Escolhas - Fred e Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 29
Before the storm comes the Calm


Notas iniciais do capítulo

*Jurosolenementequenãovoufazernadadebom*
HI EVERYONE!
Capítulo fresquinho e completamente tosco... ou não né...
eu tava meio sem criatividade...
Eu fiz enquanto escutava "Meu mundo ficaria completo" da minha Diva Cassia Eller e do meu gostoso Nando Reis *u*
Boa Leitura ^-^



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VINTE E NOVE:

- Viajou? – eu perguntei à Harry enquanto mexia em minha poção.

Era aula de poções, Harry fazia dupla comigo, já que Ron não desgrudava de Lilá. Fred acabou por fazer com Jorge, enquanto Lino fazia dupla com – acredite quem quiser – Draco, e Angelina fazia dupla com Cátia.

- Partiu ontem depois da Janta. – Harry confirmou enquanto adicionava serragem à poção. – Pedi ao Nick quase sem Cabeça que me avisasse quando ele chegasse.

- Para onde ele foi? – eu perguntei curiosa.

Tinha duas semanas que eu havia conversado com ele, o dia estava claro e o frio do inverno começava a ceder às exigências da primavera.

Harry lançou-me um olhar do tipo de quem diz: “Como se ele fosse me falar para onde viaja”

- Hermione Linda! – Lino berrou fazendo-me saltar de susto.

- Ah criatura sombria! – eu disse colocando a mão no peito. – o que você quer, demônio?

- Sabe, hoje nós retomamos as aulas de esportes. – ele disse sorridente.

Eu ia me desesperar quando algo me fez sorrir. Sorrir maleficamente.

- Hermione, que “sorriso Weasley” é esse aí na sua cara? – Lino disse diminuindo seu sorriso.

- Linux, meu amor, sabe que mês começa hoje? – eu disse amavelmente.

- Junho. – ele me olhou sem entender. – e daí?

- E daí, que hoje começamos natação! – eu disse empolgada rindo.

- Ah não... – Lino murmurou derrotado fazendo uma careta.

- Ah sim! – eu disse rindo.

- Lino, o certo não era você estar rindo e a Mione quase chorando? – Jorge apareceu do meu lado.

- Perdeu o jeito é Lininho? – Fred completou a provocação.

Ele passou a mão na minha cintura.

- Vocês já acabaram a poção? – Lino murmurou irritado, querendo se livrar dos gêmeos.

- Oh, sim. Não se preocupe temos todo o tempo do mundo para lhe encher o saco. – Jorge riu.

***

- Vocês irão nadar até a bóia, descansar 30 segundos, e voltar. Vão repetir a série três vezes. – o professor Gerard Shöfer falava com sua voz excessivamente grossa e seu ar durão e malvado.

Todos já estavam na água gelada, e uma plataforma na parte funda havia sido preparada pelos professores para as aulas de natação, que seriam com 6º e 7º anos da Grifinória e Sonserina.

Os garotos tinham se recusado a usar sunga então todos – sem exceção – usavam bermudas pretas que tiveram que ser improvisadas pelo professor.

As garotas usam maios também pretos, a única diferença era que havia costurado sobre o peito o brasão da casa que cada uma pertencia.

Eu estava no momento rindo de Lino que não conseguia ajustar seus óculos, e Fred que tentava sem sucesso ajudar o amigo.

O apito soou e eu lancei-me contra a água, dando longas braçadas e alternando minha visão entre o fundo do lago negro e Angelina que nadava ao meu lado.

O fundo do lago logo desapareceu e eu tinha a sensação de estar sonha no vazio, flutuando, o frio da água encarnava em minha pele deixando uma ardência confortável e a lufada de ar que me enchia os pulmões impulsionava-me para voltar a observar o lago e sentir como se a única coisa que importasse na vida fosse o frio da água que me envolvia.

