Não Posso Ser Ela escrita por Anna Bells


Capítulo 8
Capítulo 8




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Capítulo 8

Bella pov

— O que você quer? – perguntei ansiosamente.

Você está sozinha? – perguntou-me, saí do escritório, deixando Mary e Edward para trás.

— Sim. – falei quando cheguei ao jardim, minhas mãos tremiam.

Boa menina, hoje você terá uma surpresa boa. – falou.

— Que surpresa? – perguntei ficando aflita.

Você vai ver o seu filho hoje. – eu quase não acreditei em suas palavras.

— Está falando sério? – perguntei sem acreditar.

Estou, mas faça tudo o que eu mandar, vá até o Central Parque sozinha, pegue um táxi, eu verei se você estiver com alguém, você passará à tarde com seu filho e depois irá embora, não o levará com você. – eu chorava silenciosamente. — Isso é porque você está fazendo tudo o que estou pedindo sem reclamar e da maneira certa.

— Obrigada. – não sei por que agradeci, deve ser porque Derek está vivo e poderei finalmente vê-lo, mesmo sendo por pouco tempo, eu poderei vê-lo.

Divirta-se, esteja lá as onze e não faça nada de errado. – desligou.

Permiti-me cair sentada na grama e respirei aliviada.

— Bella! O que ele queria? – perguntou Edward vindo em minha direção.

— Ah Edward! Poderei ver meu filho hoje! – joguei-me em seus braços.

Edward riu e me rodopiou, enquanto eu ainda me mantia meus braços preços em seu pescoço.

— Que bom amor! – disse totalmente feliz, colocou-me no chão e acariciou meu rosto.

— Só não estou tão feliz por que você não poderá ir junto. – falei fazendo biquinho.

E saí correndo quando vi sua expressão mudar, mas antes que eu pudesse chegar até as escadas, Edward pegou-me pela cintura e formos em direção ao seu escritório.

— Não vou deixar você ir sozinha. – disse Edward parando à minha frente.

Revirei os olhos.

— Edward, você precisa confiar em mim, tenho que fazer o que James pede para eu poder ver o meu filho. – toquei em seu rosto. — Vou ficar bem. – olhei em seus olhos que ainda tinha aquela preocupação evidente.

— Não consigo deixar de ficar preocupado com você. – passou uma mão em meu cabelo. — Estarei te esperando caso precise de algo. – abaixou-se para poder tocar em meus lábios.

Sorri com os lábios ainda nos dele, Edward sentou-se na poltrona, colocando-me em seu colo, minhas mãos puxavam gentilmente seu cabelo enquanto suas mãos apertavam minha cintura. Nossos lábios se moviam em sincronia, sua língua mantinha uma batalha com a minha, antes de nos separarmos, o mesmo mordeu meu lábio.

— Eu te amo. – falou tirando uma mecha de meu cabelo que estava em meu rosto.

— Eu também te amo. – dei-lhe um selinho e levantei-me de seu colo. — Tenho que ir.

— Qualquer coisa me liga. – falou me acompanhando até a entrada da mansão onde já havia um táxi esperando-me.

Despedimo-nos com um abraço e entrei no carro.

Durante o trajeto, eu não conseguia parar de pensar em como estaria Derek, mexia constantemente minhas mãos.

Eu estava tão feliz de estar finalmente com o homem que amo, mas ainda temia por meu filho. Estava com medo das coisas que James poderia pedir para eu fazer contra os Cullen, eu mais do que ninguém, sabia que Edward e eu sairíamos machucados dessa história.

Quando chegamos à frente ao parque, respirei fundo enquanto abria a porta, paguei o taxista que por sinal, era bem educado.

Tentei manter meus passos calmos, nada de extravagância e nem sair correndo como uma doida. Eu tinha que agir naturalmente.

Naturalmente, pensei comigo mesma.

Quando estava chegando pertos dos antigos bancos que havia ali, meu coração e meus pés pararam.

Eu não estava acreditando que finalmente estava vendo-o, um sorriso involuntário apareceu em meu rosto e lágrimas silenciosas de felicidade rolavam por meu corpo.

Que se dane o naturalmente!

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Quando Derek me viu correndo em sua direção, fez o mesmo. Filho de peixe, peixinho é.

Agachei-me no chão e abri meus braços para poder receber meu amado filho. Seus olhos verdes brilhavam, suas maçãs estavam rosadas e ele parecia mesmo feliz em me ver.

Quando seu pequeno corpo veio de encontro ao meu, tudo se encaixou, tudo estava em seu devido lugar. Não havia nada de errado, nada estava errado e havia somente nós dois.

Apertei seu corpo em um abraço que demonstrava o tamanho da saudade que ambos sentíamos. Seus pequenos braços apertavam meu pescoço com força, dei um sorriso, notando que o mesmo não queria me soltar.

