Escolhas - Fred e Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 18
Rescue me.


Notas iniciais do capítulo

*jurosolenementequenãovoufazernadadebom*

Eu não ia postar hoje... Tem umas três noites que eu não durmo,eu to morrendo de sono, gripada e tossindo como se fosse botar meus pulmões para fora, mas eu tive cada comentário delícia que eu TIVE que postar mais esse...

AINDA não é o do beijo, mas estamos chegando lá... 666'


PS: SIM O CAP É REVOLTANTE!eu mesma fiquei brava quando escrevi ele... a Pansy é uma vaca eu sei...
PSS: Alguns feitiços inventados por mim, sintam-se livres para usá-los em suas fics.



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DEZOITO:

Abri os olhos e quase desmaiei com a claridade. Agradeci pelo fato de haver um recesso escolar. Meu estômago estava revirado, eu definitivamente não estava com fome e minha cabeça estava girando, porém não estava dolorida. Felizmente.

Levantei-me e pisquei contra a claridade cegante.

O que havia acontecido?

Lembro-me de entrar na sala precisa e começar a conversar com Córmaco. Tomei alguma coisa... Elza-mara... Elfa-cara... Elfa-zara!

Certo, eu tomei a tal bebida maldita, fiquei completamente drogada, Córmaco estava me molestando... E então... Fred apareceu lá.

Sorri involuntariamente.

Ele – Merlin sabe lá como – me achou, e me tirou de lá. Ele me salvou. Ele... Se importa comigo. E eu vou ao baile com ele (LÁ LÁ LÁ).

- Vem Mione, acorda! – Gina entrou no dormitório. – Amanhã é o grande dia! – ela pulou na minha cama.

Eu precisava desabafar, eu definitivamente precisava desabafar ou acabaria me matando.

- Gina! Gina! – eu me levantei. – preciso te contar uma coisa! Várias coisas na verdade.

- O que foi? – ela me olhou curiosa.

- A história é longa.

- Sou toda ouvidos.

Contei-lhe tudo. Minha paixão por Ron. Minha amizade por Fred. Minha amizade com Draco. O beijo entre Draco e eu. Minhas brigas com Fred. A aposta entre Fred e Jorge. Minha reconciliação com Fred. A festa de Córmaco. A burrada que fiz em aceitar a bebida verde e saborosa. Fred chegando para me salvar. Fred – neste ponto da conversa eu estava quase roxa de vergonha - me dando banho. Fred me pondo para dormir. E acabei por confessar:

- Acho que o amo. – disse mais para mim mesma do que para Gina.

- Só um instante! – ela esfregou seu rosto. – Gostava do Ron, beijou Draco, Se apaixonou por Fred, se drogou e tomou banho com meu irmão? – ela disse pasma.

- Basicamente sim. – eu disse completamente corada.

Céus, Gina falando assim, não sei como pude achar minha vida entediante.

- Certo. Conhecendo Fred Weasley como conheço, ele não vai assumir que gosta de você. Não sem uma ajudinha. – ela sorriu.

Mas não era um sorriso qualquer. Era um genuíno sorriso Weasley. E acredite, você deve temer esse sorriso.

Em caso de sorriso Weasley, mascaras de oxigênio cairão automaticamente, reze para dar tempo de fugir pelas saídas de emergência, localizadas nas partes dianteiras e traseiras desta aeronave.

Seus acentos são flutuantes.

Com o olhar que ela lançou para mim eu soube imediatamente o que ela tinha em mente.

- Não Gina! Nem pense nisso.

- Ah, sim, eu penso. – ela sorriu.

***

Sábado, 19 de dezembro.

Eu estava sinceramente apavorada. O Plano de Gina? Deixar-me uma ‘fêmea fatale’ e tomar a iniciativa com Fred. Eu tinha certeza que não iria ter coragem de fazer isso.

Gina dava puxões em meus cabelos. Ela já estava com seu esplendoroso vestido, e me arrumava na sala precisa onde tinha imaginado quase que um salão de beleza para dar conta de mim.

Ela estava com seus cabelos em um coque justo que se prendia no alto da cabeça, suas luvas brancas encaixavam-se perfeitamente em seus dedos, um colar de pérolas delicado pendia em seu pescoço. A única jóia da família Weasley, além de uma tira que fica com a tia deles, Muriel.

- Pára de mexer! – ela disse passando um pincel em meus olhos.