Cheguei à bóia. Eu havia nadado 100 metros sem parar. Nada mal para uma trouxa que não entrava na água há meses. A última vez que nadei fora aos meus 15 anos, quando fui para a praia com meus pais, e fomos passear de barco.

Eu estava em péssima forma, e os meus 30 segundos de descanso foi um pouco prolongado.

Angelina chegou depois de mim. Harry logo em seguida. Fred e Jorge chegaram praticamente juntos. Muito depois chegaram Ron e Lilá, ambos quase morrendo. Lino? Digamos que na metade cominha ele parou e começou a dizer que não agüentava e que ia morrer. Resultado? Draco, que estava um pouco mais a frente, teve que voltar a trazer Lino arrastado consigo.

- Esse cara... Quer... Nos matar... Só pode. – Lino dizia ofegante.

Eu ria escandalosamente.

Mergulhei na água e nadei até Lino, puxei seu pé para baixo da água e logo em seguida voltei à superfície, onde um Lino apavorado nadava para longe.

Todos riam.

- Quem quer matar aula? – Jorge disse nadando até nós.

Um murmúrio coletivo de afirmação irrompeu no local, e quando dei por mim, Fred já estava ao meu lado, puxando-me pela cintura rumo a outra parte do lago.

Fred, Jorge, Lino, Draco, Angelina, Rony, Lilá, Blaise, Harry, Cátia e eu nadamos até depois das pedras, ponto cego da posição em que o professor estava e deitamo-nos sobre uma rocha morna para secarmo-nos sob o sol.

Fui a primeira a sair da água, deitando-me sobre uma rocha um pouco mais alta, mantendo os pés para fora, uns dois metros sobre o lago e aproveitando o sol que fazia sem a presença do vento. Estava perfeito.

Fred foi o último a sair da água, e veio engatinhando até onde eu estava, jogando seu corpo molhado sobre o meu que já estava quase seco.

Seus ruivos cabelos gotejavam sobre mim, seu corpo frio e molhado roubava o calor da minha pele enquanto seus olhos queimavam-me por dentro. Um frêmito incontrolável percorreu meu corpo ao sentir o peso de seu corpo pressionar-se contra o meu.

Enrosquei meus dedos em seus cabelos sentindo a água passar por eles e descer pelo meu braço eriçando-me a pele e me fazendo sorrir.

- Sabe, a Hermione que eu conheci, nunca mataria aula. – ele sorriu e logo em seguida mordiscou meu queixo.

- Acontece que certo ruivo matou essa Hermione. – passei minhas unhas pela pele do seu pescoço de um jeito que o fazia se arrepiar.

- E esse ruivo sou eu? – ele perguntou em tom inocente.

Mordisquei seu pescoço.

- Seja quem for esse ruivo, ele criou um monstro. –Fred murmurou fechando os olhos e permitindo um calafrio percorrer seu corpo.

Todos os casais ali presentes seguiam meu exemplo e o de Fred, o que fazia com que Harry, Blaise e Draco segurassem não uma vela, mas sim um candelabro.

- É isso que dá namorar garota mais nova. – ouvi Harry bufando.

- E eu que gosto de uma que nem sequer é da minha casa? – Draco rebateu.

- Cala a boca, pelo menos vocês têm namorada! – Blaise disse irritado. – e como assim ‘nem é da minha casa’? Conte-me essa história Draco Malfoy.

Acabei por desviar a atenção da desculpa que Draco daria ao notar que braços fortes envolviam meu corpo erguendo-o no ar.

- FRED WEASLEY! – eu gritei surpresa – NEM PENSE NISSO!

Ouvi Lino e Jorge assobiarem em incentivo enquanto os demais riam de uma Hermione apavorada.

Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, Fred havia se lançado no ar comigo nos braços.

Senti meu corpo cair livremente junto ao dele por alguns segundos e logo em seguida ser englobada pela água.

