Na Época dos Marotos escrita por Salayne


Capítulo 15
Aluado, Almofadinhas ou Snape?


Notas iniciais do capítulo

Ah, eu sou boa demais, né? Três capítulos só nessa semana. Mas também com os lindos reviews que vocês me dão... Mas... Então, amanhã não tem capt, porque eu já postei três capts. Essa semana. Enjoy it!



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Poucos minutos depois de que ela havia entrado, os gêmeos entraram. Não pareciam estar aborrecidos, apenas pareciam ter se divertido.

― Porque a cara de quem se diverte? ― Vitória perguntou para Jorge, quando ele se sentou ao lado dela.

― Eu queria que você tivesse ouvido o que o Prof. Lupin falou para o Snape. ― Jorge respondeu rindo.

― E o que foi? E, como foi que vocês ouviram? ― Ela perguntou, arqueando a sobrancelha.

― Bem... Jorge e eu estamos trabalhando em um projeto... E usamos um dos nossos protótipos. Nós usamos nossas orelhas extensíveis sem que os professores percebessem e ouvimos toda a conversa... ― Fred sorriu. ― Embora ela devesse ser confidencial.

Vitória tinha no rosto uma expressão de desaprovação.

― Ah, vamos... Admita, você quer saber o que nós ouvimos. ― Jorge disse.

― Não, não quero. Aquilo era confidencial e... ― Ela fez cara feia. ― Vocês dois invadiram a privacidade deles.

― Ok. Então, quando você parar de ser tão certinha, para uma marota, a gente te conta. ― Fred murmurou.

Ela assentiu e fechou a cara para os gêmeos. Minutos depois, Lupin entrou na sala. Estava com uma cara de desagrado, mas abriu um enorme sorriso ao fitar a turma.

― Bem, classe... Preparei uma aula especial para vocês hoje. Imagino que já tenham ouvido falar dos dementadores, não é mesmo? ― ele perguntou.

― Sim, professor. ― a sala fez coro.

― Ótimo, ótimo. E então, vocês sabem se há uma forma de repeli-los? ― Lupin perguntou.

A sala ficou em silêncio, a mão de Vitória se ergueu no ar. Lupin sorriu, e balançou a cabeça:

― Sim, Srta. Redbird?

― Parece que achamos mais uma Hermione, Fred. Olha só, a Vickie tem as respostas na ponta da língua. ― Jorge murmurou.

― Olhe pelo lado bom, Jorge, agora nós temos de quem copiar os trabalhos. ― Fred disse, enquanto o outro ria.

― Há o feitiço do patrono. No entanto, para poder conjurá-lo, o bruxo ou a bruxa precisam ser peritos em magia, pois este é um feitiço de nível avançado. ― ela recitou.

― Correto, mais dez pontos para a grifinória. ― Lupin murmurou, ainda sorrindo. ― E mais alguém sabe como se conjura esse feitiço?

Mais silêncio. Vendo que ninguém respondia, ela suspirou e levantou a mão novamente.

― Srta. Redbird? ― Lupin chamou, sorrindo mais abertamente para ela.

― Para conjurar o patrono, bruxo tem que pensar em uma lembrança feliz, mas esta lembrança tem que ser muito feliz, pois ela irá alimentar o dementador, ao invés do bruxo. ― Ela disse.

― A resposta não poderia estar mais correta. Mais dez pontos para a grifinória. ― Lupin disse. ― Pois bem, podem guardar os livros... Nessa aula, nós vamos aprender a conjurar um patrono.

― O Senhor trouxe um dementador de verdade aqui, professor? ― perguntou uma garota loura da grifinória.

― Não. Eu trouxe um bicho-papão. No entanto, ele irá se transformar em um dementador, por meio de um feitiçozinho um tanto complicado que conjurei... ― Lupin explicou. ― Formem uma fila. Agora prestem atenção: Quando eu abrir aquela porta, e o bicho-papão-dementador sair, quero que todos se concentrem em sua lembrança mais feliz e então digam: Expecto Patronum. Repitam.

― Expecto Patronum. ― a sala repetiu.

― Certo... Todos preparados? Ótimo, Srta. Redbird, a senhorita quer começar? ― Lupin perguntou sorrindo para ela.

― Claro, professor. ― ela murmurou animada.

