos. Seja sábio e tolerante para com ela. Se possível, mantenha distância. Passar bem.

            Edward segurou o braço de Riley a fim de impedi-lo de se afastar, precisava deixar as coisas claras com o amigo da patricinha, ficara impressionado com ele. Não duvidou em nenhum momento que ele realmente seria capaz de matar para defender sua amiga.

            __ Vocês são apenas amigos? – questionou Edward sem saber por quê. Não fora para isso que segurara Riley. Que porra!

            __ Sim, melhores amigos, nos amamos como se fôssemos irmãos, ou mais. Meu amor e carinho por ela são fraternais. Por que o repentino interesse Cullen? Gostou dela? Ela é linda mesmo. Chama a atenção de todos, porém não é pro seu bico. Não faça essa cara, já sei da sua ficha completa. Um perfeito cafajeste. Também já fui assim.

            __ Mais que porra, me deixa falar. Eu me arrependi de quase ter avançado nela. Eu não a suporto, obviamente. Tenho aversão a garotas como ela, tolero Alice porque é minha irmã. Ontem mesmo eu pedi desculpas, mas é claro que a nojentinha não aceitou. Isso não importa. Não devia ter perdido a cabeça, sou contra a violência, sei quais são as regras que um lutador deve seguir. Não se preocupe, farei o possível e o impossível para passar longe da sua amiguinha. Aliás, nem será difícil, ela já estuda aqui há algum tempo e eu nem a conhecia, acredito que tenha espaço para nós dois andarmos por aí sem nos esbarrarmos, como sempre foi. E só para constar, eu não tenho medo de você. Não me assustou nem um pouco com essa porra de ameaça. Agora pode ir, já acabei.

            Riley decidiu não retrucar as palavras do Cullen, seu objetivo já havia sido alcançado, deixou Edward sob aviso. Era o que importava afinal.

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            Enquanto Emmet se encaminhava para sua aula na UCLA, teve sua atenção desviada ao notar um burburinho em frente ao prédio de Medicina Veterinária, deixaria a confusão de lado se a briga não envolvesse uma mulher de meia idade e a loira estonteante que estava de olho há algum tempo. Se amontoando em meio aos curiosos, prestou atenção no diálogo que se passava entre as duas e um policial:

            __ Essa garota, seu guarda, roubou minha pulseira que estava em cima da pia do banheiro. - a senhora de meia idade com ares de madame acusava Rosalie Hale.

            __ Já disse que não peguei nada, pode revistar a minha bolsa. – Rosalie estendia a bolsa em direção à senhora sem hesitar, tinha absoluta certeza que no interior da sua Prada não havia pulseira nenhuma.

            __ Mocinha, não queremos mexer nas suas coisas, apenas devolva a pulseira. – o policial baixinho pedia pacificamente.

            Impaciente como era, Rosalie virou sua bolsa de cabeça para baixo e a sacudiu a fim de que caíssem todos os seus pertences que repousavam dentro dela. Para a surpresa dos demais, não tinha nem sinal da pulseira cravejada de brilhantes que estava a pouco sobre a bancada do banheiro feminino. A senhora não cria no que via, tinha certeza que a moça roubara sua pulseira quando a esqueceu na pia, não tinha mais ninguém no local além de Rosalie.

            __ Vê minha senhora, a garota não está com sua pulseira. Tudo não passou de um mal entendido. – virou para o bando de sem o que fazer que aguardava o veredito da história e ralhou visivelmente nervoso. – Acho que todos aqui tem mais o que fazer, o assunto está encerrado. Vamos, vamos, andando pessoal.

            Rosalie, quando viu todos se dispersarem abaixou para pegar suas coisas no chão enquanto lágrimas escorriam pelo seu rosto perfeito. Sobressaltou-se quando uma mão bronzeada segurou a sua impedindo-a de tocar nos objetos.

            __ Eu te ajudo. – Emmet viu a oportunidade que esperava há alguns meses para se aproximar da loira de incríveis olhos azuis.

            __ Não precisa. Pode ir embora. – Rosalie falou com desdém, mas não conseguiu impedir Emmet de ajudá-la.

            __ Se você precisar de ajuda para dar uns sopapos na coroa pode contar comigo. A propósito, sou Emmet McCarthy. – estendeu a mão com um sorriso, a ideia era distrair a garota, é claro que não bateria em uma senhora indefesa. Não era maluco como o primo.

            __ Rosalie Hale. – devolveu o aperto com um sorriso brincando nos lábios carnudos. – Desculpa pelo meu comportamento, estou passando por alguns problemas...

            __ Você não gostaria de dividi-los com alguém? – Emmet perguntou pegando o braço de Rosalie e guiando-a até a lanchonete do campus.

            A garota ficou admirada com o rapaz musculoso que tentava a todo custo ser gentil com ela, não custava nada conversar com ele, talvez pudesse desabafar. Rosalie Hale era estudante de veterinária, tinha vinte e um anos, trabalhava como modelo para pagar a faculdade, era dona de um corpo exuberante, longos cabelos naturalmente loiros e belos olhos azuis. Quando sentou naquela lanchonete para conversar com Emmet, percebeu que sua vida teria um novo rumo a partir daquele dia.

