Escolhas - Fred e Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 39
Suicide II


Notas iniciais do capítulo

jurosolenementequenãovoufazernadadebom
HOLA CHICOS CALIENTES!
Aqui, mais um capítulo fresquinho para os meus amores.
Enjoy



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TRINTA E NOVE:

Mais cedo naquele dia:

* FRED’S POV

O outono chegou. Inconveniente e gelado como sempre.

Tortuosamente os dias se passaram. Jorge alugou um apartamento e agora mora lá com a Angelina. Gui e Fleur estão bem, mudaram-se para uma casa no litoral. Papai está pensando em se mudar, anda preocupado com tudo e todos, principalmente Gina que anda tão abatida. Carlinhos vem nos visitar na próxima semana. Percy continua sendo um perfeito idiota, e ainda sem falar conosco. Quanto a Dona Molly, ela tem gasto todo seu tempo se preocupando com o coração partido de Gina. Agindo protetoramente, querendo nos dar conselhos e sendo cuidadosa sempre que toca no assunto ‘trio de ouro’.

Rony, Harry e Hermione. Espero que estejam todos mortos.

Tenho trabalhado todo dia desde as 6:00 da manhã até as 22:00 da noite. Não tenho dormido, pois sempre que durmo sonho com ela.

“Sinto muito, mas sempre foi ele.”

Como eu pude ser tão estúpido em pensar que ela tinha, em semanas, superado uma paixão que durou anos? Como pude ser tão cego?

- Senhor Weasley... Já vou indo, o senhor quer mais alguma coisa? – o rapaz loiro e magrelo murmurava com uma pasta sobre o braço.

- Uma vida nova. – eu disse rabugento.

- Senhor?

- Nada. Pode ir. – eu disse fazendo um aceno de mão.

Eram 21:00 horas. Era como se fosse madrugada, eu estivesse em um beco escuro usando jóias caras em meio a pessoas da pior espécie. Era praticamente suicídio ficar no Beco Diagonal até “Tão tarde”. Os ataques andam mais freqüentes, e os sumiços são rotina.

Fiquei ali, reorganizando os estoques, sempre achando uma perfeição no modo de arrumação anterior e refazendo tudo de novo. Tomei algumas garrafas de Hidromel e fiquei sentado enquanto pateticamente olhava o teto.

Depois de rapidamente cair no sono, constatei que já era quase meia noite, e eu deveria voltar para casa.

Mas por que se apressar?

Por que me preocupar em manter uma vida mesquinha e vazia?

Não me importo se você considera-me autodestrutivo, masoquista, deprimido, ou idiota. Na verdade não importa. Nada mais faz sentido. Minha irmã caçula ridiculamente chorando de amor, trancada no quarto enquanto todos se preocupam com ela. Meu irmão que não vejo a não ser terças e quintas que é quando ele vem trabalhar. Minha vontade é de apontar a varinha para minha cabeça e me matar com um Avada Kedavra.

Será que seria possível?

Revirei os olhos comigo mesmo, peguei meu casaco e decidi dar uma volta. Tranquei a loja e comecei a andar vagarosamente pelas ruas úmidas e abandonadas do que um dia fora o “Beco Diagonal”.

Meus passos ecoavam solitários enquanto eu observava a loja do Olivaras. Pobre velho. Tivera sua loja destruída e fora seqüestrado por comensais. Correm boatos que Voldemort em pessoa viera buscar ele.

E quando dei por mim os meus ecos antes solitários agora tinham companhia. Ou isso ou eu estava mais bêbado do que pensava.

Eu virei meu corpo e pude ver um grupo de mais ou menos 6 pessoas andando em minha direção, todas, encapuzadas.

Peguei minha varinha e preparei para Desaparatar, mas assim que comecei a sentir ser sugado para dentro de mim, vi um comensal aparecer ao meu lado e me puxar para o chão.

Na hora pude sentir o pulso se desgrudar do braço e se esticar como se fosse uma mola. Antes que pudesse ter qualquer reação, senti um golpe me atingir o estômago, fazendo com que eu caísse de bruços no chão, sendo arrastado pelo chão, perdendo alguns pedaços de pele.

Minha perna bateu no meio fio e eu senti uma dor terrível.

Uma risada aguda chegou aos meus ouvidos enquanto eu sentia meu abdômen arder enquanto minha blusa se encharcava em meu próprio sangue.

