Escolhas - Fred e Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 61
Ladrão você foi avisado, cuidado!


Notas iniciais do capítulo

*jurosolenementequenãovoufazernadadebom*
Oipessoas,desculpem pela demora, maso terceirão e o cursinho estão muito puxados. ando fazendo 120 exercíciospor dia, maisoresumo de cada aula, maiss duas horasde leitura - livros do vestiba, então hoje,asim quesaí da aula (19:15) eu cheguei em casa e escrevi essa capítulo pra vcs.
ah, eu estava vendo uns vídeos que me mandaram, eu eu achei esse aqui:
http://accio-peeta-and-tate.tumblr.com/post/19099843798
eu particularmente gostei, entao... sei lá, quem quiser assistir...
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Espero que gostem. ^^



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SESSENTA E UM:


Bom, aquele dia foi longo. Se eu dormi três horas, foram demais, mas felizmente, não estava cansada. Eu estava apreensiva, mas otimista. Afinal, eu só ia invadir Gringotes.

– Tem certeza? – Rony murmurou apreensivo.

Observei o fio negro e comprido preso em meus dedos. Esse fora um dos fios que eu achara na minha roupa. Sem a menor sombra de dúvida, pertenciam à Bellatrix Lestrange.

Apenas assenti com a cabeça, sentindo certa náusea em saber que, em alguns minutos, eu seria exatamente igual à pessoa que eu mais odeio nesse mundo.

Harry colocou a mão em meu ombro e eu soltei o ar profundamente.

– Vou trocar minha roupa, encontro vocês em dez minutos lá fora. – eu disse dando de ombros e me conformando. Se fosse para morrer, morreria tentando.

Os dois saíram acompanhados com o duende, trocando algumas palavras entre si.

Perambulei pela casa, estava estranhamente quieta, o sol estava saindo timidamente aquela manhã e o ar gelado me fazia sentir confortável.

– Hermione. – uma voz me chamou, fazendo com que eu parasse no corredor e olhasse para trás.

Era Draco.

Era cedo o dia recém tinha raiado, e tínhamos escolhido aquele horário para evitar ter que dar explicações e coisas do tipo.

Comecei a preparar uma desculpa para me livrar dele, mas ele apenas sorriu e revirou os olhos, fazendo com que minha fala morresse na garganta.

Ele finalmente chegou até mim e sem hesitar jogou os braços ao meu redor e me apertou contra seu peito.

– Boa Sorte, seja lá o que for fazer. – ele disse me soltando.

Abri um sorriso.

– Não vou perguntar, nem pedir para ir junto – o loiro sonolento disse com sua cara amassada e um sorriso no rosto. –mas me prometa que vai me avisar quando for pra valer, prometa que não vai tentar me proteger. – ele disse fitando-me longamente.

– É obvio que eu vou te chamar quando chegar à hora. Vou querer que você esteja comigo, ao meu lado, do lado certo. – eu disse. –estamos juntos nessa lembra? – eu ergui meu pulso esquerdo e mostrei-lhe o cordão verde intacto, maciço e forte.

– Sempre. – ele também ergueu o punho e me mostrou seu cordão.

– Mande um beijo para Luna e os outros. – eu disse por fim.

– Pode deixar. Tente não morrer de saudades de mim. – ele disse bocejando e voltando pelo caminho de onde vinha sorridente.

– Mas é uma Barbie Paraguaia mesmo... – eu disse também retomando meu caminho, escutando ao longe, as risadas da doninha que eu tanto adorava.

Apressei-me e entrei no quarto, onde Haia um ruivo sentado na cama, olhando pensativo para o chão. Os cabelos desgrenhados e uma puta cara de sono.

Ou seria cara de tristeza, misturado cm agonia, preocupação e uma pitada de desespero? Preferi pensar que era sono.

Não falei nada, andei até o armário, peguei o vestido que Fleur havia conseguido para mim. Ele era preto, colado ao corpo, mangas compridas e um decote que mostrava a minha alma.

Coloquei o vestido, vesti as botas. Tirei o frasco de poção Polissuco e coloquei o fio dentro da substancia lamacenta. Acho que Crabb e Goyle eram mais suculentos do que ela. O aspecto era terrível. Escuro meio esverdeado. Mas não um verde bonito, era um verde vômito.

Levantei os olhos, e o ruivo me fitava.

– Fique viva. – ele pediu.

Abri um sorriso.

– Ficarei.

– E tente não morrer de saudades de mim – ele disse abrindo um sorriso brincalhão.

– Você também? – eu disse dando uma risada, lembrando-me do que o loiro havia dito há pouco.

Ele se levantou com seu sorriso tranqüilo e me enlaçou pela cintura, beijando-me ternamente. Era um dos momentos que eu tinha certeza que Fred me amava. Era um dos momentos indescritíveis em que ele deixava claro que eu era importante para ele, era um dos momentos em que ele ficava exposto, se desvinculava de qualquer proteção e expunha seu coração a mim. Sem brincadeiras, xingamentos, brigas. Era um dos raros momentos que Fred ficava completamente vulnerável.

– Você vai ficar viva, não vai? – ele disse com o rosto enterrado em meu pescoço.

Engoli em seco.

– Vou tentar. – prometi.

– Hermione, eu estava pensando, eu cumpri meu prazo de caçada... Eu posso ir com você?

