Escolhas - Fred e Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 25
Coffe.


Notas iniciais do capítulo

*Jurosolenementequenãovufazernadadebom*
Hi everyone!
Então, eu nem ia postar, mas o reviews foram tããão fofos que eu resolvi postar unzinho*u*
To aqui na casa da Desi linda, que tem uma conta aqui no nyah e escreve MUITO bem o/
essa semana vou estar cheia de provas, então nem vou poder postar, mas prometo qu semana que vem eu posto três seguidos pra compensar *,*



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VINTE CINCO:

- Ele comprou uma casa? – Gina praticamente berrou.

- Mais alto, Gina, o papa não te ouviu muito bem. – eu disse irônica, mas sem conseguir esconder o sorriso da cara.

- Me explica isso. Como assim?

Eu contei a história da casa para Gina, não tive coragem de contar à ruiva sobre meus atos venereis daquela manhã. O sol já estava quase se pondo e eu e Fred tínhamos acabado de chegar na Toca. Decidimos que passaríamos apenas a noite na minha biblioteca e evitaríamos catástrofes culinárias e do gênero por lá.

Merlin, eu gostaria de deixar bem claro, que se algum dia eu reclamei da minha vida, e desejei que um raio caísse em minha cabeça, essa vontade passou, e eu estou muito bem obrigada.

Lino e Jorge. Se eu não estivesse namorando o Fred eu seria capaz de dar um beijo em cada um deles. Fred me contou que eles prepararam as coisas pra mim. Eles limparam a casa.

Para os leitores que não entenderam eu vou ser mais clara: Lino Jordan e Jorge Weasley, preguiçosos de primeira classe, porcos jogadores de Quadribol, personificações da imagem desleixada masculina, limparam a casa.

- Hermione, tem só uma coisinha que eu queria confirmar contigo... – Gina usando diminutivos. Mau sinal.

Esgueirei-a com o olhar.

- Hm. – murmurei nasalmente.

- Eu fiquei muito bêbada, e eu não sei se sonhei ou se você realmente beijou a Cameron.

Me rosto mudou em tempo recorde de cor, senti como se despejassem um balde de água borbulhante em meu rosto.

Ela interpretou meu silêncio como consentimento sabiamente.

- Que nojo Hermione! – Gina berrou levando a mão à boca. – Que coisa mais estranha!

- Nojento não, estranho sim. Muito estranho. – eu disse tentando racionalizar. – e você não pode falar nada depois do chupão que você deu na Erica. – eu disse na defensiva.

Gina parou de fazer sons de desaprovação e me fitou seriamente com a boca crispada e com seu olhar preocupado.

- Você não lembrava! – eu disse começando a rir.

Quanto mais perplexa ela ficava mais em me dobrava de rir. Era a vez de Gina ter suas maças do rosto tomadas pelo tom escarlate lívido e se mexer inquieta enquanto tentava lembrar do que tinha feito.

Pena eu não ter uma câmera fotográfica.

CREC.

Fred havia aparecido no quarto e processava a cena bizarra onde Gina estava quase desfalecendo e eu caia da cama de tanto rir.

- Gina veio tirar sarro da minha cara por que eu beijei uma garota... – eu disse entre crises de riso. – e ela não se lembrava que tinha beijado a Erica! – eu voltei a gargalhar.

Agora eu sei como Lino se sente, e por que ele ama tanto me fazer ficar sem jeito. Isso é realmente engraçado.

- Vai a merda, Hermione! – ela disse abrindo um fraco sorriso.

- Hermione, eu pensei em nós já irmos. – Fred disse ainda sorrindo assim que minha crise de risos cessou.

- Já? – Gina disse em tom manhoso.

- Eu queria passar com a Mione na loja antes de irmos pra casa. – ele disse casa, e eu quase tive uma síncope cardíaca. Casa. Nossa casa. Minha biblioteca. Meu Fred. Eu realmente possuía algumas coisas bacanas.

- Fred, ela é minha melhor amiga! – a ruiva bufou possessiva.

- Ela é minha namorada. – Fred disse vitorioso.

- Nós chegamos amanhã pela manhã, e eu prometo que te dou mais atenção no cinema. – eu disse apaziguadoramente.

Gina separou os lábios para falar quando do nada uma coruja preta de orbes douradas adentrou o quarto com ar petulante.

- Ah não. – vi Fred revirar os olhos.

A ave preta era de Draco. Ela me focalizou e veio até mim, estendendo o pergaminho que estava cuidadosamente preso em sua perna.

