Escolhas - Fred e Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 8
Fight!


Notas iniciais do capítulo

NHAAAC

*Jurosolenementequenãovoufazernadadebom*

Vou postar só mais umzinho em Homenagem à bialzin que pediu e eu não resisti, e a uma nova e simpática leitora:
Liza

Boa Leitura



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OITO:

Como eu estou? Sobrevivendo. Tenho passado mais tempo com os livros do que com qualquer ser vivente. Ah! Perdão. Talvez eu passe tanto tempo com os livros quanto eu passo com Bichento. Os meus horários livres, ou estou com Malfoy, ou estou com bichento. E sim, em todas essas horas eu fico na biblioteca, já que parece que qualquer outro lugar aonde eu vou, Lilá brota da terra e começa e se atracar com Rony.

Malfoy anda esquisito, se isolando do mundo, anda cabisbaixo e sempre com os olhos inchados, como se estivesse chorando. Quando estamos juntos conseguimos rir e esquecer, durante breves momentos os nossos problemas.

Fred. Isso tem me incomodado. Tenho a margem de uma lembrança, onde eu e Fred nós... Bem, isso é impossível. Ele tem namorada e eu amo o irmão dele.

Isso tem me irritado, não agüento mais ver Angelina na minha frente. Sempre que vou conversar com um dos gêmeos ela dá um jeito de nos interromper. Não consigo sequer falar com Lino!

- Oi Hermione. – uma voz me tirou de seus devaneios.

Desviei o olhar do livro de poções e vi Draco parado perto das estantes. Fechei o livro e abri um sorriso.

- Oi Draco! Sente-se. Sente-se e me faça companhia.

Ele abriu um sorriso torto. E se sentou em uma cadeira na minha frente.

- Você anda sumido. Senti sua falta.

Seu fraco sorriso sumiu.

- Hermione, eu preciso te contar um segredo. – ele apertou os lábios.

E olhando para os lados ele soltou um longo suspiro.

- O Lord, me passou uma missão. É algo horrível, que eu não quero fazer.

Eu queria poder confortá-lo, queria poder fazer qualquer coisa para ajudá-lo.

- E se você fugisse? – eu murmurei.

- Não posso, eles tem a minha mãe. – ele disse segurando a cabeça com as mãos.

-Eu vou te ajudar. – eu disse passando a mãos em sua cabeça que estava tombada sobre a mesa. – não sei como, mas eu vou.

Ele ergueu a cabeça e me fitou longamente.

- Sabe Granger, você deve ser minha única amiga. – ele deu um meio sorriso.

- E sempre vou ser. – eu sorri.

Observei a fita delicada e verde em meu braço e dirigi um rápido olhar para a pulseira idêntica dele sobre o braço esquerdo. Cada vez mais firme e forte, como a nossa amizade.

- Sempre? – ele perguntou usando um tom que me lembrava muito o Draco do primeiro ano.

- Sempre. – sorri e entrelacei nossos dedos.

- Draco? Hermione? Mas o que diabos significa isso?! – uma terceira voz furiosa irrompeu na biblioteca.

- Abaffiato! – eu disse rapidamente. – Calma Fred, eu posso explicar.

Ele estava com as orelhas vermelhas, assim como Rony quando este ficava bravo. Eu tratei logo de separar as minhas mãos das do Malfoy.

- Como pôde Hermione? Você devia se envergonhar! – ele gritava. Agradeci internamente ao gênio que havia criado o feitiço silenciador.

- Não é nada disso Weasley. – Draco revirou os olhos. Ele não estava nem um pouco preocupado com o ruivo alto e furioso em nossa frente.

- Você! Seu seboso ridículo, a conversa ainda não chegou em você.

- Seboso? ESCUTA AQUI SEU POBRETÃO QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA...

- EU SOU O CARA QUE VAI TE DEIXAR ALEJADO DE TANTO APANHAR!

Malfoy se levantou. Sem varinha. Eles iam resolver no braço mesmo.

- PAREM VOCÊS DOIS!