Aquilo partiu meu coração. Eu queria levá-lo, daria tudo para tê-lo ao meu lado. Mas se já seria quase impossível com nós três, imagina ainda meter Fred em baixo da capa?

– Prometo que assim que sairmos de lá – ‘se sairmos’ acrescentei mentalmente – nós vamos ficar juntos, e você vai ir comigo aonde quer que eu for.

Ele ficou ali, com sua respiração no meu pescoço e os braços ao meu redor, como uma criança que se esconde dos pesadelos pendurada no cangote do pai.

Acariciei seus ruivos cabelos, sentindo o calor de sua pele contra a minha.

Fred era como um espelho, um camaleão. Ele mudava de acordo com quem estivesse interagindo. Era brincalhão e sempre achava algo em comum com as pessoas, ele tinha a capacidade fazer com que todos o amassem. Todos o queriam por perto. Mas pergunto-me quantas pessoas já o viram sem máscara. Por trás de sua camuflagem e de todas suas faces, sempre fazendo os outros se sentirem tão bem. Eles se esquecem de tentar ver o verdadeiro Fred.

O garoto inteligente, que é fascinado por física

O garoto que não suporta ver ninguém triste.

O garoto que não é muito sentimental.

O garoto que não demonstra muito afeto, mas que quando chega a hora, faz tudo por você.

O garoto que faz besteiras.

O garoto enciumado.

O garoto que joga video game contigo às 04:00 da madrugada.

O garoto que tem medo de perder quem ama.

E era esse garoto que estava na minha frente, um pirralho de Dezenove anos, com rosto de dezessete, e um coração de dez.

– Eu te amo, sua Energúmena corajosa e idiota. – ele disse ainda me abraçando.

– Também te amo, Neandertal. – eu disse rindo.

– Não posso mesmo ir junto? – ele disse recomposto e endireitando o corpo, ainda me abraçando.

– Dessa vez, realmente não. – eu disse passando os dedos pelo seu rosto.

Ele apenas deu de ombros. Inclinei-me sobre ele e o beijei, aproveitando cada segundo, em um beijo quase afoito em que nos abraçávamos tão intensamente que foi como se nos tornássemos um.

Infelizmente meu tempo havia acabado, e logo em seguida eu senti o gosto triste e amargo da realidade. Era um gosto asqueroso, repugnante que me dava náuseas.

O gosto era de Bellatrix Lestrange.

***

Bem, eu seria uma perfeita comensal cruel sádica e maníaca, não fosse por esse salto.

Afinal o que pessoas más têm contra usar all star, ou um vans, ou quem sabe até mesmo um chinelo de dedo?

Bom, certo que eu não ia levar Belatrix muito à sério se ela aparecesse em minha frente com uma havaianas branca, mas que facilitaria minha vida facilitaria.

Mas bem, explicando-lhe minha situação: eu estou aqui, transfigurada em Bellatrix Lestrange, me encaminhando para as entranhas de Gringotes, com um duende meio drogado – desconfio que Harry tenha lançado Imperio nele – Rony ao meu lado e eu fazendo a minha melhor cara de nojenta.

Andava firme nos saltos pretos que ecoavam pelo saguão lustroso e altivo. Queixo erguido, com o nariz torcido, e usando o olhar de insana de Bellatrix. Eu quase podia sentir aquele corpo fazendo expressões tão automáticas que a verdadeira Lestrange fazia. Era quase no automático que eu estreitava os olhos cruelmente, fazia piadas maldosas, andava com o quadril levemente deslocado pelo lado, como se estivesse em uma corda bamba.

Mas como eu disse, seria bem melhor se eu estivesse de havaianas. Nada mais confortável do que humilhar pessoas de havaianas.

Entrei no elevador elegante e com traços de arquitetura vitoriana, extremamente refinado e sofisticado. Assim que sentimos o elevador descer até profundidades que me pareciam impossíveis, saímos em um lugar escuro e com cheiro de mofo, era como se fosse uma gruta sombria e gigantesca, mas nela havia trilhos e barulhos horripilantes que ecoavam.

“É bom ter se despedido direitinho do ruivo” aquela voz familiar arranhou meus ouvidos.

“Consciência, quanto tempo... e eu iludida, solenizando sua morte, eu devia saber: vaso ruim não quebra” respondi frustrada.

Assim que o elevador sumiu de vista, Harry tirou a capa de invisibilidade, revelando ele e o duende ranzinza chamado Grampo.

– Eles desconfiam, devemos ser rápidos.- grampo disse simplesmente, andando rapidamente até um carrinho de ferro que estava sobre os trilhos.

Todos entraram na tal geringonça.

Eu com meus saltos gigantes pisamos em falso e quase caí precipício abaixo. Felizmente Rony conseguiu me segurar. Algo me dizia que isso ia ser bem pior do que voar de Hipogrifo.

***

Sabe quando há algumas horas atrás, eu mencionei algo sobre voar de Hipogrifo? Então, me ignore, por favor. Neste exato momento estou descobrindo o quão confortável é andar de Hipogrifo. Isso se comparando é claro com minha atual posição: eu estou me preparando para me atirar do alto de um dragão.

Bom, no final das contas Grampo nos traiu, chamou a segurança e roubou a espada de Godric Griffindor, mas pelo menos conseguimos a Horcrux: a taça de Helga Hufleppuf.

Bom nossa fuga foi um tanto quanto inesperada... Digamos que fugimos nas costas de um dragão. Literalmente.

Você não acredita?