A Ave analisou o quarto de Gina e observou o rosto das pessoas no quarto, parando finalmente em Fred. Ela soltou um forte pio, como se o reconhecesse e andou engraçadamente até o ruivo, que ao sentir a Ave se ouriçando perto dele afagou as negras e lustrosas penas.

- Ela te conhece da onde? – perguntei confusa.

- Ah... Você não vai querer saber. – Fred murmurou desviando o olhar.

Dei de ombros e analisei com amanho a caligrafia.

Hermione,

Feliz Natal, espero que a sua comemoração tenha sido mais proveitosa que a minha.

Falei com meus pais, e eles permitiram que eu passasse três dias na casa de Blásio. Questiono se o convite que você me fez está de pé... Se eu poderia passar três dias na sua casa.

Se não tiver como não tem problema, só sinto em dizer que nesse caso não poderei ir ao cinema dia 26 já que Blásio está passando o natal com os Pais na Irlanda.

Sei que passou o natal com os Weasley, mande meus votos à eles... E diga que eu peço desculpas por... Por tudo que eu já fiz até agora.

 

                                                                                                                                          Abraço, Draco.

- De quem é? – Gina quis saber.

- Draco. – eu disse mordendo o lábio.

Levantei meus olhos e analisei Fred. Estendi-lhe a carta que ele fisgou com seus longos dedos, e analisando rapidamente bufou.

- Ele pode ficar com a gente? – eu disse com um tom de voz incerto e pidão. – Eu sei que é pedir muito, mas...

Fred me olhou e tombou a cabeça, abrindo um largo sorriso.

- Ele pode ficar no tapetinho da varanda. – o ruivo disse sorrindo. – Só tenho que conversar com meus pais, e acho que você devia me ajudar nessa parte. Digamos que eu não sou a pessoa mais indicada para servir de promotor do Malfoy.

Descemos e falamos com os pais de Fred a respeito. Expliquei sobre o que Draco estava passando e mostrei a eles a carta do loiro. Senhor Weasley ficou dividido entre o rancor e a pena. Ele aceitou dar mais uma chance ao Draco. Senhora Weasley? Bem, tive a impressão que se ela pudesse, ela adotaria o Draco, tamanha a emoção, que o pedido indireto de desculpas por parte de Draco, tinha gerado nela.

Draco;

Meu natal foi excelente, um pouco conturbado, mal se não fosse não seria natal.

Fred comprou um chalé perto da Londres trouxa para nós, ele fez uma biblioteca para mim você acredita?

Estávamos pensando em passar o resto das férias dormindo lá na biblioteca e passando o dia na Toca, casa dos Weasley.

Conversei com eles a respeito e sua vinda está completamente ajeitada e será muito mais que bem vinda; a senhora Weasley está especialmente empolgada com a sua chegada. Ela amou seu pedido de desculpas na carta – eu meio que mostrei a sua carta para eles, espero que não se importe :X

Encontre-nos no beco diagonal, amanhã às 13:00,na frente das Gemialidades, te buscaremos e seguiremos para o cinema, rumando depois para casa onde você ficará comigo e com Fred.

Nem pense em desistir, ou eu juro que vou aí te buscar na sua casa!

Beijos, Mione.

- Mimas, leva a carta para Draco e tem permissão para matar qualquer um que tente pegar esse pergaminho. – eu disse voltando a amarrar a carta na pata da coruja.

- Mimas? – Fred disse fazendo com que eu me sobressaltasse.

Recuperando-me do susto girei meu corpo para encarar o ruivo que estava recostado na batente da porta, com os braços cruzados na frente da porta, eu por pura preguiça não ligara a luz, e a penumbra de fim de tarde adentrava o quarto. Ele abriu um sorriso e veio andando até mim, suas feições mascaradas pelo escuro.

- Não é a toa que essa coruja é problemática. – ele descruzou os braços para poder enlaçar seus braços em minha cintura. – Sem falar que isso é nome de poodle de madame, não de coruja.

- Nada a ver, Fred. Mimas é o nome de um Titã da mitologia grega que foi morto por Hércules.

- Primeiro: por que ele colocou o nome de um titã que foi morto para a coruja? Isso vai dar azar para coitada, colocasse o nome dela de Hércules então. E segundo: desde quando Malfoy sabe qualquer coisa sobre mitologia Trouxa?

- Acredite se quiser, Luna é uma pesquisadora árdua da mitologia trouxa e desde o ano passado conseguiu transmitir esse interesse para Draco. – eu sorri e dei-lhe um selinho.