- Gina isso faz cócegas. – eu disse levanto meus dedos até os olhos com intuito de coçá-los.

Ela deu um tapa na minha mão.

- Se você borrar esta maquiagem, eu juro que você vai realmente fazer jus á sua fantasia, virando um cadáver.

- Se você pede com esse jeitinho. – eu disse recolhendo minhas mãos.

Ela me olhava concentrada, passando mil e uma coisas na minha cara. Passou um esmalte preto, o que eu achei desperdício já que eu usaria luvas.

- Mas quem sabe, o que vocês vão fazer depois não vai precisar de luvas... – ela sorriu.

- Ginevra! – eu a repreendi.

- Só comentando. – ela sorriu.

Passaram-se horas, e já estava perto da hora da festa, o céu já havia escurecido e eu quase estava quase implorando pela morte, de tantos puxões que Gina dava em meu cabelo.

Por que eu não vim fantasiada de plebéia? Seria mais fácil, era só eu deixar meu cabelo bagunçado e botar uma roupa minha qualquer. Sem dor.

Se eu estava curiosa? Sim! Ela havia deixado o único espelho da sala coberto, e não me permitia ver como eu estava ficando.

Depois de quase quatro horas de sofrimento, ela me olhou satisfeita.

- Olha Hermione, se eu fosse um garoto... Eu te pegava. – ela sorriu.

Pus-me de pé. Ela me guiou até o espelho coberto e segurou o pano alvo.

- Pronta? – ela perguntou.

- Não. – respondi quase roendo as luvas.

Ela sorriu sapecamente, e em um movimento amplo, botou a baixo o pano que cobria meu reflexo.

Assim que o pano veio a baixo, uma imagem surpreendente apareceu no reflexo.

A garota estava linda, com o vestido longo de tecido fino e trabalhado com rendas, suas luvas pretas eram delicadas contra seus finos e longos dedos, seus cabelos estavam presos em uma trança rente à cabeça que terminava em um coque baixo e na diagonal do lado direito do meu pescoço.

A maquiagem era forte nos olhos, e suave na boca, realçando os olhos cor de mogno da garota, em seu pescoço pendia uma bela gargantilha trabalhada em prata e brilhantes.

- Gina... – minha fala morreu na garganta.

- Você pode me agradecer... Virando minha cunhada. – ela sorriu me abraçando.

- Cinderela que morra de inveja, minha fada madrinha é melhor que a dela. – murmurei com a voz embargada.

A noiva cadáver. Esse era meu personagem. No mundo dos trouxas um filme lindo, que eu particularmente adoro. No mundo mágico, é personagem de um conto famoso... Os três Irmãos Peverell, alguma coisa assim.

- Nem pense em chorar, se não essa fada madrinha aqui, vai virar uma homicida.

Rimos.

- Vamos? – eu disse indo rumo a porta.

Gina segurou meu braço e me puxou para trás.

- O que foi? – perguntei encarando a ruiva.

- Bem... Eu pensei no seguinte. Eu chego, procuro o Fred, e faço com que ele fique te esperando, perto da porta de entrada... Eu adoraria ver a cara de bobo dele. – ela sorriu.

- Certo... Então você desce e eu desço... Dois minutos depois? – perguntei esfregando as mão em forma de nervosismo.

- Isso. – ela sorriu. – agora vamos. Ponha sua máscara.

Após ela dizer isso ela pôs a máscara branca dela e eu coloquei a minha. Ela me deu mais um abraço antes de sair da sala precisa.

Certo. Dois minutos são 120 segundos.

1... 2...3...4...5...6...7...8...9...

Merlin! Não vou conseguir esperar aqui nesta sala trancada.

Acho que Gina não se importaria se eu esperasse no primeiro andar... Ficaria mais perto do salão...

29... 30... 31... 32... 33... 117 e 120!

Prontos ou não, lá vou eu.

Beirando uma síncope cardíaca saí de dentro daquela sala. Assim que a porta se fechou atrás de mim e começou a sumir eu encarei o corredor vazio. Céus, ele estava tão silencioso e mal iluminado.

A decoração que eu e Draco combinamos com o elfos havia ficado esplendorosa, extremamente elegante, mas que dava um ar vitoriano tenebroso, isso dava.

O único som que ecoava era meu salto exageradamente alto que batia contra o mármore fazendo um som que era refletido, causando uma sensação de extrema solidão.

Minha avó costumava dizer: Cabeça vazia oficina do diabo.

