Escolhas - Fred e Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 42
Shower.


Notas iniciais do capítulo

Jurosolenementequenãovoufazernadadebom**
beeeeeeeeeeeeeeem curtinho... nem liguem :(



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QUARENTA E DOIS:

O resto do dia se passou tranquilamente, isto é, Fred e eu brigamos feito cão e gato, onde cheguei ao ponto de lançar-lhe um feitiço trava língua. Era final do dia e o vento gelado soprava furiosamente lá fora.

Troquei o curativo do Fred, e murmurei-lhe mais feitiços de cura, que diminuíam sua dor e ajudavam a acelerar o processo de recuperação. Estava louca para me livrar dele.

- Vou tomar banho. – eu disse separando uma roupa que ainda estava no armário.

- Bom para você. – Fred disse de olhos fechados sobre a cama em um tom desinteressado.

Eu precisava que Harry e Rony chegassem logo, ou eu juro que transformaria esse ruivo neandertal em uma pilha de ossos.

***

Harry’s Pov

- Nós não vamos. – eu disse convicto.

- Mas ela pediu que nós fossemos. – Rony contrapôs confuso.

- Vamos deixar os dois pombinhos um pouco sozinhos. Acho que eles vão se acertar.

Rony se deitou em sua cama e cruzou os braços no peito.

- Tem razão, ela merece. Vamos esperar mais dois dias antes de irmos buscá-la.

- Excelente. – eu sorri fechando meus olhos. – tenho certeza que ela vai nos agradecer.

***

Pov’s Hermione

AH EU MATO AQUELES DOIS!

Foi o primeiro pensamento que me ocorreu assim que eu li a mensagem que tinha na moeda.

“Mione, temos que resolver algo urgente. Vamos te buscar em dois dias.          - H.P.”

Comerei seus fígados com bastante tempero e depois castrarei aqueles dois palermas! MAIS DOIS DIAS COM ESSA COISA RUIVA IRRITANDE? VOU ACABAR MATANDO ALGUÉM!

Respirando fortemente e contendo-me em frustrações tirei minha roupa. Liguei a água que caia em abundancia e quente, formando uma neblina densa no banheiro, chegando a assemelhar-se a uma sauna.

Como senti falta daquele chuveiro. Aquecido a gás, caia água abundante em meus ombros, levando toda a sujeira que havia se acumulado ao decorrer desses meses. Fechei meus olhos e permiti que a água escaldante caísse sobre meu rosto.

Tudo o que eu precisava era daquele momento de paz. Somente eu, a água, o calor... E uma porta sendo escancarada bruscamente.

- FRED! – eu disse irritada, puxando a toalha para cobrir meu corpo. O que no fim fora desnecessário, já que a neblina estava tão densa que não permitia enxergar um palmo a frente do nariz.

- Não tem nada aí que eu já não tenha visto, só vim escovar meus dentes. – ele disse calmamente abrindo a torneira e molhando sua escova, logo em seguida, levando-a até a boca.

- E não dava para fazer isso outra hora? – eu perguntei abrindo uma fresta do Box e enfiando minha cabeça para fora, para poder visualizar o ruivo.

- E perder esse seu ritual de auto-cozimento em água fumegante? Jamais! – ele disse enrolado com a boca cheia de espuma. – assim que senti o cheirinho de carne cozida lá do quarto, corri para cá, acompanhar esse seu ritual tão impressionante.

- Neandertal idiota. – murmurei irritada enquanto fechava o Box.

Mesmo sabendo que Fred já tinha me visto em situações bem mais embaraçosas, meu rosto ardia em um misto de raiva e vergonha, e a cada minuto que ele passava me encarando era um minuto a mais de desespero.

Ele FINALMENTE acabou de escovar os dentes.

- Pronto. – eu disse incomodada. – agora vá embora.

- Não senhora, você mais do que ninguém deve compreender a importância do fio dental. – ele disse sorridente sentando-se no chão, no canto do banheiro.

Perfeito.

Revirei meus olhos e decidi ignorá-lo. Quem sabe ele fosse embora?

Peguei o Shampoo e passei pelos meus cabelos, não podendo evitar fazer o meu tradicional penteado maluco com espuma. Fiz um Punk-emo, onde uma franja se colava ao meu rosto.

- Muito bonito, mas eu preferia aquele que você fazia como se fosse um juiz, daqueles que usavam aquelas perucas brancas. – uma voz surgiu atrás de mim.

Eu literalmente pulei com o susto.

Virei meu corpo para frente e dei de cara com Fred, que tinha aberto o Box silenciosamente e colocado sua cabeça na fresta.

E lá fui eu puxar a toalha novamente para cobrir meu corpo.

- Puta que o pariu, Fred! Um pouco de respeito cairia bem! – eu disse irritada sentindo meu penteado começar a se desmanchar.

- Pare de reclamar, se eu realmente quisesse te desrespeitar, eu teria aparatado ai nesse Box. – ele disse rindo.

A toalha ficara completamente encharcada. Fred filho da put... Quer dizer... Coitada da Molly fez o melhor que pode.

- Tudo bem, eu agradeço pela sua consideração em não surgir no meio do meu banho. Agora, por favor, saia de dentro do Box. – eu pedi calmamente.

- Já que você pediu com carinho. – ele sorriu.

Contudo, ao invés de sair do Box, ele entrou por completo.

Se aproximou de mim, ao passo que recuei para a parede, até que ele ficou em baixo da água.

- Fred... – eu disse ofegante.

