Na Época dos Marotos escrita por Salayne


Capítulo 9
Os segredos de Aluado.


Notas iniciais do capítulo

Porque eu amo viver, e Myah! (ele me mandou um e-mail) me ameaçou de morte caso eu não voltasse a postar. E também, por que eu amo vocês (mas principalmente pela parte da ameaça) :D



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Tudo estava calmo no “salão comunal” dos monitores. Era por volta das oito e meia, quando escutaram uma batida na porta. Sirius foi o primeiro a se levantar, seguido por Snape.

- Quem é? – Sirius perguntou.

- Sou eu, Sirius. – a voz de Aluado soou.

Sirius abriu a porta.

- O que foi, Aluado? – Sirius perguntou.

Os olhos de Lupin pousaram levemente em Vitória que estava terminando seu dever de poções.

- Preciso conversar com você. – ele disse ainda olhando-a.

- Ótimo, eu também preciso falar com você. Mas não aqui. – Sirius disse e indicou o corredor. – Eu já volto, meu amor. – Acrescentou ele, olhando para Vitória que sorriu.

- Não demore muito. – ela disse.

Ele sorriu e assentiu antes de fechar a porta. Uma corvinal que estava do lado a olhou e murmurou:

- Sabe, Vi, ele gosta muito de você. Mas parece-me que não é o único. – Celeste sorriu.

Vitória corou.

- Não sei do que você está falando, Céu. – ela disfarçou.

- Eu estou falando do amigo do Black. Estou falando do Snape também. – Celeste disse. – Por exemplo, eu percebi do jeito que o Lupin te olhou, foi um jeito que deixou o Black muito irritado.

- Céu, você deve estar imaginando coisas. – Vitória murmurou.

- Não. Eu só estou vendo o obvio. Mas você não quer ver. – Celeste disse.

- Como eu posso ver algo que não está acontecendo? Céu, ele é o melhor amigo do Sirius! – a menina exclamou. – Até parece que ele ia gostar de mim.

- Bem... Essas coisas não se escolhem, sabe... – Celeste corou. – Não mesmo.

- Céu, está tudo bem com você?

- Ahh, é claro que está... Mas, olha só a hora! Tenho que ir tomar minha poção contra os zonzóbulos e... – Celeste entrou em seu quarto e se trancou lá dentro.

- Que foi que deu nela, Merlin? – perguntou a outra com o cenho arqueado enquanto voltava a se concentrar no dever de poções.

- Eu diria que ela está apaixonada pela pessoa errada. – a voz seca de Snape soou.

- Eu acho, que eu fiz a pergunta a mim mesma, Snape. – Vitória disse seca.

- Eu ainda não sei por que você está assim comigo. – Ele disse.

- Por que eu sou mesquinha, lembra? – a garota revidou.

- O que você quer? Eu já te pedi desculpas! Você quer que eu me ajoelhe aos seus pés? Por que se for isso, eu faço...

- Eu só quero que você me deixe em paz! – Berrou a garota, sua voz fazendo eco no silêncio do salão. – Será que você não entende? Eu não quero mais ouvir a sua voz. Eu não quero mais ver a sua cara. Eu não quero mais falar com você! Para mim, você morreu! Eu apenas te suporto, porque eu sou chefe-dos-monitores e por isso nós temos que dividir o mesmo dormitório. Mas, ah, se você começar a fazer gracinhas e me tirar do sério, eu peço para o Sirius socar-lhe a cara, e ele não hesitaria em fazer isso. Deixe-me em paz! Você me entendeu? – ela fechou o livro, e colocou a pena no tinteiro de qualquer jeito.

Logo a garota pegou o livro, o caderno e a pena nos braços, quase marchando em direção ao seu quarto. Mas quando ela passou, Snape pode ver de relance que seus olhos estavam cheio de lágrimas.

Ele a ouviu bater a porta, mas pode ouvir também um soluço fraco, um tanto abafado pela porta que estava fechada. Snape se deixou cair na cadeira onde ela estivera há poucos minutos.

