Escolhas - Fred e Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 48
Meetings & Disagreements


Notas iniciais do capítulo

Jurosolenementequenãovoufazernadadebom**
Ola chicas...
DESCULPEM A DEMORA *desviandodosaAvadas*
Sério, para recompensar,vou postar logo três capítulos o/



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QUARENTA E OITO:

[N/A: LKeynes e Gi Weasley são as homenageadas por deixarem essas recomendações tão fofas sz’]

Desespero.

Foi o que inundou meu peito, quando, após uma semana de nossa partida da toca, eu quase dei de cara com Fred Weasley.

Fomos à casa da falecida senhora, de quem Tom havia roubado a taça de Helga Hufflepuff.

Harry e Rony haviam ficado de vigiar a entrada do prédio, enquanto eu entrava pelos fundos.

Eu estava andando silenciosamente pelo beco fétido do antigo prédio, até desembocar na porta dos fundos.

Assim que me deparei com a velha porta de madeira, não hesitei em puxar minha varinha para poder abrir a porta. Contudo assim que o fiz, vi o reflexo de um ruivo passando pela janela, vindo em direção a porta.

Tropecei em meus pés e saí em disparada pelo beco, até alcançar Harry e Rony para que nós sumíssemos dali.

O prazo não havia acabado e Fred NÃO podia nos encontrar.

Contudo, eu podia escutar os passos do ruivo atrás de mim, calmo e despreocupado.

- Harry! – eu gritei em um cochicho para o moreno que conversava distraidamente com Rony.

Ele focou seu olhar em mim e acenou bobamente.

- Harry, a capa! – eu disse novamente em um grito surdo.

- A capa? Hm... Não sei. Acho que deixei-a na sua bolsa.

Os passos por fim nos encontraram e eu só tive tempo de segurar a mão de Harry e Rony, e levá-los para algum lugar que me surgira a cabeça.

E agora, cá estou eu, com Rony resmungando feito um bebê.

- Fala sério Hermione, Sibéria? – ele esfregava os braços, tentando aquecer o corpo.

- Estamos na Noruega, não na Sibéria. – eu revirei os olhos.

Peguei minha bolsa e comecei a procurar a capa de invisibilidade do Harry.

- E por que viemos para cá? Achou algo na casa? – Harry murmurou.

- Não, eu nem entrei na casa. – levantei o olhar aos dois garotos. – Fred estava lá. Quase me viu.

- Antes tivesse visto! Não agüento mais ter que fugir dele! – Rony resmungou.

- Cala a boca Ronald! – eu finalmente puxei a capa da minha bolsinha de utilidades.

- Fique com ela sempre ao alcance Harry. – eu disse lhe entregando a capa.

Ele pegou o tecido sedoso nas mãos e guardou-o na bolsa marrom que ele carregava junto ao peito.

- Bom, - Harry disse em um tom de voz zombeteiro. – o bom dessa situação, é que pior que está não fica.

***

Quem dera poder ter mantido a boca do Harry calada.

Estou nesse exato momento, na floresta do Deão, passando uma senhora bronca nos dois garotos encharcados em minha frente.

Deixe-me situá-los no que me pareceu ser um castigo divino, uma verdadeira maré de azar.

No dia 17 de dezembro, dois dias após ter topado com Fred, decidimos que iríamos a Godrics Hallow, e foi nesse dia que anunciaram no Potterwatch que o principal suspeito da morte de Ted Tonks era Draco Malfoy. No dia 2 4 de dezembro, Harry, Rony e eu fomos para Godrics Hallow, e quase fomos mortos por Nagini que vestia a pele de Batilda.

Passado o susto de ver a cobra rasgar o corpo da velha historiadora, conseguimos fugir, contudo, meu feitiço ricocheteou e acertou a varinha de Harry, fazendo-a em pedaços. Rony lembrou-se de pegar o exemplar de Batilda de “A Vida e as mentiras de Alvo Dumbledore”.

Eu comecei a ler a obra, e o pessimismo tomou o trio, uma vez que a vida relatada no livro era um tanto quanto sombria, e havia muitas coisas que Dumbledore nunca havia contado a Harry.

“Oh, sabe, eu já fui parceiro do segundo maior bruxo das trevas.” Coisas básicas que nós definitivamente precisávamos saber!