― Certo. Concentre-se em sua lembrança mais feliz, e quando o dementador sair dali, quero que você diga, em tom alto e claro: Expecto Patronum. ― Lupin murmurou e ela assentiu. Ele abriu a porta do armário onde o bicho-papão-dementador estava e ele saiu.

Postou-se de frente para ela, e começou a tentar se alimentar dela. No entanto, a garota segurou firmemente a varinha e disse:

― Expecto Patronum. ― um fiapo prateado saiu da ponta de sua varinha e ela tentou novamente, concentrando-se na primeira vez em que beijara Sirius. ― Expecto Patronum. ― desta vez o feitiço pareceu ter efeito. Um enorme cão prateado saiu da ponta de sua varinha, deixando a todos perplexos, incluindo ela mesma e Lupin.

Ele olhou para ela e murmurou:

― Um patrono corpóreo. Como conseguiu? ― ele observou o cão dar voltas na sala, empurrar o dementador para dentro do armário e então desaparecer.

― Não sei, professor. Eu apenas me concentrei na lembrança mais feliz que eu tinha. ― ela disse, ligeiramente ofegante.

― Mais vinte pontos para a grifinória. Eu nunca vi um aluno conseguir produzir um patrono corpóreo tão bem, na segunda tentativa. ― ele disse, agora sorrindo.

Ela também sorriu, e postou-se ao lado dele para observar os outros colegas. Lupin acrescentava dez pontos à grifinória a cada patrono produzido. Ninguém mais conseguiu produzir um patrono corpóreo.

― Quero que todos estudem sobre os patronos para a próxima aula. ― Lupin disse. ― Dispensados, turma.

Todos pegaram seus materiais, pareciam ter gostado da aula. Embora alguns parecessem um pouco abatidos, não tiveram problemas.

A única aluna a ter ficado na sala, era Vitória.

― Aluado? ― ela chamou.

― Uhm?

― Porque foi que o meu patrono assumiu a forma de um cão? ― ela perguntou.

Ele levantou os olhos dos papéis que estavam em sua mesa e a olhou.

― Os patronos mudam quando se está apaixonado. E... Você está apaixonada pelo Sirius, a forma animaga dele é um cão. ― Lupin deu de ombros.

― Sabe, eu acho que esse papo do Dumbledore só poder arrumar o vira-tempo daqui a seis dias, é papo para que eu volte a ser amiga do Snape. ― ela disse. ― Mas eu não vou voltar a ser amiga dele.

― Bem... Você tem seus motivos. Mas eu acho que o Snape ainda gosta de você. Você devia ouvir o que ele disse hoje, no café-da-manhã. ― Lupin murmurou, e pareceu meio desconfortável.

― Isso me lembra... Os gêmeos me contaram que vocês discutiram hoje, quando você foi trazê-los de volta para cá. Qual foi o motivo? ― Vitória perguntou curiosa.

Lupin baixou os olhos para a mesa, e pareceu pela primeira vez, envergonhado.

― Uhn... Acho melhor eu não falar. ― ele disse.

― Ah, Aluado, conta vai!― ela pediu.

― Ok. O Motivo foi você.

― Eu? Porque eu? ― ela indagou.

Lupin continuou a olhar para baixo.

― Você ainda não percebeu? Ora, só você ainda não... não enxergou. Até Dumbledore percebeu. ― ele disse.

― O que, Aluado?

― Eu estou gostando de você. Na verdade, eu já gostava de você desde o nosso quinto ano. Acho que algumas semanas depois de você ter começado a namorar o Sirius. ― ele admitiu.

― Eu... você... você o que, Aluado? ― ela gaguejou e então corou.

― É. Eu estou gostando de você, mas não quero que você comece a ficar estranha comigo por causa disso. Eu já prometi para o Sirius que iria ignorar o que sinto. ― Lupin continuou, agora levantando o olhar.

― Ah, não. Não vou ficar... estranha com você. Não se preocupe, Aluado. Você é o meu melhor amigo e...

― Lamento interromper, mas o diretor a chama na sala dele. ― a voz seca de Snape a interrompeu.

Ela se virou para ele.

― Obrigada. ― ela murmurou e então se virou para Lupin. ― Não se preocupe, Aluado, você continuará sendo o meu melhor amigo. ― ela o abraçou e depois se separou dele. ― Mas... Ahn, eu vou falar com o prof. Dumbledore, pode ser que ele tenha conseguido concertar o vira-tempo.