Ele colocou a cabeça entre os braços e disse:

- Se houvesse ao menos um jeito de reverter à situação... Se eu pudesse a fazer ver que eu não tive culpa, mas sim o idiota do namorado dela. Eu o odeio. Eu vou fazê-lo pagar caro por ter me separado dela. Ah se vou. – ele se levantou e foi por fim para seu quarto. Deixando o salão comunal dos monitores vazio.

***

- Creio que você me deve algumas explicações, Remo. – Sirius começou num tom formal.

- Mesmo, Sirius? Estou curioso: Quais seriam? – Lupin revidou no mesmo tom.

- Vejamos, por exemplo... Ontem, você me disse que estava apaixonado, e quando eu lhe confrontei hoje, na hora do almoço, você meramente olhou para a minha namorada, depois baixou os olhos e disse que nós não a conhecíamos. Pois bem, acho que não fui o único a perceber que você tem mudado seu comportamento desde que a Vitória começou a ser minha namorada. E eu quero saber: Qual o motivo disso? – Sirius perguntou com certa frieza na voz.

Lupin suspirou fortemente.

- Ah eu lamento, Sirius. – ele disse. – Eu não queria que isso acontecesse. Mas você sabe que não há como impedir isso.

Sirius suspirou também.

- Sei como é. No entanto, justo pela minha namorada, Lupin? E você sabe como eu suei para conseguir ficar com ela. Não é justo que você estrague tudo. – ele murmurou.

- Não. Eu não vou fazer isso, eu jamais conseguiria. Entenda-me, sim é verdade eu estou apaixonado por ela, mas não quero que isso seja o pivô de nossa amizade. Nossa amizade é mais forte do que isso. Não vou deixar que isso acabe com esse companheirismo que temos. Não se preocupe, eu consigo ignorar o que sinto. Vamos fingir que esse meu comportamento nunca existiu. Você pode dizer para a sua namorada – a boca de Lupin se curvou para baixo. – que eu peço que ela esqueça meu comportamento, e que agora está tudo resolvido. E... – os olhos de Lupin se prenderam na lua que estava presente no céu. – Amanhã já é lua cheia.

- É, eu sei, Aluado. – o tom de Sirius mostrava que eles haviam se entendido. – Fico feliz que você ponha nossa amizade acima de tudo. E também é bom saber que você consegue controlar seus sentimentos. Não se preocupe, eu vou fingir que nada disso aconteceu. – Sirius o abraçou. – Ah, amanhã vamos voltar a ir à casa dos gritos.

- Uhm, isso me lembrou uma coisa. Eu gostaria de saber, o que você vai contar para a sua namorada? Afinal, é a primeira vez que vamos à casa dos gritos depois que você começou a namorar com ela. – Lupin disse.

- Putz, eu havia me esquecido disso. Não faço à menor ideia do que vou falar para ela! Aluado, você me... Me permitiria dizer a ela... A verdade? – Sirius perguntou temendo a reação do amigo.

- Ah claro. – Lupin deu de ombros. – Conte. Só espero que ela não saia correndo a cada vez que me vir.

- Ela não vai fazer isso. Você não a conhece muito bem, pelo visto. – Sirius murmurou. – Bem eu disse a ela que não demoraria, pois bem, tenho que cumprir a promessa. Agora acho que estou até mais leve por ter falado com você. – Sirius o abraçou e então virou-se preparando-se para entrar no salão comunal dos monitores.

***

A garota se olhou no espelho novamente, havia disfarçado muito bem o inchaço nos olhos. Ela não acreditava que havia chorado por ele de novo. Depois de tudo o que ele havia feito! E ela ainda havia achado que ele era seu amigo!

Ela foi para o salão comunal, e sentou-se no sofá, esperando Sirius chegar. Não conseguiria dormir até vê-lo de novo. Talvez o aperto em seu coração passasse se ele a abraçasse novamente.

Assim que Sirius entrou, encontrou a namorada deitada no sofá, com os olhos levemente fechados. Ele sorriu e se aproximou lentamente, acariciando a face da garota. Ela abriu os olhos.

- Desculpe, eu não queria te acordar. – ele disse.

- Eu não estava dormindo. Eu estava pensando. – ela deu de ombros e sentou-se. – E então? Como foi a conversa com o Aluado?