- Linda história. – ele disse sinicamente – agora vamos, por que eu quero aproveitar minha última noite sem a doninha.

- Só vou me despedir. – eu disse rindo.

Ele se inclinou sobre mim e me beijou calmamente e sem pressa, explorando cada pedacinho da minha boca, assim como eu fazia com ele. O frio de dezembro tornava o contato com ele algo surreal, a respiração quente dele contra meu rosto, seus braços ao redor daminha cintura, sentir a textura sedosa dos seus cabelos entre meus dedos e o âmago de meu ser que necessitava dele, como um peixe fora da água que se debate ansiando pelo frescor úmido.

Parecia que era impossível eu o amar mais, mas a cada segundo que se passava eu me superava, sentindo se criar a dependência física e psíquica dele.

Lembro que costumava debochar das pessoas enamoradas, que julgavam impossível viver sem seu amante. Sempre achei que o discurso “Não vivo sem você” só se aplicava no caso de você namorar o oxigênio, mas agora que a tola apaixonada sou eu, vejo que o elo criado entre eu e Fred é algo que ultrapassa o físico.

Sem oxigênio, eu fico roxa e morro. Sem Fred, eu abato-me em vida, vejo minha alma apodrecer e nem ao menos tenho o reconforto da morte, eu fico morta por dentro e presa em meu corpo. “Não vivo sem você” é uma meia verdade, para tornar essa sentença verdadeira dever-se-ia dizer: “Eu não vivo sem você, eu sobrevivo”.

Sobreviver: respirar, comer, ser infeliz e saudável, manter uma alma destroçada em um corpo profícuo. Definhar em quanto se vive.

Pode ser apenas meus hormônios gritando, ou uma paixonite adolescente, mas eu sentia como se não pudesse mais viver sem aquele ruivo extraordinário.

Notei que meu cérebro começava a sofrer com a falta de oxigênio, e antes que eu tivesse um derrame ou conseqüências neurológicas posteriores, eu me afastei do ruivo em busca do oxigênio. Esse o qual eu não podia sequer sobreviver sem.

Ele sorriu na penumbra que se intensificava e beijou meu pescoço.

- Estou quase desistindo do beco diagonal e te levando direto pra casa. – ele sorriu.

- Você está corrompendo uma alma sabia? Eu vou pro inferno desse jeito! – disse afagando seus sedosos cabelos.

- Garanto-lhe que minhas intenções são ótimas. – ele disse ainda com os lábios roçando em meu pescoço.

- Aposto que sim, mas creio que elas podem esperar até a noite. – eu sorri e me afastei dele.

Dando-se por vencido Fred finalmente parou com as tentações... Ou quase todas, já que o simples fato dele estar ao meu lado já enchia minha mente de idéias. Poucas envolviam roupas no meio.

***

Despedimos-nos de todos e seguimos para o beco diagonal. Já era noite e eram poucas as lojas ainda abertas. Se fossem outros os tempos, vários bares e cafés estariam abertos, lojas e pub ainda borbulhariam de gente e o clima seria alegre e leve.

Infelizmente o clima era tenso, meia dúzia de gatos pingados se esgueirava pelas ruas do beco que um dia fora um lugar vivo, alegre e colorido. Senti um aperto no peito ao ver o lugar mais amado no mundo bruxo assim, largado à mercê e dominado pelos tons de cinza.

Fred passou na loja – o único lugar aberto àquela hora – e pagou os ordenados ao lojista magrela que cuidava da loja. O jovem que mais parecia uma espiga de milho desaparatou, Fred e eu fechamos a loja e eu o ajudei a organizar os estoques.

- Eu estava pensando... – disse enquanto alcançava uma caixa para Fred que se esticava em cima da escada para ajeitar uma caixa na última prateleira. – podíamos ir a um café dar uma volta. Fugir um pouco desse tom deprimente.

Fred pegou a caixa de minhas mãos e deu de ombros.

- Pode ser, mas não sei se vamos achar algum aberto há essa hora.

- Na verdade, pensei em irmos a um café trouxa que eu adoro. É aqui perto. No centro mesmo.

Fred guardou as escadas e sorriu.

- Por mim fechou. – ele segurou meus dedos.

Senti aquele revirar do avesso e ser engolida por escuridão. Antes que me incomodasse com a pressão no peito e a falta de ar lá estávamos nós, no meio da estalagem do Tom.

