Escolhas - Fred e Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 41
When the love is dead.


Notas iniciais do capítulo

Jurosolenementequenãofareinadadebom
Oi amores, desculpem pela demora, mas tinha o vestibular hoje então passei a semana em stand by...



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QUARENTA E UM:

Fred’s Pov.

Eu estava estirado sobre o sofá quando senti meu ombro ser chacoalhado bruscamente.

- ‘Tó. – Hermione resmungou me entregando o prato.

- Sanduiche? – murmurei fazendo careta.

- É. Come ai e cala a boca. – ela deu as costas.

- Onde estão Harry e Rony? – cuspi o nome deles.

- Só vão vir depois. Vão resolver uma pendência.

Revirei os olhos e dei uma dentada no sanduiche. Eu não estava com fome, mas aquele sanduiche estava divino.

- Isso aqui está um nojo! – eu murmurei após minha terceira mordida. – parece um chinelo velho mastigado em forma de sanduiche.

Hermione me fuzilou com o olhar e trincou os dentes.

- Pois então pode pegar o sanduiche e colocar no seu...

- Olha o palavreado na minha casa! – interrompi, feliz ao ver sua irritação.

Continuamos brigando por mais alguns minutos até que ela começou a bocejar. Notei o quão cansado estava e em como meus olhos começavam a pesar.

- Ok, Hermione. Agora cale a boca e me ajude a ir para a cama. – interrompi um de seus chatos discursos.

- Grosso babaca. – ela me xingou.

- Tive que ser, já que quando eu era carinhoso e querido eu só recebia patada. Eu te contei Hermione, que eu levei um fora de uma Energúmena? Ela me trocou pelo meu irmão, acredita? – eu disse acidamente.

Ela engoliu em seco e, por um instante, achei que ela fosse chorar. Quase comecei a me sentir mal por ter enchido o saco dela.

- Sabe Fred, eu também namorava um Neandertal, idiota, retardado e acéfalo.

Apenas lancei-lhe um olhar frio, decidindo ignorar seu comentário.

Assim que notou minha trégua, se aproximou de mim, colocando um de meus braços ao redor de seu pescoço, e apoiando a lateral do corpo em cima de seu ombro, enquanto amparava-me com um braço ao redor da minha cintura.

Era a primeira vez em três meses que eu me aproximava assim dela. Era a primeira vez em meses que eu sentia o calor da pele dela.

Penosa e dolorosamente andei pela sala rumo às escadas. Mal cheguei ao quarto degrau quando minha perna começou a arder e latejar, como se um nervo estivesse sendo marcado a ferro e fogo.

- Não consigo. – eu disse apertando meus olhos de dor, com meu peso sobre Hermione.

- Vem Fred, falta pouco. – ela murmurou segurando minha mão estrunchada sob os curativos de Draco.

Abri os olhos e vi seu rosto pequeno quase colado ao meu. Seus olhos castanhos suplicantes e preocupados, esbaldando agonia e cansaço.

Com minha mão boa me apoiei no corrimão, liberando meu peso de cima dela e forçando-me escada a cima.

Após um tortuoso caminho cheguei a porta do quarto onde Hermione suspirou longamente em alívio.

Ela foi dando passos pequenos, comigo em seus ombros, até a cama, acomodando-me sobre os lençóis bagunçados.

- Quer mais alguma coisa? – ela perguntou cansada.

Seus olhos eram baixos, e ela não olhava para o quarto, com um misto de vergonha e tristeza no rosto.

- Não, obrigado.

- Qualquer coisa eu estou na sala. – ela disse se preparando para sair.

- Sala? – eu disse fingindo confusão. – Não senhora, você vai ficar aqui comigo.

- O que?! – ela se virou indignada.

- Sim senhora! Vai que eu preciso de algo no meio da noite.

- Não vou dormir aqui! – ela gritou.

- Vai sim! Ou você quer que eu me estrunche indo chamar Jorge para me acompanhar? – chantageei-a.

Ela abriu e fechou a boca diversas vezes, até que finalmente agarrou-me um cobertor, um travesseiro e bufou.

- Neandertal insuportável! – ela jogou o travesseiro ao chão, do lado da cama

- Energúmena. – eu sorri observando-a se cobrir no chão ao lado da cama.

***

Hermione’s Pov – DIA 1.

Inferno.

É onde eu vim parar.

Nunca tive tanta vontade de matar alguém.

- Vamos Hermione, cadê meu almoço?! – Fred gritava da sala.

Ah! Criatura sombria do inferno. Como eu pude sobreviver tanto tempo com ele? Como pude me iludir a ponto de achar que esse, neandertal irritante babaca grosso profundezas do inferno, pudesse ser querido ou carinhoso?

LOUCA! EU DEVIA ESTAR LOUCA!

