Não Posso Ser Ela escrita por Anna Bells


Capítulo 19
Capítulo 19




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Bella P.d.v.

Olhei para minhas mãos quando fiquei sozinha por um momento no quarto de hospital.

Após toda a confusão que houve no hospital, Edward me trouxe para o hospital onde nossa filha e nossa sobrinha estavam, todos vieram para cá. Meus pais, Esme, Rose e Alice estavam voltando junto com Derek.

Carlisle, Jasper, Emm e Edward estavam me vigiando a todo momento, ainda estavam um pouco bravos por conta de eu ter fugido do quarto no outro hospital.

Eu estou em tormento total com meus sentimentos, não sei dizer o que realmente estou sentindo. Estou feliz por não ter mais James em nossas vidas, estou triste e completamente arrasada por Sofia e Michael terem morrido daquela forma, Alyssa está órfã de pais, não teve a oportunidade de conhecer seus pais.

Apertei a manta cor de bege entre meus dedos e deixei me permitir finalmente extravasar tudo o que estava sentindo, tudo o que estava acontecendo, eu precisava liberar toda a dor, o alivio, o medo, a raiva que segurei todo esse tempo.

Abaixei minha cabeça e fechei meus olhos com força enquanto grossas lágrimas escorriam por todo meu rosto, comecei a bater as mãos várias e várias vezes na cama.

— Chora baixinha, chora o quanto precisa chorar. - ergui a cabeça quando escutei aquela voz conhecida.

Meus olhos encheram-se novamente de lágrimas quando olhei para ele e via seu amigável sorriso, seus olhos azuis brilhavam.

— Matt. - sussurrei quando um alivio cobriu meu corpo.

— Está vendo Bells, acabou. - seu sorriso tornou-se ainda maior. — Eu lhe disse que tudo isso teria um fim e finalmente acabou. Finalmente você poderá viver com o Edward, com a linda filha de vocês, como o nosso filho. - piscou gentilmente.

Puxei seu braço e abracei-o com força, enterrei minha cabeça em seu peito e fechei os olhos, aproveitando seu doce cheiro e a maciez de seu corpo. Seus braços quentes me envolveram.

— Eu pensei que... que tudo isso nunca fosse acabar. Acreditei que James ainda conseguiria acabar comigo. - confessei ainda de olhos fechados.

— Mas ele não conseguiu, e sabe por quê ele não conseguiu, Bella? - ele ergueu meu rosto, fazendo-me olhar em seu rosto. —Porque o seu amor de mãe, o seu amor de mulher, de filha, de amiga foi mais forte do que tudo, você fez do possível até o impossível para que todos ficassem bem. - ele afagou meu rosto. — Você foi capaz de deixar seus pais levarem Derek para longe para a segurança dele, você preferiu suportar a dor da saudade do que a dor da perda. Você fez de tudo para proteger os Cullen, enfrentou tudo e todos para cuidar do homem que você ama, você lutou pelo seu amor. - corei ao ouvi-lo dizer estas palavras. — Não fique com vergonha Bella. - ele riu. — Você ainda não percebeu? Você e Edward foram feitos para ficarem juntos, essa é a história de amor de vocês dois. Nenhuma história de amor, de luta é um mar de rosas.

Afastei-me para fitar seus olhos, ele parecia em paz, feliz, contagiando qualquer um que simplesmente pudesse olhá-lo.

— Vocês conseguiram Bells, vocês dois venceram todos os obstáculos, todas as dificuldades, finalmente estão juntos. - pegou minhas mãos entre as suas. — Peço que continue lutando e amando nosso filho como está fazendo, continue fazendo com que ele seja esse menino incrível, gentil, amável, esperto e que me orgulha a cada dia de ser seu pai. - mordi o lábio tentando controlar as lágrimas. — Derek vai ser um irmão mais velho incrível, Emma é linda, parabéns. - sorri com o elogio. — Sei que mesmo sem o meu pedido você já o fará, mas cuide de Alyssa como se fosse sua própria filha, ame-a como se você tivesse a carregado durante nove meses como fez com Derek e Emma.