- Que susto! – uma bruxa baixinha de cabelos desleixados disse com cara de poucos amigos falou. – Sinto muito, mas estamos fechados! Voltem de onde vieram!– ela se recuperou do susto e voltou a passar a vassoura fétida no chão que se encontrava em situação semelhante.

- Nos perdoe, só queríamos usar a passagem para a parte Trouxa. – Fred disse abrindo um sorriso humilde.

A bruxa nos encarou, e antes que abrisse a boca para reclamar, deu um longo suspiro.

- Weasley, certo? – ela sorriu mostrando os dentes mal cuidados.

- Fred Weasley, Sim senhora.

- Se fosse qualquer outro casal, eu expulsaria à vassouradas. – ela disse com um tom de voz mais amigável. – Mas o trabalho que você e seu irmão fazem... É simplesmente inspirador, e eu agradeço por isso. – ela largou a vassoura e limpou as mãos no avental encardido que usava, andando até a porta de saída e destrancando as várias fechaduras.

Ela finalmente escancarou a porta e sorriu.

- Vamos! Saiam logo daqui, antes que meu bom humor passe! – ela disse escondendo um sorriso e retomando o tom rabugento.

- Muito obrigado senhora... – eu agradeci.

- Green. E sou senhorita. – ela mostrou novamente os dentes sujos.

- Milady, foi um prazer conhecê-la. – Fred beijou-lhe a mão em tom excessivamente galante. – Apareça na loja qualquer dia, eu ficarei feliz em revê-la. – Fred disse assim que saímos.

Ela voltou a fechar a porta com um sorriso brincando nos lábios da velha e suja mulher.

A Londres trouxa estava completamente pilhada. Eram recém 20h00min e os londrinos estavam apenas começando a noite. Luzes, propagandas, sons, pessoas e cores giravam diversificadas ao nosso redor.

Fred maravilhado com tudo aquilo, andava ao meu lado de modo tresloucado, se assustando com a quantidade de carros e se interessando pelos detalhes banais de uma vida trouxa.

Levei-o até o meu lugar predileto em Londres, um calmo prédio de dois andares, onde o saguão principal era uma ampla biblioteca e o mezanino tinha um café se luzes baixas com mesas, pufes para a leitura mais reservada e um jazz constante e agradável, o cheiro de café com canela do mezanino impregnava e tornava o lugar simplesmente perfeito.

Entramos na biblioteca, que estava apinhada de gente e subimos ao mezanino-café. Pegamos uma mesa perto do limite do mezanino, que nos permitia visualizar o andar inferior bem como deslumbrar a cidade britânica través do grande vitrine frontal.

- O que vão querer? – uma voz delicada me fez desviar a atenção da movimentação. – Senhorita Granger? – a moça me reconheceu

- Oi Lena. – eu sorri – como tem passado?

- Muito bem... Anda sumida, nunca mais apareceu.

- Escola anda complicada... – eu disse amável.

- Sim... O de sempre?

- Com chantili e canela. – eu sorri.

A garçonete morena de cabelos crespos presos em um rabo de cavalo fez suas anotações.

- E o senhor? – ela disse analisando Fred.

Lena era estudante de medicina, modelo iniciante e estupidamente linda. Seus cabelos cacheados caiam até metade das costas e seus olhos negros pareciam duas jabuticabas. Ela era a representação viva de Rita baiana. E ter ela secando Fred daquele jeito não era legal.

- O mesmo que ela. – Fred sorriu simpático como sempre.

Ele nem notou a bela moça tentando chamar sua atenção, sequer demonstrou estar ciente que uma mulher que nem aquela estava praticamente babando sobre ele. Ou então ele notou e fez pouco caso.

A moça se retirou e eu fiquei vislumbrando o rapaz de sardas que alheio observa os detalhes da decoração.

Nosso pedido veio rápido, Cappuccino com chocolate-pimenta-rosa, creme e canela, acompanhada do melhor pão de queijo da Europa.

- O que tem aqui dentro? Isso é muito bom. – o ruivo disse dando um gole de sua alva xícara de porcelana.

Apenas ri do modo que ele degustava seu lanche. Acabamos de comer, Fred foi ver a biblioteca enquanto eu ia pagar a conta.

- Onde você achou ele? Ele é um Deus! – Lena disse aos cochichos enquanto pegava o troco.

- Em uma escola de magia. – eu disse aceitando o troco.

Ela riu, e eu ri mais ainda pelo fato de estar falando a verdade, enquanto ela interpreta como sarcasmo. Senti-me como Jack Sparow.