Ao lermos sua biografia, Harry identificou o triangulo das relíquias na assinatura de Dumbledore, e decidimos que era prioridade fazer uma visitinha à Xenófilo Lovegood.

E hoje, dia 26 de dezembro, cá estou eu, perante Harry e Rony, com a espada de Griffindor em uma mão, e na outra a Horcrux aberta e destroçada.

Eu estaria comemorando, se não estivesse tão furiosa. Eu havia ficado HORAS desesperada, procurando os dois, crente que seqüestradores os haviam capturados.

- ...E NUNCA MAIS, SAIAM POR AI, PARA SEGUIR UMA CORSA INUTIL E ME DEIXEM SOZINHA MORRENDO DE PREOCUPAÇÃO, ACHANDO QUE VOCÊS FORAM MORTOS! OU PIOR: CAPTURADOS! – eu berrava a plenos pulmões.

- Como sempre, você tem que rever suas prioridades Mione... – Rony disse rindo, encharcado da cabeça aos pés, tremendo.

- E ainda me faz piadinha? – eu cerrei os olhos, e Rony entendeu minhas claras intenções de estrangulá-lo, logo em seguida se escondendo atrás de Harry. – venha aqui se você é homem Ronald Weasley! – eu disse tentando rodear Harry.

- AHÁ que eu vou... – ele disse irônico – obrigado, mas prefiro passar por bicha.

Passado alguns momentos em que eu persegui Rony, finalmente o alcançando-o e estapeando-lhe até o último fio ruivo, entramos para barraca onde eu comecei a fazer um chá.

Ambos estavam sentados na mesa, encolhidos sobre cobertores, tremelicando de frio.

- Certo, vocês fiquem aqui, eu vou buscar alguma coisa para fazermos uma sopa.

- A-alguma coisa? – Rony fez careta.

- Eu vou em algum mercado trouxa, buscar algo para fazer uma sopa descente. – corrigi-me e andei até a minha bolsa.

Sem mais delongas saí da barraca, visualizando o mercado que havia em um vilarejo próximo aqui.

Suspirei longamente, sentindo-me cansada. Só espero que essa maré de azar passe.

Já não basta além de tudo, eu ter que ficar brigando, noite e dia com eles por causa de Draco.

No fundo, Harry nunca superou a morte de Dumbledore. Ele realmente acha que Draco quis fazer aquilo.

Segundo ele “Eu conheço um Draco que você nem sequer sonha”

Revirei os olhos, apertei meu casaco junto ao corpo, amaldiçoando aquele inverno e girei nos calcanhares, sumindo dali em um piscar de olhos.

***

Harry’s pov

 - Mas de boa, acho que foi a imagem mais perturbadora que eu já vi! – Rony falava rindo, enquanto trocava sua camiseta.

Eu já seco me estirei no chão mesmo, dando risada.

- Cara, que história foi aquela da Horcrux? Sua mãe te abandonando? Eu e a Hermione? Eu e a Lilá? – eu disse olhando o ruivo secar os cabelos com um feitiço.

- Ah mano, sei lá... – ele colocou uma blusa preta de manga comprida. – Mas que foi estranho ver a Mione sem roupa foi.

Eu e ele rimos mais ainda.

- Será que aquela projeção foi... Parecida com ela de verdade? – eu disse apoiando-me nos cotovelos.

Eu e ele nos olhamos e ficamos alguns segundos em silêncio.

- Bom, se for, ela tem um corpo legal. – Rony murmurou pensativo. – quem diria que a nossa amiga dentuça ficaria tão parecida com uma modelo. – ele ergueu as sobrancelhas e fez uma cara engraçada.

Logo em seguida caímos na risada novamente. Não me importava se ainda faltavam três Horcruxes, eu estava mais do que feliz por ter finalmente destruído aquele medalhão maldito que passou os últimos meses me deixando com um humor terrível.

CREC.

- Hermione, amada, nós estávamos falando de você! – Rony disse rindo, agora também sentado no chão ao meu lado.

- Comprou o que, flor minha? – eu disse me sentando para ver o que ela havia chegado.

Eu esperava que ela respondesse algo do tipo: “Flor é bunda do macaco! Venham me ajudar com as compras” com sua típica voz seca que tanto me é familiar.