- Ora, Ora. – uma voz mais irritante do que a de Parkinson chegou a meus ouvidos. – Temos um Wesley traidor de sangue?

Levantei o olhar e vi a mulher tirar sua máscara com um aceno de varinhas e tirar sua toca.

- É um dos gêmeos que tem a loja, certo? – a mulher de cabelos cacheados disse saltitando até mim.

Não repondi.

Levei um golpe na cabeça que me fez ficar tonto, enquanto eu ainda tinha a sensação que estar com as tripas caindo pelo abdômen.

- Ela te fez uma pergunta! – uma voz masculina chegou a meus ouvidos. – Diffindo!

Encolhi-me mais ainda agora sentindo a dor crescente em meu corpo que se espalhavam cortes profundos e dolorosos. Um novo corte gerado pelo feitiço atravessou minha pele do pescoço enquanto eu sentia o meu sangue se esvair pela jugular.

- Crucio! – a voz feminina chegou até mim novamente.

O lampejo vermelho irrompeu de sua varinha, contorcendo meu corpo a mais pura agonia. A dor de agulhas em brasa perfurando meus olhos e pele me afetou de um modo tão absurdo que tive vontade de vomitar, mas ao invés disso apenas fiquei ali, gritando e sentindo como se meus ossos estivessem sendo quebrados.

- Qual seu nome querido? – sua voz saiu calma e amável.

- Fred Weasley – eu gritei em meio a agonia.

- Não! – ela disse descrente, sorrindo em alegria - Draco, esse não é o namorado da sangue ruim que estudava com você? – a voz feminina perguntou sádica, enquanto o feitiço sumia, deixando ainda vestígios de dor.

Draco estava ali? Sabia que ele era um comensal, mas não esperava que ele participasse dos desaparecimentos e torturas. Virei meu corpo e foquei no rapaz loiro que estava agora sem máscara.

- Quer ter a honra de matá-lo?  - a mulher de cabelos ondulados disse como se lhe oferecesse a última cereja do bolo. Educada e sofisticada.

- Sim. – a resposta fria de Draco saiu firme. – Mas desejo fazê-lo da minha maneira.

Eu começava a me sentir tonto devido a perda de sangue e a dor excruciante me impedia de falar qualquer coisa. Eu sequer conseguia manter o ritmo respiratório. No fundo, eu torcia para que isso acabasse logo.

- E como vai fazer Draquinho? – um comensal alto perguntou, zombando de como a tia lhe chamava.

- Quero matá-lo em sua loja. Quero que o irmão o encontre amanhã. – o requinte de sadismo era palpável.

- Fantástico! O que acha disso Weasley? – a bruxa sádica disse rindo.

- Me mate e cale a boca. – eu murmurei, tossindo fortemente e sentindo o sangue subir minha garganta até a boca.

- Posso assistir Draquinho? Vou amar ver esse traidor de sangue ir direto para o inferno.  – ela disse irritada.

- Eu cuido dele. Você deveria destruir a Floreios e Borrões. – Draco sorriu. – divirtam-se por mim, acabarei com ele e irei para casa. Estou morrendo.

- Não tanto quanto ele. – a mulher disse apontando para mim e desencadeando a risada de todos os homens encapuzados. Inclusive Draco riu.

Ele se aproximou de mim e tocou meu braço. Senti ser puxado para dentro de mim, desaparatando dolorosamente até a loja, onde lá, finalmente minha vida sem sentido teria um fim.

Depois de dois agonizantes segundos surgi em um local escuro.

- SEU IDIOTA! VOCÊ ESTÁ TENTANDO SE MATAR OU O QUE? – Draco começou a berrar ao meu lado.

Pisquei tentando evitar a visão turva e focalizei as estantes abarrotadas e a casa nada convencionalmente decorada. Eu estava na biblioteca.

Eu nunca mais havia voltado lá. E estar lá era como um soco no estômago. Mais do que nunca quis que ela estivesse por perto. Quis que minha morte fosse retardada. Quis que o fim da minha vida miserável fosse ao menos ao lado dela.

- Você... – eu respirei sentindo minha garganta queimar. – você estava fingindo?

Draco apontou a varinha para mim. Se isso fosse há cinco segundos, estaria comemorando o fim da minha vida miserável, agora não tenho tanta certeza do que pensar.   