— Matt, tudo realmente acabou? - perguntei trêmula sem realmente acreditar que todo o pesadelo já havia chegado ao fim, que todos poderiam finalmente viver suas vidas.

— Eu sabia que a ficha ainda não havia caído. - sua gargalhada me fez sorrir. — Todos esses dias ruins já passaram, seu único dever agora é aproveitar e amar cada dia mais a sua nova família, amar o seu homem. - rimos. — Amar os seus filhos e se permitir ser amada.

Passei as mãos em meu rosto, livrando-me de qualquer vestígio das lágrimas e sorri, abri o maior sorriso que conseguia para o meu anjo.

— Eu os amos tanto. - sorri ao pensar na família que havia formado.

— E eles precisam de você, Edward precisa sentir que a mulher que ele ama está com ele, seus filhos precisam da mãe e eu preciso voltar para o meu lugar quentinho e deixar você viver a sua vida.

— Não irei te ver mais? Nem nos sonhos? - perguntei franzindo a testa.

— Os anjos só aparecem quando as pessoas precisam encontrar o caminho. Eu só apareci para você Bells, para você ter a certeza de que tudo acabou, de que você precisa acordar para sua vida e viver a sua história de amor.

Assenti dando um pequeno sorriso de lado.

— Vou sentir a sua falta.

— Sei que vai. - revirei os olhos. — Também irei sentir a sua falta, pequena. Se cuida. - beijou a minha testa.

— Você também. - sorri sem saber o que realmente dizer.

— Diga ao Derek que eu o amor muito e que estou orgulhoso dele, muito orgulhoso. - assenti vendo-o sumir e meus olhos começarem a pesar.

Sentei-me assustada na cama enquanto ofegava sem parar, passei a mão em meu cabelo tentando ajeitá-lo, coloquei a mão no peito tentando controlar minha respiração.

Percorri meus olhos por todo o quarto em que estava. Eu estava no quarto de hotel onde todos estávamos hospedados.

Eu havia recebido alta do hotel á três dias, Emma e Alyssa saíram hoje pela manhã. Meus pais, Derek, Rose, Alice e Esme chegariam amanhã de manhã.

Olhei para Edward de bruços ao meu lado, ele dormia calmamente. Mordi o lábio ao me lembrar de que não estou o tratando muito bem desde que recebi alta.

Debrucei-me em sua direção e beijei sua nuca demoradamente enquanto afagava levemente seu macio cabelo.

— Hmmmm.

Afastei-me um pouco para poder ver seu rosto sonolento.

— Posso saber o motivo desse ataque á essa hora? - perguntou com a voz rouca e divertida.

— O que me fez acordar foi o remorso e a forma idiota que estou te tratando desde que tive alta. - deitei-me ao seu lado, encostando meu nariz no seu. — Me desculpe amor.

— Não há o que desculpar meu amor. Passamos por uma fase difícil, entendo porque quer se manter um pouco afastada. - deslizou deliciosamente seu nariz pelo meu. — Te dou todo o tempo do mundo.

— Tudo já acabou. - suspirei aliviada. — Quero viver somente o presente agora, ao lado dos nossos filhos e do meu noivo.

— Podemos começar novas páginas da nossa história agora. - sussurrou puxando minha cintura para mais perto de seu corpo.

— O que você tem em mente? - levei minhas mãos até a sua nuca, massageando seu cabelo.

— Podemos ficar namorando um pouco enquanto as meninas não acordam. - rimos. — Não podemos fazer amor ainda, temos que esperar alguns dias ainda. - fez uma leve careta.

Não tive nem de rir, quando percebi seus lábios estavam se movimentando com rapidez sobre os meus, arfei quando sua língua adentrou minha boca e seu corpo se postou acima do meu.

Edward se sentou na cama sem se desgrudar de mim, sentei-me em seu colo, abraçando sua cintura com as minhas pernas. Seus lábios deslocaram-se para meu pescoço. Edward mordiscava, lambia e chupava com força enquanto eu o dava livre acesso ao mesmo.

— Ah, Edward! - arfei sentindo que precisava do mesmo.