E eu nunca fora exceção. Conforme meus passos iam refratando pelo chão, aquela voz gélida da professora Trelawney me voltava a mente me gerando fortes calafrios.

"Uma escolha deve ser feita. Entre dois amores, entre dois inocentes. Entre os de sangue por ele considerado sujo, a última treva será plantada. A última parte deverá ser expurgada para que a história não se repita. A escolha feita com o coração alterará os rumos naturais, mas mesmo assim alguém que se ama lhe será tirado. Uma vida pela outra, a morte não parte de mãos vazias."

As palavras da Professora ecoavam em minha mente, cada vez fazendo menos sentido.
Respirei fundo e dei de ombros, hoje eu passaria a noite com ele e era o que importava. Passei em frente ao quadro da Mulher gorda e ajeitei minha esplendorosa máscara. Nada poderia estragar minha noite.

- Eu disse que você ia me pagar sua Sangue-ruim nojenta! - antes que eu pudesse sequer olhá-la senti um golpe atingir meu peito e tirar meu ar. Com o impacto caí ao chão.

Eu estava perdida. Não sei como, mas de algum lugar oculto entre os corredores bruxelantes um feitiço foi pronunciado com ódio e rancor.

- Sua Cretina... Achou mesmo que ia sair ilesa depois de tudo que tem me feito passar?

Pansy – Buldogue – Parkinson saiu do corredor com um sorriso seriamente demoníaco no rosto. Ela usava uma máscara trabalhada em tons de preto.

Merlin me odeia! Por que não posso ter um minuto de paz?!

- Pansy... – eu disse apoiando meu peso sobre meus braços com o intuito de me levantar. – O que você pensa que está fazendo?

- Cala a boca! – ela gritou. – Você me tirou tudo o que me era mais importante. Draco era meu! Ele me amava! – ela se aproximou de mim e chutou meu pulso, me fazendo cair novamente.

- O inferno que amava! – eu disse me levantando novamente com o pulso dolorido.

Desta vez me pus em pé, a minha mão traçando uma rota lenta até onde minha varinha estava pendurada, em uma dobra escondida de meu vestido.

- Olha, nós podemos ignorar isso aqui, e cada uma segue seu caminho... Ok? – perguntei sem desviar meu olhar dos orbes jade tempestuosos.

Pansy durante meio segundo me encarou e deu um leve sorriso. Assim que finalmente consegui chegar ao bolso escondido em que minha varinha deveria estar notei que a pior coisa que podia me acontecer no momento, havia acontecido.

- Procurando isso, sua imunda? – Pansy sorriu abertamente, mostrando minha varinha entre seus dedos.

- Me dá isso, Pansy. – eu soei firme.

- Ou o que sangue ruim? – um par de braços me envolveu me imobilizando.

Vaisey estava lá, e sorria junto com Goyle. Ambos haviam me cercado.

- Quanta ingenuidade da sua amiguinha ruiva, achar que ninguém ia notar o estardalhaço que fizeram indo para a sala precisa... Eu só precisei esperar. – ela sorriu.

Então notei algo que me assustou. Seu olhar gélido, seu sorriso maquiavélico e doentio me lembravam Bellatrix Lestrange. Aquele ódio e raiva, expresso com um olhar recheado de puro sadismo.

Sem mais palavras ela desmanchou seu sorriso, arrancando a máscara do meu rosto e espatifando-a no chão.

- Diffindo! – ela gritou.

Senti o feixe de luz passar rápido e gelado contra meu rosto.

- AerisAbsentia! – foi a vez de Goyle pronunciar o feitiço.

E então foi como se sugassem todo o ar de meus pulmões, como se o chupassem para fora, deixando-me sem nada. A agonia era horrível e eu não conseguia fazer nada, eu estava paralisada e sem ar algum nos pulmões.

- Problemas para respirar Granger? – Vaisey disse me soltando no chão duro, me fazendo cair em cima dos cacos da minha máscara.

- Para... Por favor... – tentei dizer já com a visão turva e a sensação de desespero gerada pela falta de ar nos pulmões.

- Vamos ser misericordiosos, vamos dar um pouco de ar à garota... – Vaisey riu.

- Nimiumaere! – Pansy murmurou o feitiço.

Assim que a luz azulada de sua varinha me preencheu, senti uma dor muito maior. Meu peito se inchou com a rajada de ar que me tomou. Enchendo meus pulmões exageradamente, fazendo com que estava se espremesse em meu peito como um balão.

