- Então... Como é que você e o Almofadinhas estão? – Lupin perguntou assim que a garota sentou-se na cadeira.

- Bem. – ela respondeu e depois corou. – Bem, nós... Estamos bem... Amigos, sabe.

- Ah, claro. – Lupin comentou sarcástico. – Muito amigos, não?

- Onde você está querendo chegar, Aluado? – ela perguntou arqueando o cenho.

- Nenhum lugar. Estou apenas querendo saber como as coisas estão. – ele disse. – Mas, quer saber? Eu acho que o Almofadinhas gosta muito de você. Mesmo que vocês sejam muito diferentes. – ele acrescentou olhando o distintivo de chefe-dos-monitores preso no uniforme dela.

- Eu sei. – ela murmurou empurrando a pena de escrever para longe dela. – Mas, o que eu posso fazer? Eu estou muito confusa, Aluado. Pense: Em um dia, eu achava que ama... Er... Gostava do Severo, depois no outro, brigo feio com ele, pois ele disse que talvez gostasse mais da Lílian do que de mim... Aí, eu começo a ficar amiga do Sirius, e cada vez com mais raiva do Sev.... Então eu volto a falar com o Sev e aí... – ela corou e encarou o caderno.

- E aí?

- E aí... Fico achando que... Estou apaixonada pelo Sirius. – ela admitiu olhando o caderno.

Aluado sorriu e pegou a mão dela.

- Não fique assim, minha amiga. Está tudo bem. – ela disse.

- Eu estou tão confusa, Aluado. – ela suspirou.

- Fazer o dever te ajuda a pensar?

Ela riu.

- Sempre ajuda. – ela murmurou, e então abriu um dos livros que estava sobre a mesa, e começou a copiar algumas coisas que estavam escritas lá.

***

- Lílian... Quanto tempo vai demorar até que o estúpido do Black a magoe? – Snape perguntou.

- Eu não sei, Sev. – Lílian murmurou rolando os olhos, enquanto os dois iam em direção a biblioteca.

- Ahh, Uhm, Lílian, que estamos fazendo aqui?

- Vamos estudar. – Lílian disse, olhando ansiosa para dentro da biblioteca. – Ahh. – ela disse, achando a garota que estava procurando. – Vamos nos sentar ali. – ela apontou a mesa mais próxima da qual Aluado e Vitória estavam.

- Ei, Lílian, aquela ali não é a Vitória? – Snape perguntou.

- Ahh, é. – Lílian murmurou.

- Quem está com ela? É o mimado do Black?

- Não. É o Lupin. – Lílian disse. – Bem, admita ao menos que inteligente ele é. Os outros, nunca sequer botaram os pés numa biblioteca, e Lupin é monitor.

- Grande coisa. É amigo de Black, tem minha antipatia. – Snape disse

Lílian rolou os olhos, e abriu o livro fingindo estar lendo, quando estava olhando para Vitória.

- Eu queria ouvir o que eles estão conversando. – Lílian disse suspirando.

- Idem. – Snape murmurou.

***

- Hum... Aqueles ali, não são Lílian Evans, e Snape? – Lupin perguntou.

- Sim. – ela disse. – Por quê?

Lupin riu.

- Parecem estar muito interessados em nossa conversa. – ele disse.

- Bem já acabei, Aluado. E você?

- Também. – ele murmurou.

- Ótimo. Vamos embora, quero só ver se eles virão atrás. – ela riu.

- É bem capaz de irem. – Lupin disse rindo.

- Haha. – ela disse irônica.

- Droga, Lílian! Eles estão indo embora! Aposto como ela irá ficar sozinha com o Black. – Snape disse.

- Hey, Sev, calma. Black não é louco de tentar algo contra a vontade dela. – Lílian disse.

- Por isso mesmo. Pode não ser contra a vontade dela. – Snape suspirou.

- Ah, Sev, eu conheço minha amiga. Ela não é disso. – Lílian disse.

- Eu sei. – Snape afundou na cadeira. – eu sei. E, Lílian, não importa o que aconteça, eu vou reconquistá-la. Ah, se vou.

 Lílian assentiu.

- Claro que vai. – ela disse. – Ah, bom, agora vamos a nossa tarefa. – ela apontou para os livros, e Snape suspirou.

***

Vitória e Lupin chegaram ao salão comunal da grifinória pouco depois do treino de quadribol dos garotos acabar.

Assim que os dois entraram, viram certa esperança no olhar dos meninos. Tiago foi o primeiro a chegar perto deles:

- Como foi na sala da tortura?

- Sala da tortura? – Vitória franziu o cenho.

- É assim que ele, o Almofadinhas e o Rabicho chamam a biblioteca. – Lupin revirou os olhos.

- Ora, para que eu iria querer ficar enfornado numa sala, onde minha única compania são Nerd’ s, livros e a chata da madame Pince? Ah, não. Muito obrigada, eu prefiro ficar no campo de Quadribol. – ele disse.

Lupin e Vitória bufaram.

- Obrigada por dizer que eu sou nerd. – ela murmurou severa, mas seus olhos eram zombeteiros.

- De nada. – Tiago disse e depois riu. – Ora, isso pode ser tanto ruim quanto bom. E, no seu caso isso é bom. Tão bom que olhe só: És monitora.

- Chefe-dos-monitores. – a garota disse.

- Dá no mesmo. – Tiago disse dando de ombros.

Ela riu.

- Bom, vou guardar meu dever de DCAT lá em cima. – ela murmurou.

- Ahh, peraí. Você já acabou? – a garota assentiu. – Ótimo, me empreste então.

