Escolhas - Fred e Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 43
~Angels~


Notas iniciais do capítulo

jurosolenementequenãovoufazernadadebom**
ficou maaaaaaaaaaais curto ainda, mas depois eu reconpenso vocês...
ps: obrigado pelos reviews e bem vindo os novos leitores ^^



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QUARENTA E TRÊS:

Fred’s Pov – DIA 2

Abri os olhos e fiquei alguns momentos encarando o teto. Repassei mentalmente o dia anterior.

Eu ainda estava magoado com ela, e com mais raiva ainda, por saber que mesmo depois de tudo eu ainda sentia alguma coisa por ela.

- Hermione, estou com fome. – eu disse jogando-lhe uma almofada.

Ela acordou desnorteada e em estado de alerta completamente ofegante.

- Tive de novo aquele pesadelo. – ela disse sem prestar muita atenção no que dizia.

- Dane-se. Estou com fome. – eu disse secamente.

Ela me olhou espantada, tentando disfarçar o choque. Sorri ao ver sua confusão.

Ela realmente achou que eu começaria a ser legal com ela? Ela acha que eu esqueci que ela me trocou pelo meu irmão? Hilário!

- Bom dia para você também, seu platelminto retardado.

- Eu não te dei bom dia. E a propósito, você acorda horrivelmente feia.

Ela se levantou irritada e jogou o travesseiro com força no meu rosto.

- Vá você preparar sua comida! Ontem você estava em perfeitas condições para ir interromper meu banho!

- Que coisa... Piorei. – eu disse sinicamente. – e eu só fui lá para curtir com a sua cara, e confirmar a teoria de que meu irmão é um corno idiota. – eu sorri.

Ela trincou os dentes e saiu porta a fora murmurando algo que era semelhante com “Só mais dois dias”

Levantei-me e manquei até o armário. Olhei janela afora e vi que estava nevando. Coloquei uma blusa de manga cumprida e um moletom verde escuro de gola alta. Meti uma calça jeans preta larga que encontrei perdida lá no meio e ajeitei meus cabelos com os dedos de qualquer jeito.

Manquei escada a baixo levando o triplo do tempo normal que eu levaria caso não estivesse com a perna enfaixada e toda fodida.

- Meu deus quanta lerdeza! Você só presta mesmo é para estudar, por que o resto... – eu disse adentrando a cozinha.

- Ai Fred, desaparece, some daqui! – ela disse de costas para mim com a voz embargada.

- Seu desejo é uma ordem. – Eu fiz uma reverencia e manquei porta a fora.

***

Eu achei que me sentiria bem fazendo com que ela sofresse o que eu sofri. Achei que ficaria satisfeito com minha vingança, mas por que então eu estou me sentindo tão... Mal.

- FRED WEASLEY, NÃO TEM A MENOR GRAÇA! – Hermione gritava desesperadamente do interior da casa de madeira.

Eu olhava o céu e sentia o calor do meu corpo ser tirado de mim, enquanto me sentia como se estivesse mergulhado em gelo.

Hermione já me procurava há uns bons dez minutos, e eu apenas escutava enquanto ela se esgoelava me procurando. Afinal, ela pediu que eu sumisse não?

- Estou aqui fora. – murmurei apreciando o tapete branco que se formava ao meu redor.

Ouvi-a correndo, apressadamente, até que a porta da frente se escancarou nada gentilmente, revelando uma Hermione furiosa. Ela ia começar a brigar comigo, mas parou assim que notou a posição em que eu me encontrava. Olhou ao redor confusa, como se esperasse que algum ser divino lhe aparecesse e lhe explicasse o que ela deveria fazer.

- O que está fazendo aí? – ela perguntou irritada.

- Um anjo. – respondi-lhe simplesmente, sem a intenção de soar antipático, ou arrogante.

- E vossa imbecilidade não me ouviu berrando desesperada atrás de você? –ela colocou sua mão na cintura. – saia daí, vai acabar ficando resfriado.

- Ah, Mãe! – eu disse sorrindo. – deixe de ser fresca e deite-se aqui comigo.

Eu estendi minha mão e dei um tapinha na neve ao meu lado.

Eu estava deitado na neve, sobre uma arvore robusta, sentindo os flocos alvos caírem sobre mim, tornando-se água, que molhava minhas roupas e meus cabelos.

- Melhor não Fred, está frio, venha vamos entrar. – ela disse estranhando meu tom de voz simpático e usual.

- Só quero te mostrar uma coisa. Prometo que será rápido.

Ela olhou para os lados, suas mãos estavam enterradas em seus bolsos e sua respiração quente formava uma densa nuvem contra o ar gélido daquele final de outono.

Incerta do que fazia, cautelosamente começou a se aproximar de mim, fazendo movimento longos e delicados, como se eu fosse uma perigosa bomba, que ao menor movimento brusco fosse explodir e matar a todos. Deitou-se por fim ao meu lado. Notei de vislumbre, um arrepio percorrer seu corpo enquanto ela se encolhia de frio.

- Está vendo lá em cima? – eu murmurei apontando para a copa verdejante da árvore.