— Preciso tanto de você. - sussurrou em meu ouvido, mordendo o lóbulo logo em seguida. — Quero estar dentro de você, sentindo-a quente e pronta para mim, quero senti-la bem apertada e me acolhendo. - fechei os olhos enquanto mordia meu lábio com força. — Se movimentando sobre mim, gemendo meu nome enquanto vejo nossos corpos conectados e entregues um ao outro.

— Te desejo tanto. - deslizei minhas mãos por seus ombros e o afastei levemente.

Encarei seus olhos escuros pelo desejo e mordisquei seu lábio.

— Precisamos parar, não vamos conseguir parar se continuarmos. - beijei seu rosto. — Você me enlouquece tanto, Cullen.

Edward mordeu meu ombro sem tirar seus olhos do meu rosto.

Levantei-me num pulo antes que as coisas ficassem ainda mais quentes, se possível.

Edward grunhiu enquanto afundava o rosto em seu travesseiro.

— Bella.- gemeu ainda com o rosto escondido.

Gargalhei vendo-o todo manhoso.

Edward ao me ver gargalhar rapidamente tirou o rosto do travesseiro e me olhou com aqueles lindos olhos brilhando intensamente, totalmente feliz e empolgado.

— Está ainda mais linda. - observou. — Já fazia tanto tempo que eu não á via sorrir dessa forma, senti tanta falta disso.

— Acabou, tudo isso acabou, agora somos nós, a nossa família e nada vai nos separar, amor.

Meu noivo abriu os braços para mim, mordi o lábio antes de me encaixar em seus braços forte e quentes.

— Agora vamos viver a nossa história, junto com a nossa família, apenas nós, vivendo um dia de cada vez. - beijou o alto de minha cabeça.

Sorri apertando-o em meus braços também.

Eu estava no meu paraíso, em meu paraíso particular, no meu porto seguro, com o meu amor.

— Com fominha, meu amor? - perguntei brincando com a mãozinha de Emma que esfregava levemente sua bochecha rosada em meu seio que estava coberta por minha leve camiseta cinza. — Acho que sim. - dei risada por ver um biquinho lindo se forma em seus lábios vermelhos.

Emma tinha os cabelos acobreados um pouco mais claros do que o do Edward, seus olhos verdes meio azulados me analisavam detalhadamente, sua pele branquinha estava um pouco rosada de tanto rir pelas brincadeiras bobas do seu pai babão.

— Não acho que seja somente ela. - olhei para Edward que vinha sorridente enquanto carregava Alyssa totalmente vermelha.

Gargalhei ao vê-la esticar seus bracinhos gordinhos em minha direção.

Coloquei Emma cuidadosamente deitada entre várias travesseiros em nossa cama de casal e tirei minha camiseta, abaixando o lado esquerdo do meu sutiã, peguei Alyssa delicadamente dos braços de Edward.

— Quer dizer que meu outro moranguinho também está com fome? - beijei a pontinha de seu nariz.

Enquanto Alyssa mamava, analisei minha sobrinha que já era como uma filha para mim. Seus cabelinhos loiros brilhavam como ouro e seus olhos verdes claros analisavam cada movimento meu. Sua pequena mãozinha gordinha afagava meu seio.

— Minha pequena. - sussurrei.

Edward se sentou ao meu lado com nossa pequena em seus braços, Emma agora estava chupando a chupeta enquanto olhava o rosto do pai.

— Nossas pequenas. - sorriu todo bobo.

Deu-me um rápido selinho.

— Tão lindas as duas. - observou passando seus olhos de Alyssa para Emma que agora dormia calmamente em seus braços. — Minha primeira filha. - falou maravilhado. — Deus foi tão bom comigo, mesmo pelas circunstâncias, ganhei mais dois filhos. Não poderia querer mais nada.

Sorri maravilhada com a sua declaração, antes que eu pudesse me pronunciar, Carlisle nos chamou.

— Todos chegaram. - anunciou gritando da sala.

Me peguei super ansiosa para ver todos novamente, mas ainda mais por ver Derek.

