Não Posso Ser Ela escrita por Anna Bells


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/158124/chapter/2

Capítulo 2

Edward pov

Liguei em casa e Mary disse que Sofia saído logo depois de mim e que ainda não havia voltado, suspirei e agradeci dizendo que voltaria a ligar depois da reunião. Fui com meu pai e meu irmão para a sala de reuniões, meu pai falava sobre algo que naquele momento eu não estava prestando devidamente atenção, eu olhava para a janela, quando meu celular tocou, todos me olharam com cara de poucos amigos, principalmente meu pai.

Pedi desculpas e desliguei o celular, eu nem havia me dado ao trabalho de olhar no visor.

Ficamos quase três horas dentro daquela enorme sala discutindo sobre algo que eu ainda não prestava a atenção, eu estava tão centrado em meus pensamentos de como eu faria Sofia de divorciar de mim que nem ouvir quando minha irmã, Alice, entrou totalmente histérica na sala.

— Alice!- esbravejou meu pai.

— Edward, para quê que você tem um celular se não atende?- perguntou brava, seus olhos estavam vermelhos, ela parecia ter chorado bastante.

— Se você não notou, Alice, estou no meio de uma reunião.- falei bravo.

Ela passou a mão no cabelo curto, num gesto frustrante.

— Sua esposa sofreu um acidente.- falou, imediatamente levantei-me da cadeira e fui me sua direção.

— O quê?- perguntou sem acreditar.

— Sofia sofreu um acidente de carro, ainda não conseguimos vê-la, mas o médico falou que ela está bem.- explicou enquanto corríamos em direção ao elevador, nosso pai e Emmett viam logo atrás.

— Já ligaram para a família dela?- perguntou Carlisle.

— Sim, Charlie e Renée já estão à caminho, mas Bella não atende o telefone.- falou não parando de mexer as mãos.

— Tenta de novo.- disse Emm, cada um entrou em seu carro e seguimos Alice até o hospital.

Quando chegamos no mesmo, vieram em nossa direção nossa mãe, Rose e Jacob.

— Como ela está?- perguntei.

— O médico disse que ela está bem, mas não nos deixaram vê-la.- disse minha mãe aflita.

— Vou falar com o médico que está cuidando dela.- falei andando até o balcão, onde perguntei quem era o médico que estava cuidando de minha esposa e em que andar ficava, o pessoal veio atrás de mim. Logo que chegamos perto do quarto, o médico que se chamava, Dr. Hickman, estava saindo do quarto.

— Doutor!- chamou Jacob, o mesmo parou no lugar nos olhando nervosamente, parecia estar escondendo algo.

— Olá, em posso ajudá-los?- perguntei educadamente, mas sua voz ainda tinha um tom de nervoso.

— Olá, sou Edward Cullen, marido de Sofia Cullen, quero vê-la.- falei seriamente, o mesmo ficou pálido quando ouviu meu nome, parecia que tinha visto um fantasma.

Bella pov

Quatro horas antes da notícia

Mamãe, você vem me buscar quando?- perguntou Derek no telefone, sorri, hoje ele estava mais carente do que o normal.

— Daqui a pouco a mamãe vai estar aí, querido.- respondi parando no sinal vermelho, olhei para o tempo, parecia que ia chover.

Estou com saudades.- disse com uma voz chorosa, meu peito doeu quando ouvi sua voz.

— Calma, meu anjinho, a mamãe já está chegando.- falei.— Agora vá descansar um pouco e passe o telefone para a Nessie, por favor.

Ok, tchau, mamãe, eu te amo muito.- falou agora com uma voz um pouco melhor.

— Também te amo, meu amor.- falei.— Tchau, beijos.- ouvi ele falar algo com a Nessie que sorriu e disse "que fofo".

Oi, Bells!- disse minha melhor amiga.

— Oi, Nessie. Obrigada por cuidar do Derek para mim, eu tinha que resolver isso, está tudo bem na loja, já estou á caminho.- falei.

Não precisa agradecer, amiga. Quando ele cochilou, acordou assustado pois teve um pesadelo de que havia um acidente de carro e vários gritos.- falou um pouco preocupada.

Suspirei pesadamente.