Ele apenas sorriu. Mas não foi um sorriso malicioso, ou sexy, ou arrogante. Foi um sorriso... Normal. Aquele tipo de sorriso que eu mais gostava.

Divertidamente, ele se encurvou sobre mim, até que seu rosto ficasse parelho ao meu. Seu corpo agora encharcado estava quase colado ao meu, e seus ruivos cabelos, o faziam parecer com um gato escaldado.

Por longos instantes ele me olhou nos olhos. Eu não conseguia desviar meu olhar de seus olhos castanho-esverdeados.

Ele aproximou suas mãos de mim, e eu tentei fundir-me ainda mais na parede.

Ele levou suas mãos até meus cabelos, retirando boa parte da espuma, e colocando no seu próprio. Fez alguns movimentos e logo em seguida, ele tinha feito um punk tradicional, espetado para cima.

- Bonito? – ele disse sorrindo.

Minha boca ainda estava aberta, e eu tratei de fechá-la, logo em seguida sacudindo a cabeça.

- Hã... Claro. – eu disse tentando não reparar sua camisa branca colada ao seu corpo.

- Só vou tirar o Shampoo e já saio. – ele disse como se algo perfeitamente razoável.

Afinal, eu só estava pelada, no chuveiro, com o lindo do meu ex-namorado. O que poderia dar errado?

Obviamente, ao invés de tirar o Shampoo, ele tirou a camisa. Logo em seguida, enfiou a cabeça em baixo da água passando os dedos pelos cabelos para tirar o Shampoo mais rapidamente.

Eu não conseguia evitar que meus olhos percorressem seu corpo. Ele estava tão perto. E eu tinha vontade de desmaiar pelo simples fato de estar ao lado dele.

- Saiu tudo? – ele me perguntou abrindo seus olhos.

Contudo eu estava paralisada demais para responder. Eu não sabia mais o que eu sentia por ele. Ódio? Amor? Desejo? Raiva?

Estiquei minha mão e encostei levemente no seu cabelo grudado ao seu pescoço. Retirei dali, a réstia de espuma. Seu cabelo havia crescido e estava quase tão grande quanto no quarto ano em Hogwarts. Um pouco mais curto, contudo, estava lindo de qualquer jeito.

- Pronto. – eu disse encarando o ruivo.

Novamente ele se inclinou em minha direção, dessa vez depositando um beijo delicado na minha bochecha.

E assim ficou. Com seus lábios no meu rosto, enquanto eu sentia sua respiração em minha pele.

Merlin sabe a força que eu tive que fazer para conter minhas mãos que estavam doidas para passear pelo corpo do ruivo.

- Obrigado. – ele sorriu.

E se afastou.

“NÃO, POR FAVOR! FICA! FICA PELO AMOR DE MERLIN!”

“Cala a boca consciência!”

- De nada. – eu disse pasma.

Ele mancou para fora do Box, onde o ouvi sair corredor a fora, completamente encharcado.

Curiosamente o primeiro pensamento que me ocorreu foi: “Eu não vou enxugar a droga do chão”.

Terminei meu banho, sem mais visitas, e me vesti rapidamente. Dirigi-me para a área de serviço onde estendi a toalha.

Tive um súbito medo da escuridão na parte inferior da casa e corri as escadas correndo, aconchegando-me na segurança da luz.

Adentrei o quarto bocejando, e me deparei com Fred sobre a cama, apenas de calça moletom azul, sem camisa, lendo algum livro cujo nome não me pareceu importante tomar conhecimento em meio a uma situação daquelas.

Desejo.

Sem dúvidas eu sentia desejo por aquele ruivo esplêndido.

“Controle-se. Você namora o irmão dele.” Pensei comigo mesmo.

“Namora porcaria nenhuma! Vai lá e agarre-o!” Minha consciência opinou.

“Mas ele não sabe que eu não namoro. Então cale a boca!” Respondi-lhe.

Limpei a garganta e desviei o olhar, pescando um travesseiro e uma colcha dentro do armário.

Joguei o travesseiro no chão ao lado da cama, exatamente como havia feito na primeira noite.

- O que está fazendo? – ele perguntou.

- Me deitando. – eu disse me acomodando em baixo do edredom.

- Para de frescura e venha para a cama. – ele disse dando um tapinha convidativo ao seu lado.

- Estou bem aqui. – eu disse tapando-me até as orelhas.

- Como preferir. – ele disse fechando seu livro e colocando-o sobre a mesinha.

- Fred, onde está bichento? – eu perguntei sentindo saudades da minha bola de pelos ambulantes.

- Ficou na casa da minha mãe. Anda tocando o terror com os Gnomos de lá.

Dei uma rápida risada.

Fred apagou a luz e bocejou longamente.

- Amanhã vai nevar. – ele disse encostando sua cabeça nos travesseiros.

- E mesmo assim, vossa idiotice dormirá sem camisa.

- Boa noite Energúmena. – ele disse em meio a outro bocejo.

- Boa noite Neandertal. – respondi sorrindo.

E foi então que vi que eu tinha que parar imediatamente com o que estava acontecendo.

Ele era o Fred, e dentro de dois dias eu teria que deixá-lo. Eu não podia me afeiçoara ele e ter que passar por toda aquela dor novamente.

Tenho que sobreviver a esses dois dias, e depois partir mais uma vez. Eu teria que ir, sem olhar para trás.


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Notas finais do capítulo

como ficou horrivelmente curto, vou postar mais um o/
malfeitofeito//