Escolhas - Fred e Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 38
Suicide I


Notas iniciais do capítulo

Jurosolenementeuqenãovoufazernadadebom
oi, desculpem pela demora, ando totalmente corrida.
decidi escrever esse capítulo em duas partes, espero que curtam.
ps: os caps de hj serão sem fotin :(



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TRINTA E OITO:

O outono chegou. Inconveniente e gelado como sempre.

Eu tenho passado pessimamente. Descobrimos que o orfanato em quem Voldemort crescera foi destruído, e em seu lugar, agora há um prédio comercial. A raiva que sinto é imensurável.

Falando em raiva, nunca mais tive noticias de Fred.

Ah, ao menos tenho uma boa notícia: a espada de Griffindor pode destruir Horcruxes.

Mas, obviamente, não a temos no momento.

De qualquer forma, ontem vimos Grampo, Gornope, Dino Thomas, Ted Tonks e Dirk Cresswell. Ficamos escutando sua conversa escondidos, e através dela, tomamos conhecimento do tal Potterwatch, um canal de rádio que é ativado através de uma senha que muda periodicamente.

Voltamos para nossa barraca em silêncio, enquanto Rony, Harry e eu tomávamos aquela sopa asquerosa que eu havia preparado de cogumelos não-venenosos.

Rony estava mais rabugento do que nunca, com o medalhão ao redor do pescoço, reclamava de tudo e todos.

Harry já estava se irritando e começando uma discussão com o ruivo.

Outra discussão.

- Rony, me dê o medalhão. – eu estendi a mão revirando os olhos.

- Cala a boca Hermione, não me enche! – Rony disse grosseiramente voltando a discutir com Harry.

Irritada, me levantei e marchei até o garoto teimoso, arrancando o cordão de seu pescoço.

Voltei a me sentar e enfiei mais uma colherada daquele líquido viscoso na boca.

- Desculpa gente. – Rony disse após alguns minutos de silêncio.

Revirei os olhos, o medalhão ao redor do meu pescoço já fazia efeito e eu começava a ficar com a familiar rabugisse.

- Tudo bem. – eu e Harry dissemos dando de ombros.

Eu enfiei mais sopa na boca, reprimindo assim um impulso de mandar tudo e todos para a Put...

- Hermione, ainda acho que devemos ir a Godric’s Hallow. – Harry interrompeu meu pensamente mal educado.

Levantei o meu olhar cansado e foquei no rosto do moreno sujo e descabelado.

- Pode ser. Resolvemos isso depois. – desconversei.

Desistindo de insistir no assunto, Harry deu de ombros e voltou a comer sua sopa em silêncio.

Um silêncio sepulcral se fez. Isto é, teria se feito, já que Rony insistia em cantarolar baixinho uma musiqueta que muito me lembrava a do Mário, daquele joguinho de play station trouxa.

Eu e Harry passamos a encarar o ruivo sem noção, eu particularmente louca para dar uns tapas nele.

Rony levantou o olhar e viu que Harry e eu o encarávamos.

- O que? – ele disse começando a ficar vermelho.

- Rony, você sabe ser inconveniente! – Harry disse revirando os olhos.

Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, senti meu bolso esquentar, e tirei dali a moeda de ouro, a qual eu sempre trazia comigo.

“FRED ESTÁ MORRENDO, POR MERLIN, VENHA PARA A BIBLIOTECA! - D.M.”

Estas poucas palavras me fizeram derrubar toda a sopa em cima de mim e quase desmaiar. Toda a raiva mortal que eu guardava pelo ruivo simplesmente se transformou em desespero.

- Hermione o que houve? – Harry me olhou assustado.

- Fred está mal, eu não sei, está com Draco, preciso ir vê-lo.

Antes que eu me levantasse, senti os dedos de Harry segurarem meu braço.

- Hermione, não! – ele disse sério. – Como você sabe que não é uma armadilha? É muito arriscado!

- Eu não me importo! – eu disse tentando sacudir meu braço de seu aperto.

- Hermione, Draco é um comensal! Como pode acreditar nele?  Seja sensata!

- HARRY POTTER ME LARGUE AGORA OU EU DECEPO SUA MÃO!

- PERCO MINHA MÃO, MAS NÃO PERCO MINHA AMIGA! – ele respondeu aos berros.

- CADÊ MINHA VARINHA? HARRY POTTER, ESTOU AVISANDO! ME SOLTE AGORA!

- NÃO CONFIO EM DRACO, E VOCÊ NÃO VAI A LUGAR NENHUM!

- HARRY! – a voz de Rony surgiu, calando-nos.

Olhamos para o ruivo que estava agora em pé.

- Deixe-a ir. – ele disse serenamente. – Ela sabe se virar, e se você não voltar em uma hora vamos atrás de você.  – ele dirigiu seu olhar para mim.

- Rony, isso é loucura e... – Harry começou a argumentar.

- Você cale a boca. – ele apontou para Harry. – sua mania de ser mãe coruja me irrita profundamente. – ele revirou os olhos. – Hermione, estou com a minha moeda, caso algo saia errado, me mande um ponto final, vamos imediatamente te buscar.

Respirei fundo e assenti com a cabeça, Harry finalmente soltando meu braço.

Olhei para os dois garotos e sorri-lhes tranquilizadoramente.

Girei nos calcanhares e senti ser puxada para dentro de mim enquanto rapidamente viajava agonizantemente rápido, com o coração quase saindo pela boca.