__ Bom, acho que agora podemos voltar para nossas aulas. – Emmet escutou com atenção o desabafo de Rosalie e agora ambos gargalhavam da situação que se passara mais cedo. – Você não gostaria de me encontrar amanhã à noite? Conhece a banda Nightfall? Ela vai tocar num barzinho aqui perto, dizem que é muito boa. Seria bom para espairecer. – este era Emmet, direto, se estava interessado, não ficava com joguinhos infantis, ia direto ao ponto.

__ Eu posso te ligar mais tarde para dar a resposta? Tenho que ver se surgiu algum trabalho no sábado. Se não tiver nenhum, eu aceito o convite. Mais uma vez, obrigada por me ouvir. Até mais. – Rosalie despediu do homem que parecia mais um urso com um beijo no canto da boca de Emmet, o deixando inebriado com o perfume que vinha dela.

__ Até mais, estarei esperando sua ligação. – Emmet ficou olhando deslumbrado a loira desaparecer de sua vista.

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            Após o almoço, Isabella ficou uma eternidade parada em frente aos armários de seu closet, não sabia como se vestir, queria parecer séria, não a patricinha mimada que era, mas a impaciência de Riley que estava jogado em sua cama não estava ajudando.

            __ Bonequinha, se você quer posar de futura empresária, já está começando errado. Você marcou ás quatorze horas com o Jasper? Pois bem, faltam exatos quarenta minutos.

            __ Riley, dá um tempo. Se não pode ajudar, também não atrapalha.  – sacou o telefone para ligar para aquela que julgava poder ajudá-la.

            __Bebê? Que saudade! Como você está? Quanto tempo que não telefona. Você está se alimentando direito? Riley e Maria estão cuidando bem de você? Vai vir este fim de semana nos visitar? – Renee estava eufórica com a ligação da filha, ela não tinha permissão para telefonar para o seu bebê, tinha que aguardar quando Bella ligasse.

            __ Mãe, fica calada. Estou bem tá legal. Nossa, nos falamos há dois dias! Apenas escute: tenho uma reunião com um arquiteto daqui a pouco, vou explicar para ele o meu projeto da clínica odontológica.

            __ Que bom filhinha. Você já comprou o terreno que lhe agradou?

            __ Não comprei ainda, queria levar um engenheiro e um arquiteto lá primeiro. E quero mostrar ao papai também. Mas isso não vem ao caso agora. Eu preciso que você me dê uma dica de como me vestir. Não quero ir com minhas roupas costumeiras. Quero passar uma imagem mais formal.

            __ Filha, você sabe muito bem como se vestir. Esqueceu-se das aulas com a nossa estilista pessoal? Mas se a sua ideia é posar de empresária, vista um terninho preto, coloque sapatos da mesma cor e prenda o cabelo num coque desarrumado. Só uma dica: para não parecer uma quarentona, deixe um decote não muito revelador aparecendo. Sabe, daqueles que não mostram muito, mas deixam os homens a beira da loucura para ver o restante? Quem sabe além de contratar um arquiteto você não arruma um namorado?

            __ Dona Renee Swan! – Bella gritou fingindo estar brava, Renee alegrava os seus dias quando se falavam ao telefone. - Ficou maluca? Não passa pela minha cabeça namorar o rapaz, é profissional, nada mais. Se você soubesse o que aconteceu, não ficaria me empurrando para o Jasper.

            __ Jasper é o arquiteto? Ele é bonito? Bebê, o que aconteceu aí hein? Pode me contar agora.

            __ Depois eu te conto, estou muito atrasada, manda um beijo pro papai e pro James. E obrigada pelas dicas, tchau. – Isabella encerrou a ligação e pegou o terninho exatamente como sua mãe tinha falado. Deu graças aos céus por ter comprado aquela roupa, não era de seu costume comprar vestimentas formais, mas às vezes era preciso adquirir algumas dessas peças, para o caso de uma emergência.

            __ Boneca. – Bella, que já estava terminando a maquiagem, quase deu um ataque quando Riley apareceu na porta do banheiro assustando-a, tinha se esquecido dele. – Por que você não explicou pra Renee que não é no Jasper que você está interessada, mas sim no sócio dele? – Riley queria apenas importuná-la com aquela pergunta. Na verdade não seria de seu agrado se Bella se envolvesse com o brutamonte de sobrenome Cullen.

            __ E quem disse a você que estou afim de Edward Detestável Cullen? Endoideceu de vez? – a garota sentiu o rosto pegar fogo com o questionamento do melhor amigo.

            __ Vai me dizer que ele não te agrada fisicamente? – Riley sabia com precisão quais eram as preferências de sua bonequinha quando o assunto era homens.

            __ Ah, é... Até que ele é bonitinho... – não tinha certeza se bonitinho se encaixava no pessoa do arrogante Cullen, mas não daria outro adjetivo para a ele nem se a ameaçassem de morte. Pelo menos não em voz alta. – Agora chega desse papo furado, você já está atrasado para o estágio. Vamos logo, te dou uma carona. - Os dois amigos seguiram felizes para os seus compromissos. Riley só não avisou Isabella de um pequeno detalhe, deixaria que ela descobrisse quando chegasse ao escritório.


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Notas finais do capítulo

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