Sob a água fria do grande lago abri os olhos e vi Fred soltando o ar do pulmão em várias bolhas e sorrindo para mim com seus olhos abertos e essencialmente amêndoas, quase ficando cor de mel. Não estavam muito verdes esta tarde.

Ele nadou até mim e roubou-me um beijo.

Senti nossas línguas travarem uma engraçada luta que era atrapalhada pela água que entrava em nossas bocas, minha pele perdia calor rapidamente para o lago enquanto a gravidade não me afetava. Eu e Fred flutuávamos em meio à água e eu sentia como se o lago me acolhesse e me alojasse contra Fred, aproximando nossos corpos e tornando aquele momento inebriante.

Por fim, chegou o momento em que o ar se tornava essencial, então nos separamos e subimos a superfície onde fomos bobamente aplaudidos pelos palhaços dos nossos amigos.

Logo depois Jorge, Rony e Lino nos imitaram, arremessando-se no lago com Angelina, Lilá e Cátia.

Harry, Draco e Blaise apenas riam deitados nas pedras quentes e esquentando-se sobre o sol.

Eles pareciam três gordos lagartos.

Eu movia meus membros para manter-me flutuando quando senti Fred me puxar pela mão até uma pedra que imergia na água. Era pequena e só tinha espaço para que uma pessoa se sentasse. Ele usou a pedra como se fosse uma poltrona e me acomodou para que eu ficasse entre suas pernas com as costas apoiadas em seu peito, observando os casais na água enquanto Harry conversava tranquilamente com dois sonserinos.

Eu queria que esse momento durasse para sempre.

E como eu me sentia triste por saber que não duraria, e que um dia, isso seria uma remota lembrança de um dia ensolarado que passei com meus amigos.

Quem sabe eu voltaria a lembrar desse dia no dia em que eu souber que um deles morreu.

Quem sabe eu voltaria a lembrar desse dia, segundos antes da minha morte.

Quem sabe?

- Hermione, você está bem? – uma voz preocupada soou em meus ouvidos.

Quem sabe eu voltasse a lembrar desse dia, no dia em que Fred morresse por causa dessa guerra estúpida.

- Você está chorando? – ele inclinou seu corpo para poder ver meu rosto.

- Não. – tentei sorrir e cobrir o rosto com meu cabelo molhado.

- Você prometeu que confiaria em mim. – ele disse afastando o cabelo de meu rosto. – O que houve?

- E se eu te perder? – eu ainda segurava as lágrimas, contudo minha voz saia embargada. – e se no meio dessa guerra você for morto?

- Eu estou aqui não estou? – ele murmurou beijando minha bochecha e acariciando meu rosto. – Sempre vou estar.

- Fred, eu sou um alvo, todos sabem que eu pertenço ao “Trio de Ouro”. Você está em perigo perto de mim. – senti uma maldita lágrima me escapar. – Não posso ir morar com você na casa dos sonhos, ter uma vida dos sonhos, ter filhos, um emprego normal e criar uma rotina em que sairemos todos os sábados para ir ao cinema. Você sabe que eu não posso.

- Não agora, mas um dia, isso vai acabar e nós vamos poder criar essa rotina de ir ao cinema todo sábado. – ele escorregou o corpo para que pudesse me ver de frente.

- E se eu morrer? Fred, você não pode planejar o seu futuro com alguém como eu. Eu não tenho futuro. É muito provável que eu vá morrer antes de sequer poder ter um filho, ou me casar, ou ver meus pais envelhecerem. – eu me recusava a chorar, mesmo que por dentro eu pudesse sentir o gosto de sangue. – você devia procurar alguém que possa escolher móveis com você, alguém que possa morar naquela casa com você pelo resto da vida, alguém que você possa construir uma família.

Eu fitava a água que cobria minhas pernas, com medo do que o ruivo iria falar. Minha respiração estava pesada e eu segurava o choro novamente impedindo as lágrimas de caírem.

Ouvi uma risada rápida escapar dos lábios do ruivo.

