Escolhas - Fred e Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 33
Obliviate.


Notas iniciais do capítulo

*Jurosolenementequenãovoufazernadadebom*
Oi amoreeees... Fiz bem meloso, do jeitinho que vocês gostam ^^
Enjoy



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TRINTA E TRÊS:

 As duas semanas se passaram voando. Draco partiu, mas antes me fez prometer entregar uma carta que ele escrevera a Luna.

Fred tem me escrito todos os dias, e todas as noites ele me dá boa noite através da moeda.

Briguei com meus pais. Não tem jeito, eles não entendem o que eu tenho que fazer, e eles não me deixam outra escolha senão o que vou fazer agora.

Fechei os olhos e senti mais uma vez o ar fresco do meu quarto inundar meus pulmões aproveitando também o aroma familiar de canela que meu quarto tinha.

Eu já havia despachado Bichento para a casa dos Weasley, minha mochila estava pronta e eu podia sentir facas de culpa e remorso sendo cravadas em meu peito.

Era o melhor a se fazer. Era o melhor para eles. É o certo.

Levantei-me e andei até a porta, parando alguns momentos para poder observar meu quarto, afinal, eu não sabia quando ou se voltaria a entrar ali outra vez. Peguei um velho porta retrato da minha família reunida e guardei em minha bolsa enquanto literalmente engolia o choro.

Dei as costas e desci as escadas, observando cada detalhe, gravando cada pedacinho, sentindo cada cheiro, e sentindo um enorme carinho pela casa em que eu crescera.

- Vem tomar café Hermione! – minha mãe gritou da cozinha.

Parei ao pé da escada, onde dali fiquei observando de longe meus pais tomarem seus cafés descontraidamente.

Aproveitando a distração deles andei silenciosamente até a cozinha, onde ambos ingênuos e alheios a meus pensamentos estavam de costas para mim.

Com as mãos trêmulas ergui a varinha.

Era necessário.

- Obliviate. – minha voz saiu fraca e rouca

Um translucido e opaco fio gasoso escorregaram por minha varinha até meus pais, fazendo com que ambos subitamente congelassem e desfocassem o olhar.

Implantei-lhes memórias falsas de que trabalhavam no Havaí. Fiz acreditarem que moravam em Sidney. Fiz acreditarem que deviam ficar lá, pois era o que desejavam. Fiz os acreditarem que não tinham filhos.

Eu apaguei-me da vida dos meus pais, e só eu sei como isso foi doloroso.

***

Finalmente havia chego a Toca, e para minha miséria Fred e Jorge estavam na loja. Fiquei ali, conversando com Ginny e Ron e ajudando Fleur a preparar uma poção para Gui.

No fim ele sequer virara lobisomem, contudo, me parece que seu gosto tenha mudado. Ele agora só comia carne mal passada quase crua e as cicatrizes em seu rosto eram horrendas.

Fleur, ao contrario do que todos achavam, não largou Gui, pelo contrário, apenas parecia mais apaixonada e carinhosa com o ruivo que ainda tinha uma costela quebrada e um pedaço faltando na perna.

Era fim de tarde quando eu e Gina ajudávamos a Senhora Weasley a preparar arroz de frango. Gina e Molly cantavam uma música que tocava no rádio. Eu apenas observava com estranheza aquela cena, pedindo a Hades que elas parassem que cantar o agudo da música.

CREC

- Oi todo mundo. – a voz de Fred chegou até mim mesclada com a de Jorge.

Eu larguei tudo que estava fazendo e corri para a sala.

Assim que avistei o ruivo praticamente corri até ele e me dependurei em seu pescoço estreitando meu corpo contra o dele. Ele retribuiu o meu abraço e inclinou o corpo para trás me levantando do chão.

- Por Merlin, foram só duas semanas. – Jorge bufou atrás de mim.

Eu e Fred o ignoramos. Eu mergulhei o rosto na curva do pescoço de Fred, sentindo meus pés voltar a tocar no chão. Ele levantou meu rosto de modo afobado e me tomou os lábios com um sorriso no rosto.

Eu senti aquela familiar sensação de não sentir o corão bater, e sim vibrar. Ao mesmo tempo, era como se tudo congelasse e perdesse a importância, a sensação palpável de não ter um coração no peito era impressionante. Não sei como descrever, se não, metaforicamente colocando meu coração em uma caixa e entregando-o a Fred.

