Escolhas - Fred e Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 59
Still mad with me?


Notas iniciais do capítulo

*jurosolenementequenãovoufazernadadebom*
Certo, não briguem comigo, mas não teremos fremione nesse cap '-'
Teremos mais Druna *-*
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ps: Queria dar boas vindas aos novatos da fic... a tempo que eu não dou boa vinda aos novatos '-'
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Enjoy



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CINQUENTA E NOVE:


[N/A: Joyce Neres, esse cap eu dedico pra vc sua fofa linda que me deixou um review soper fofo e que fez essa leitora se derreter *---* e é claro para todas as outras lindas delícias que acompanham a fic, mesmo que essa autora aqui seja um pouco enrolada]


Eles falavam sobre mim

– Ela disse que vai ficar? – era a voz de Rony, soando baixa e cautelosa, praticamente um sussurro.

– Sim. – Harry lhe respondeu.

– Você não contou nada a ela certo? Ela não pode saber, ia desestabilizar ela, e Harry, você sabe que precisamos dela firme ao nosso lado. – Rony sussurrou rapidamente, com um ar de conspiração em sua voz.

Trinquei os dentes e senti uma irritação crescente. O que eles estavam escondendo de mim?

– Não, não contei. – Harry murmurou – a verdade é que depois disso tudo, tenho medo que ela surte. Ela está fragilizada.

Nesse momento tive vontade de entrar na sala, dar uma surra naqueles dois e mostrar quem é que estava fragilizada.

– Ela está estranha desde que fomos ajudar Fred a se recuperar. - Rony disse.

Ouvio som de alguém se levantar e andar em minha direção.

Perdi o resto da conversa já que tive que ir, pé ante pé, rumo à sala.

Corri mais parecendo uma ave desengonçada, ou o capitão Jack Sparow, tomando um cuidado excessivo para não fazer barulho.

Peguei minha varinha e arrumei a tal página. Tinha uma pontadinha de raiva que se instalara em meu peito. Nada demais. Apenas uma vontade mórbida de entrar naquela biblioteca e socar a cara daqueles dois palermas.

Como eles se atreviam a esconder algo de mim afinal?

Marchei – ruidosamente – até o quarto dos livros.

Eles pararam de falar no momento em que entrei. Uma com mais cara de culpado do que o outro.

– Então. – eu disse abrindo o sorriso falso – consegui. – apontei para o livro em mãos.

Calma Hermione, não jogue esse livro na cara deles.

– Que bom. – Rony disse – eu estou quase acabando o meu, mas nada de útil ainda.

Abri um sorriso sínico.

– Bom, eu até agora descobri que para fazer uma Horcrux, além de matar a pessoa, tem que pegar algo do corpo dela e misturar com o seu sangue, e deixar por um tempo X. Um fio de cabelo, uma unha, uma mão, qualquer coisa. – fiz uma pausa – bom, descobri também que Horcruxes demoram seis meses até ficarem prontas, e nesse período, podem ser mortas por um simples Avada Kedavra.

– Como você ficou sabendo disso tudo? – Rony disse boquiaberto.

– Bem, esse livro que você está lendo – eu disse apontando para o livro de Harry “Horrendas Mortes” – eu já o havia folhado mais cedo, e há o relato de dois bruxos que foram capturados, com pulsos sangrando sobre o corpo de duas mulheres, mulheres essas que eram famosas no meio trouxa. Os bruxos conseguiram escapar, e as mulheres logo em seguida foram limpas. A mulher que o primeiro bruxo derramava seu sangue tinha a ponta de uma mecha de cabelo encharcada de sangue já quase seco. Já o segundo bruxo, por algum motivo havia recém começado a derramar sangue pelo braço da mulher. Depois de meses de perseguição, ambos os bruxos foram executados, o primeiro fora afogado, e o segundo fora queimado com fogo maldito. Contudo, alguns meses depois o primeiro bruxo ressurgiu. Apenas o primeiro bruxo. Segundo camponeses, ele ressurgiu em uma forma de sobrevida, onde ele sobrevivia apenas do sangue de unicórnios. – eu finalizei meu relato.

Ambos me olhavam sem entender nada.

– Senhores, - eu disse impaciente – como foi mesmo que Você-sabe-Quem ressurgiu no primeiro ano de Hogwarts?