Eu havia sobrevivido aquela noite de cão em que Fred me pedira para ir ao banheiro3 vezes, tomar água 2 vezes, e tiveram outras 6 vezes que ele me acordara apenas para ver se ‘eu estava bem’. Sem falar que dormir no chão não é nada confortável.

Senhoras e senhores, temos aqui um típico caso de metamorfose, em que amor doentio e cego, cria olhos e evolui, tornando-se um ódio mortal.

Sarnento grosso neandertal! Que vontade de espremer o pescoço dele e depois arrancar cada fio ruivo daquela cabeça com uma pinça!

Só me pergunto se Fred já era assim irritante quando namorávamos e apenas eu que não conseguia ver.

eu terminava de trocar seus curativos enquanto ele murmurava.

- AI! – ele se retraiu de dor quando eu comecei a tirar o curativo do seu pulso. – Cuidado ai, sua carniceira!

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Não pule no pescoço dele Hermione.

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Calma, não injete ácido sulfúrico nas veias dele.

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- O que você está fazendo aí parada com essa cara de Coala com síndrome de Down? – ele provocou.

...

Eu juro que tentei manter a cabeça fria.

- Coala com síndrome de Down? Vem aqui, seu Zorrilho desdentado, que eu já te mostro o coala! – eu comecei a marchar em sua direção.

- Isso! Ataca alguém que mal pode segurar uma varinha! – ele disse inflando seu peito.

Parei o movimento da varinha no meio. ARGH! Por que eu tenho que ser tão certinha?

- Eu te odeio. – disse trincando os dentes e abaixando a varinha.

A cada minuto que se passava eu descobria um novo Fred. Irritante, grosso, babaca, Neandertal e arrogante. Como pude namorá-lo tanto tempo e nem sequer notar esse lado dele?

Respirei fundo e voltei a contar até 10.

Após ter me acalmado, acabei de cuidar dos seus curativos e me dirigi para a cozinha. Dessa vez eu caprichei um pouco mais na comida. Fiz arroz com brócolis, uma omelete com salame e almôndegas com um suculento molho de tomate. Preparei rapidamente um suco de laranja e comecei a colocar as coisas na mesa da sala.

- Está pronto. – eu disse colocando sobre a mesa o último par de talheres.

 - Que bom, então pare de falar e me ajude a sair daqui.

- Argh! – eu bufei trincando os dentes. – você sempre foi insuportável? – eu disse me dirigindo para o cômodo ao lado em que] Fred estava estirado sobre o sofá.

- Pois é, você me amava tanto que nem notava esse meu lado. – ele disse sinicamente. – Oh, é, quase esqueci, você não me amava.

Engoli em seco e tranquei o choro na garganta. Se aquele imbecil tivesse a mínima idéia do quanto eu sofri...

- Neandertal babaca. – eu disse finalmente parando em sua frente.

- Energúmena retardada. – ele disse seco.

Prendi meus cabelos rapidamente em um rabo de cavalo e apoiei meu braço em sua cintura.

- Como está sua perna? – eu murmurei a contra gosto observando a perna engessada do garoto.

- Bem melhor, obrigado. – ele disse com uma nota de ironia na voz.

Começo a crer que Merlin resolveu, para quebrar a monotonia, trocar Fred de lugar com Draco. Ultimamente o arrogante, chato, mimado, retardado, tem sido Fred, enquanto o cara companheiro, legal, querido e carinhoso tem sido Draco – E olha que esse sim tem todos os motivos do mundo para odiar tudo e todos.

Com a cabeça viajando entre Draco e Fred, passei meus braços ao redor da cintura do ruivo e deixei que ele pendesse seu peso para cima de mim. Ter aquele contato com ele era algo absurdo, remexia meu baixo ventre e eu tinha que fazer um tremendo esforço para não... Para não... Eu nem sei ao certo o que me dá vontade de fazer quando o tenho perto de mim desse jeito.

Estapear-lhe.

Beijar sua boca.

Dar-lhe um soco.

Abraçá-lo.

Arrancar seus fios de cabelo ruivo com ácido.

Tantas opções. Mas obviamente, eu sou Hermione Jane Granger, e nunca teria coragem de fazer nenhuma dessas coisas.

Se bem que derreter Fred no ácido enquanto ele dorme não seria má idéia.

- Você está bonita hoje. – um sussurro baixo ao pé do ouvido me despertou de meus devaneios.

Engasguei com a saliva.

- Oi? – eu perguntei. Com certeza tinha escutado errado.

Ele tinha o braço enfaixado jogado sobre meus ombros, enquanto minha mão trêmula segurava sua cintura, e ele usava meu corpo como forma de apoio.

- Você, está bonita. – ele disse levando sua mão não estrunchada até uma mecha de franja que tinha escapado do meu rabo de cavalo.