Ele se afastou de mim e meu corpo protestou.

- Estava com saudades. – ele murmurou agora um pouco corado.

Apenas lhe dei mais um selinho.

Ele estava com terno e seus cabelos estavam arrumadamente bagunçados, sua gravata chamativa que não combinava com nada estava alinhada e elegante em seu pescoço.

Por um instante consegui esquecer meus pais e tudo que eu tinha deixado para trás

Ainda com os braços ao seu redor comecei a passar os dedos pelos seus cabelos e a olhar em seus olhos esverdeados, que me convidavam qualquer um a se perder neles pelo resto da vida.

E por um instante perguntei-me por que ele, o cara mais legal, mais bonito, mais engraçado, mais inteligente, tinha me escolhido. Justo eu. A desengonçada e estranha nada convencional. Eu era praticamente um dos garotos.

- Mãe, eu e a Mione vamos jantar na biblioteca! – Fred gritou, acordando-me de meus devaneios.

- Vamos? – eu cochichei.

Ele apenas sorriu de lado, e antes que obtivéssemos uma resposta, senti ser sugada para dentro de mim enquanto todo cenário ao meu redor mudava.

Assim que meus pés tocaram ao chão, senti novamente os lábios de Fred sobre os meus. Não tive tempo de sequer respirar, deixei que Fred me jogasse contra a cama macia do nosso quarto e passasse suas mãos pela minha cintura livremente, enquanto se mesclava delicadeza com pressa. Algo que só Fred era capaz de fazer.

Tamborilei os dedos pelo seu peito sentindo o ar entrar em meus pulmões enquanto Fred mordia meu pescoço. Seus dedos ágeis deslizaram pela minha barriga, com minha blusa entre eles, deslizando o tecido para longe da minha pele.

Eu deslizei o terno dele pelos seus braços fortes aproveitando cada contato de pele e cada troca de calor que era feita. Meu Jeans sumiu em um piscar de olhos enquanto ele tirava sua camisa de um modo extremamente sexy e fofo.

Impressiono-me em como estabeleço paradoxos quando estou com Fred.

Ele por um instante parou e me analisou.

- Que foi? – eu murmurei sentindo meu rosto ficar vermelho.

- Nada. – ele sacudiu a cabeça e voltou a jogar o peso de seu corpo contra o meu.

- Me conta. – eu sussurrei contra seu ouvido passando os dedos pelo seu rosto.

- É tão surreal. Parece que...

- Vamos acordar a qualquer momento em uma aula chata de História da Magia. – eu terminei a frase por ele.

- Jorge vai te processar se continuar a terminar minhas frases. Isso é função dele. Gêmeo e tal. – ele sorriu e me deu um selinho.

- Você tem medo? – eu murmurei brincando distraidamente com seus cabelos sedosos.

- Sim. – ele disse ajeitando uma mecha de cabelo que atravessava meu rosto. –Mas no fim vai dar tudo certo.

- Promete? – eu disse sorrindo, enquanto ele fechava seus olhos e encostava sua testa na minha.

- Prometo. – ele ainda de olhos fechados encostou os lábios nos meus.

O resto das roupas rapidamente foi parar no chão enquanto as carícias entre Fred e eu cresciam e tomavam proporções monstruosas.

Ele passava as mãos pelas minhas pernas e seu gemia sem pudor algum, arranhando seu peito e suas costas arrancando gemidos dele, que passava a mordiscar meus lábios e me provocar enquanto eu sentia a proximidade perigosa entre nossos quadris.

Não demorou nossos corpos já se moviam sincronizados e eu fechava os olhos sentindo a familiar onda de prazer percorrer meu corpo.

Eu me sentia aquecida, sentia o suor da pele dele se mesclar a minha, enquanto um beijo apaixonado surgia entre e nós e Fred invertia posições deixando que eu ficasse sobre ele e conduzisse a situação.

Não sei quanto tempo ficamos ali, brincando, até que finalmente deixei meu corpo cair sobre o dele. Eu apenas sentia como era engraçado o martelar do seu coração contra meu peito, formar uma sinfonia junto com nossas respirações alteradas e exaustas.

- Vai querer Miojo? – ele murmurou estreitando seus braços ao meu redor.

- Pode ser. – eu ergui o olhar até encontrar os olhos do ruivo.