- Procurar alguém com quem eu possa ter futuro? – ele perguntou irônico. – como Cameron talvez?

Senti meu peito queimar e minha garganta contorcer-se em dor. Eu não conseguia falar. Sabe quando você tem a certeza de que se você falar, vai começar a chorar? Então.

Aquiesci com um rápido aceno de cabeça.

- E você acha que eu simplesmente me mudaria para a biblioteca com ela, me casaria, teríamos filhos e um belo futuro? – ele tinha a voz carregada de ironia.

- Poderia ser assim. – eu sussurrei.

- Eu prefiro tacar fogo naquela casa comigo dentro a fazer isso – ele disse em tom de indignação.

Eu engoli em seco e abaixei mais ainda o olhar.

- Eu nunca vou te deixar. Não me importa se é perigoso, ou se você tem medo, ou se o maníaco da machadinha vai me fatiar só por eu estar com você – Já mencionei que Fred é o único que consegue me arrancar sorrisos em situações como esta? Pois é - no fim tudo vai dar certo.

Eu engoli em seco e senti meu fraco sorriso sumir.

- No fim eu posso estar morta – eu disse encarando o ruivo e sentindo meus olhos arderem. Eu não derramara nenhuma lágrima. – e eu não quero isso pra você! Você pode ter uma vida longa!

- Do que me serve uma vida longa sem você do meu lado? – ele aumentou o tom de voz.

Eu olhei seus olhos furiosos e senti como se eles me queimassem.

- Eu te amo. Não me importa o futuro, eu só quero você comigo. E você não vai morrer, por que eu vou estar lá para te proteger. – ele abriu um sorriso tranqüilizador. – eu acho que um maníaco da machadinha qualquer não é páreo para mim.

- Mesmo que nós não possamos ser um casal feliz e convencional? – eu murmurei.

Ele me abraçou e aproximou seu corpo contra o meu.

- É ai que você se engana. Não seremos convencionais, mas seremos o casal mais feliz do mundo. – ele encostou sua bochecha contra a minha e eu pude sentir sua pele quente me queimar. – e de qualquer forma, eu nunca gostei de rotina.

Ele me tomou os lábios e conseguiu desfazer o nó em meu peito. Senti suas mãos estreitarem minha cintura enquanto eu girava o corpo para pode abraçar o ruivo e passar os dedos entre seus cabelos molhados.

Eu ainda achava que ele estaria mais seguro longe de mim, mas tê-lo ao meu lado era a única coisa que eu precisava no momento. Sentia como se meu coração estivesse nas mãos dele, fora do meu peito e não pertencesse mais a mim.

***

Voltávamos para o castelo correndo, afinal, já passava das 18:00 e se nos pegassem fora do castelo estaríamos encrencados.

Assim que conseguimos nos esgueirar por Filch, corremos para tomarmos banho e vestir roupas secas já que a noite não estava muito quente.

- Mione, posso conversar com você? – Draco disse antes que eu sumisse pelo retrato da mulher gorda.

Dei um passo par trás, e mesmo tremendo de frio, segui Draco até uma sala vazia naquele corredor. Assim que fechei a porta da sala senti os braços do loiro me envolverem.

Era um abraço meio desesperado.

- Você sabe que eu te amo, né? – ele perguntou contra meus cabelos.

Retribui o abraço não entendendo direito a situação.

- Sim. Aconteceu alguma coisa? –eu afaguei seus cabelos ainda úmidos.

- Por favor, prometa que não vai ficar brava comigo. Eu não tenho escolha. –ele estava realmente desesperado.

- Draco. – eu me afastei dele para encarar seus orbes azuis acinzentados. – eu te amo. Não importa o que, eu sempre vou estar aqui por você. É uma promessa. – eu beijei-lhe o rosto rapidamente.

- Mas o que vou fazer é muito ruim.

Eu senti uma pontada no peito e tentei imaginar o que seria tão ruim.

- Para sempre, eu vou estar aqui.