– Na cabeça do professor Quirrell? – Rony chutou.

– Não, antes disso? Como ele conseguiu sobreviver até se hospedar em Quirrell?

Silêncio.

– Sangue de unicórnio! – eu bufei. – o primeiro bruxo ressurgiu por que ele foi afogado e sua Horcrux não sofreu dano, enquanto o segundo foi queimado, e mesmo fazendo o mesmo ritual morreu. O que me leva à conclusão de que é necessário um determinado tempo para que o sangue se misture a sua vítima e incorpore parte da sua alma no objeto escolhido. – eu fiz uma pausa, para que os dois cabeças de bagres digerissem a informação – e mesmo o segundo bruxo tendo derramado mais sangue na vítima, não houve efeito, já que o tempo necessário não foi cumprido.

– Brilhante. – Rony disse meio boquiaberto. – e como você descobriu o período de seis meses?

– Bom, no meu livro, conta a história sobre esse Nascido trouxa que usa métodos impuros para sobreviver às execuções.

– Execuções? Como assim, o que ele fez?

– Ele era um nascido trouxa, e naquela época era considerado que os nascidos trouxas roubavam magia, e ele matara o seu vizinho ao que parece. Mas isso não importa, foco Rony. – eu disse recapitulando a história. – De qualquer forma, havia esse bruxo, que o tentava matar de tudo quanto era jeito, mas ele não morria. De alguma forma, ele conseguiu que a Horcrux o impedisse de morrer, e salvasse também seu corpo.

– O que? Isso é possível? – Harry disse espantado.

– Não tenho idéia de como ele fez isso, mas tudo indica que há como. – eu disse suspirando – Certo dia, esse nascido trouxa conseguiu fugir, mas na fuga deixou para trás o cordão que ele sempre usava preso em seu tornozelo.

Nessa parte, o livro havia sido sublinhado brutalmente, dando destaque no cordão. Sim, parabéns Moody, o cordão devia ser a Horcrux dele.

– O bruxo então, destruiu o cordão dele com Fogo Amaldiçoado e começou sua perseguição. Achou-o alguns dias depois, machucado e abrigado em uma cabana abandonada, contudo, ele viu o exato momento em que o Nascido trouxa matava uma criança. O nascido trouxa cortou um pedaço de sua pele, fez um pequeno furo em seu dedo e esfregou na pele da criança. O bruxo viu o momento em que algo viscoso e negro saiu da pele do rapaz, que se afastou da criança e esfregou a tal coisa preta em um pássaro. O bruxo esse observou por quase dois dias, até que matou a ave, que desde que fora tocada pela substancia preta agia de um modo muito estranho, e logo em seguida, finalmente matou o rapaz.

Harry e Rony estavam sentados, com as pernas cruzadas e a coluna curvada, olhos arregalados prestando atenção nas minhas palavras. Eu observei novamente os rabiscos de moody na página, e novamente, ele havia sublinhado-contornado-circulado-grifado o momento em que a coisa preta é esfregada na ave.

– Não conseguimos destruir as Horcruxes com a maldição da morte, eu suponho por que quanto mais velha a Horcrux, mais difícil seja destruí-la. E apenas por seis meses que elas são vulneráveis à maldição da morte.

– Como sabe disso? Como pode ter essa data tão precisamente?

– Moody assoprou essa.

Ambos me olharam com um olhar atravessado, como se eu fosse louca.

Virei o livro e mostrei as anotações pela página.

– É a letra dele sem dúvida. – Harry disse.

– Eu sei. – eu disse segurando o livro novamente. – sabe, eu não ia mostrar nada disso para vocês.

Ambos se chocaram.

– O que? Por que não? – Harry disse.

– Bom, você sabe, você fica tendo esses ataques, e se conectando com Você-sabe-Quem, vai saber se é seguro. – eu dei de ombros – e todo mundo sabe que Rony não lida bem com pressão. Vai que Você-sabe-Quem consiga ficar com o corpo indestrutível. Rony certamente surtaria. – eu dei novamente de ombros e analisei a reação deles.

REMORSO.

Era possível ver isso escrito em uma nuvem cinza densa acima da cabeça deles.