Rapidamente materializei o local ao meu redor, estava agora no meio da minha ex-sala, completamente iluminada e arrumada. Ver aquela sala era pior do que levar um chute no estômago.

E no meio da sala, sujando o chão de madeira com aquele líquido viscoso escuro (sangue) estava ele.

Fred estava completamente acabado. Tinha cortes pelo corpo e estava todo roxo, como se tivesse sido chutado por no mínimo umas 10 pessoas, sua canela esquerda estava completamente inchada, seu pulso estava estrunchado e seu rosto coberto com sangue. Ao seu lado, murmurando feitiços de cura, estava Draco. Também com sangue de Fred.

- Eu não sei o que fazer! Ele me disse sobre um livro de curas, mas eu não achei, e eu não sei feitiços de cura, Hermione socorro, ele desmaiou agora pouco e eu não sinto seu pulso! – ele falava desesperado enquanto murmurava algum feitiço sobre o peito do ruivo.

Olhei para seu pescoço embebido em sangue e vi um corte gigantesco ali, provavelmente havia acertado a jugular.

- Vulnera Sanentur! – eu disse me ajoelhando ao lado do ruivo sentindo um desespero crescente. – o que diabos houve?!

O sangue, por mágica, começou aos poucos a voltar para seu corpo.

- Ele estava sozinho no beco diagonal, eu e outros comensais o achamos, um comensal o segurou quando ele ia Desaparatar e minha tia Bella quase o matou. A perna não esta quebrada, mas o músculo está todo fodido. – Draco disse murmurando outros feitiços de cura.

- Tentou Epskey? – eu disse me concentrando em fechar aquele corte.

- Sim, mas não adianta... Acho que teremos que levá-lo ao hospital.

Diabos, por que eu não trouxera o Ditamno comigo?

- Procure panos limpos e água na cozinha, tudo que eu não preciso é que ele pegue uma infecção. – eu disse séria.

Assim que Draco saiu senti um soluço desprovido de lágrimas irromper.

Assim que Draco voltou, eu contive a angústia silenciosamente.

- Me passe um pano úmido. – eu disse me virando para o loiro – Olá, a propósito.

- Olá. – ele respondeu torcendo o pano.

Tirei sua blusa desajeitadamente e comecei a limpar seus ferimentos do peito tentando manter a respiração calma.

silenciosamente, resava, concentrando minhas atenções em manter aquele corpo vivo. concentrando-me em não deixar Fred morrer.

- Hermione... – Draco disse assustado arregalando os olhos. – Hermione ele não está respirando! – ele colocou a mão em frente ao nariz do ruivo.

Todo o sangue se esvaiu do meu corpo e eu senti minha garganta ser estrangulada.

Empurrei Draco para longe e apoiei meu rosto sobre o rosto do ruivo, e de fato, não sentindo sua respiração. Coloquei meus dedos em seu pescoço, o batimento era quase inexistente.

- Hermione! O que eu faço? – Draco perguntou desesperado.

- Me dê o abajur! – eu disse ajeitado o corpo do ruivo e rasgando sua camisa em uma tira.

- O abajur?

- VAI DRACO! NÃO O TIRE DA TOMADA! – eu berrei desesperada.

Draco, confuso, mas determinado, buscou o abajur e colocou ao meu lado. Abi a boca do ruivo e coloquei a tira de pano entre seus dentes.

Desmontei o abajur em segundos e de modo nada gentil, tirando os fios e deixando suas pontas expostas.

- Hermione?

- Sai Draco. – eu disse aproximando os fios desencapados de perto dele.

- Hermione, você não pode fazer isso! – ele segurou meu pulso.

- ME SOLTA! – ele permaneceu irredutível – DRACO MALFOY, EU NUNCA MAIS OLHO NA SUA CARA SE ELE MORRER!

Hesitante, o loiro soltou meu pulso, Fred a essa altura já estava gélido e sem pulso. Sem hesitar encostei as duas pontas no peito do rapaz, fazendo com que ele pulasse com a descarga elétrica.

Contudo sua respiração ainda era inexistente.

- Fred seu desgraçado, não morre! – eu agora começava a chorar.

Tampei-lhe o nariz e aproximei minha boca, tentando colocar ar em seus pulmões.

Não funcionou.

Dei mais três descargas elétricas nele, praticamente torrando sua pele nua.

 Não funcionou.

Fiz mais feitiços.

Não funcionou.

Eu chorava agora desesperada. Como eu pude deixá-lo morrer?

- Hermione, acabou. – Draco disse tentando me fazer parar.

- Acabou é o inferno! Eu vou salvar esse desgraçado só para poder matá-lo de novo!

Eu cruzei os dedos e comecei a pressionar o peito do rapaz, jogando meu corpo sobre ele e tentando fazer desesperadoramente com seu coração voltasse a bater.

Peguei os fios novamente e aproximei da pele já em carne viva do ruivo inerte.

- MIONE CHEGA! – Draco tentou segurar meu pulso.

Em um último ato desesperado, empurrei Draco com o ombro, arremessando o loiro desprevenido até que ele batesse suas costas no sofá. Praticamente cravei os fios em seu peito e logo em seguida dei-lhe uma pancada no peito.

As lágrimas caiam agora em abundância, e a cada soco que eu dava no peito do rapaz, eu desejava com todas as minhas forças, trocar de lugar com ele.

Eu não podia perdê-lo assim.

Não sem antes dizer para ele o quão idiota ele fora.


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Notas finais do capítulo

Como eu demorei séculos para postar, vou postar mais unzinho ainda hoje,
Aguardem ;)
Malfeitofeito