Abracei-o e apenas permiti que chorasse em meu ombro, enquanto a sensação de despedida se apoderava de mim.

A realidade se aproximava. E cada vez mais eu sabia que ela não era nada bonita.

***

- Fred, aonde nós vamos? – eu perguntei com os olhos vendados enquanto sentia o ruivo me conduzir pelos corredores do castelo.

Paramos de repente. Já era tarde e eu estava com medo de ser pega fora da cama. Eu havia acabado de sair do banho e sentia o vento bater em meus cabelos molhados.

Um barulho ecoou em minha frente e eu soube que estávamos na frente da sala precisa.

O ranger de portas ecoou e senti o ruivo me puxar para o cômodo. A porta se fechou atrás de mim e eu fiquei alguns instantes no silêncio e na mais completa escuridão.

Meu peito martelava e eu não escutava Fred em lugar algum.

Senti gélidos dedos acariciarem meu rosto e sorri ao sentir seu toque. O cheiro de almíscar que chegava sutilmente até mim era algo que conseguia diluir minhas preocupações e meus medos.

- Posso tirar essa venda? – eu disse rindo.

- Calma... – ouvi um barulho estranho seguido por sons de algo caindo. – Pode.

Passei a mão pela venda tirando-a e ansiosamente analisando o que Fred havia pedido à sala precisa.

A luz era baixa e alaranjada, tinham algumas almofadas pelo chão que era feito com um fofo carpete preto que era tão macio quanto o pelo do bichento. Uma mesa simples e baixa estava em minha frente, era de madeira com a tampa de vidro, a luz da sala era proveniente de alguns lampiões enfeitiçados que davam um ar aconchegante. Sentei-me em uma grande almofada roxa com detalhes em preto e observei o ruivo sentado sobre a mesa com suas pernas cruzadas segurando um violão de madeira escura.

Ele sorria para mim e seus olhos amêndoa penetravam os meus.

Ele começou a dedilhar o violão e formar uma melodia alegre que eu nunca tinha escutado.

- Falar não deu muito certo então... – ele sorriu.

Fiquei curiosa para saber qual era a música que Fred dedicaria para mim.

Não é porque eu sujei a roupa bem agora que eu já estava saindo.
Nem mesmo porque eu peguei o maior trânsito e acabei perdendo o cinema.

Fred revirava os olhos cantando divertido.


Não é porque eu não acho o papel onde anotei o telefone que eu to precisando.
Nem mesmo o dedo que eu cortei abrindo a lata e ainda continua sangrando.
Não é porque eu fui mal na prova de geometria e periga d'eu repetir de ano.
Nem mesmo o meu carro que parou de madrugada só por falta de gasolina.
                             Não é porque tá muito frio,
Não é porque tá muito calor. 

Comecei a rir, Fred me analisava sorrindo e cantando para mim. Não era uma música melosa, dessas trilhas sonoras de romances melosos ou algo sofisticado e lindo do tipo Titanic.

Era uma música divertida, arriscando ser engraçada. Mas era verdadeira.

 Era uma música romântica nada convencional, para um casal não convencional.

Era simples e genial.

O problema é que eu te amo.
Não tenho dúvidas que com você daria certo.
Juntos faríamos tantos planos,
Com você o meu mundo ficaria completo.
Eu vejo nossos filhos brincando,
E depois cresceriam e nos dariam os netos.

Era uma música divertida, arriscando ser engraçada. Mas era verdadeira.

 Era uma música romântica nada convencional, para um casal não convencional.

Era simples e genial.

Não é porque eu sei que ela não virá que eu não vejo a porta já se abrindo.
E que eu não queira tê-la mesmo que não tenha a mínima lógica nesse raciocínio.
Não é que eu esteja procurando o infinito a sorte pra andar comigo.
Se a fé remove até montanhas o desejo é o que torna o irreal possível.
Não é por isso que eu não possa estar feliz, sorrindo e cantando.
Não é por isso que ela não possa estar feliz, sorrindo e cantando.
Não vou dizer que eu não ligo, 
Eu digo o que sinto e o que eu sou.