Os feitiços que me lançavam, eram antigos, ilegais e somente os mais cruéis comensais ousavam usá-los.

A pressão em meu peito era tamanha que eu sentia que a qualquer momento acabaria por romper minha pele.

- Espartilho apertado Granger? – Pansy riu, pulando ao redor do meu corpo caído. – Diffindo!

Ela repetiu o feitiço, inúmeras vezes, até que não só meus vestido se rasgava, mas sim minha pele que estava em carne viva. Por mais lacerante que fosse a dor de ter os pulmões completamente cheios de ar, eu não morria. Era um feitiço que deixava a pessoa entre o limite para que se possa sobreviver. Minha garganta doía por ter que agüentar a pressão e eu tentei me virar para sair do alcance deles. Assim que virei a cabeça, vi um cena revigorante: Pansy, pulando de alegria ao me ver quase morrendo, deixara minha varinha cair no chão. Senti algo ardendo em meu braço. Vaisey havia acabado de me marcar a fogo.

Eu tinha que manter o foco, ela estava perto agora.

Com os pulmões explodindo de ar, meu braço em carne viva, cortes abertos pelo corpo, consegui chegar até minha varinha. Assim que senti a madeira em meus dedos, não hesitei em fazer o feitiço não verbal.

Estupore!” pensei o mais forte que me era permitido.

Assim que Pansy foi atingida, e caiu desfalecida no chão, seu feitiço foi anulado, e eu senti o ar deixar meus pulmões.

Não tive tempo para comemorar, assim que consegui restabelecer minha respiração petrifiquei Vaisey.

Infelizmente meu quesito surpresa havia se desgastado quando Goyle veio para cima de mim.

Goyle me lançou um feitiço não verbal, minhas energias estavam no fim e eu me rastejava para longe dele. Era possível sentir um pedaço de porcelana preso em minha perna.

- Socorro! – Gritei na esperança que alguém me ouvisse.

- Sua sangue-ruim imunda! – Goyle se aproximava, e eu pensava desesperada em como sair daquela situação. – Eu vou providenciar que você nunca mais manche o mundo bruxo com seu sangue imundo!

Ele ergueu a varinha, mas antes que pudesse pronunciar, o que deduzi que seria um feitiço fatal, uma voz irrompeu o corredor:

- Goyle! – Acredite quem quiser, Fred Weasley havia brotado do chão para me salvar.

Um pouco tarde admito, seria mais romântico se eu não tivesse quase tido meus pulmões estourados como bexigas de ar, mas enfim, ninguém é perfeito...

Novamente tomei vantagem da distração do gordo bruxo que me atacava, e usando a última gota de adrenalina que minhas glândulas adrenais conseguiram produzir eu o azarei.

- Caecitas! – eu disse fracamente observando a fumaça negra sair de minha varinha e envolver os olhos do meu oponente corpulento.

Minha azaração de Cegueira o havia acertado em cheio, contudo duraria apenas alguns poucos segundos. Mas eram apenas alguns segundos que Fred precisava.

Vi Goyle cair, sem nem ao menos poder revidar, estatelado no chão.

- Mione! – vi o ruivo vindo até mim.

Ele se ajoelhou ao meu lado e pegou meu corpo em seus braços. Passado a adrenalina senti meu corpo arder em carne viva, meu peito doer devido à pressão que quase explodira meus pulmões de dentro para fora, senti o gosto de sangue em minha boca.

- Fred... – eu murmurei sentindo mais sangue em minha traquéia.

Parece que o feitiço que enchia os pulmões de ar, não ficava no limite afinal. Mais alguns minutos, e quem sabe eu estivesse morta.

Sem mais palavras senti Fred me pegar em seus braços e sair correndo em disparada. Ele estava com um terno preto lindo e sofisticado, sua máscara havia caído em meio aquela confusão e seu cabelo estava arrumado. Ele parecia ter saído de um filme de época.

Seu cheiro era inebriante, mesmo quando misturado ao sangue que escorria pelo meu nariz. A dor era grande, mas a sensação de ter ele comigo, amenizava tudo.

- Boa Noite Fred. – balbuciei.

- Hermione! - Foi a última coisa que ouvi enquanto a escuridão me consumia.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado...

Aguardem pelo próximo Cap, com MUITO entusiasmo...

Por hoje é tudo pessoal ^^

*Malfeitofeito*