Escolhas - Fred e Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 46
Hunting Season...


Notas iniciais do capítulo

*juroolenementequenãovoufazernadadebom*
Desculpem a demora, é que minha mãe desvairada deu para tirar o dia para me encher o saco...
É o último de hoje, então aproveitem ^-^



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QUARENTA E SEIS:

Assim que a nossa crise de risos passou, e eu desviei de dar explicações sobre o motivo das risadas, Fred e eu preparamos um lanche para Harry e Rony que pareciam estar famintos.

- Eois e a ioeê oi emoora, ós iamos eespeados, ão aíaoos ual coueo eea eneoo... – Rony fala com sua boca cheia esuas bochechas quase estourando.

- Hã? – eu fiz uma careta de confusão.

- E eois, aente ó omeu aenoim. Ó io. ois ias a ase e aenoim.  – Harry completou, com a boca tão cheia quanto a de um Weasley poderia ficar e enfiou suco goela a baixo, engolindo a massaroca de uma só vez.

- “Depois que a Mione foi embora, nós ficamos desesperados, não sabíamos qual cogumelo era venenoso.” – Fred traduziu a linguagem enrolada do irmão que encontrava dificuldades para engolir seu sanduiche. – “E depois, agente só comeu amendoim. Só isso. Dois dias a base de amendoim.”

- Ah... – eu disse sentindo pena dos dois garotos esfomeados. - Como você consegue entender eles? 

- Anos de pratica com Jorge. Acho que eu devia ter um diploma... – Fred disse sorrindo.

Assim que os dois comerem e eu e Fred lavarmos a louça, fomos todos conversar na sala.

- E ai? Novidades? – eu perguntei sentando-me no braço do sofá.

Os dois trocaram um olhar tenso, logo em seguida olhando de esguelha para Fred.

- Tudo bem, ele não vai mais com agente. – eu disse seriamente.

- Então, Harry teve outra visão, ele está atrás do Olivaras, achamos que ele quer a varinha mestra. – Rony disse em tom de segredo.

- Hermione, podemos conversar um minuto? – Fred murmurou interrompendo Rony.

- Hã... claro...

Segui-o até a cozinha, onde ele se escorou contra a parede cruzou os braços e suspirou.

- Não vou ficar parado te esperando.

NÃO! TUDO DE NOVO NÃO! MERLIN NÃO FAÇA ISSO COMIGO...

- Fred, nós já conversamos sobre isso. Você não tem o direito de me pedir para ficar parada e...

- Eu vou com você.

- Não! Eu tenho o direito de não querer te levar!

Ele apenas sorriu descruzando os braços e se aproximando de mim.

- Mas eu tenho o direito de querer te seguir. – ele sussurrou e roçou os lábios na minha bochecha. Ele estava tão próximo, tão carinhoso... Era impossível ficar brava com ele.

- Vamos ficar brincando de esconde-esconde? – eu murmurei passando minhas mãos pela sua nuca, enquanto ele enlaçava minha cintura.

- Basicamente... – ele disse com seu rosto próximo ao meu, sorrindo marotamente e mostrando seus brancos e pontudos dentes, que formavam aquele sorriso perfeito.

- E começaremos hoje? Devo ir lá na sala e fugir as pressas com Harry e Rony enquanto você nos caça? – eu disse me afastando dele, mais irritada do que antes.

Ele riu gostosamente, claramente se divertindo com meu desespero crescente.

- Não... Eu te dou a dianteira. Vocês saem amanhã, eu vou conversar com Jorge e acertar algumas coisas, e depois parto atrás de vocês.

- Fred, isso é insano...

- Eu sou insano. – ele interrompeu minha argumentação. – não adianta dizer que não me ama, - ele voltou a passar a mão pela minha cintura. – não adianta dizer que é perigoso, não adianta dizer que eu deveria ficar aqui e me casar com a primeira vadia que aparecer. Eu vou. – ele me deu um selinho.

Mas ele estaria se arriscando da mesma forma, e tudo terá sido em vão. Eu precisava de uma desculpa, algo que o fizesse desistir.

Fred mordeu levemente meu queixo e manteve suas mãos na minha cintura. Ele era tão lindo, fofo, sexy...

“Foco Hermione, foco”

Bom, eu poderia então pedir ajuda a Molly. Ela nunca deixará que Fred vá conosco... Mas ela impediria Rony também...