– Mas quem sou eu para julgá-los? Sei que vocês nunca fariam isso comigo, lealdade e confiança são o que unem esse trio. – eu disse ouvindo o rosto deles racharem e caírem no chão em caquinhos.

Por hora chega desse terrorismo psicológico, mas se eles pensam que vão ficar de segredinho, transformando o trio em uma panelinha ridícula de fofocas internas, eles estão MUITO enganados.

***


Luna POV


– Oi, oi! – eu disse adentrando a casa.

Gui, Lino e Fleur e Rony haviam voltado e estavam agora lanchando com Harry e Hermione.

– Oi. – responderam em uníssono.

Quer dizer, Lino, Gui e Rony disseram algo que devia ser Oi já que suas bocas estavam cheias.

– Ê biô é eê? – Rony disse com a boca cheia de comida.

– Hein? – Hermione disse confusa.

– Que bicho é esse? Bem, isso é uma doninha oras. – eu disse simplesmente.

– Como vocês fazem isso? Só eu não entendo essa linguagem maldita? – Hermione disse balançando a cabeça frustrada. – e por que você está com uma doninha.

– Olha que o Malfoy vai ficar com ciúmes. – Lino disse rindo.

A doninha em meus braços guinchou indignada. Alisei-lhe os pelos brancos macios, soltando uma risada.

– Por falar nisso onde ele está? – Gui disse olhando para a porta, como se esperasse que ele chegasse depois de mim.

Ergui a doninha em um movimento sutil.

A única que entendeu foi Hermione, que se engasgou com que estava tomando e focou os olhos na doninha.

Ela sempre me entendia.

No passado, Hermione e eu tivemos alguns desentendimentos. Como no dia em que Gina e ela saíram no braço, e eu fiquei do lado de Gina, mesmo sabendo que Hermione tinha razão.

Digamos que eu morria de ciúmes dela e do Rony – o que hoje eu sei que foi uma idiotice minha, afinal, ela nunca olharia Rony desse jeito – e eu queria mais do que tudo ser ela.

Você sabe, eu sempre fui avoada e desengonçada, enquanto Hermione, bem, por mais estudiosa e sabe-tudo que ela fosse, todos gostavam dela. Todos a levavam a sério. Todos a admiravam. Ela era Hermione Granger, a bruxa mais brilhante entre os jovens. E bem, quem era eu? Di-lua, a garota que não fala nada com nada.

Só eu sei como eu guardava ressentimentos sobre isso.

Mas hoje? Bem, hoje tudo isso simplesmente passou.

Acho que eu cresci.

– Uma palavrinha para você Luna. – ela disse seriamente – Zoofilia!

Não me agüentei e comecei a rir.

– O ê ocês ão indô? – Gui murmurou com a boca cheia.

– Hã? – Hermione fez uma careta novamente.

– “Do que vocês estão rindo?” – ouvi Rony traduzir.

– Nada, nada. – eu disse lançando um olhar cúmplice a morena de cabelos volumosos.

– Bom, vou tomar um banho vejo vocês mais tarde.

Antes que eu pudesse sair dali Hermione se levantou.

– Espera, eu preciso fazer uma coisa. – ela disse sorrindo e andou até mim – posso? – ela indicou a doninha.

– Claro. – eu disse entregando-lhe o pequeno animal que ruía loucamente.

Hermione o pegou delicadamente nas mãos e o apertou como se fosse um bicho de pelúcia.

– Pronto Merlin, pode me matar, eu já fiz tudo o que eu queria fazer nessa vida. – ela disse rindo.

Eu ri também enquanto a doninha guinchava puta da cara.

Ela voltou a se sentar, ignorando os olhares curiosos e questionadores sobre ela.

Segui para dentro, entrei no nosso quarto. Coloquei a doninha sobre a cama e tranquei a porta. Assim que me virei, a doninha estava em pé com as patinhas junto ao corpo e me olhava acusadoramente.

– Você fica tão sexy de doninha. – brinquei. – Finite.

E em um piscar de olhos a doninha transformou-se no que era o loiro mais lindo e puto da cara desse mundo.

Meu Draco.

Draco.

Como isso tudo foi louco. Sempre achei o Malfoy uma gracinha, mas o achei tão arrogante e nojento e... argh! Mas aí, na metade do quinto ano, ele mudou.