- Bom, me avisa quando começar as matrículas nesse tal colégio. – ela riu-se mais ainda, mostrando os lindos e alvos dentes.

Apenas pisquei marotamente em resposta e desci as as escadas para procurar Fred. Achei-o na sessão de física, analisando cuidadosamente um livro sobre energia. Sorri e pousei minha mão em seu ombro, fazendo que este se sobressaltasse.

- Que tal comprarmos alguns livros para a nossa biblioteca? – eu enlacei sua cintura.

- Você vai gastar muito e...

- Fredoca, você comprou uma casa! Nem pense em discutir isso comigo. – eu finalizei o assunto.

Ele apenas deu de ombros e depositou um selinho demorado em meus lábios.

Desde o quarto ano, trabalho nas férias como ajudante um uma livraria de uma amiga da minha mãe. Guardei todos os meus salários, juntamente com uma quantia considerável que ganhei de aniversário de 15 anos no lugar de uma festa ou vigem para Disney. Digamos que em questão de dinheiro trouxa, para uma garota de 17 anos que não tem que se preocupar com nada – economicamente falando, óbvio – dinheiro não é um problema.

Compramos um guia de física quântica, um livro sobre energia, um livro sobre a cronologia da Arte trouxa, um livro de medicina trouxa, compramos O Cortiço, compramos Entrevista com Vampiro, Drácula de Bram Stoker, alguns volumes de Ágata Christie, Anjos e demônios, O Símbolo Perdido, O pequeno príncipe, O Iluminado e um livro de culinária para iniciantes.  

Depois passamos em uma casa de construções e compramos tinta para casa, um saco de dormir para Draco e lâmpadas para a velha casa.

- Namoradas normais me fariam carregar sacolas de roupas e sapatos, você me faz carregar livros e tinta. – ele dizia carregando a pesada caixa de livros e a tinta azul anil.

- Gosto de ser original. – respondi sorrindo.

Andei com ele até um beco escuro e mundano das ruas de Londres, ele entregou-me a caixa – que estava realmente pesada – e desaparatamos dali.

Quase estrunchei com o peso da caixa, mas apenas fiquei levemente dolorida. Entramos na sala e descarregamos as caixas e tiramos a tinta.

- Vamos primeiro pintar, depois secamos com feitiços, e depois poderemos acomodar os livros. – eu disse abrindo a tinta. – e amanhã, vamos começar a mobiliar a casa. – eu disse sorrindo.

A casa tinha vários moveis antigos e de qualidade, mas ainda faltavam algumas coisas.

- E mais a noitinha acho que você deveria se tornar ministra. – ele disse andando até mim e me dando um beijo daqueles de tirar o fôlego.

- Fred... – eu disse me afastando. – não acha que estamos indo meio rápido? – eu me passando meus dedos pelos seus cabelos.

Ele suspirou longamente e me beijou novamente, dessa vez calma e lentamente.

- Eu, quando comprei essa casa, me perguntei exatamente a mesma coisa. Só que eu me dei em conta, que por mais louco que tudo isso pareça, eu tenho a certeza que eu te amo, de jeito que vai ser pra sempre. Quando eu me apaixonei das outras vezes, eu nunca, tinha sentido nada como isso antes, pode parecer ridículo, mas eu não vivo sem você. – ele levantou os olhos amêndoa até encontrar meu olhar sorridente. – eu mal posso esperar para passar o resto da minha vida com você.

Esse é o momento em que a mocinha responde algo igualmente romântico, os dois se beijam e vão fazer sexo.

Infelizmente meu romantismo é raro e aparece em rompantes involuntários, contudo na maioria das vezes eu sou eu e ajo de forma babaca e nada feminina.

- Nesse caso, vou começar a procurar móveis. – eu sorri. – Eu te amo. – resumi tudo que se passava em mim nestas três palavras.

- Vamos pintar? – ele disse me dando um selinho estalado e indo ruma às tintas.

- Vamos pintar. – respondi animada indo buscar o material.

Abrimos as tintas e passamos algumas horas pintando a sala. Fred tirou a blusa e os sapatos ficando apenas com uma calça moletom para pintar a sala; eu fiquei apenas com uma larga camiseta de dormir e calcinha.

Não demorou muito para as provocações começarem e não menos 30% da tinta acabar sendo usada para finalidades armamentistas na guerra que eu e Fred fizemos.

Perdi a guerra.