Levantei-nos, pegando-o no colo e fui me sentar num dos bancos, com meu filho no meu colo, quando o mesmo afastou seu rosto de meu pescoço, deu aquele sorriso fofo que só ele sabia dar, mostrando a janelinha que havia ficado quando seu dente de leite caiu.

Sorri enchendo seu rosto de beijo.

— A mamãe sentiu muito a sua falta. – falei ainda beijando suas bochechas coradas.

— Eu também senti muito a falta de você mamãe. – disse dando um beijo estalado em minha bochecha. Sorri.

Continuei fitando seu lindo rosto, Derek corou.

— O que foi mamãe? – perguntou ainda com um sorriso no rosto.

— Eu estava morrendo de saudades de você. – abri ainda mais o sorriso que se encontrava em meus lábios. Semicerrei os olhos e comecei a rir quando comecei a fazer cócegas no mesmo.

Meu filho de contorcia de tanto rir em meus braços.

Quando parei, o mesmo fez um biquinho lindo.

— Você está bem? Eles te machucaram? – perguntei depois de dar um beijo em sua testa.

— Não, na verdade eles são tranqüilos, me dão alimento e comida. – respondeu abraçando-me novamente.

Suspirei aliviada.

— E então, vamos caminhar um pouco? – perguntei.

O mesmo assentiu e pulou do meu colo, levantei-me enquanto o mesmo pegava minha mão e começávamos a andar.

— Estou com saudades da família. – falou enquanto andávamos calmamente em direção á uma barraquinha que vendia sorvete.

— Sabia que todos também estão com saudades de você. O tio Ed pergunta sempre de você. – na verdade ele perguntava de outro jeito, mas não deixava de ser verdade.

Enquanto eu tomava um sorvete de chocolate e Derek tomava um misto, eu me perguntava como eu podia ter ficado longe dele por tanto tempo. Eu sabia o porquê. Estava fazendo aquilo por nossas vidas, mais pela vida de meu filho do que pela minha própria vida.

Apesar de estar passando pelo momento mais difícil de minha vida, eu estava feliz por estar finalmente com o homem que amo.

Seus lábios tocando-me, suas doces palavras sendo sussurradas em meu ouvido, seus lábios movendo-se contra os meus.

Ai meu santo Deus!

— Mamãe, por que você está tão vermelha? – perguntou meu filho super curioso.

Acabei ficando ainda mais corada por estar tendo alguns pensamentos íntimos da noite passada que tive com Edward.

— Por nada não, querido. – passei a mão em seu cabelo loiro liso, voltando à atenção para o sorvete em minha mão.

Derek puxou-me, fazendo-me levantar.

— Vamos mamãe! Quero ver o lago! – disse, sorri deixando-o me levar.

Formos até o lago, percebi que ele estava com roupas diferentes das do dia em que nos separamos. Estava com uma calça jeans escura e uma camiseta preta com alguns detalhes em branco.

É, pelo o que percebi James e os outros estavam tentando cuidar um pouco de Derek.

Meu filho queria por que queria poder tocar num dos patos que havia ali, tive que pegá-lo no colo, o mesmo fez um biquinho igual ao do pai quando o levei para longe do pato. Quis subir em uma árvore, dizendo que queria ser igual ao Tarzan do filme que ele havia assistido junto com um tal de Paul e Embry.

Acabei tendo que subir na árvore junto com o mesmo, e ainda recebi vários olhares bravos do mesmo quando o desci da árvore e bati o pé no chão falando para ele que ele não era um macaco.

— Mas o tio Emmett sobe em árvores! – bateu o pé.

Definitivamente, ele era meu filho, batia o pé da mesma forma que eu e ainda era teimoso.

— O tio Emmett é meio macaquinho, filho. – afaguei seu cabelo. — Você já é um homenzinho grande igual ao vovô Charlie e o vovô Carlisle. – Derek também considerava os Cullen como sua família, mesmo Sofia não gostando.

Quando olhei no relógio, arregalei os olhos ao ver que já era três da tarde, tinha que levar Derek até o banco onde eu havia o encontrado.

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Peguei sua mão novamente, mas desta vez, ficamos em absoluto silêncio.

Quando chegamos ao banco, coloquei sentado no mesmo e agachei-me à sua frente, sorri enquanto brincava com os pequenos dedos de sua mão.

— Não vou ir com você? – perguntou triste, dei um sorriso amarelo tentando não demonstrar o quanto aquilo estava me matando.

— Não, meu anjo. Hoje você vai ter que voltar para o James. – minhas mãos estavam geladas. — Você não sabe o quanto eu tenho vontade de te pegar nos braços e sair correndo com você, deixar tudo e todos para trás.

— Eu queria ir com você, mamãe. – seus olhos se encheram de lágrimas, suas orbes verdes brilhavam.

Pisquei repetidas vezes para não deixar as minhas lágrimas caírem.