― Eu vou com você. ― Lupin disse prontamente. Ela lhe sorriu e assentiu, enquanto saía da sala.

Snape o cortou:

― Você tem aula, Lupin. Eu vou com ela.

― Se eu posso decidir... Aluado se você tem aula fique. Snape... Eu prefiro ir sozinha a ficar sozinha com você novamente. ― ela disse, e então saiu.

Snape bufou e foi atrás dela.

― Eu tenho a impressão de que disse que preferia ir sozinha a ir com você. ― Ela disse.

― Sim, você disse. ― ele murmurou. ― No entanto, eu também preciso ir ver o diretor.

Ela deu de ombros, e olhou para os lados. Um par de olhos a observava na orla da floresta. Ela sorriu. Só poderia ser Sirius. Para ela, era estranho beijá-lo, ela estava acostumada com ele mais jovem. Na realidade, para ela era estranho que eles continuassem a gostar dela, como adultos.

Eles continuaram andando em silêncio até que Snape disse:

― E mesmo depois desses dez anos, você não me desculpou?

― Você acha que é tão simples assim, não é mesmo, Severo? Pois saiba que não é. Tudo o que você me disse me magoou muito. ― ela disse. ― Não pense que é tão fácil para mim, esquecer isso.

― Por Merlin, eu não agüento mais ver você ser assim comigo. Por Merlin, por tudo o que é mais sagrado, me desculpe! ― Ele pediu.

Ela mordeu os lábios, indecisa. Ela já o havia desculpado uma vez e não havia dado certo. Ela suspirou pesadamente, também não se sentia bem em continuar sendo rude com Snape.

― Certo. ― ela murmurou. ― Eu o desculpo, mas se você me ofender de novo, Severo, eu juro que mando Sirius lhe aplicar uma bela azaração!

Snape riu, ela fez um careta. Ambos continuaram andando até chegarem à sala do diretor.

― Hidromel. ― ela murmurou, e gárgula girou.

Eles entraram ainda em silêncio. O Diretor a fitou por cima dos oclinhos de meia-lua.

― Senhorita Redbird, informo-lhe que infelizmente o vira-tempo não tem concerto. ― ele disse.

Ela mirou o chão, era evidente a tristeza em seu olhar.

― Acalme-se, eu disse que o vira-tempo não tem concerto. No entanto, acabei por achar um vira-tempo que estava em posse da escola. A Senhorita pode usá-lo para voltar. ― ele disse bondosamente.

Ela sorriu.

― Obrigada, Prof. Dumbledore!

― Disponha, minha querida. ― Dumbledore disse. ― Recomendo apenas que a senhorita vá se despedir. Mesmo nesse pouco tempo, a senhorita fez amigos aqui.

― Certo, professor. ― Ela murmurou, pegando o vira-tempo que estava na mão de Dumbledore. ― Com licença.

― Toda. Espero revê-la em breve, senhorita Redbird. ― ele disse.

***

― Eu vou sentir falta de todos vocês. ― ela disse, suspirando.

― Nós também. ― Os gêmeos Weasley, Hermione, Harry e Rony murmuraram.

Lupin apenas sorriu.

― Vejo você daqui a pouco. ― ele disse.

Ela também sorriu. Um enorme cão negro veio até ela. Ele esfregou seu pelo nas mãos dela, ela se abaixou, e ele encostou seu focinho em seu rosto.

― Até daqui a pouco, Six. ― ela disse sorrindo.  Ela suspirou e então girou o vira-tempo dez vezes. Tudo ficou preto.


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Notas finais do capítulo

Então... Ela voltou para o passado. Vamos ter mais cenas Six & Vickie, para quem estava com saudades dos dois! LOL. Então, eu pretendia deixá-la no futuro até o capítulo quinze, mas aí me deu preguiça! Muahaha. Então a nossa Vickie volta para o passado. Uhn... McKinnon nem imagina o que a espera! Agora, vamos falar de coisas inúteis: Agora eu posso jogar The Sims sem peso na consciência, porque eu terminei esse capt! Ah, e quem quiser me add no Orkut, é só digitar meu e-mail: vitoriaeeduardo@gmail.com, meu perfil tá como : Vitória Silva, só me avisem que são do Nyah! Tá? :3 See you in the next chapter, pussycats. Reviews & Recomendações!