- Haha. Mas, que cara de pau. – ela disse, mas estendeu o caderno para Tiago. – Mas, certo. Acho que eu estou fazendo uma coisa boa... Estou te ajudando a fazer uma tarefa na qual você tem dificuldade.

- Por não saber, sequer, onde fica a biblioteca. – Lupin murmurou.

Tiago deu de ombros e começou a copiar o dever.

***

- Vi? – Lílian apareceu na porta do dormitório.

- Hm?

- Eu estava vindo para cá, quando um daqueles tapados que são amigos do Black, me pediram para te chamar. – Lílian disse.

- Ah. – ela disse. – Todos eles pediram ou apenas o Sirius?

- Só o Black. – Lílian murmurou.

- Eu já estou indo. – murmurou ela inutilmente.

- Ah, e o Sev quer falar com você. – Lílian disse.

- Que bom para ele. – Vitória disse com sarcasmo.

- Vai falar com ele?

- Sev? Depois que eu falar com o Sirius. – Vitória disse simplesmente.

- Por que o Black de repente é mais importante do que o Sev?

- Já te disse. Por que eu estou apaixonada por ele. – Vitória murmurou, e surpreendentemente suas faces não coraram.

- Dê ao Sev mais uma chance! Só mais uma... Eu tenho certeza que...

- Não. – Vitória murmurou decidida. – Ele me magoou muito.

- O Black vai fazer pior. – Lílian disse. – E, quando isso acontecer, você vai voltar para o Sev.

- Duvido muito. – a garota disse.

***

- Sirius? – a garota chamou, no ultimo degrau da escada.

- Ah, então a Evans te chamou mesmo. Quando eu pedi para que ela desse o recado, ela fez uma cara, que eu até achei que ela não iria te chamar. – Sirius disse, passando as mãos nos cabelos. Ele parecia estar nervoso.

- Bem, ela me chamou. Mas, ela só disse que você queria falar comigo. – Vitória murmurou, e quando ela fez menção de se sentar no sofá, Sirius a interrompeu.

- Bem, ela não lhe contou tudo. Eu queria saber se você não queria dar uma volta comigo. – ele corou.

- Claro. – ela sorriu.

- Ótimo. – Sirius sorriu.

- Xi, Almofadinhas, cuidado com as suas intenções para esse passeio. – Tiago murmurou, saindo detrás do sofá.

- Pontas... O que está fazendo aqui?

- Uhm... Deixe-me ver... Observando vocês dois? – Tiago fingiu pensar.

- Eu tentei impedir. – Lupin disse. – Juro que tentei.

- Não faz mal, Aluado. – a garota disse. – Nós sabemos como o Pontas é.

- Quer dizer, que vocês dois vão sair? – Tiago perguntou sorrindo.

- E também sabemos que ele é muito direto. – Lupin disse.

- Percebe-se facilmente. – a garota ironizou.

- Ainda não responderam minha pergunta. – Tiago disse ficando impaciente.

- Sim. Nós vamos sair. Satisfeito, Sr. Potter? – Vitória perguntou.

- Ah, muito. Bem, boa sorte. Hei, Aluado... Quer me ajudar a concertar minha vassoura?

- Não me diga que você bateu com ela em algum lugar...

- Ah, não... Tecnicamente, é só polirmos ela. E pronto. Fica novinha em folha. – Tiago disse enquanto ele e Aluado subiam as escadas.

- Bem, vamos? – Sirius perguntou nervoso.

- Claro. – A garota sorriu.

***

Sirius e Vitória já estavam andando pelos jardins de Hogwarts há algum tempo. Eles andavam de mãos dadas. Sirius e a garota sentaram-se debaixo de um arvore.

Sirius aproximou-se mais da moça e disse:

- Sabe... Depois destes dias que se passaram, sinto que estou cada vez mais próximo de você. Sua presença na minha vida é essencial. Meu dia só começa verdadeiramente quando eu vejo você, quando você fala comigo, e quando você sorri. A cada sorriso seu dirigido a mim, eu sinto meu coração acelerar. E, não consigo ficar sem sorrir toda vez que te vejo, toda vez que estou perto de você. Eu mudei muito depois que te conheci melhor. Não sou tão irresponsável quanto era antes. Não sou mais mulherengo. – a garota riu, e ele continuou. – Meus amigos dizem que eu fico parecendo um babaca quando estou perto de você. Eles me dizem que eu estou cada vez mais bobo. Mas, não importa. A única coisa de que me importo é que você está comigo. E, se quer saber o porquê de tudo isso, posso resumir em apenas cinco palavras: Eu estou apaixonado por você. – Sirius terminou olhando profundamente nos olhos da garota.

- Eu... Ah, Sirius... Não nego que a primeira impressão que tive de você é que você era um idiota, mulherengo e obcecado por quadribol. – foi a vez de Sirius rir.  – Mas, depois de te conhecer melhor, eu percebi que você era muito melhor do que eu imaginava. Você fazia com que eu me sentisse importante. Você faz com que eu me sinta bem. Lílian também vive me perguntando por que você está em primeiro lugar em tudo na minha vida... E... A resposta que ela sempre ouve é: Por que eu estou apaixonada por ele. – Sirius sorriu serenamente. – Eu acho que é isso, Sirius. Posso até mesmo ter demorado para ver que você era a pessoa certa. Mas, agora que sei... Quero passar cada momento com você.

Sirius não se conteve, e aproximou-se mais da garota, beijando-a. Justamente quando Lílian atravessava o jardim.