— E eu queria que você viesse comigo. – abracei-o. — Se cuida, você sabe que sempre estarei com você, meu anjinho. – beijei sua bochecha rosada.

— Eu vou sentir muita a sua falta. – lágrimas silenciosas rolavam por seu pequeno e pálido rosto.

— Eu também. A mamãe te ama muito, muito mesmo. – deixei que algumas lágrimas rolassem.

— Eu também. – ficamos mais algum tempo abraçados e tive que me afastar á contra gosto.

Tentei dar um sorriso, mas saiu mais como uma careta enquanto eu me afastava, enquanto eu ia em direção á um táxi que estava parado, os soluços me dominaram.

Quando entrei no carro, coloquei uma mão na boca para tentar abafar os soluços que viam num modo quase violento, o motorista me olhava um pouco assustado e muito preocupado.

— A senhorita está bem? – perguntou preocupado.

— Vou ficar. – tentei normalizar a minha voz.

O caminho todo foi feito assim, em total silêncio, as lágrimas ainda corriam soltas por meu rosto, eu olhava o trajeto sem ao menos o ver.

Estava em total inércia, meu peito doía.

Quando chegamos á frente da mansão, o taxista não quis aceitar o dinheiro.

— Não precisa. – deu um sorriso verdadeiro quando o olhei meio confusa. — Espero que de tudo certo na sua vida, que tudo se resolva e que você nunca mais volte a chorar.

Assenti e acenei para o mesmo enquanto via o táxi sumir, minhas pernas pareciam que iriam fraquejar a qualquer momento e eu iria desmoronar a qualquer momento.

Caminhei com passos calmos até a porta da mansão e rezei para que Edward não estivesse ali, pois sua preocupação tornaria tudo mais difícil.

Quando cheguei á sala de estar, para poder subir as escadas, o sangue sumiu de meu rosto quando encontrei todos os Cullen e meus pais ali reunidos. Quando me viram ali parada, olharam-me meio que desconfiados, quando os olhos verdes de Esme caíram sobre mim, abaixei os olhos para o chão.

Aquelas lágrimas traiçoeiras estavam vindo novamente.

— Oras, vejam quem chegou cedo. – ironizou Rosalie.

Edward não estava na sala, continuei meu caminho para as escadas, mas parei quando se direcionaram á mim.

— Não vai cumprimentar os seus pais, Sofia? – perguntou Jasper numa forma hostilizada.

— Me desculpem, mas não estou me sentindo muito bem. – falei voltando ao meu trajeto.

Finalmente havia chegado ao quarto onde passara a noite com Edward e deixei-me cair no chão encostada á parede, abracei com força meus joelhos e enfiei minha cabeça em meus braços.

Estava ficando com raiva de mim mesma por estar sendo manipulada por James, fazer todos os seus joguinhos e manter-me longe de meu filho.

— Oh! Querida! – senti os braços quentes de Esme me rodearem.

Há quanto tempo eu não tinha braços maternos me rodeando? Há quanto tempo eu precisava de um abraço assim, que transmitisse carinho e calmaria?

— Eu não sei o que está acontecendo querida, mas se acalme. Tudo vai se resolver, tudo vai voltar a ser como era e sua vida vai melhorar. A vida sempre tem a sua calmaria e a sua calmaria está chegando. – beijou meu cabelo e continuou me abraçando.

— Como eu- eu vou resolver os meus problemas? – perguntei soluçando, Esme limpou o caminho das lágrimas em meu rosto e sorriu.

— Com a ajuda da pessoa que você ama, da sua família e das pessoas que te rodeiam. – finalizou, abaixei os olhos.

Eu não tinha ninguém que pudesse me ajudar naquele problema, pois era um problema somente meu.

— Sofia, não importa mais o que passamos, o que fizemos você passar e o que você nos fez passar. Vamos fazer um novo começo, uma nova história, estamos do seu lado para qualquer coisa, pode contar conosco. Vai demorar um pouco para que todos confiem em você, mas vamos conseguir. Juntas. – apertou minhas mãos junto com as suas.

Assenti voltando a abraçá-la, naquele momento eu soube que eu tinha o apoio de Esme, que não importasse o que acontecesse, ela estaria ali para me ajudar a se levantar, estava ali para me dar força.

Sorri vendo Edward encostado na soleira da porta com um pequeno sorriso.



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Notas finais do capítulo

Oi jujubinha!
Adoro chamar as pessoas assim. kkk'
Bom, o capítulo ficou pequeno e me desculpem por isso, mas foi preciso postá-lo agora.
A partir daqui, as coisas vão começar a ficar piores para a Bella, James volta a forçá-la a fazer coisas que a mesma não quer.
Espero que estejam gostando.
Muito obrigada pelos comentários! Estou amando, quando eu tiver um tempo, irei responder todos, mas agora, só estou respondendo alguns.
Beijos e até mais jujubinha!
^.^
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