Mas ao invés disso, uma voz familiar e não tão querida chegou até mim.

E o dono da voz não tinha nada de ‘flor’ ou de ‘amada’.

- Acho que não hein garotos. – a voz baixa chegou até nós.

Rony e eu saltamos alertas, e com a varinha em punhos, ficamos na defensiva.

- Malfoy? – Rony disse abismado. – como nos achou?

- Hermione pediu que eu a encontrasse aqui, hoje. – ele disse assustado com as nossas varinhas, mostrando calmamente sua moeda que havia uma mensagem da Hermione.

- Vai embora Malfoy! – eu sibilei.

- Harry eu...

E uma ira grotesca me tomou algo descomunal, como uma barreira que se rompe, liberando uma torrente de ódio, raiva e frustração.

- Potter! Não sou seu amigo para que me chame pelo primeiro nome. Agora vai embora, ou eu juro que vai se arrepender de ter nascido!

- Potter, me escuta...

- Você escutou Dumbledore? – eu disse sentindo uma amargura me tomar. – Hein Draquinho? Você escutou Ted Tonks antes de matá-lo?

- Harry, não é nada disse, eu não tive escolha! Eu juro que se tivesse outro meio eu...

- Cala a boca Malfoy!  - Rony disse irritado – não me venha com esse papo de que não tem escolha! Você que é um belo de um covarde com medo de desafiar o papai!

- Sai daqui filhote de comensal! – eu avancei até ele.

- Eu quero falar com a Hermione. – ele disse recuando, levando sua mão até o bolso e pegando sua varinha.

- Você não vai falar com ela! Ela não quer falar com você – eu disse encurralando-o mais ainda. – Vá embora, e nunca mais volte.

- Harry, eu fugi de casa, por favor...

- Se você voltar, eu te mato. Entendeu? – eu agora estava praticamente colado nele.

Ele engoliu em seco e girou nos calcanhares.

Dumbledore fora como um pai para mim. Não me importa se ele me omitiu diversas coisas de sua vida pessoal, eu fora e sempre serei um homem de Dumbledore.

E a morte era fácil demais para Draco. Ele merecia sofrer.

Por um instante, foi como se eu tivesse voltado a usar o medalhão de Slytherin, e estivesse com ele encravado em minha pele por uma vida.

Eu senti um ódio descomunal, algo que não era meu.

- Harry?! – a outra familiar chegou até mim.

E essa voz me fez sair do transe que Draco havia despertado. E no momento em que vi o que tinha feito me arrependi amargamente.

- Hermione? - Rony espantou-se. – há quanto tempo está ai?

- O suficiente! – ela disse com a voz furiosa. – o que vocês têm na cabeça? Seus covardes, idiotas!

- Hermione ele matou Dumbledore... – eu disse tentando me justificar.

- E ele salvou Fred! – ela berrou. – Se ele fosse um comensal, você realmente acha que este lugar não estaria cheio de comensais?

- Mione eu... – eu comecei a gaguejar.

- Vai pro inferno Harry! Você não tem idéia do que é ter que se sacrificar pelos pais, ele desistiu da vida dele para ver os pais seguros! Você nem sequer tem que se preocupar com isso certo? – ela berrou – e muito mais fácil ter os pais mortos.

E furiosamente jogou aos meus pés as compras que havia feito. Senti como se ela tivesse cravado algo quente em meu peito lentamente. Nunca tinha discutido assim com ela.

Nunca tinha me sentido tão mal.

- Aonde vai? – eu me desesperei ao vê-la saindo.

- Vou atrás de Draco, e não ouse me impedir Potter! –ela girou nos calcanhares não me deixando tempo para mais nada e sumiu.

Rony e eu nos olhamos. E um silêncio sepulcral se fez.

- O que eu fiz? – eu me sentei em uma cadeira e coloquei o rosto entre as mãos.

E assim ficamos. Perdidos. Sem saber o que fazer.

CREC.

- Hermione? – eu me levantei esperançoso.

- Bom, eu também ando procurando ela... – a voz familiar chegou até nós.

Suspirei pesadamente, completamente desapontado, com muita vontade de me atirar na frente de um caminhão.