Arrumei Alyssa na cama após ela ter teminado de mamar, recoloquei minha camiseta e olhei ansiosa para Edward que sorria para mim.

— Pronta? - perguntou já sabendo a tão esperada resposta.

— Muito mais do que pronta. - ele sorriu ainda mais ao ouvir meu tom de voz ansioso.

Peguei Alyssa no colo e formos em direção á sala.

Carlisle, Jazz e Emm já se encontravam na mesma, eles estavam no mesmo estado que eu, ansiosos.

Carlisle estendeu os braços em minha direção e passei Alyssa para ele, que sorriu vendo-a quase dormir.

A porta já estava aberta e conseguíamos ouvir as vozes se aproximando, eu queria simplesmente correr, mas eu sabia que eu precisava me controlar e esperar meu pequeno homem chegar para ver suas irmãzinhas.

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Meu coração começou a bater com mais força quando ouvi passos apressados vindo em nossa direção, meus olhos começaram a marejar.

— Ah! Que se dane! - corri para fora da sala e quando passei pela porta, foi inevitável não sorrir.

Lágrimas começaram a correr livremente enquanto eu me agachava no chão.

— Mamãe! - se possível consegui sorrir ainda mais quando Derek se encaixou perfeitamente em meus braços.

Apertei seu corpo contra o meu numa forma de dizer a todos que eu nunca mais o largaria, jamais deixaria meu filho sair novamente da minha vista, nunca mais o afastaria de mim.

— Meu filho, meu filho! - comecei a encher seu rostinho de beijos enquanto ele gargalhava em meus braços. — Derek, meu amor, a mamãe sentiu tanta a sua falta. - chorei olhando atentamente cada traço de seu rosto.

— Eu também mamãe, eu nunca mais quero ficar longe de você. - sorri e voltei a beijar todo o seu rosto.

— Nós dois nunca mais vamos nos separar. - encarei seus olhos azuis. — Vamos ficar juntos para sempre. O papai está super ansioso para vê-lo e sabe qual é a novidade?

— O quê? O quê? - perguntou ansioso enquanto eu o pegava no colo.

— Você acertou. - ele franziu o cenho. — Você agora é irmão mais velho de duas menininhas.

— Duas, mamãe? - perguntou surpreso. — Eba! Agora a nossa família é enorme. - comemorou beijando minha bochecha.

Sorri maravilhada ao ver meu filho ser a criança mais adorável e apaixonante do mundo.

— A mamãe te ama tanto, filho. - falei emocionada antes de seus bracinhos rodearem meu pescoço, abraçando-me mais forte do que a primeira vez. — Te amo tanto meu amor, me desculpe por ter deixado você ir para longe, desculpe por ter nos separado novamente quando eu prometi que nunca mais ficaríamos separados novamente. Eu... eu sinto que...

— Você é a melhor mamãe do mundo! - olhei surpresa para ele. — Meus avós me explicaram que esse tempo longe de você, mesmo sendo difícil e chato, era necessário para que nós dois quando nos víssemos de novo ficássemos juntos para sempre. - Derek beijou a ponta do meu nariz. — Tenho a melhor mamãe do mundo e ela é somente minha.

Gargalhei em meio as lágrimas.

— Eu também te amo muito, mamãe.

Percebi que todos já estavam a nossa volta quando os braços de meus pais nos rodearam.

— Estamos tão felizes por você estar bem, filha. - falou minha mãe chorando, ao meu lado. Beijei-lhe o rosto.

— Eu sinto muito mãe. - sussurrei para ela.

— Conversamos mais tarde, querida. Agora você tem que aproveitar a sua família. - beijou demoradamente minha testa.

— A nossa família. - sorrimos.

Meu pai beijou a minha testa e abraçou meu ombro.

Quando entrei no apartamento, percebi que eu havia ficado tão entretida com Derek, que não havia visto Alice, Rose e Esme entrarem no mesmo, elas estavam abraçadas aos seus respectivos maridos e babavam pelas meninas.

— Papai! - Derek o chamou quando viu o mesmo vindo em nossa direção.