O problema é que eu te amo,
Não tenho dúvidas pois isso não é mais secreto.
Juntos morreríamos pois nos amamos e de nós o mundo ficaria deserto.
Eu vejo nossos filhos lembrando com seus filhos que já teriam seus netos.




Eu não estava chorando por muito pouco. Muito pouco mesmo. Quanto ao sorriso besta que rasgava meu rosto? Bem esse não sairia de meu rosto tão cedo.

- Entendeu agora que eu nunca vou te deixar? – ele disse colocando o violão de lado. – foi uma idéia simples...

- Simples e Genial.

Pelas barbas de Dumbledore, era como se meu coração não coubesse no peito, e este fosse estourar a qualquer momento.

- Você tem que parar de me fazer ficar apaixonada por você. – eu disse sorrindo.

Ele se levantou da mesa para se sentar ao lado.

- O que posso fazer? Não consigo controlar meu charme. – ele passou a mão pela minha cintura, inclinando seu corpo sobre o meu.

- Modéstia mandou lembranças... – eu disse rindo enquanto e deitava com as costas sobre as fofas almofadas. – e espero que a parte de “Não é porque eu fui mal na prova de geometria e periga d'eu repetir de ano” seja apenas um trecho da música.

- O professor não gosta de mim, o que eu posso fazer? – ele disse passando os lábios sobre o meu pescoço.

- O seu charme não funciona com ele? – eu disse rindo.

- Meu chame só funciona com garotas. – ele mordeu-me levemente.

- Ah é? E você tem usado muito seu charme? – perguntei com tom enciumado.

- Com certeza.

- Bom saber... Vou me lembrar disso na próxima vez que eu encontrar com Córmaco.

- Não vai não, por que você me ama. – ele jogou o peso do seu corpo sobre o meu e fitou meus olhos longamente.

- Convencido. – eu disse rindo. – acho que você anda passando tempo demais com Draco.

- Tinha que mencionar a doninha? – Fred fez uma careta e revirou os olhos.

- Opa, o Sr. Convencido está com ciúmes da doninha? Bom saber.

- Ciúmes nada! – ele disse indignado.

Eu passei meus braços ao redor do seu pescoço e comecei a arranhar sua nuca enquanto sentia o cheiro dele chegar até mim junto o calor de seu corpo que me acariciava através de suas finas vestes.

- O nome disso é o que então? – eu perguntei sorrindo.

- Cuidar do que é meu, oras. – ele disse em tom de obviedade.

- Sei... – eu revirei os olhos.

- Já disse hoje que eu te amo? – ele murmurou passando os dedos pelo meu rosto.

Obvio que ele já havia dito, mas ouvi-lo dizer mais uma vez seria magnífico.

- Não lembro... – eu disse com um ar pensativo.

- Eu te amo.

- Eu te amo mais. – eu murmurei logo em seguida colei seus lábios aos meus.

- Não sei se isso é possível. – ele disse enquanto eu girava meu corpo para ficar sobre ele.

- Ah, você não tem idéia. – eu murmurei enquanto passava minhas mãos pelo seu corpo bem definido e voltava a tomar aqueles lábios donos do sorriso mais lindo do mundo.

[N/A: Aproveitem esse capítulo... Lembre-se que antes da tempestade sempre vem a calmaria... E os próximos capítulos não terão NADA de calmaria T-T]


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Notas finais do capítulo

Vou adiantar uma coisinha... Eu quase morri para escrever o próximo capítulo - esse mesmo que eu vou postar amanhã.
Olha, não sei como a J.K. conseguiu escrever tudo tão perfeitamente...
Foi a primeira vez que eu desejei não matar um personagem.
Aguardem com muitos lenços de papel...
Por hoje é só pessoal ^-^
*Malfeitofeito*