- Não chegou em uma boa hora. – Rony murmurou.

- Cadê ela? – Fred disse olhando o local silencioso.

Mais silencio.

- O que houve? – Fred agora tinha um tom de preocupação. – Harry o que aconteceu?!

- Ela foi atrás dele... – eu disse com um vinco no meio da testa. – foi atrás de Draco.

- Como nos achou? – Rony perguntou.

- Draco me disse. – Fred disse ainda preocupado. – mas onde eles estão?

- Não sei. – eu voltei a enterrar o rosto nas mãos. – como eu sou idiota.

- Rony, o que houve afinal?

Eu e Rony contamos o episódio, sem tirar, nem por. Eu esclareci também a minha súbita vontade de esganar o Malfoy, e em como eu acabei me descontrolando.

- Não é possível! – ele esbravejou. – e eu só tenho mais uma semana para achá-la. É bom que eu consiga encontrá-la a tempo, se não vocês vão ver só!

- Mas e agora o que fazemos? – Rony perguntou.

- Vocês continuem atrás das Horcruxes. Eu vou continuar caçando ela.

- Avise-nos se achá-la. – eu disse engolindo em seco. –e diga que sinto muito.

- Pode deixar. – ele deu uma piscadela. – mas nem se preocupe... você é como um irmão para ela, já, já vocês estão numa boa... – ele sorriu brevemente.

Retribui seu sorriso fracamente.

- Arrivederci – o ruivo alto disse com um tom leve, girando nos calcanhares e desaparecendo do meio da tenda.

Mais alguns minutos de silencio se passaram até que eu finalmente voltasse a realidade.

- Somos só nós agora... – eu suspirei. – sem a Mione.

Rony fez um gemido baixo.

- Vamos morrer de fome. – ele choramingou. – Mas calma que já, já o Freboboca trás ela ‘pra gente. – ele disse se conformando.

Eu ainda estava meio enjoado e meu humor atingia níveis negativos.

- Acho que vou dormir.

- Ah Harry! Fala sério, ela não falou aquilo para valer... Ela só estava irritada.

- Mas como sempre, ela tinha razão. – e sem fôlego para mais conversas, deixei Rony ali na sala, enquanto rumava para a cama e me afundava nos lençóis, rezando para acordar morto.

***

Pov’s Hermione.

Eu estava agora parada no meio da movimentada Dublin. Eu estava olhando as luzes e sentindo ríspidas passarem por mim, enquanto uma densa névoa caia sobre minha consiência, e eu sentia como se o ar não chegasse a meus pulmões. Mãos geladas e suadas. Pupilas dilatadas. Mente confusa.

Era como se eu estivesse em estado de choque.

Arrependimento, culpa, tristeza, raiva, e solidão.

Sentimentos sutis como chumbo que acariciavam minha pele como metal quente, marcando-me em brasa e desorientando-me.

Antes de mais nada, minha mente vagava até o loiro. Eu tinha que achá-lo.

Onde eu poderia achá-lo? Como eu poderia falar com ele?

Ele não respondia as minhas mensagens pela mensagem e eu a essa altura já considerava a hipótese de ir até a Mansão Malfoy, ver se ele estava lá, ver se estava bem.

Entre um flash de luz e outro, uma idéia brotou na minha cabeça. Eu tinha o meio perfeito de ter noticias de Draco, e se eu desse sorte, seria exatamente para lá que ele iria buscar abrigo.

A névoa densa começou a se diluir e eu comecei a me sentir otimista simplesmente com a brilhante idéia que eu havia tido.

Ele estaria lá.

Fred não me procuraria lá.

Depois de tudo, eu me acertaria com Harry e Rony.

Destruiríamos as Horcruxes, e tudo daria certo. Eu teria a vida monótona e bucólica com Fred que eu sempre sonhei.

Tudo acabaria bem.

Fechei meus olhos e mentalizei o cenário que aparecia no filme ‘o último rei da Escócia’ preparando-me para Desaparatar.

Talvez ela pudesse me ajudar.

Eu sabia que ela poderia me ajudar.


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Notas finais do capítulo

HÁ-HÁ, Não me matem, por favor, piedade!
Continua...
HOJE!
MUAHAHAHA'
*Malfeitofeito*