- Epskey. – ele apontou para meu pescoço que havia ficado seriamente danificado e por onde vazava MUITO sangue. – Vulnera Sanantur. – senti uma sensação estranha no corte que atravessava minha barriga. – Obvio que sim! Eu não sou um comensal de verdade! – ele disse ofendido – como pode achar que eu seria capaz de virar um deles? – ele disse com nojo.

Pisquei vagarosamente e engoli meu sangue focalizando o rosto preocupado do loiro descabelado.

- Acho que quando você disse que queria me matar ao seu jeito, eu meio que perdi um pouco da minha fé em você. – eu disse tossindo mais sangue.

- Preciso te levar a um médico, não podemos ficar aqui. Eu não consigo parar o sangramento, sou péssimo em feitiços de cura. – ele agora pressionava a ferida em meu pescoço que voltava a sair sangue.

- Não... – eu tossi mais ainda. – pegue o livro que está na primeira prateleira, na estante do meio. É um livro de curas. Me leve para casa dos meus pais.

- Fred eu... – ele começou a parar.

Eu tossi com mais força, até que simplesmente senti minha garganta se fechar, e o ar de meus pulmões se esvair enquanto sentia a falta desesperadora de ar arrancar minha consciência.

Eu iria morrer com Draco ao meu lado.

Quanta ironia.

***

Eu estava em uma rua de pedras. Algumas casas simples e uma dúzia de arvores ao redor, era um belo dia de verão e uma brisa gostosa me acolhia. Uma paz aconchegante me acolhia.

- Olá. – uma voz feminina veio até mim.

Girei nos calcanhares e vi uma mulher de cachos loiros sentada sobre o meio fio. Ela usava um vestido de verão verde que realçavam seus olhos que eram de um azul surreal.

- Oi. – eu respondi. – você sabe onde estou?

- Não. – ela disse sorrindo. – quer uma cereja? – ela ofereceu mostrando-me uma cesta de palha escura onde dentro havia algumas lindas frutas e algumas realmente feias.

- Não – a resposta escapou de meus lábios sem que eu notasse

- Por que não? – ela sorriu amorosamente.

- Eu não quero mais comer as cerejas amargas. – mais uma vez eu disse sem ter idéia do por que, só sabia que aquilo era uma completa verdade.

- Mas você já provou tantas boas. – ela disse.

- As boas, nem sempre são boas. As boas podem se tornar amargas.

- Você tem que dar uma chance.                                                     

- Estou cansado. – eu disse dando de ombros.

- Você vai realmente desistir da sua vida por causa de algumas cerejas amargas?

Ela não precisou explicar a metáfora, e a resposta surgiu como um tapa na cara.

- Não tenho certeza. – fitei o par de safiras.

E então uma leve brisa percorreu a longa rua, remexendo as copas das arvores e revirando as folhas secas ao chão. Um cheiro de canela fresca e suave chegou até mim e eu involuntariamente suspirei, tentando prender aquele aroma em meus pulmões.

- Bom, acho que nós dois sabemos que ela te ama. – a garota jovial mexeu em seus cachos loiros e sorriu-me. - Você escolhe Fred. – a jovem deu de ombros e sorriu. – Ou vive, ou morre. É simples.

- Mas eu odeio ela. – eu disse começando a ficar bravo.

- Então, vá odiar ela vivo...

Em um piscar de olhos, ela havia sumido e eu estava sozinho naquela rua bucólica.

- Eu não quero morrer. – eu disse gritando enquanto tentava localizar a moça de olhos estupidamente azuis.

E então, surpreendentemente, Mimas, a coruja de Draco apareceu, voando na minha direção e chocando seu corpo contra o meu, formando um abraço com suas asas e me englobando no escuro.

Senti meu peito arder horrivelmente enquanto respirava dolorosamente. Uma luz forte me puxou e eu senti meu corpo cair sobre o chão.

Passado este choque horrível, abri levemente meus olhos, sentindo-me confuso e desorientado.

Será que eu vim para o céu?

Ou eu vim para o Inferno?

Engoli saliva e abri meus olhos por completo.

Fred Weasley está morto.

Esse pensamento me soava estranho.


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Notas finais do capítulo

NÃO ME MATEM!
o capítulo vai ter uma parte 3, e vocês vão descobrir se me deu a louca e eu simplesmente resolvi matar o Fredoca...
Afinal, quem garante que eu não vou transformar isso aqui em uma Dramione?
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MUAHAHAHA''// PAREI!
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Continuem lendo, e não percam o próximo capítulo.
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Por hoje é tudo pessoal ")
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malfeitofeito*