- Vou lá preparar. – ele fez menção em se levantar.

Apertei meu abraço em sua cintura.

- Fica mais um pouquinho. – eu miei jogando meu peso sobre ele – estava com saudades.

Ele voltou a deitar com um sorriso nos braços.

A noite já havia caído e uma brisa fresca passava pelo quarto enquanto o manto estrelado brilhava lá fora.

Ele repousou sua mão na curva da minha cintura, brincando com os dedos por ali e fazendo com que eu me arrepiasse.

- Tenho uma surpresa para você. – ele disse me observando divertido.

- Fred Weasley. Por favor, me diga que você não empalhou seu tio-avô-sei-lá-o-que e colocou como adorno na sala.

Ele começou a rir.

- Não, mas é uma boa idéia. – ele disse em seu tom de voz brincalhão. – Sabe, Tio Greg gostava muito da minha família. E quando ele morreu, eu fiquei com algumas coisas bacanas que ninguém queria.

- Coleção de gatos? – arrisquei.

Ele riu mais ainda.

- Você vai ver.

Ele se levantou e andou até o armário, colocando apenas uma calça moletom. Ele parou em frente a cama e ficou me observado completamente nua.

- Fred! – censurei-o começando a sentir meu rosto queimar com o olhar dele.

- O que? – ele perguntou inocente. – Não tenho culpa se você é bonita.

Minhas veias estavam explodindo nesse momento de vergonha.

- Cala a boca. – eu disse vermelha botando um travesseiro sobre o corpo. – me passa uma camiseta.

- Você sabe ser uma estraga prazeres. – ele pescou uma camisa dele dentro do armário juntamente com um short de algodão curto que estava ali e voltou para a cama engatinhando colocando os braços ao meu redor.

- Essa blusa é sua. – eu revirei os olhos sentindo uma súbita vergonha com a proximidade dele.

- Você vai ficar linda nela.

Eu ri meio embaraçada.

- Você não tem jeito. – eu disse pegando a blusa social que ele tinha pegado e vestindo.

- Não sei por que ainda tem vergonha. – ele murmurou passando os dedos pela camisa e abotoando os botões de baixo para cima.

- Eu também não sei... É só que... Eu sou a Hermione, você é o Fred. Ainda me soa estranho. E eu sou meio esquisita, não sei ser sexy como a Angelina ou a Cameron.

Ele acabou de abotoar a camisa e beijou meu ombro levemente sorrindo.

- Não acho isso ruim, acho isso fofo. – ele murmurou. – você continuou sendo a Hermione, mesmo depois de tudo, você não mudou. Acho que me apaixonei por você por causa disso. – ele encostou os lábios nos meus. – amo seu jeito esquisito.

- Quer dizer, que não se importa de eu não usar calças coladas, ou de ter um corpo escultural, e passar horas me arrumando para ficar bonita.

Ele deu de ombros.

- Te amo do jeito que você é. Amo poder conversar com você sobre algo que não é marca de roupa ou fofocas idiotas.

A camisa azul social de Fred caia até metade da minha coxa, escondendo o short que eu usava, meu sorriso se alargava enquanto eu passava minhas pernas sobre Fred, de modo que eu ficasse em cima dele.

- Se bem que seria legal se você usasse roupas curtas e coladas. – ele disse sorrindo.

Passei a beijar seu pescoço deslizando os dedos pelo seu peito desnudo e forte enquanto ele tocava a lateral da minha perna completamente hipnotizado.

Ele se separou bruscamente de mim e sacudiu a cabeça como se quisesse colocar os pensamentos em ordem.

-Não começa... – ele murmurou com a voz rouca.

- Começar o que? – eu disse divertida beijando seu ombro e tendo plena consciência da proximidade de nossos quadris.

- Eu vou preparar a comida, e já venho te buscar. Me espere aqui. – ele disse ainda passeando com a mão pela minha coxa.

- Chato. – eu disse passando os lábios pelo seu peitoral bem definido.

CREC.

Fred sumiu fazendo com que eu caísse de bruços na cama.

Fiquei brincando com os lençóis, e me distraindo com a paisagem. Tomei o Atocium e voltei a encarar o teto entediada.

CREC.

Fred reapareceu na porta do quarto, segurando uma bandeja com dois pratos fumegantes. Sem troca de palavras ele se sentou na cama, e nós apreciamos sua obra culinária.