— É, eu sei. Já é o terceiro dia seguido que ele tem esse pesadelo, ele fala que as vozes da mulher era minha, mas não conseguia ver se os cabelos eram castanhos ou loiros.- suspirei.— Estou ficando preocupada com a Sofia, já faz um bom tempo em que não nos falamos.

Calma, Bella, está tudo bem, ele está somente com saudades de você e talvez também esteja com saudades da idiota da tia, mas isso vai passar quando você vier buscá-lo.- tentou me tranquilizar.

— Espero, amiga. Agora tenho que desligar, até daqui a pouco.- falei.

Beijos.- falou desligando.

Em quinze minutos cheguei na casa de Nessie, conversávamos um pouco enquanto meu filho dormia, resolvi voltar para casa antes que começasse a chover. Peguei Dereck colocando-o confortavelmente na cadeira, ele ainda parecia estar em um sono profundo.

— Espero que não esteja tendo pesadelos.- falou o observando.

— Bella, apenas tenha calma e ligue para Sofia, se você não conseguir, pode ir visitá-la, a casa dela não fica muito longe da sua.- me aconselhou, assenti me despedindo da mesma, entrando no carro.

A estrada estava totalmente deserta, havia somente o meu carro e um carro preto que estava atrás de mim, a mais ou menos quarenta minutos.

— Droga!- sibilei acelerando.

Ainda bem que Derek estava dormindo, ele não podia ficar ainda mais preocupado.

O carro estava mesmo me seguindo, ele estava cada vez mais perto, peguei meu celular pensando em ligar para a primeira pessoa que estivesse na lista, mas o carro de trás bateu na minha traseira fazendo com que meu celular fosse parar no chão.

— Ai, meu Deus!- arfei.

— Mamãe!- chamou-me desesperado Derek.

— Calma, amor, preciso que você fique calmo.- pedi, vi que o mesmo apenas assentiu.

Quando eu estava pensando em mudar de caminho, um carro apareceu fazendo com que o meu carro fosse de encontro ao dele, a partir daí eu não ouvi mais nada, apenas meu filho gritando meu nome.

Edward pov

— Preciso que o senhor espere um minuto, antes nos certificando de que está tudo bem com a Sra. Cullen, quando terminarmos chamaremos a família.- pediu um pouco duramente, meu pai colocou uma mão em meu ombro.

— Se acalme, filho, vamos deixar o médico fazer todo o seu procedimento.- assenti e formos nos sentar nos sofás do hospital.

Eu olhava fixamente para a porta do quarto em que minha esposa estava machucada, eu me sentia um pouco culpado por aquele acidente, devia ter saído e dito pelo menos um "bom dia" ou até mesmo dado um beijo em sua testa, mas não, apenas deixei meu orgulho falar mais alto.

Comecei a andar pelo aquele extenso corredor, o chão parecia não acabar, minhas soavam, desliguei-me totalmente dali e apenas deixei-me andar sem ao menos me importar com nada, apenas queria certificar-me de que ela estava bem.

— Edward!- parei quando ouvi minha nanica irmã gritar meu nome.

— O quê?- perguntei.

— Renée e Charlie chegaram.- falou mirando a cabeça em direção aonde meus sogros e meus pais estavam, Renée ainda chorava nos braços de minha mãe.

— A Bella ainda não chegou?- perguntou Rosalie aparecendo com um copo de café na mão.

— Não, o telefone da casa dela e o celular só caem na caixa postal.- explicou Jasper.

Olhei para meus sogros que agora viam em nossa direção, imediatamente, abracei Renée, ela chorava bastante, minha sogra me lembrava muito a Bella, a forma como choravam silenciosamente e para elas mesma, era de comover muita gente.

— Ela está bem, Renée.- falei.

— Eu sei, mas o medo de perder uma dar minha meninas, é horrível.- falou com a voz embargada.

Cumprimentei Charlie, enquanto as meninas e minha mãe levavam Renée para tomar algo na lanchonete.

Sentei-me de frente para o quarto e esperei, não sei por quanto tempo fiquei ali, só sei que quando a porta de abriu saíram dali três homens vestidos de enfermeiros. Levantei-me de imediato.

— Como ela está?- perguntei, os três pararam quando ouviram a minha voz.

— O quê?- perguntou um deles meio confuso.