“Vamos lá Hermione! Pense em algo decente!”

“Calma... eu não consigo pensar direito com um ruivo gostoso dependurado em mim”

O ruivo tentação subiu com uma de suas mãos pelas minhas costas e eu senti o gelo de sua aliança tocar minha pele por dentro da blusa.

Que lindo... Ele tinha voltado a usar a aliança... Eu achei que ele tivesse queimado a dita cuja depois que nos separamos.

E... E... O que eu estava pensando mesmo? Ah sim, um jeito de convencer Fred a ficar em segurança.

- Fred, só um instante eu preciso pensar. – eu disse séria afastando o ruivo de mim e marchando até o canto da cozinha.

Ele riu-se.

- Não consegue pensar comigo perto? – ele murmurou em tom de deboche.

- Mais ou menos isso... – eu disse sorrindo.

Comecei a mexer no meu lábio inferior, fitei o vazio a minha frente e deixei que minha mente trabalhasse, bem como eu fazia quando estava diante uma difícil questão de Aritmancia.

- Que tal se nós estabelecemos um acordo? – eu disse levantando meus olhos para o ruivo encostado a parede.

- Um acordo? – ele ergueu a sobrancelha. – qual acordo?

- Você vai ter uma temporada de caça, se você conseguir nos encontrar, dentro do prazo, eu vou ter que te levar comigo. – ele abriu um sorriso. – Mas... – eu destaquei bem a palavra. – se você não nos achar durante esse prazo, você vai voltar para a casa da sua mãe, e vai ficar lá, se esforçando ao máximo para ficar protegido.

- Qual prazo? – ele murmurou pensativo.

- Duas semanas. – eu disse curtamente.

- Dois meses. – ele contrapôs.

- Um mês. – eu espremi os olhos.

Ele olhou para o teto pensativo, como se estivesse calculando algo.

- Aceito. Mais alguma condição?

Eu sorri abertamente. Eu conheço inúmeros lugares, fora os que eu vi em filmes trouxas, Fred nunca conseguirá nos encontrar e dentro de um mês ele estará a salvo.

- Não, só essas. – eu dei de ombros.

- Bom... – ele puxou a varinha do bolso e apontou-a para mim, e antes que eu tivesse tempo de dizer ‘Pindamonhangaba’ o ruivo balanceou sua varinha no ar e mirou diretamente em mim.

- Legilimens!

E como se um filme se passasse na minha cabeça, memórias de lugares me correram a memória. Idéias sobre Voldemort e as relíquias. Draco apareceu diante mim. Fred também veio a tona em minhas lembranças, as tardes nos shoppings e as tardes no colégio. As férias que saí para acampar com meus pais. Os livros de viagens que eu já havia lido. Tudo foi revirado, como se fosse um antigo álbum de fotografias, enquanto eu sentia ser puxada cada vez para mais dentro de mim, como se eu estivesse aparatando, mas nunca chegando ao destino.

-Finite! – uma voz soou longe em meio as lembranças da praia.

Até que finalmente eu fui cuspida de dentro de mim.

Ergui os olhos meio tontos, focalizando a cozinha e estranhando aquela impressão de embriagues, e a sensação de que alguém meteu a mão na minha cabeça e revirou meu cérebro algumas vezes, chacoalhando-o, jogando futebol com ele, e logo em seguida colocando-o no lugar.

- O que... – eu me apoiei na pia para acostumar minha visão.

- Por que fez isso? – Harry perguntou ainda com  a varinha em punhos. – você é Fred Weasley? Rony estava calado no canto da cozinha com a varinha apontada para Fred.

- Não Harry, - Fred revirou os olhos. – eu sou um comensal, e achei que o melhor meio de matar a Hermione fosse fazendo ela reviver todas as aulas de história da magia.

Tive ímpeto de rir, mas eu estava muito brava para fazer isso.

Harry e Rony não abaixaram as varinhas.

- Harry, sou eu... – ele bufou ao ver as varinhas firmes contra ele – como eu saberia que eu te dei um livro do Kama Sutra no último natal?

Ron abaixou a varinha e mudou deu olhar furioso de direção.

- Seu pervertido! O que você anda fazendo com a minha irmã?! – Rony disse vermelho de raiva.

- Eu não ando fazendo nada! – Harry ergueu suas mãos em rendição. – Fred me deu de presente, eu não pedi! Eu juro!