- Acho que só não consigo preparar um Miojo direito. – Fred torceu o nariz.

- Está ótimo. – eu disse engolindo a comida.

- Não cozinhou direito. Desisto da cozinha. – ele se deu por vencido.

Apenas dei risada. Acabamos de comer e Fred levou as coisas até a cozinha, voltando logo depois.

- Pronta para a surpresa? – ele abriu seu sorriso maravilhoso.

- Olha lá hein Fred. – eu me levantei da cama e andei até ele.

Ele colocou as mãos em meus olhos e foi me guiando escadas a baixo. Seu corpo sempre próximo o meu e eu sentindo o calor de seu peito nu chegar a minha pele através da fina camisa.

Ele parou bruscamente e beijou delicadamente meu pescoço.

- Pronta?

- Acho que sim.

Suas mãos penderam e eu pude observar a sala. Deixei uma exclamação escapar entre os lábios assim que vi como esta estava.

As estantes antes vazias estavam abarrotadas de livros e a sala havia sido arrumada de um jeito lindo.

- Meu tio-avô gostava de livros. Minha mãe não se importou de eu ficar com eles. – ele deu de ombros.

Eu ainda abismada passei as mãos pelos moveis e passei a acariciar os livros. Diversos autores famosos estavam na estante, inclusive os meus prediletos.

- Você vai me acostumar mal. – eu disse encostando-me ao sofá.

Fred andou até mim e enlaçou minha cintura.

- É o meu objetivo. – ele sorriu daquele seu jeito encantador enquanto eu passava os dedos entre os fios ruivos do garoto.

Ele também me mostrou a cozinha, que ele havia pintado de azul e a deixado extremamente parecida com a cozinha do seriado F.R.I.E.N.D.S.

- Está tudo perfeito. – eu suspirei. – você é perfeito.

- E não é tudo. – ele se separou de mim e correu empolgado até o outro lado da sala, revelando um aparelho de som meio antigo.

Ele mexeu em algumas coisas e após um acenar de varinha o ar foi preenchido por “The Ballad of Mona Lisa” de uma banda trouxa que eu realmente gostava.

Fred com um sorriso largo andou até mim e fez uma elegante reverência. Segurei a borda da larga camisa e retribui-a.

Ele me enlaçou pela cintura e começamos a girar pela sala de um jeito atrapalhado e desengonçado.

Eu e ele cantávamos junto com a música e segurávamos microfones imaginários, fazendo passos ridículos e movimentos espalhafatosos.

As músicas foram tocando aleatoriamente enquanto Fred e eu aprofundávamos um beijo ensandecido, eu sentia tudo de ruim simplesmente se esvair do meu corpo.

Sequer chegamos ao quarto, ficamos por ali mesmo e inauguramos a sala.

Enquanto eu repousava meu corpo exausto e desprovido de roupas sobre o corpo do ruivo que estava sobre o sofá, eu sentia a respiração calma dele sobre a minha. Estava tão tranqüilo que me pareceu estar dormindo.

- Sabe o que eu senti falta nessas semanas? – ele murmurou com a voz baixa.

- Do que? – eu perguntei de olhos fechados sentindo Fred desenhar círculos em minhas costas com os dedos.

- Quando eu acordo no meio da noite e tento levantar, e ai você inconsciente, estreita os braços ao meu redor.

Eu sorri e ergui o olhar notando que ele tinha os olhos fechados. Apertei mais meus braços ao redor da minha cintura e sorri acomodando minha cabeça em seu ombro.

- Eu gosto quando você acha que eu estou dormindo e fica passando os dedos pelo meu rosto e mexendo no meu cabelo.

Silenciosamente ele passou as costas da mão pelo meu rosto rapidamente, passando a afagar meus cabelos, acariciando-os ritmadamente fazendo com que eu bocejasse e fechasse os olhos.

- Boa noite Hermione. – ele sussurrou em meus ouvidos.

Meu coração acelerou e eu não pude evitar sorrir. Não tinha me dado em conta do quanto era bom escutar ele dizer isso. Eu tinha sentido falta da voz dele assim tão perto de mim.

- Boa noite Fred. – murmurei soltando um suspiro involuntário.


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Notas finais do capítulo

*Malfeitofeito*
Espero que tenham gostado *u*
Por hoje é tudo pessoal ^^