— Como a minha esposa está?- perguntei, estava acontecendo alguma coisa muito estranha, não esperei ele dizer algo e entrei de supetão no quarto.

http://www.youtube.com/watch?v=BEAcx7et9pI&NR=1

Meu coração parou quando á vi ali deitada, pálida, inconsciente, Sofia agora parecia tão frágil, parecia de vidro, quebradiça.

Me aproximei devagar da cama, seus cabelos loiros estavam sem vida, embaixo de seus olhos havia uma roxidão, como se tivesse passado horas chorando, como se agora ela estivesse com dor. Toquei em seu rosto segurando com força o ar.

Sofia estava com um braço engessado e com alguns arranhões pelo corpo, um corte na testa e ao lado de seu lábio, deixei minhas mãos caírem ao lado de meu corpo e as fechei fortemente, eu era o maior culpado de tudo aquilo.

Se ela tivesse morrido, como eu iria me desculpar por todas as nossas brigas? Como seria não ter me despedido da pessoa que convivi nesses anos? Como eu diria à minha família que eu nem ao menos falava uma palavra sequer com a minha esposa.

Acabei por cair sentado na poltrona atrás de mim, eu estava desolado, com medo e o sentimento de perda havia me dominado, mas eu não havia perdido nada, apenas não estava orgulhoso de mim mesmo neste momento.

Ouvi alguns soluços atrás de mim e uma mão em meu ombro me passando apoio.

E era o que eu mais precisava naquele momento.

James pov

Quatro horas antes

Tudo começou a despencar quando Paul me ligou avisando que havia acontecido um acidente e que o carro de Sofia estava envolvido, Laurent e Paul correram até o local do acidente, enquanto Victória e eu esperávamos impacientes.

— Nada pode acontecer com ela, nada pode acontecer com ela...- a ruiva sussurrava enquanto andava de um lado para o outro, eu mechia minhas pernas freneticamente enquanto esperava sentado no sofá.

Se a loira morresse tudo iria para água à baixo, tudo por que lutamos, cobiçamos e roubamos não iria ter valido absolutamente nada.

O toque de meu celular me despertou e pareceu despertar também Victória que parou de andar e falar, me olhando ansiosamente.

— Fala.- falei um pouco temeroso.

— James, Sofia está morta.- disse Laurent nervoso.

— O quê?- praticamente gritei sem acreditar no que acabara de ouvir.— Tem certeza?- perguntei.

— Tenho. Quando chegamos no local ela já estava sem vida, estamos levando o corpo para aquela casinha no meio da floresta.- falou.

— Está bem, já estamos indo para lá.- desliguei.

— O que houve?- perguntou a ruiva.

— Ela está morta.- falei pegando algumas coisas que estavam no quarto. — Vamos para a casa no meio da floresta, pegue algumas coisas, temos que sair daqui agora.

Ela correu pegando algumas coisas enquanto eu dava as instruções.

— Por quê mudou de caminho?- perguntou quando desviei do caminho.

— Temos que buscar algo antes de irmos para lá.- falei, Paul já havia ligado e estava fazendo o combinado.

Dentro do carro, ficamos escondidos entre as árvores para não sermos vistos, Laurent deu o sinal e acelerei o carro, fazendo com que o carro que perseguíamos batesse no nosso.

— O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?- gritou Victória nervosa.

— Precisamos substituir Sofia se quisermos ter a fortuna dos Cullen.- falei saindo do carro.

Fui até o carro da irmã de Sofia, enquanto Laurent tirava o garoto do carro, Paul e eu olhávamos admirados para a cópia exata de Sofia, exceto pelo cabelo.

— Nossa, elas são idênticas.- sussurrou admirado.

— Não, ela é mais bonita e fiel do que a irmã.- falei pegando-a no colo.

Sua cabeça estava sangrando, ela tinha vários arranhões no corpo e um ferimentos acima do olho e perto do lábio.

— Precisamos parar numa farmácia.- falou Victória olhando para a gemea

— Por quê?- perguntei.

— Se vamos substituir a Sofia precisamos fazer isso direito, a gemea precisa ficar loira.- falou.

Assenti, Victória comprou uma tinta, quando chegamos na casa, peguei a gemea no colo, enquanto Paul trazia o garoto e Laurent trazia o corpo morto de Sofia.

http://www.youtube.com/watch?v=COqx-TCxrSk

A ruiva pintou o cabelo da morena, deixando-a loira igual á irmã, prendemos o garoto que aparentava ter somente cinco anos de idade e ficamos olhando o cadáver.