Bom, eu não te culpo, também não acreditaria se eu mesma não estivesse sentindo essas escamas frias como um metal, em baixo dos meus dedos.

Rony, não sei de prazer ou de medo, está do meu lado agora berrando xingamentos e heresias, gesticulando exasperado.

Eu soluçava algo que não era exatamente um choro. Eu não sabia exatamente o que pensar... Era como se eu estivesse congelada e meus pulmões insistissem em pegar mais ar do que conseguia, fazendo com que eu sacudisse os ombros em um soluço estranho.

Havíamos invadido Gringotes, e havíamos sobrevivido.

Durante um bom tempo senti as nuvens me cobrirem por completo, enquanto o vento fustigava minha pele que estava em carne viva, com queimaduras dolorosas que haviam sido causadas devido a um dos feitiços de proteção que havia no cofre dos Lestrange.

– É minha imaginação - gritou Ron depois ficou em silêncio por um momento - ou nós estamos perdendo altura?

Nós descíamos pelas nuvens, e no lugar da paisagem rural, havia agora um descampado com um imenso lago logo abaixo de nós.

– Minha opinião é de que pulemos quando ele estiver baixo o bastante – Harry berrou contra o vento que zunia em meus ouvidos. – UM.

Eu me apavorei, digamos que eu simplesmente detesto altura.

Eu devia estar a uns 40 metros da superfície do lado. Massa, altura, aceleração da gravidade... Eu iria chegar na superfície com a velocidade de uns 200 metros por segundo, uma morte dolorosa e agonizante... Eu estava sentindo meu corpo formigar e minhas mãos já dormentes quase fracas lutavam para segurar meu corpo junto ao animal. Estávamos voando naquele dragão havia mais de duas horas. Estava com fome, fraca, sedenta e exausta.

– DOIS. – Harry disse inclinando seu corpo para frente, agora preso ao dragão apenas por uma única mão que segurava o dorso do animal gigantesco.

Imitei-o e reuni toda coragem que tinha. Eu não era delicada. Eu não era fraca. Eu não amoleci.

Isso me lembrou que a essa altura o roubo já deve ter sido informado aos Malfoy. Será que Voldemort saberá sobre a nossa caça? O que ele vai fazer quando souber que o estamos caçando, destruindo suas Horcruxes?

Imediatamente Fred me veio à mente.

“Foco Hermione” eu disse a mim mesma. “Fred sabe se cuidar, ele vai ficar bem.” eu repetia como um Mantra.

– Bem, quando você estava delirando, você não parava de falar nele. Então, bem, agora estão vigiando o Fred. – foi Rony quem disse.


Eles estavam vigiando Fred. Eu tinha que avisá-lo logo para que ele fugisse, se escondesse, ficasse seguro.

–TRÊS. – Harry disse soltando sua mão, Rony o imitou.

Com um ímpeto cego e amedrontado, eu me impulsionei para longe da segurança (?) de estar sobre o sólido couro do dragão branco e cheio de cicatrizes, que riscava o céu gozando de sua liberdade.

Eu senti o ar passar veloz levantando meus cabelos para cima e me dando aquela familiar sensação de náuseas.

“Opa, calma que eu deixei meu estômago cair...”

Era como se todos meus órgãos fossem para cima e tudo em mim congelasse de tanto medo. Era como se eu fosse morrer a qualquer instante. Odeio queda livre.

E então, alguns segundos depois, eu senti meu corpo bater na água, e o meu calor ser rapidamente roubado pelo líquido gélido, escuro e profundo, enquanto eu afundava como uma moeda em um poço dos desejos na água lamacenta.

E foi sem dúvida uma das coisas mais estranhas que eu já senti.

Era como se eu estivesse suspensa no vácuo durante aqueles dois segundos. Eu podia escutar a minha circulação, e o escuro me engolia por completo... Eu não tinha coragem de abrir os olhos.

Era como se eu estivesse morta.

Pensei em tudo que já passei até hoje. Tudo que já fiz. E a primeira coisa que me veio à mente foi ele. Era como se o toque polar da água, e a falta agonizante de ar nos meus pulmões me sacudisse bruscamente, me forçando a finalmente abrir os olhos e constatar: “eu não morri”

Eu não morri.

Eu não morri!

Fitei a imensa escuridão abaixo de mim e mesmo aquela sendo a cena mais assombrosa de minha vida, mesmo que aquela negritude apavorante se parecesse com o caminho do limbo e da morte, eu sorri.

Eu estava viva afinal de contas.

E estava mais perto de finalmente ficar com ele. Perto dele.

Fred.

Por fim, meu corpo reclamou da falta de oxigênio, e eu movimentei meus braços, rumando á superfície, sorridente e alegre.

Eu havia conseguido.

Rony e Harry já estavam na superfície, respirando ofegantes formando uma nuvem de vapor que saia de suas bocas abertas e encharcadas, dirigindo-se para a margem do rio que tinha uma densa flora aquática.

Nadamos até a margem, o que não foi um caminho muito fácil. A água estava realmente gélida e meus membros já formigavam. Felizmente o lago não era tão profundo, então só tivemos que nadar de fato por uns 5 metros. Depois disso o trabalho maior foi contra as algas.

Bom, mas devo confessar que há um lado bom em ter caído em um lago assim tão glacial. Ao menos as inúmeras queimaduras que eu tenho espalhadas pelo corpo devido ao feitiço de replicação do cofre dos Lestrange, estão amenas. Quase não as sinto.