— Meu campeão! - abraçou-o com força, os dois mantinham os olhos fechados enquanto se abraçavam carinhosamente. — Meu filho! - Edward jogou-o para cima, arrancando risadas de todos presentes enquanto assistiam a cena pai e filho.

— Senti muito a sua falta, papai. - soltou ainda abraçado ao pescoço do mesmo.

— Da mesma forma que eu sentia a sua, filho. - meu noivo bagunçou o cabelo loiro de nosso filho. — O papai te ama tanto, tanto e tanto. - riram.

— Eu também te amo papai. - beijou a bochecha de Edward, deixando-o ainda mais emocionado.

Abracei Esme, Alice e Rose que estavam encantadas pelas meninas.

Edward colocou Derek sentado no sofá e pegou Alyssa no colo, peguei Emma e fui me sentar ao lado de meu primogênito.

— Filho, essa é sua irmãzinha, Emma. - ele olhou curioso para a bebê em meu colo que estava em volta de uma mantinha rosa.

— E essa é a sua outra irmã, Alyssa. - Edward se sentou do seu outro lado com Alyssa em volta de uma mantinha lilás.

— Elas não são tão parecidas assim. - analisou fazendo-nos rir.

— Derek, Emma e Alyssa não são gêmeas, meu amor. - falei meio hesitante com os olhos em Edward que assentiu. — Emma é minha filha. - engoli um seco vendo seus olhos azuis me analisando seriamente. — Alyssa é filha da sua tia Sofia.

— E onde está a tia Sofia?

— Ela virou um anjinho, mamãe? - Derek perguntou quando passei um braço por seu corpo magro e beijei sua testa.

— Sim, assim como o seu papai Matt, meu amor. - afaguei seu cabelo enquanto via-o tocar levemente o tumulo de Sofia, ao lado estava o tumulo de Michael.

— Alyssa está sem os seus papais, ela está sozinha? - seus olhos tristes voltaram-se para os meus.

— Claro que não, filho. O seu papai Matt também virou um anjinho que você era bem novinho ainda, mas você sempre teve os seus avós, os seus tios e agora você tem o papai Edward, não é? - ele assentiu. — Alyssa pode não ter mais os seus papais, mas não quer dizer que ela está sozinha. Ela tem os seus avós, os seus tios, tem uma prima que agora é sua irmãzinha, agora eu e o seu pai somos os papais dela e ela ainda tem um lindo irmão mais velho, pode ser? - perguntei tocando em seu nariz.

— Claro que pode mamãe! - sorrimos um para o outro. — Eu só queria ter me despedido dela.

— Tenho certeza que ela também gostaria ter se despedido de você, meu anjo, mas ela sempre te amou como se você fosse um filho para ela e isso nunca irá mudar. Eu sonhei com o seu papai Matt e sabe de uma coisa? Ele está muito feliz por tê-lo como filho, sente muito orgulho de você, por ser um menino carinhoso, educado, amoroso, forte. - eu nunca havia visto-o sorrir tanto. — Ele te ama muito.

— Eu também amo muito o papai.

Beijei sua testa após ele depositar as flores no tumulo de Sofia e do Michael.

— Podemos ir passear? - perguntou enquanto andávamos até o carro onde Edward estava com as meninas.

— Claro que podemos, quer ir aonde? - perguntei colocando-o na cadeirinha ao lado do das meninas que estavam entretidas em tirar e colocar as chupetas.

Edward piscou para mim quando sentei ao seu lado, ele entrelaçou nossas mãos e começou a dirigir.

— Podemos ir ao parque? Sinto saudades de lá e podemos ir tomar sorvete depois. - sorri vendo-o empolgado.

— Podemos amor? - olhei para meu noivo.

— Claro que podemos, é a primeira vez que saímos nós cinco, como uma família e quero vê-los felizes. - ali estava o meu sorriso torto preferido.

Nosso filho comemorou no banco de trás enquanto falava sem parar como as meninas estavam engraçadas balbuciando coisas sem sentido.

Suspirei feliz ao ver que tudo estava indo mais do que bem, meus filhos sentados no banco de trás felizes e meu noivo, futuro marido conversando animadamente com ele.