- Boa. – Sirius disse sentando-se ao lado dela no sofá. – Eu resolvi tudo. Aluado me garantiu que não vai mais ficar estranho com você.

- Que bom. – ela disse, piscando lentamente.

- Não devia ter ficado me esperando. Você deveria ter ido dormir. – ele disse.

- Eu... N- não estava com sono. – ela murmurou.

- Mas agora está. – Sirius sorriu. – Venha, eu te levo para o quarto.

- Não precisa. – ela murmurou.

- Precisa sim. – Sirius disse. – Ah, antes de você dormir, o Aluado me permitiu te contar uma coisa.

- Mesmo? E o que ele te permitiu me contar? – a menina perguntou.

- Talvez, amanhã durante a noite, você não me veja, pois, Eu, Aluado, Pontas e Rabicho, vamos à casa dos gritos. – Sirius disse.

- Por quê?

- Você jura que não conta para ninguém? – o olhar de Sirius estava apreensivo.

- Ah Sirius parece até que não me conhece. – ela disse. – É claro que não conto.

- Aluado é um lobisomem. – Sirius disse.

A menina pulou do sofá e arregalou os olhos.

- O que?

- Isso mesmo. Aluado é um lobisomem. Mas não o julgue mal. – Sirius murmurou.

- Julgá-lo mal? Claro que não, Sirius. – ela murmurou. – Eu até o entendo. Imagina, ele não tem culpa. Coitado. Tão jovem. Deve ser horrível, não é?

- Sim. É. Mas como eu e os meninos nos transformamos em animais, não há problemas. – Sirius disse.

- Vocês são animagos ilegais? – Vitória perguntou.

- Sim. – Sirius admitiu, e para sua surpresa, Vitória o abraçou.

- Ou vocês gostam muito do perigo, ou amam muito seu amigo. – ela murmurou.

- Acho que um pouco dos dois. – Sirius riu sendo acompanhado pela garota.

- Apenas tome cuidado. – ela murmurou. – Uhn, eu acho que vou me deitar, eu realmente estou começando a ficar com sono. – e então Sirius a observou ir para o quarto.

- Boa-Noite. – Sirius murmurou, mesmo sabendo que estava sozinho. Ele ficou sentado lá por mais alguns minutos, mas depois resolveu ir se deitar também. O Dia seria longo amanhã.

***

- Bom dia, Sirius. – a menina cumprimentou-o de bom humor no café-da-manhã.

- Bom dia, meu amor. – Sirius sorriu para ela.

Aluado permaneceu quieto durante todo o café-da-manhã. De repente ele parecia mais pálido. Parecia prestes a ficar doente.

- Está tudo bem com você, Aluado? – Vitória perguntou.

Ele levantou os olhos de modo a encará-la.

- Só estou um pouco fraco. – ele murmurou baixando a voz. – Acho que é porque hoje é lua cheia. – ele esperou no mínimo que ela saísse correndo.

- Eu sei. Deve ser muito difícil. Nem imagino como é. Espero que você melhore logo, Aluado, você não merecia isso. Você é uma pessoa muita boa. – Ela disse.

Ele sorriu.

- Obrigada. Eu nem imagino o que seria de mim sem meus amigos. – ele murmurou. – Vocês sempre me dão forças.

Sirius e Vitória sorriram também.

- Você merece. – ela disse. – Você é um ótimo amigo.

- Obrigada. – Lupin disse e então se levantou. – Preciso avisar o professor Dumbledore de que a minha transformação ocorrerá hoje.

***

- Tome cuidado, Sirius. – ela murmurou.

- Pode deixar que eu tomarei muito cuidado. – Sirius sorriu. – Ou você já se esqueceu que o meu melhor amigo se chama Tiago Potter? Cuidar de um lobisomem quando se tem um amigo desses é bem fácil.

A menina sorriu, e Sirius saiu. Mas ninguém reparou em dois olhos negros que brilharam assim que escutaram “Lobisomem”. Snape já havia tramado sua vingança.


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Notas finais do capítulo

Olá, minhas big sunshines. Aqui está mais um capítulo para vocês. Espero que tenham gostado. Reviews & Recomendações para o próximo. ;**



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