Assim que chegamos à margem, caímos exaustos na grama escorregadia e lamacenta; Harry, ainda teve forças para colocar escudos protetores ao nosso redor.

Passados uns cinco minutos comecei a me mexer, tirei essência de Murtinho de minha bolsa e comecei a tratar das nossas queimaduras. Tirei roupões secos e distribuí a eles, bem como roupas secas e suco de abóbora que eu tinha trazido da casa das Conchas. Céus... Eu estou com muita saudade da comida da Fleur.

– Bem, vendo pelo lado bom, - finalmente disse Ron, que estava vendo a pele de sua mão crescer novamente, - nós conseguimos a Horcrux. Pelo lado ruim...

– Sem espada, - disse Harry, com os dentes cerrados, enquanto pingava Murtinho através do buraco do seu jeans , em uma queimadura.

– Sem espada - repetiu Ron. - Aquele duas-caras de uma figa... – ele xingava Grampo.

Harry puxou a Horcrux do bolso molhado do casaco que ele tinha acabado de tirar e a colocou na nossa frente. Reluzindo ao sol, ela atraia os olhos de Harry de um modo estranho, enquanto todos nós observávamos cautelosamente o objeto maldito, e calmamente bebíamos nosso suco.

Novamente fiquei intrigada.

Horcruxes. Algo gritante estava na minha frente. Porque não conseguia enxergar?

Frustrada, desviei o olhar para a outra margem do lago, onde o dragão havia pousado e agora bebia água feliz, desfrutando pela primeira vez de sua liberdade. Ele me lembrava Dobby.

– O que vai acontecer com ele? – eu murmurei observando o couro castigado do dragão cego, apiedando-me da criatura – será que ele ficará bem?

– Você parece o Hagrid – disse Ron – É um dragão, Hermione, ele sabe se cuidar. Nós temos que nos preocupar com nós mesmos.

– O que você quer dizer? – Harry murmurou desviando, por fim, os olhos da pequena taça dourada.

– Bem, eu não sei como contar isso para vocês – Ron disse em um tom de voz sério – mas eu acho que eles podem ter notado que nós invadimos Gringotes.

Pronto. Lá fomos nós cairmos na gargalhada, rolarmos na grama suja e rindo tanto que nossos peitos doíam enquanto nossa boca seca chegava a rasgar-se. Nem mesmo a dor das queimaduras, machucados e hematomas era páreo para nos parar. Afinal, era sempre assim. quando começávamos a rir, era difícil nos controlarmos.

– O que faremos? – eu murmurei finalmente voltando à seriedade. Se eles já sabem sobre a nossa caçada temos que agir rápido. – Ele sabe, não sabe? Você-sabe-Quem irá descobrir que estamos atrás de suas Horcruxes!

– Talvez eles ficarão com medo de dizer a ele! – disse Ron esperançoso.

– Talvez eles irão encobrir... – Rony não conseguiu terminar sua frase.

Harry projetou seu corpo para frente, de joelhos quando dando com a cara no chão. Fui mais rápida e segurei o morenos em meus braços, preocupada.

Ele tinha seus olhos fechados e uma expressão dolorida.

– Harry! – chameio-o.

Nada. Apenas se passaram os minutos enquanto Harry se contorcia em meus braços e eu sentia meus músculos absurdamente doloridos reclamarem do peso.

Rony, inútil como é, nem para me ajudar. Nunca tinha reparado o quão gordo Harry era.

– Ele sabe. – Harry disse ofegante, abrindo os olhos e apertando sua cicatriz. – Ele sabe e ele está indo verificar onde as outras estão, e a última – ele já estava em pé – está em Hogwarts. Eu sabia. Eu sabia! – ele disse mais para si do que para nós.

– O que? – Ron estava olhando pra ele boquiaberto, eu apenas me sentei, pensativa, analisando suas palavras, e tentando decidir o que faríamos a seguir.

– Mas o que você viu? Como você sabe? – eu disse por fim.

– Eu vi ele descobrir sobra a taça, eu- eu estava na cabeça dele, ele está – Harry começou a responder, incomodado com sua recente visão – ele está realmente bravo, e assustado também, ele não consegue entender como nós sabemos, e agora ele está indo ver se as outras estão a salvo. – ele focou seu olhar em mim – Primeiro o anel. Ele acha que a de Hogwarts é a que está mais segura, porque Snape está lá, porque seria difícil não ser visto entrando. Eu acho que ele vai verificar essa por último, mas ele ainda poderia chegar lá em poucas horas... – ele divagava também pensativo. O sol avermelhado caia cada vez mais, esmaecendo no oeste enquanto a noite deitava-se sobre ele, preguiçosa, fazendo com que as primeiras estrelas aparecessem timidamente.

– Você viu em que lugar de Hogwarts ela está? – Ron perguntou, agora se levantando também.

– Não, ele estava se concentrando em avisar Snape, ele não pensou onde exatamente ela está – Harry disse com uma nota de frustração escondida na voz.

Ambos se levantaram e começaram a fazer o que parecia uma mobilização para ir para Hogwarts.

Grifinórios idiotas! Como se coragem fosse valer de algo agora!

– Espere, espere! – eu gritei enquanto Ron pegava a Horcrux e Harry pegava a Capa da Invisibilidade de novo. – Nós não podemos simplesmente ir, nós não temos um plano, nós precisamos...