Começou a ficar mais preocupado e eu sempre o via andando perdido pelos corredores dos castelos. Ele sentava perto de mim nas aulas de herbologia, mas nunca tive coragem de falar com ele, afinal, o par dele era Pansy. E quem era eu perto daquela garota linda de olhos verdes e cabelos esvoaçantes?

Até o dia em que ela faltou, e ele ficou sentado sozinho atrás de mim. não lembro agora quem era minha dupla, mas dei um jeito de me livrar dela e dar oi para ele. Ele ficara tão surpreso que se esquecera de ser rude ou arrogante. Apenas me deu oi de volta.

Infelizmente assim que tentei ajudá-lo com sua planta, ele lembrou quem era e fez questão de dar uma de suas respostas mal educadas e grosseiras. Acho que eu não era muito forte naquela época, eu era mais sensível e mais lunática. Sim senhores, eu comecei a chorar.

Professora Sprout que nunca fora fã do Malfoy veio pronta para expulsá-lo da aula. Mas eu, o defendi e disse que estava daquele jeito porque tinha sem querer batido minha mão na mesa.

Ela não engoliu, mas deixou passar. Algumas aulas se passaram até que eu voltasse a falar com Malfoy. Na verdade ele só falou comigo para ver se conseguia informações sobre a Ordem. Assim que me dei em conta, comecei a chorar novamente, e dessa vez, a professo não engoliu minhas desculpas, e mandou o Malfoy de detenção para a biblioteca. Assim que a aula acabou fui atrás dele. Ele me recebeu grosseiramente, óbvio. Contudo antes que eu começasse a chorar novamente ele enfiou a mão na minha boca, pediu desculpas, e disse que não seria mais rude comigo.

Passei o resto da noite o ajudando com sua pesquisa sobre plantas fatais, e daí em diante, ele começou a me tratar bem. Às vezes marcávamos de nos encontrar na biblioteca onde ficávamos incontáveis horas lendo livros, onde lhe apresentei a mitologia grega, e ele se tornou pesquisador árduo.

Daí em diante, ele passou a ser meu amigo.

Obvio que quando eu soube que ele tinha assumido a amizade com a Hermione, mas não comigo, tive vontade que socar a cara dele um pouquinho, mas já passou.

– Luna! – ele disse injuriado me fuzilando com o olhar. Fiquei tão imersa em lembras que quase me esqueci que o tinha transformado em doninha.

– Draco! – respondi-lhe no mesmo tom, segurando o riso.

– Golpe sujo o teu tá? Agora eu é que estou bravo. – ele se levantou da cama e passou reto por mim indo rumo ao banheiro.

Girei nos calcanhares e o segui. Ele havia tirado sua camisa e agora ligava o chuveiro.

– Se eu tomar banho contigo, você não vai mais ficar bravo? – eu disse abraçando-o por trás, ficando na ponta dos pés para por meu queixo apoiado em seu ombro.

Ele ficou de frente para mim, me segurando pela cintura.

– Não sei, ainda estou muito bravo.

Eu me inclinei em sua direção e lhe dei um beijo na bochecha.

– Ainda estou bravo.

Inclinei-me mais uma vez e beijei sua outra bochecha, minha mãos em seu ombros escorregaram para sua nuca.

– Ainda bravo.

Beijei o canto da sua boca e passei meus dedos pelos seus cabelos, abrindo um sorriso calmo.

– Bravo. – ele disse dando seu sorriso torto.

Puxei-o para mim e beijei-lhe com volúpia. Ficamos ali, naquela posição, com as mãos dele na minha cintura, acariciando mias costas e vez ou outra fazendo-se de boba e descendo um pouco mais, nossas corpos grudados e eu sentindo o cheiro dele misturado ao cheiro de praia.

– Ainda bravo? – eu sussurrei contra seu ouvido.

– Bravo? – ele mordiscou meu pescoço – quem aqui estava bravo?

Ele disse sorridente, enquanto me puxava para baixo do chuveiro e tratava de se livrar de qualquer tecido que ficasse em seu caminho.



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Notas finais do capítulo

Tchuns!
Agora, eu vou ler mais um pouco, e vou demorar mais um pouquinho para postar *u*
Por hoje é só chicas '3'
*MALFEITOFEITO*