Olhei para a janela ao meu lado e mordi meu lábio quando meus olhos se encheram de lágrimas.

Sofia.

Talvez se ela não me odiasse, como odiou desde pequena, as nossas vidas não teriam chegado aonde chegaram agora, porém, talvez eu não estivesse com Edward, não tivesse Emma e não poderia ser uma mãe também para Alyssa.

Talvez no fundo, eu esteja agradecida por suas escolhas, mas eu gostaria que ela estivesse vivendo essa felicidade junto comigo, sorrindo ao ver sua pequena filha crescendo a cada dia, vivendo finalmente uma história de amor com Michael.

Todos os momentos que passeis nos últimos meses me atingiram em cheio.

— Não posso ser ela. - sussurrei soltando-me do mesmo e vendo em seus olhos que ele compreendeu minhas palavras, ele sabia, ele mais do que ninguém sabia quem eu era agora.

— O que está falando? – perguntou mordiscando meu pescoço novamente.

— Você sabe o que eu quero dizer. – falei enquanto o afastava.

— Não, não sei. Diga, me diga o porquê. – seus olhos cintilaram enquanto o mesmo me encarava seriamente.

— Eu não sou ela. – afastei-me do mesmo. — Não posso mais ser ela, não agüento e não suporto mais isso.

— Por que Bella? – perguntou-me, respirei aliviada quando ouvi finalmente o meu nome.

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Sorri com os lábios ainda nos dele, Edward sentou-se na poltrona, colocando-me em seu colo, minhas mãos puxavam gentilmente seu cabelo enquanto suas mãos apertavam minha cintura. Nossos lábios se moviam em sincronia, sua língua mantinha uma batalha com a minha, antes de nos separarmos, o mesmo mordeu meu lábio.

— Eu te amo. – falou tirando uma mecha de meu cabelo que estava em meu rosto.

— Eu também te amo. – dei-lhe um selinho e levantei-me de seu colo. — Tenho que ir.

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— Não vou ir com você? – perguntou triste, dei um sorriso amarelo tentando não demonstrar o quanto aquilo estava me matando.

— Não, meu anjo. Hoje você vai ter que voltar para o James. – minhas mãos estavam geladas. — Você não sabe o quanto eu tenho vontade de te pegar nos braços e sair correndo com você, deixar tudo e todos para trás.

— Eu queria ir com você, mamãe. – seus olhos se encheram de lágrimas, suas orbes verdes brilhavam.

Pisquei repetidas vezes para não deixar as minhas lágrimas caírem.

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— Eu não sei o que está acontecendo querida, mas se acalme. Tudo vai se resolver, tudo vai voltar a ser como era e sua vida vai melhorar. A vida sempre tem a sua calmaria e a sua calmaria está chegando. – beijou meu cabelo e continuou me abraçando.

— Como eu- eu vou resolver os meus problemas? – perguntei soluçando, Esme limpou o caminho das lágrimas em meu rosto e sorriu.

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— Precisamos conversar Swan. – disse entre dentes, passei as mãos entre os fios loiros de Derek e deixei que James me puxasse para fora da casa. — Vou dizer apenas uma vez. – jogou-me no chão. — Não brinque comigo.

— Do que está falando? – perguntei sem entender.

— Você acha que sou idiota?! – gritou chutando minha perna. Reprimi o grito, pois sabia que se gritasse Derek ficaria ainda mais preocupado e nervoso.

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Vi os olhos dos três se arregalarem enquanto vinham em minha direção, antes que eu pudesse cair, segurei com muita dificuldade a beirada do penhasco, minhas mãos amarradas não estavam me ajudando muito.

— Socorro! – gritei enquanto tentava não entrar em pânico e tentava me manter sã enquanto segurava aquela maldita beira.

Eu não queria morrer daquela forma, não daquele jeito.