- O que tem?

- Você não acha curioso, o jeito como a luz se entranha nas folhas, formando uma sensação de amplitude?

Ela ficou alguns instantes em silêncio.

- É verdade. – ela sussurrou.

Ela abriu seus braços e pernas, fazendo movimentos repetitivos. Acompanhei-a e ambos fizemos perfeitos anjos de neve.

Após certa dificuldade, e toda uma técnica para se levantar sem estragar as imagens impressas na neve, levantamo-nos e ficamos observando nossos anjos.

- Perfeitos. – eu disse convicto.

- Me espere aqui. – ela disse, e logo em seguida saindo correndo para dentro da casa.

Fiquei mais alguns momentos em silencio, sem pensar em nada, apenas sorrindo bestamente, pelo simples fato de tê-la comigo. Passos apressados chegaram até mim, e Hermione se posicionou ao meu lado com uma câmera digital trouxa. Ela mirou a lente para nossos anjos e finalmente um flash percorreu o quintal.

- Pronto. – ela enfiou a câmera em seu bolso e abriu-me um largo sorriso, deixando suas defesas de lado.

- Vamos entrar? – eu disse bocejando longamente.

- Vamos.

***

Aquela tarde se passou maravilhosamente bem. Fred fora legal comigo, exatamente como costumava ser. Era noite e eu já me preparava para dormir. Acabara de sair de um fumegante banho. Fumegante relaxante e sem interrupções.

Fred estava estirado na cama, com sua tradicional calça azul marinho de moletom, sem camisa alguma, e com os braços cruzados atrás da cabeça ruiva.

Separei minhas cobertas e catei meu travesseiro. Olhei torto para o chão de madeira que mais parecia zombar de mim.

- Granger, pelo amor de Merlin! Está nevando! – ele exasperadamente apontou a janela que nos separava de uma furiosa tempestade de neve, que rugia horrível e gelidamente do lado de fora da casa que rangia sob os fortes ventos - Venha para a cama, eu não vou te atacar.

Engoli em seco e senti o frio do chão atravessar minhas grossas meias de lã e me penetrar a carne, fazendo com que eu me arrepiasse, da mesma forma que eu faria se atravessasse 100 fantasmas.

- Certo... – eu disse incerta. – você não se incomoda?

Ele abriu um sorriso e afastou as cobertas convidativamente, logo em seguida dando dois tapinhas ao seu lado na cama.

Revirei os olhos e ignorei seu ar galanteador.

Apressadamente, pulei em cima da cama, escondendo-me no meio das cobertas de microfibra, magicamente aquecidas, e tão macias quanto o pelo do meu amado bichento.

Com um aceno de varinha, Fred desligou as luzes e se deitou. De costas para mim.

Um simples farfalhar de lençóis e um rápido movimento. Fred estava de costas para mim e eu encarando o teto.

E se ele não tivesse voltado ao normal comigo, mas sim desistido de mim? E se ele agora, realmente me considerasse sua... Cunhada?

Quis poder subir em cima dele, e sacudi-lo até que ele voltasse a me chamar de Energúmena babaca.

Prefiro que ele me ofenda.

Prefiro que ele me galanteie.

Prefiro que ele seja um Neandertal idiota.

Prefiro que ele me odeie.

Eu agüento qualquer coisa... Só não vou suportar sua indiferença.

Prefiro morrer a ter que voltar a ser olhada por ele como a amiga irritante sabe-tudo do irmão caçula.

“Pela pinta da onça, me odeie, mas não me ignore.”

Eu pensei quase chorando, ponderando se devia ou não começar uma briga com o ruivo ao meu lado. Vai ver é por isso que o amor é tão próximo do ódio: se não posso tocar em seus fios ruivos para lhe fazer um carinho, que seja então para lhe dar um bom puxão de cabelo.

“Mas que eu toco nele eu toco!” Pensei revoltada decidindo um bom meio de começar uma briga.

Eu estava a postos para lhe roubar o cobertor, quanto outro farfalhar de cobertas preencheu o silencioso ar.

O ruivo de braços fortes fez outro movimento como corpo, não apenas ficando de frente para mim, como também aproximando seu corpo do meu. Senti sua respiração quente chocar-se com meu rosto frígido.

- Ainda está acordada? – ele murmurou de olhos fechados.

- Não. – respondi-lhe com um sorriso me rasgando as bochechas.

Ainda de olhos fechados, ele se inclinou sobre mim. Um movimento vagaroso que me pareceu levar décadas a se concretizar, mas quando dei por mim, lá estava eu, com meus lábios colados aos dele, iniciando um rápido e singelo beijo de boa noite.

- Bom saber. – ele afastou seu rosto do meu e bocejou, e sutilmente, buscou minha mão sob as cobertas, e logo em seguida, unindo-as. – Boa noite Energúmena.

- Boa noite Neandertal. – eu disse escondendo meu rosto no sei peito desnudo e forte, inalando profundamente seu cheiro almíscar.


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Notas finais do capítulo

por hoje é tudo pessoal
Malfeitofeito**