— O que vamos fazer com ela?- perguntou Laurent.

— Vamos enterra-la.- falei pensando no que deveria fazer de agora em diante.— Temos que voltar o quanto antes para o hospital levando a loira, inventamos uma desculpa explicando que pegamos transito.

— E o garoto?- perguntou a ruiva trazendo a loira, colocamos as duas lado a lado e vimos que não havia sequer uma única diferença, eram idênticas.

— Nossa.

— A gemea vai fazer tudo que quisermos, pois temos em nossas mãos o seu amado filho- falei sorrindo.

Eles concordaram e começamos a arrumar as coisas.

Injetamos um remédio para que o garoto não acordasse agora e o deixamos com Victória que iria enterrar o corpo.

Quando chegamos no hospital, tinha um médico à nossa espera, colocamos a gemea na maca e adentramos no hospital, enquanto o médico avaliava a mesma, entramos no quarto sem permissão.

— Mas, o quê...- o interrompi.

— Precisamos apenas nos certificar de que ela está bem, doutor.- falei, o mesmo estava mais branco do que papel.

— S- sim, ela está bem.- falou.

— Agora nos deixe sozinhos com ela.- falou Laurent.

O mesmo saiu do quarto aos tropeços.

Esperamos a garota acordar, o que não demorou muito.

— Aonde estou?- perguntou numa voz rouca.

— Você está no hospital.- respondi, preferi ser um pouco educado no começo, já que não iria adiantar em nada ser rude e groso com ela agora.

— O que houve?- perguntou com uma expressão de dor.

— Você sofreu um acidente de carro.- expliquei.

— Deus! Cadê o meu filho? Cadê o Derek?- começou a ficar agitada.

— Preciso que você fique calma para que eu te explique tudo.- pedi tentando não perder a calma.— Tudo bem?- perguntei, ela assentiu.— Sua irmã Sofia sofreu um acidente de carro também, mas ao contrário de você, ela não sobreviveu.- vi seus olhos se encherem de lágrimas.— Temos uma oferta para lhe fazer.- falei.

— O quê?- perguntou trêmula.

— Você irá se passar por sua irmã, a partir de hoje você será Sofia Cullen e não Isabella Swan. seus olhos se arregalaram quando ouviram minhas palavras serem proferidas devagar.— Precisamos do dinheiro dos Cullen e sua irmã, mas do que ninguém era a mais interessada nisso e não é porque ela está morta, que seu sonho não será realizado.

Ela me olhava com medo e pavor.

— O que acha que me levará a fazer isso para vocês?- perguntou com raiva ainda soluçando um pouco.

— Estamos com o seu filho.- o pavor ficou ainda mais evidente em seus olhos.— Já matei muitas pessoas, Isabella e não será agora que irei parar, pois então, faça o que mando ou senão, o seu filho, você e toda a sua família irá sofrer graves consequências.

A mesma voltou a chorar silenciosamente.

— Vai fazer o que mando?- perguntei puxando seus cabelos- agora loiros- fazendo-a me olhar.

Assentiu.

— Boa menina, agora tenha bons sonhos.- falei enquanto Laurent injetava algo para ela dormir.

A última imagem que vi, foram seus olhos apavorado pedindo num pedido silencioso, socorro.

Quando nos certificamos que de a mesma estava dormindo, saímos do quarto dando de cara com os Cullen.

— Como ela está?- perguntou ao que tudo indicava, Edward Cullen, paramos imediatamente.

— O quê?- perguntou Paul.

— Como a minha esposa está?- perguntou Edward, nos encaramos procurando resposta um no outro, mas antes mesmo que pudêssemos pensar em algo, o Cullen já havia entrado no quarto e sua família foi logo atrás, saímos dali o mais rápido possível.

Sorri entrando no carro.

— Agora teremos o que merecemos.- falei me referindo ao dinheiro, eu faria de tudo por aquele dinheiro e seria por Sofia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oi, gente!
Espero que tenham gostado do capítulo!
Estou super feliz pelos comentários que estou recebendo, espero receber muito mais nesse capítulo!
Eu tive que correr um pouco na história, mas tudo ficará mais explicado nos próximos capítulos...
Beijos
e Até mais
^.^
Blog: http://luckindreams.blogspot.com/