Eu berrei me pondo em pé. Ambos me olharam. Malfoy parou por que eu pedi. Fred parou por puro susto, acho que ele nunca havia me visto gritar. Já Malfoy, bem, digamos que eu passei os últimos anos à base de berros e ofensas.

- Agora os dois, se sentem, e vamos conversar civilizadamente. – eu enfatizei a última palavra, e após concluir a frase voltei a me sentar.

Malfoy fez o mesmo, enquanto Fred ficava ali meio aturdido. Eu arrastei uma cadeira até o meu lado enganchando-a com o pé e dei um tapinha convidativo nela. Fred aceitou meu convite e se sentou ao meu lado.

- Fred, meu amor. – eu comecei sem poder impedir uma nota de sarcasmo na voz. – eu e Malfoy somos só amigos.

- Não era o que parecia à pouco. – ele disse nervoso jogando a franja para o lado.

- E se estivéssemos, o que você tem haver com a vida da Hermione? Que eu saiba, ela não é nada sua.

Fred quebrou com seu comentário. Se você não fizesse barulho, era possível ouvir seu escudo de garoto calmo e gente fina se quebrando em mil pedaços. Ele estava irreconhecível, seu rosto se contorceu de raiva.

- Ela é minha... Amiga! – ele disse revoltado. – eu tenho o dever de protegê-la. Ainda mais dos filhotes de comensal mal intencionados! – ele disse dando uma indireta tão sutil quanto uma tijolada na cara

- Ela é minha amiga também, e você não vai interferir só por que você tem uma paixonitezinha por ela! Ela não é sua propriedade! – Malfoy se irritava.

Fred foi tomado por uma cólera que chegou a me assustar, seu rosto inteiro estava da cor de seus cabelos.

- Cale a boca seu Seboso Filhote de comensal!

- EU JÁ TE MOSTRO QUEM É FILHOTE DE COMENSAL! SUA CENOURA AMBULANTE– Malfoy fez menção em se levantar, mas eu segurei seu braço.

- GAROTOS SE ACALMEM! – eu gritei histérica e após obter a atenção de ambos, notei que estava ofegante. Respirei fundo. – Por favor, - eu mudei drasticamente meu tom de voz para um estilo calmo e psicótico. – se os dois voltarem a aumentar o tom de voz, eu juro que castro ambos, e da forma mais dolorosa possível. – eu dei uma pausa drástica e olhei nos olhos de cada um, me demorei um pouco mais nos olhos de Fred. – estamos entendidos?

Ambos cruzaram os braços bufaram, admito que foi cômico e me deu vontade rir, mas mantive o ar sério.

- Fred, eu não estou com o Malfoy. Ele apenas está passando por um momento difícil, e eu vou ajudá-lo.

Ele me encarou com os olhos semicerrados. Ele parecia estar tentando ler a minha mente. Eu corei com a idéia. Não sei por que, mas achei extremamente fofo Fred se preocupar assim comigo.

- Eu juro que só sou amigo, eu não gosto dela desse jeito, e eu realmente estou desarmado. – Malfoy disse impaciente.

- Tudo bem. – Fred se levantou meio emburrado. – eu não tenho nada a ver com isso mesmo. – ele deu as costas.

- Fred! – eu o chamei. – vem aqui. Por que você está saindo?

- Por que eu quero. – ele bufou e se virou para mim. – E você vá para o inferno, eu também não te devo satisfações. Aliás, não se dê mais ao trabalho de falar comigo. Eu não faço a menor questão. – ele me respondeu com uma frieza desumana na voz.

Ele disse com raiva. Saiu sem dar mais nenhuma palavra, seus surdos passos ecoaram biblioteca a fora.

“Não se dê mais ao trabalho de falar comigo.”

As mesmas palavras de Rony. Ele sabia o quanto isso me machucaria e por isso ele fez questão de usá-las.

Aquilo foi uma tijolada na cara. Um soco no estômago. Uma agulhada no peito. Um arrancar de dentes sem anestesia teria sido menos insuportável do que isso.