Eu sacudi a cabeça e desviei a atenção da cômica cena entre Harry e Rony.

- Então, seu neandertal idiota, por que você me atacou?! – eu me virei para o ruivo que ria da cara desesperada de Harry que tentava se explicar.

- Ué, você disse que não haviam mais restrições. – ele deu de ombros. – era o único meio de saber os lugares que você conhece, e saber o que vocês já sabem. Tem que ser algo justo...

Levei as mãos ao rosto eu tive vontade de arrancar minha pele.

- Merda!

- Do que ele está falando afinal?  - Harry disse aproveitando a brecha e se esquivando das perguntas inapropriadas do amigo.

- Fred disse que iria conosco, e eu não quero isso, então ele vai poder tentar nos achar durante um mês, se ele não conseguir, vai ter que voltar para a Toca... – eu dirigi meu olhar ao ruivo loiro sorridente. – e ficar lá!

- E a temporada de caça ao trio de ouro começa amanhã! – Fred bateu palmas sorridente.

- Chegou meio atrasado Fred – Rony disse esquecendo-se do interrogatório que fazia a Harry. – acho que uns 1000 comensais já estão procurando nossas cabeças... A temporada de caça ao trio começou no quarto ano, quando você sabe quem voltou.

- Mas no fim, quem vai achar vocês sou eu. – Fred disse caminhando em minha direção.

- HÁ-HÁ. Até – cruzei os braços, ainda brava com o ruivo.

- Eu vou te achar. – ele se aproximou de mim e me abraçou.

Apenas fuzilei-o com o olhar.

- Sofá pra ti! – eu disse tirando seus braços do meu redor, e marchando furiosa para a sala.

Assim fiquei por umas boas duas horas, até que finalmente fomos assistir um filme do Almodóvar, bem perturbador e assustador.

Fred chegou a me abraçar durante o filme, mas eu estava de orgulho ferido e o empurrei para longe.

Arrumei o quarto ao lado do quarto em que Luna e Draco haviam ficado, para a minha surpresa, estava com camas lá, e cobertores que eu reconheci como sendo da Toca. Conversei um pouco com eles, despedi-me e subi rumo ao meu quarto.

Senti falta de poder chamá-lo de meu.

Minha casa.

Meu Fred.

Abri a porta do quarto, e mais uma vez, lá estava Fred sem camisa, apenas com uma calça moletom verde escuro, com um livro na frente da cara.

Troquei de roupa e fingi não notar seu olhar ávido em minha pele nua. Coloquei uma camiseta larga de Fred. Um azul petróleo simples de algodão, com um pequeno detalhe em branco na manga esquerda. Engatinhei sobre a cama até me sentar ao seu lado.

"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.". - ele leu o trecho do livro que eu reconheci como sendo um livro meu, sobre a história do cinema.

- Charles Chaplin. – eu disse sorrindo.

- Me perdoa? – ele disse fechando o livro e virando seu corpo para mim.

Revirei os olhos e apoiei meu queixo em seu ombro.

- Se você acha, que pode invadir minha mente, quase me matar de susto, e que é só ler um trecho lindo como esse, de um livro que eu gosto,e eu vou te perdoar, você esta completamente errado! – eu disse séria. - Mas, - eu disse passando minha mão sobre seus cabelos sedosos. – como eu amo essa frase, e eu amo esse livro, e eu amo você um pouquinho... Eu vou pensar no seu caso.

Ele aproximou o rosto para me beijar, mas eu coloquei a ponta dos dedos em sua boca, impedindo que completasse o ato.

- Mas você tem que me prometer que nunca mais vai fazer isso! – eu disse séria.

- Prometo. – ele murmurou por trás dos meus dedos.

- Promete? – eu sorri.

Ele desviou a boca ligeiramente e fracamente mordeu minha mão, logo em seguida beijando-a. depois galanteadoramente, ele subiu uma trilha de beijos pelo meu braço até chegar ao pescoço, partindo depois, finalmente, para minha boca.

Era um beijo daqueles indescritíveis e únicos que eram exclusivos meus e do Fred. Era o beijo que eu nunca tinha as palavras certas para descrever, que eram diferentes, que eram peculiares e singulares.

- Prometo. Estou perdoado? – ele beijou meu queixo, fazendo-me cócegas.

- Não sei. – eu disse apertando os lábios em uma careta de teimosia. – você invadiu minha mente, trapaceou, e quase me matou do coração.