– Nós precisamos ir – disse Harry firmemente. – Você pode imaginar o que ele vai fazer assim que ele perceber que o anel e o medalhão desapareceram? E se ele mudar a Horcrux de Hogwarts, decidir que não está seguro o suficiente?

E então, nessa firmeza, eu me lembrei quem era meu melhor amigo. Quem era, e o que era capaz. Haia nele aquela firmeza, aquela coragem, aquela certeza.

E eu sabia que mesmo que eu fosse mais inteligente, Harry também era um bom estrategista. E quando ele usava esse tom de voz, eu sabia que o seguiria até o inferno.

– Mas como nós vamos entrar? – Rony fez eco aos meus pensamentos.

– Nós iremos para Hogsmeade – disse Harry – e tentar fazer alguma coisa quando vermos como é a proteção da escola. Entre embaixo da Capa, Hermione, eu quero que nós fiquemos juntos dessa vez.

– Mas nós não cabemos – argumentei.

– Vai estar escuro, ninguém vai notar nossos pés. – ele contrapôs.

Respirei fundo o ar gélido no turno e busquei a moeda em minha bolsa.


“Estou viva, por enquanto, eles devem ir atrás de você. Tome cuidado. Não faça NADA estúpido” -H.G.


E foi então, que eu senti algo estranho se remexer dentro de mim. Como se algo estivesse errado, e as palavras de Trelawney começaram a tocar incansavelmente em minha cabeça. Arrependi-me imediatamente de ter mandado a mensagem. Eu queria que ele ficasse em segurança.

“Já decidiu quem vai matar?”

O bater de enormes asas ecoou através da água escura. O dragão tinha bebido o quanto precisava e levantado vôo. Nós paramos nossa preparação para vê-lo subir cada vez mais alto, agora negro contra o céu que rapidamente estava ficando escuro, até que o dragão desapareceu atrás de uma montanha próxima. Então, eu segui em frente, passos firmes e já planejando o que poderíamos fazer, tomei meu lugar entre os dois garotos, Harry desceu a Capa até o mais próximo possível do chão. Juntos giramos sem sair do lugar e para dentro da escuridão esmagadora.


***


– Você sabe o que fazer - ele disse. Ela sorriu, virou, e caminhou para fora, não como pessoas em retratos normalmente fazem, para um dos lados das molduras, mas por um longo túnel que aparecia pintado atrás dela. Eles assistiram a figura dela se retirando até finalmente ser engolida pela escuridão.

Ariana seguia calmamente pelo túnel, obedecendo à ordem do irmão Aberforth.

Ambos, irmãos de Dumbledore.

Bem, deixe-me contar desde o começo, resumidamente:

Viemos para Hogsmeade, e assim que colocamos os pés aqui, acabamos por ativar um feitiço de Miadura (os comensais o colocaram como modo de controlar o toque de recolher) e ao que parecem, os comensais haviam sido avisados de que Potter e seus amigos em breve estariam em Hogsmeade por Voldemort, uma vez que fomos caçados incansavelmente por uma trupe de comensais.

E quando achamos que era o fim, e que tudo estava acabado, um velho, o dono do Cabeça de Javali, abriu a porta e nos deu abrigo no seu bar, despistando os comensais.

Bom, fique ai sentado pois não acaba por ai.

Então, esse velho ranzinza tem o sobrenome Dumbledore, sim ele mesmo, irmão do nosso ex-diretor Alvo Dumbledore.

E esse senhor, nos contou, com muita amargura alguns relatos sobre Alvo, sendo bastante rude com Harry, indagando sobre as missões sem pé nem cabeça que o irmão nos havia confiado.

Depois disso, ficamos sabendo que era ele quem aparecia freqüentemente no tal espelho de Harry, e ainda que tinha sido ele quem havia ajudado Fred a trazer Dobby para nos resgatar na mansão Malfoy. No fim, durante todo esse tempo, ele esteve nos monitorando, nos ajudando.

Harry não gostou do tom dele. Praticamente chamou o irmão do nosso ex-diretor de covarde, mesquinho e alienado. Só faltou cuspir na cara do homem amargurado, dizendo-lhe que se ele pudesse ajudar a nos fazer entrar em Hogwarts ótimo, caso contrário, nós daríamos um jeito nisso sozinhos. E então, finalmente, ele mandou o retrato da irmã, Ariana, ir fazer alguma coisa que não me ficou bem claro o que seria.

– Er... O que...? - murmurou Ron.

– Há somente uma maneira agora - disse Aberforth pensativo, observando o quadro, digerido as duras palavras desses três jovens inconseqüentes e irritantes.

Cheguei a sentir-me mal por ter sido tão austera com ele.

– Você deve saber que eles têm todas as antigas passagens secretas vigiadas, ambos os lados, no inicio e fim, dementares ao redor das paredes limites, patrulhas regulares dentro da escola pelo que minhas fontes me contam. O lugar nunca foi tão vigiado. Como você espera fazer qualquer coisa depois de entrar, com Snape sendo o responsável e patrulheiros... Bem, mas isso é problema de vocês, não é? Vocês dizem que estão preparados para morrer.

– Mas, o que...? - eu disse enquanto franzia a testa ao olhar para o quadro de Ariana.

Nada naquele momento fazia muito sentido.

Um ponto branco minúsculo reapareceu ao término do túnel pintado, e agora Ariana estava caminhando de volta para ele, crescendo cada vez mais.