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— Sabe, eu nunca esqueci o que você disse uma vez. — pude finalmente ouvir o seu riso, mesmo sendo meio forçado, ainda era um riso. — Uma vez, você me disse que não acreditava em contos de fadas, já que contos nunca são reais e você ainda ressaltou que, todas as histórias de amor que você observava nunca acabavam bem, é pode até ser verdade. Naquela época eu também não acreditava em contos, era clichê demais, romântico demais para quem nunca esteve apaixonado, porém. – pelo seu tom de voz, Edward estava perdido em suas próprias lembranças. — Eu menti naquele dia, eu acreditava e ainda acredita em um único conto. O nosso. – sua mão apertou a minha. — Como todo conto, o príncipe nunca desiste da princesa e eu nunca, jamais, desistiria de você Isabella, a minha princesa. Mesmo eu estando com a Sofia e você com o Matt, eu sempre acreditei fielmente que teríamos uma história e que no final, seríamos nós dois que contaríamos o feliz para sempre.

Senti seus lábios em minha testa enquanto suas mãos acariciavam calmamente meu cabelo.

— Eu acredito no nosso conto de fadas. – abri devagar os olhos, deparando-me com seus olhos verdes que agora brilhavam intensamente.

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— Sim, eu estava morrendo de saudades mamãe. – disse aconchegando-se em meu peito. — O papai estava morrendo de saudades de você. – falou pegando a mão do Edward.

— Papai? – perguntei intercalando olhares entre os dois.

— Sim, o tio Ed é o meu papai. – falou puxando Edward para se juntar ao nosso abraço, sorri emocionada.

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— Você é minha irmã!

— Mas isso não me impede de te odiar Isabella. – aquilo foi um soco no estômago. — Eu te odeio por sermos irmãs, por sermos idênticas e por todos acharem que você é melhor do que eu.

— Como se você fizesse alguma diferença na minha vida. – falei, eu mentia tão mal.

— Não tente fingir que não se importa, pois está escrito na sua testa que você se importa comigo maninha, mas saiba, que a partir de agora, eu não quero mais saber de você, pra mim você morreu!

— Por que me odeia tanto? – perguntei fechando minhas mãos em punho.

— PORQUE VOCÊ EXISTE E TEM TUDO QUE DEVERIA SER MEU!

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— A Nessie foi encontrada morta na casa dela. – pisquei os olhos rapidamente, percebi que estava respirando com dificuldade. — Encontraram um envelope direcionado a você. – percebi que Edward havia me sentado.

Meus ombros caíram.

— Co-Como?

— Os vizinhos ouviram gritos de madrugada e chamaram a polícia. – explicou Emmett tocando em meu ombro.

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— Pelo o quê?! – vir-me-ei brutalmente para trás e acabei derrubando o banquinho. — Está pedindo pelo que exatamente?! – gritei, paralisei ao vê-la chorando copiosamente.

— Me desculpe por tudo, por tudo o que você passou e pelo o que está passando. – soluçou alto. — Eu não queria que você sofresse Bella...

— CALA A BOCA! CALA A BOCA SUA MENTIROSA! EU LI O SEU DIÁRIO! EU SEI EXATAMENTE O QUE VOCÊ DESEJAVA PARA MIM, VOCÊ PODE ATÉ TER MUDADO DE UM TEMPO PARA CÁ, MAS AINDA ASSIM, NÃO MUDA O QUE VOCÊ FEZ E O QUE VOCÊ DESEJOU PARA MIM!

— Bells, por favor, me ouça. – suplicou. — Você não sabe como é viver como uma sombra da irmã gêmea, todos amavam você, todos te achavam melhor do que eu, sempre nos comparando, você sempre era a melhor, sempre. – ela não conseguia continuar por conta dos soluços.

–---------------------***-----------------------

— O que está pensando em fazer? – perguntei quando o vi abrir a sua gaveta no criado mudo.