 Eu estava ganhando, apenas com a coxa direita pincelada enquanto Fred teve o queixo, o peito e o pé esquerdo pintado, mas aí ele me segurou e passou pela metade esquerda do meu rosto, minha panturrilha esquerda foi atingida enquanto eu tentava fugir e depois Fred acabou por me seduzir, tirar minha blusa para covardemente pintar toda minha barriga e peitoral.

Acabamos de pintar a sala, e mesmo em meio à guerra tinha ficado ótimo.

Comemos miojo com coca-cola. Nada romântico, mas delicioso.

Fred se levantou e começou a lavar louça. Fiquei alguns segundos analisando suas costas perfeitas, de ombros largos, com alguns sinais na pele. Andei até ele e abracei-o por trás, espalmando minhas mãos em seus ombros. Beijei-lhe a cintura escapular de ombro a ombro.

- Vou tomar banho, quer alguma ajuda?

Ele virou o pesco e se inclinou para trás para beijar minha boca.

- Estou bem. Já subo. – ele voltou a lavar louça.

Desgrudei-me de seu corpo quente, peguei as roupas na minha mochila e fui para o banho. Liguei o chuveiro, livrei-me do resto de roupa que faltava e entrei na confortante água quente.

Banhei-me rapidamente, sequei-me e saí do banho enrolada na toalha. Enquanto estava no quarto escutei o chuveiro ser ligado novamente.

Mordi o lábio inferior e caminhei felinamente pelo corredor até o banheiro. Deixei a toalha no meio caminho. Abri a porta e coloquei a cabeça para dentro do banheiro.

O ruivo passava os dedos pela barriga, tirando camada azul de tinta.

- Quer ajuda? – perguntei sorrindo.

- Com certeza. – ele disse virando seu corpo contra mim.

Eu entrei no banheiro e senti os olhos amendoados acompanhando cada movimento meu. Adentrei o Box e sorrindo passei as mãos na barriga dele, movimentando minhas mãos bobamente, ora tirando a tinta, ora massageando seu membro, ora arranhando sei peito.

Não demorou muito, estávamos no meio de um beijo voraz e eu já sentia aquela sensação de ter borboletas no estômago enquanto ele me beijava e passeava com suas mãos sutis pelo meu corpo.  Ele me osculava, e tocava a minha pele deixando uma ardência no local em que deslizavam seus dedos.

Não tardou muito mais já estávamos com os movimentos sincronizados e dessa vez muito mais prazerosos, minhas paredes aveludadas encaixavam-no perfeitamente bem. Eu havia passado uma de minhas pernas ao seu redor, e beijava agora cronicamente o pescoço do ruivo que tinha os dedos delicados afagando meu rosto. Era animalesco e sutil ao mesmo tempo.

O meu ápice chegou rapidamente, mas não foi o único. Conforme nos consumíamos embriagados no corpo um do outro o fastígio de prazer vindo em tempos diferentes, tremulava um dos corpos, incitando a excitação do outro, e essa excitação passava quase que por osmose ao que a pouco havia experimentado o máximo prazer que a carne permitia. Nosso amor, traduzido em paixão, era expresso em desejo e consumado com aquela união. Era o perfeito ciclo vicioso.

Não sei quantos orgasmos tivemos aquela noite, e nem sei com que força fomos para o quarto. Felizes e exaustos nos deitamos, tomamos a pedrinha Boa Noite Cinderela e eu complementei com o Atocium.

- Você não faz idéia do quanto eu te amo. – eu disse me deitando ao seu lado com os olhos pesados assim que tomei os comprimidos.

- E você é e sempre vai ser tudo para mim. – ele me puxou para perto fazendo com que eu descansasse a cabeça em seu peito.

- Sempre? – perguntei inalando profundamente seu aroma almiscarado.

- Sempre. – ele afagou meu rosto carinhosamente.

Ficamos ali, um sentindo a pulsação do outro, cada qual com seu mundo nos braços, eu segredando a Merlin a gratidão por ter aquele ruivo comigo e sentindo os braços firmes de Morfeu me arrastarem para a inconsciência.

- Boa noite Hermione. – escutei a voz baixa sussurrar.

- Boa noite Fred. – respondi sentindo meu peito pulsar pura alegria.


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Notas finais do capítulo

Oi boi ...
Espero que tenham gostado, por que eu me matei pra fazer u.u
IUHEUHEUEH``
Morrerei de saudades das minhas lindas essa semana, mas fim de semana que vem eu retomo meu ritmo normal de postar todo dia *u*
Beijos apertados a la Phelps em todas vocês :*
Por hoje é tudo pessoal ")
*Malfeitofeito*