Mas agora havia outra agora pessoa com ela, alguém mais alto que ela, que estava mancando, parecendo entusiasmado.

O cabelo dele estava mais comprido do que já tinha visto antes Ele apareceu e lacrimejou. As duas figuras cresceram cada vez mais, até que só suas cabeças e ombros enchessem o retrato. Então tudo se transformou em uma parede com uma pequena porta, e a entrada para um túnel real foi revelada.

É dos nossos. Na verdade uma figura que eu adorava, e fiquei extremamente feliz em vê-lo.

Seu cabelo estava comprido, a face cortada, o robe rasgado, o Neville Longbottom real escalou e deu um urro de felicidade, saltou abaixo do consolo da lareira e gritou.

Eu corri para abraçá-lo, Rony mais tarde fez o mesmo enquanto Rony olhava perplexo a tudo aquilo. Um de seus olhos estava inchado e amarelo e roxo, havia marcas profundas em seu rosto, e seu aparência geral de mal-cuidado, mas ele sorria tão largamente que por um momento tive vontade de urrar a plenos pulmões, tamanha era minha alegria.

– Eu sabia que você viria! Eu sabia Harry! – o garoto surrado dizia contente, finalmente abraçando um Potter desnorteado e contente.

***

Bom, eu posso dizer que eu realmente me arrependo por ter sido tão dura com Aberforth. Por trás do papo de desistir, descobrimos que ele estava trabalhando juto com os alunos de Hogwarts, usando a passagem para esconder pessoas e deixar que pessoas entrassem ao castelo, fornecer comida e bebida ao que tinha se tornado um verdadeiro QG na sala precisa.

Eu ainda estava meio risonha devido a história que Neville tinha nos contdo, sobre a tentativa fracassada de seqüestrar a avó do Neville.

Mal tive tempo de notar os detalhes daquele amontoado de redes e mesas que mais parecia um acampamento de ciganos, assim que passamos pela passagem

– Olha quem está aqui! Eu não falei para vocês? – Neville disse empolgadíssimo sorrindo, atraindo a atenção geral dos alunos.

E o caos se fez. Foi pior do que uma final de Quadribol, quando dei por mim, todos estavam em cima de nós, apertando nossas mãos, abraçando-nos, e dizendo palavras embaralhadas.


“HARRY!”

“É o Potter, é o POTTER!”

“Rony!”

“Hermione!”

“Vocês invadiram Gringotes? Vocês escaparam em um dragão? Está por toda parte, todos estão falando disso, Terry Boot apanhou do Carrow por gritar isso no Grande Salão durante o jantar!”

“O que vocês fizeram com o dragão?”

“Soltamos na natureza,” disse Rony. “Hermione queria transformá-lo emanimal de estimação.”

– Okay, okay, acalmem-se! - Neville gritou, e a multidão se afastou – mas dessa vez a sala precisa superou-se, Os Carrows estavam me perseguindo, e eu sabia que só tinha uma chance para me esconder: eu consegui passar pela porta e foi isso que eu encontrei! Bem, não era exatamente assim quando eu cheguei, era bem menor, só tinha uma rede e só as cores da Grifinória. Mas ela cresceu quando mais e mais membros da A. D. chegaram. – ele dizia sorridente.

É um esconderijo perfeito – disse Simas Finegan, que eu não tinha reconhecido até então: seu rosto estava machucado e inchado. – desde que um de nós fique aqui, eles não podem nos pegar, a porta não abre. É tudo graças ao Neville. Ele realmente entende essa sala. Você tem que pedir exatamente aquilo que você precisa tipo, ‘Eu não quero que nenhum simpatizante dos Carrows seja capaz de entrar’ e a sala faz isso por você! Você só tem que ter certeza de cuidar das brechas. – ele dizia encantado - Neville é o cara!

– É bem direto, na verdade - disse Nevile de forma modesta, com seu jeito atrapalhado e sorridente - Eu estava aqui já fazia um dia e meio, e estava ficando com mais e mais fome, e desejando que pudesse conseguir alguma coisa pra comer, e foi aí que a passagem para o Cabeça de Javali se abriu. Eu fui por ela conheci o Aberforth. Ele tem nos dado comida, porque por alguma razão, essa é a única coisa que a Sala não faz.

– Sim, bem, comida é uma das cinco exceções à Lei da Transfiguração Elementar de Gamp. – disse Rony para surpresa geral. Praticamente grasnei ao notar que ele lembrara um dos meus sermões sobre feitiços e regras fundamentais.

– Então, nós estamos nos escondendo aqui por quase duas semanas – disse Simas – e a Sala simplesmente cria mais redes toda vez que precisamos de mais espaço, e ela até fez surgir um ótimo banheiro logo que as garotas começaram a vir para cá e decidiram...

– Decidiram que gostariam muito de se limpar, sim – acrescentou Lilá Brown, que eu não tinha notado até então.

Agora que estava olhando ao redor, reconheci muitos rostos familiares. As duas gêmeas Patil estavam aqui, assim como Terry Boot, Ernie Macmillan, Antonio Goldstein, mais várias pessoas da Armada.

Eu me distrai em meio a alegria de vê-los vivos, e fiquei ali, divagando sobre a época em que eu costumava ver esses rostos nos corredores de Hogwarts. Nem todos eram meus íntimos, mas eu sei que daria a vida por cada um ali.

Se iria acabar eu queria que acabasse assim. Todos unidos.