Ele definitivamente não falava como o Fred que eu namorara. Ele tinha uma voz baixa e sedutora, fazia questão de falar isso no pé do meu ouvido, fazendo sua respiração quente arrepiar a pele do meu pescoço.

Eu estava simplesmente paralisada. Há meio segundo ele estava me chamando de Energúmena, e agora vem usar essa voz baixa de galã de novela mexicana, e me encher de elogios. Isso não tem como acabar bem.

O que aconteceu com o Fred que me colocava para dormir, nos tempos que eu ainda gostava do Rony?

O Fred em minha frente aproveitou que seu peso me imobilizava e desceu sua boca da minha orelha até a curva do meu pescoço.

Foi demais para mim. Eu não podia tê-lo perto de mim. Não a agora. Assustada e sem ter o que pensar, eu reuni minhas forças e empurrei o ruivo para longe do meu corpo.

Ele caiu sentado no sofá, de um modo despojado e felino.

- O que houve? – ele disse com um sorriso de canto.

- Você não pode fazer isso.  – eu disse passando a mão pelo rosto, respiração ofegante, tentando entender o que acontecia.

- Por que não? – ele disse se inclinando no sofá.

Ele estava com uma blusa branca larga e uma calça de moletom azul escura. Seu corpo era definido seu olhar me prendia, confundindo completamente meus pensamentos.

- Por que não. – eu fechei os olhos. – eu não posso.

Enquanto apertava meus olhos e tentava controlar minha respiração, fui surpreendida por um puxão repentino. Desequilibrei-me e não tive tempo de reagir, quando dei por mim, estava caída, de olhos arregalados, no colo de Fred Weasley.

- O que pensa que está fazendo?! – eu disse espantada com o coração quase saindo pela boca.

- Olhe nos meus olhos, e diga que você não quer isso. Eu deixo você ir.

“EU NÃO QUERO, EU NÃO QUERO, EU NÃO QUERO”

Minha boca permanecia fechada e minha língua travada. Era como se eu tivesse, repentinamente, desaprendido a falar.

Ele olhava para mim, ora encarando minha boca, ora encarando meus olhos.

“EU NÃO QUERO, EU NÃO QUERO, EU NÃO QUERO”

MERDA EU QUERO!

Ele sorriu brevemente.

- Sai Fred, por favor, me deixe em paz.

- Diga que não quer. – ele insistiu.

- Eu já disse que...

Nunca consegui terminar a frase. Na verdade, sequer me lembro o que pretendia dizer a ele.

Em um segundo eu estava inventando uma desculpa e no outro Fred havia me puxado para si e colado seus lábios nos meus.

Não fora um beijo, apenas um juntar afoito de lábios.

Seus dedos passearam pela minha nuca enquanto ele, cada vez mais, puxava meu corpo para perto dele.

Durou cinco segundos no máximo. Maravilhosos segundos por sinal.

- Fred, pára! – empurrei seu peito, desvencilhando-me de seus braços. – Eu já disse que amo Rony!

Sua máscara de frieza se manteve.

- Tudo bem. Mas você queria.

Senti um fervor crescente em meu rosto.

- Eu não queria! – disse indignada.

- Queria sim. – ele disse de modo irritante.

- Neandertal metido! Não queria nada!

- Energúmena arrogante! Queria sim!

- Você que queria! – eu disse irritada.

- Só fiz por caridade. Sei que Rony beija mal. – Fred disse apático, contudo começando a demonstrar. – E isso é uma das minhas leis naturais, a principal delas na verdade.

- Lei? Do que diabos você está falando?

- A primeira lei que a natureza me impõe é gozar, à custa seja de quem for. – algum escritor trouxa disse isso uma vez. – E não há nada mais hilário, do que ter uma cunhada babando por você.

- Cala a boca Fred.

- Você só diz isso por que não tem uma teoria de vida legal que nem a minha. – ele disse amenizando seu rosto.

- “No meio da dificuldade encontra-se a oportunidade”. Albert Einstein. – eu disse orgulhosa.

Alguns segundos se passaram até que, finalmente, Fred sorriu de lado.

- Touché. – ele inclinou sua cabeça.

- Agora podemos comer, sem que você me agarre? – eu disse me sentindo, por alguma razão, mais confortável.

- Estou esperando, sua Energúmena.

Revirei os olhos e voltei a apoiar o ruivo sobre mim.

Mesmo ele sendo odiável, eu não conseguia olhar para ele sem sentir meu ventre se revirar.

Me pergunto onde estão Rony e Harry. Tudo ficará mais fácil quando eles chegarem, só espero que não demorem, pois até lá, sabe-se lá o que mais pode acontecer.


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Notas finais do capítulo

Como só tive tempo para entrar no pc hoje, só fiz um capítulo, mas depois eu recompenso vocês ^^
Por hj é tudo pessoal
malfeitofeito*