- Desculpe por invadir sua mente. – ele roçou os lábios na minha bochecha. – Desculpe por trapacear. – ele osculou o canto da minha boca. – e desculpe por quase matar você do coração. – ele beijou minha boca, mordendo rapidamente meu lábio inferior.

Olhei para ele e não resisti, abri um largo sorriso, enquanto jogava meus braços ao seu redor e sentia mais um dos singulares beijos surgirem, em meio a uma luta entre nossas línguas, e um pressionar de nossos corpos, como uma cobra faminta que se atrela com todas as forças em uma presa, e gruda, e enrosca-se, nela como se sua vida dependesse daquilo, pois afinal, depende. Como se cada segundo de sua vida se decidisse ali, pois afinal, decide. Como se naquela presa, uma curiosa metáfora a definisse, pois afinal, define.   

E em meio aquele enrolar-se de carne, e desprover-se dos tecidos, da fútil criação do homem para repressão, cada vez mais aquele momento transcendia, não algo carnal e desprovido de significado, ali era apenas eu e ele, na nossa mais pura forma, sentindo o mais puro dos sentimentos, e o mais feliz deles. Ambos sendo consumidos pelo insaciável desejo de fundir nossos corpos, cada vez mais, cada vez mais profundo, cada vez mais apaixonados. Movimentos bruscos e descontrolados afloram e o niilismo nos guia. Nada importa, nada é racional, só importa eu e ele, só importa o momento. Carpe Diem.

Não existe o amanhã.

Não existe o hoje.

Apenas existe o agora.

O suor humano que se mesclava entre nós, formando uma fragrância única. Seu toque tão urgente e tão contrastante com sua gentileza. A leveza do roçar de lábios misturados com a austeridade das mordidas, dos mais leves afagos aos mais bruscos apertões, o momento em que o médico e o monstro convivem.

Formávamos um paradoxo.

Amor.

Opostos.

Desejo.

Contradições.

Carinho.

Antônimos.

Misture tudo. Isso resulta em nós. Nesse doido paradoxo que é nosso relacionamento. Resulta em algo impossível, que só existe conosco. ‘O desejo é o que torna o irreal possível. ’

E ainda assim, eu teria que deixá-lo. Eram as últimas horas que eu teria com ele. Ele pensava no mesmo que eu, ele sabia que poderia ser nossa última vez juntos. E acho que era isso que torna tudo isso tão diferente, tão intenso.

Por fim, a tempestade entre carne, hormônios, e boca passou, restando apenas a ofegante e preguiçosa calmaria. Apenas sentir a sensação do balançar do mar sobre o barco, que nesta situação, era a tranqüila sinfonia formada através de nossas respirações desaceleradas, me deitar de costas, e sentir o ruivo me abraçar, colando seu peito em minhas costas e cobrindo meu busto desnudo com seus braços fortes que me protegiam em um abraço quente e confortável. O frio sepulcral não fazia parte da minha realidade, e sim a respiração quente do ruivo sereno em meu pescoço.

Eu bocejei longamente, sentindo os olhos se fecharem.

 Eu queria expressar de algum meio o quanto o amava, porem, sabia que isso era impossível, e um simples ‘eu te amo’ era como um quartzo ao lado do mais belo rubi.

Quando palavras não me são suficientes, resta-me o silencio.

Apenas senti Fred encostar seus lábios na curva do me pescoço, enquanto eu acomodava meu rosto, usando seu braço de travesseiro.

Nesta noite não houve palavras ou declarações. Apenas sentimos e desfrutamos daquele contato, expressando tudo aquilo, todo aquele turbilhão de emoções, através de um simples abraço.

TCHANS... E aqui acaba a maratona de capítulos da comemoração de 100 leitores... MIMIMI...

Mas é claro, que pra finalizar, com chave de ouro e pedrinhas de diamantes... um gif do James fazendo uma dancinha sexy:

TÃ-DÃ! Até mais amores do mey coração sz'

Beijos sabor Gêmeos Weasley :**


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Notas finais do capítulo

HA-HÁ!
Viram? Hoje eu coloquei DUAS imagens fofas e mais uma dancinha sedutora de boa noite do Fred para todas as minhas leitoras gostosas e lindas... ALOK!
IEHEIUEIE''
Mas, por hoje é tudo pessoal :(
Malfeitofeito**