Eu sei que isso soa como algo extremista, patriota, mas na pior das hipóteses no pior momento eu teria todos os que amo perto de mim.

Egoísta?

Pode apostar.

E no meio desses pensamentos perdidos, Harry projetou seu corpo para frente, apertando os olhos. Eu fui a primeira a ampará-lo, Rony apressou-se em desgrudar de Lilá e me ajudou a sustentar o peso do moreno.

Silencio se fez e olhares curiosos se voltaram para nós. Poucos segundos depois porem Harry alternou olhares entre Rony e eu, berrando com seus olhos verdes o que eu temia que fosse acontecer tão rápido.

Ele sabia sobre o anel. Ele sabia que o estávamos caçando.

Nosso tempo havia começado a correr, não podíamos desperdiçar essa chance.

Em breve, ele estaria aqui.

***

Harry estava já a uns bons 10 minutos, argumentando com Neville por que ele não poderia contar aos demais presentes qual era nossa missão. E explicar para todas aquelas pessoas que nós não tínhamos vindo aqui com objetivo de libertá-los dos Carrows estava indo de mal a pior.

Será que eles não entendem que derrotando Voldemort, os Carrows desapareciam por tabela?

– Olha - Harry começou, sem suesso em terminar a frase

O túnel tinha se aberto novamente atrás dele.

– Nós recebemos sua mensagem, Nevile! Olá para vocês três, eu pensei que estariam aqui! - Era Luna e Dino. Simas deu um grito de alegria e correu para abraçar seu melhor amigo.

– Olá, pessoal! – disse Luna felizmente. – Oh, é tão bom está de volta!

E então as comemorações cessaram. Atrás de Luna vinha um loiro, que até bem recentemente era o inimigo nº 1 do Harry. Draco Malfoy, com a camiseta dobrada e a marca negra a mostra.

– O que ele está fazendo? – uma aluna da Lufa-lufa praticamente gritou.

– Tire ele daqui, ele vai nos entregar. – um outro garoto berrou.

– Traidor! – algumas vozes ecoaram.

– Comensal.

Vi Draco se encolher e querer voltar para dentro do túnel.

Aquilo me irritou. Ninguém (EU DISSE NINGUÉM) tem o direito de acuar ele.

Dei alguns passos a frente e segurei o pulso de Draco, puxando-o rudemente para frente.

Ao meu movimento brusco os murmurinhos cessaram. Entrelacei nossos dedos e ergui a mão de Draco no ar.

– Este é Draco Malfoy. – eu disse séria, quase feroz – este é um dos meus melhores amigos, um dos mais leais, e é por causa dele que eu estou aqui hoje! – eu disse realmente irritada, lançando olhares furiosos para as garotas da lufa-lufa que o olhavam atravessado - Recentemente eu fui capturada por Você-sabe-Quem e torturada por ele em pessoa, e se não fosse Draco cuidando de mim, escondido, arriscando não só a sua vida, mas a vida da sua família, eu não estaria aqui hoje. – abaixei nossas mãos. – Então se alguém tem algum problema com ele, eu peço que fale, pois eu terei o maior prazer e sair daqui com ele.

Silencio mortal.

– Por Merlin, ele cometeu erros, muitos erros, erros enormes – Rony disse e eu o cortei com um olhar frio – bem... Mas se há alguém aqui, em quem eu confiaria minha vida é a ele.

– Ele é meu namorado. – Luna disse sonhadoramente.

– Ele ajudou a me salvar. Eu confio nele. Acho que vocês também deveriam. – Harry disse por fim.

Murmúrios ecoaram, e aos poucos a aceitação de Draco foi ocorrendo. Claro, alguns de bom grado, outras receosas, outras entusiásticas e algumas pessoas simplesmente queria o pescoço do loiro.

– Luna - disse Harry distraidamente esquecendo o assunto Draco. – O que você está fazendo aqui? Como você...?

– Eu mandei pra ela - disse Neville, segurando o galeão falso. - Eu prometi para ela e para Gina que se você voltasse, eu iria avisá-las. Todos nós pensamos que se você voltasse, significaria uma revolução. Que nós iríamos derrotar Snape e Carrows.

– É claro que é isso que significa – disse Luna animada – não é Harry? Nós vamos expulsá-los de Hogwarts?

– Olha – disse Harry com uma progressiva sensação de pânico – Desculpa, mas não é por isso que nós voltamos. Tem uma coisa que precisamos fazer, e então...

– Você vai nos deixar no meio dessa confusão? - disse Michael Corner.

– Não! –disse Ron. – O que nós vamos fazer irá beneficiar todos no final, é tudo para conseguirmos nos livrar de Você-sabe-Quem...

– Então deixo-nos ajudar! – disse Neville irritado. – Nós queremos fazer parte disso!

E então, algo tirou minha atenção, bem como fez com Harry.

Mais barulhos no túnel e de lá saíram Gina, que estava forte linda e ruiva como sempre. Harry ficou vermelho e não pode conter um sorriso.

Então veio Lino, que me deu uma piscadela marota, Jorge que sorriu sapecamente e gesticulou algo para Draco – que sorriu – e mais algumas pessoas que murmuraram coisasassim que ele entrou.

E então aquela voz preencheu meus ouvidos e eu tive vontade de chorar. Por último estava ele, lindo e viril, esguio como um personagem Same de anime, com ombros largos e mãos descontraidamente nos bolsos

Não faça nada estúpido. Eu lhe disse na mensagem da moeda. Acho que isso inclui vir para Hogwarts quando uma guerra ameaça estourar. Era para ele se proteger, droga!