— Deixei-me fazer direito e dessa vez é por amor, dessa vez é a junção de dois corações que virarão apenas um. Por favor, fique quietinha. — disse se ajoelhando a minha frente, levantei-me devagar para não acordar o Derek. — Eu errei em esconder os meus sentimentos por você, errei em deixá-la ir com outro homem, errei em pensar que iria amar outra mulher que não fosse você, errei por esperar tanto tempo. Mas o tempo me fez ver que se eu não tivesse errado, talvez eu não teria a família que estou criando hoje, talvez eu não tivesse o filho lindo e esperto que tenho agora. – seu sorriso era imenso, o maior que eu já tinha visto. — Talvez eu não fosse ser pai agora e não estivesse na expectativa que estou agora. – rimos, limpei a lágrima de felicidade que corria por minha bochecha. — Talvez não fossemos tão felizes juntos como estamos agora, deixando de lado as circunstâncias. – respirou fundo. — Isabella Marie Swan, você me daria á extraordinária honra de ser fazê-la feliz por toda a vida, me daria à honra de fazer com que essas lágrimas sejam sempre de alegrias, eu prometo amá-la e respeitá-la por toda a minha vida, prometo fazer cada dia um melhor que o outro, prometo te amar eternamente. Você aceita se casar comigo?

— Sim.

–---------------------***-----------------------

— O que o papai está fazendo? – Derek sussurrou para mim.

— Papai está ficando solteiro. – sorri mexendo no seu cabelo.

–---------------------***-----------------------

— Vai Bella. - sussurrou só para eu ouvir.

— O quê? - consegui dizer sufocada.

— Corre Bella, vai procurar uma saída, grita, pede socorro, mas saí daqui, por favor. - pediu chorando.

— Eu não vou deixar vocês.

— Vai Bella, por favor, cuida da Alyssa, sei que você vai ser uma grande mãe para ela. - meus olhos marejaram.

–---------------------***-----------------------

— ISABELLA! - James gritou meu nome completamente irado. — Aí está você. - sorriu. — Acha mesmo que está em segurança com esses idiotas á sua frente. - ele começou a gargalhar. — Você não vai sair daqui sem eu ao seu lado, Isabella. Nós vamos sair juntos, vivos ou mortos. - fechei meus olhos com força. — Sabe onde está a sua querida irmã? ELA FINALMENTE ESTÁ MORTA! AGORA ELA REALMENTE MORREU! MORREU! - ele abriu os braços enquanto gargalhava sem parar. — Sofia e Michael estão mortos e você com certeza será á próxima.

Ele ergueu a arma em nossa direção, mas antes que pudesse fazer algo, todos os policias atiraram no mesmo, ele caiu ensangüentado á nossa frente, engoli um seco.

— Bells, amor. - voltei-me para Edward que me olhava com curiosidade.

Ele limpou meu rosto, eu nem havia percebido que estava chorando.

— O que houve? Está sentindo alguma dor? - perguntou preocupado enquanto me ajudava a sair do carro.

Fiquei tão entretida nas lembranças que não havia notado que já havíamos chegado no parque, ele tirou Derek da cadeirinha e colocou as meninas no carrinho delas.

— Estou bem, estava pensando em tudo o que aconteceu nesses meses. - passei meus braços envolta do seu pescoço.

Ele me deu um rápido selinho enquanto mantinha suas mãos em minha cintura.

— Eu acho que já está na hora de começarmos á pensar em um detalhe. - falou olhando em meus olhos.

— Que detalhe?

— Nosso casamento.


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Notas finais do capítulo

PENÚLTIMO CAPÍTULO POSTADO!
Oieee gente, como vocês estão???
Me desculpe de coração pelo atraso do capítulo, eu sei que deveria ter postado antes, porém, pra quem faz faculdade, sabe o quanto é difícil ter um tempo sobrando. E é o meu primeiro semestre, então estou ainda me acostumando com os tipos de avaliações, sem falar que eu fui péssima na prova de matemática, agora é estudar feito uma condenada novamente ¬¬'
Bom, eu quero muito saber o que acharam do capítulo, me digam o que adoraram, o que odiaram, por favor, me contem, faltam apenas 5 comentários para chegarmos a 300 comentários! Muito obrigada á todos que comentaram, eu prometo responder Á TODOS quando finalizar a fanfic ;)
Quem mais está super triste com o fim da história tão próximo? :(
Beijoss e até o último capítulo!
^..^