Nem quando eu brigo com o Rony eu me sento assim. Minha respiração ficou ofegante e meus olhos se encheram de lágrimas, eu abaixei os olhos para os livros e comecei a ler as linhas das páginas secas. Torci para que Malfoy não notasse. Eu não queria ser fraca perto dele.

- Mione. – ele disse se levantando e vindo até mim. Eu o ignorei e desejei que ele fosse embora. – Me desculpe. – ele disse se agachando ao meu lado tentando ver meu rosto.

Eu abaixei mais a cabeça, de modo que meus cabelos cobrissem meu rosto.

- Não foi sua culpa. – minha voz saiu muito embargada.

- Mione, não fica assim. Por favor. – seu tom era de súplica.

Eu ergui meus olhos e o encarei entre meus bagunçados cabelos.

- Ele nunca tinha falado assim comigo. –eu murmurei.

- Ele gosta de você Mione, ele só falou da boca para fora. – Draco pegou uma lágrima que rolava pelo meu rosto.

Eu fechei meu livro e me levantei.

- Draco eu preciso ir para o dormitório. Eu não estou muito bem.

O loiro em minha frente aquiesceu compreensivo. Eu me levantei.

O mal estar apenas piorava, a pontada no peito apertava e eu agora estava enjoada, com um grande nó na garganta. Eu fui até a porta até que notei que Draco estava ao meu lado. Ele passou a mão pelos meus ombros.

- Draco. – eu murmurei com um fiapo de voz. – é melhor você sair depois, se nos virem juntos...

- Dane-se. Se nos virem juntos, vão saber que eu te amo, e que eu costumo cuidar de quem eu amo. Você é minha amiga Hermione.

Tive mais vontade de chorar. Não havia segundas intenções. Ele era sincero, e agora eu entendia o porquê de ele ter se tornado um comensal, ele era leal. Tão leal quanto Harry. Ele era um Harry, versão Sonserina. Um irmão mais velho.

E por que Fred não acreditou em mim? Ele sabe que eu amo Rony, e apenas ele. E porque ele ficou tão bravo? Mesmo que eu tivesse algo com Malfoy, isso não tem nada a ver com ele. Tem?

Mais uma onda de dor e enjôo percorreu meu corpo, uma tontura começou a me atingir e minha visão clareou um pouco. Tudo estava esbranquiçado ao redor.

“Burra, perdeu mais um amigo, no final você vai ficar velha, sozinha e acabada.” Minha consciência sádica ria.

Saímos da biblioteca, Draco me amparando. As poucas pessoas que passavam por ali viram seus pescoços para nos olhar. Todos me julgando, me rotulando. Mas Fred me conhecia. Ele era o único além de Harry que não tinha o direito de me julgar. O esbranquiçar aumentou conforme subíamos as escadas.

“Você vai acabar sozinha. Que novidade. Rata de biblioteca, cabelo de vassoura, anoréxica e feia. Quem gostaria de ficar ao seu lado? Ele te odeia e só usou Malfoy como desculpa para te chutar.”

Botei a mão nas têmporas, tentando fazer aqueles pensamentos passarem.

“Espere essa guerra acabar, você vai perder a utilidade e todos vão te deixar de lado”

Engoli em seco, e senti um revirar na altura do diafragma.

- Draco, eu estou um pouco tonta. – eu murmurei. Estávamos na metade da escada que nos ligava ao sexto andar.

- Já vai passar eu vou te levar até o dormitório daí lá você descansa toma uma água e...

Uma forte onda de dor percorreu meu corpo, acompanhada de um arrepio e o claro estava agora insuportável. Eu me curvei e pude sentir um fluido subir pelo meu peito e eu acabei vomitando. Ali no meio da escada.

Todo meu tórax doía e eu parecia ter engolido uma vassoura.

- HERMIONE! – Draco berrou ao me ver curvada no chão.

Eu não sei o que houve depois, pois senti uma insuportável pontada na cabeça e o clarão rapidamente se transformou em um manto negro. Desejei do fundo do peito que eu morresse.


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Notas finais do capítulo

*Malfeitofeito*

Por hoje é tudo pessoal ^^

Durmam bem e sonhem com os Phelps ;)