– Abeforth está ficando um pouco chato - disse Fred, levantando sua mão respondendo a vários cumprimentos. - Ele queria dormir, mas seu bar está parecendo uma estação de trem.

Algumas risadas ecoaram.

– Seis meses sem ver o irmão e ela sequer dirige o olhar para mim. – Rony disse enciumado.

– Desculpa Ron, mas irmãos ela tem seis, mas Harry só tem um.

– Cala a boca Simas. – Rony disse com a ponta das orelhas vermelhas.

– Qual é o plano Harry? - disse Jorge.

Eu, porém tive que fazer força, muita força para parar de olhar para o meu ruivo e me concentrar nas palavras de Harry. Tudo que eu queria era abraçá-lo, mas eu não iria fazer isso aqui, na frente de um monte de gente que eu ml conheço. Quer dizer... Eu morreria por eles e tudo, mas eu sou tímida demais para isso.

Sem falar que eu estou gerenciando uma guerra, tenho que me concentrar nas estratégias.

– No existe nenhum – disse Harry em um tom meio desorientado.

Eu sabia que ninguém; Absolutamente ninguém daquela sala iria nos trair, talvez a gente pudesse conversar com eles, talvez Harry não precisasse guardar tudo para si como sempre faz.

– Vamos só improvisar ao longo da situação, não é? Meu favorito! - disse Fred entusiástico.

– Eu disse que vocês não... –ele começou a ficar irritado então apenas

– Por que eles não podem ajudar? – interferi em um murmúrio surdo, para que só ele e Rony me escutassem.

– O que? – Harry disse aos cochichos.

– Eles podem ajudar. – Rony concordou.

– Nós não sabemos onde está. Temos que encontrá-lo rápido. Não precisamos contar para eles que é uma Horcrux! – eu disse por fim.

– Concordo. – disse Rony - Nós nem sabemos o que estamos procurando, vamos precisar deles.

– Você não precisa fazer tudo sozinho. – eu disse por fim colocando a mão no ombro do rapaz.

– Tudo bem - ele asentiu – Por Favor prestem atenção, vou precisar da ajuda de vocês! – ele disse por fim.

O barulho cessou: Fred e Jorge, que estavam contando piadas em beneficio daqueles que estavam perto, ficaram em silencio e todos olhavam atentos, excitados.

– Tem algo que precisamos encontrar - Harry disse – Algo... Algo que irá nos ajudar a derrotar Você-sabe-Quem. Está aqui em Hogwarts, mas não sabemos aonde. Provavelmente pertenceu a Corvinal. Algum de vocês ouviu sobre algum objeto desse tipo?

Eu, Harry e Rony, em um movimento sincronizado  viramos nossas cabeças para o pequeno grupo da Corvinal: Padma, Michael, Terry e Cho. Mas foi Luna que respondeu, sentada no braço da cadeira da Gina.

– Bom, tem o Diadema Perdido. Eu lhe disse sobre, lembra Harry? A tiara perdida de Corvinal? Papai está tentando duplicá-la.

– Sim, mas o Diadema Perdido está, adivinhe só, perdido – disse Michael, virando os olhos. – Esse é problema!

– Quando foi perdida? - perguntou Harry.

– Há séculos, eles dizem – disse Cho, vi harry se remexer nervoso.

– Professor Flitwick disse que o Diadema sumiu há muito tempo. Muitos procuraram, mas – ela apelou para seus companheiros de casa. – Ninguém nunca achou nem uma pista, não é?

Todos balançaram suas cabeças.

– Desculpa, mas o que é um Diadema? - perguntou Ron.

– É um tipo de coroa – disse Teddy Boot. – Supostamente a tiara de Corvinal tinha poderes mágicos que aumentava a sabedoria de quem usasse.

– E nenhum de vocês nunca viram nada que se pareça com isso? – Harry perguntou ansioso.

Todos balançaram a cabeça de novo. Harry olhou para Ron e para mim. nós três estávamos desapontados.

Por que tudo é mais complicado com agente?

– Se você quiser ver como o diadema supostamente parece, eu poderia levá-lo para a nossa sala comunal e mostrar para você, Harry. Corvinal está usando-a em sua estátua. – Cho se manifestou novamente.

Após uma rápidae silenciosa crise de ciúmes de Gina – mesmo que eu acho que a Cho anda meio caída pelo Neville – decidiram que Luna o Levaria.

Antes de sair Harry segurou em meu braço e me deu um rápido abraço.

– Prepare-os. Confio em você. – ele disse se afastando – conto com você.

– Nós vamos acabar com isso. – eu disse séria. – prometo.

E dito isso ele saiu porta a fora com a loira despirocada da Luna.

Virei-me e então me deparei com o grupo estático me observando. Quando Harry não estava, eu era a autoridade. Encontrei os olhos verdes do ruivo, e reprimi o impulso de ir beijá-lo e tirá-lo a pontapés do castelo, para que ele ficasse a salvo.

Contudo, contive-me e desviei o olhar rapidamente, assumindo uma expressão neutra.

– O que estão esperando? – rugi – quero que chamem a Ordem agora mesmo, temos muito trabalho a fazer!



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Notas finais do capítulo

bom amores, por hoje é só ^^
Malfeitofeito*