Na Época dos Marotos escrita por Salayne


Capítulo 11
Ainda no futuro.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoinhas! Obrigada pelos reviews no capt. Anterior e tudo aquele blá-blá-blá que vocês já sabem. Bem, eu consegui fazer a faxina no PC (ele estava muito lento) e ainda terminar o capt. Hey, eu sou o máximo! LOL. Capítulo para as minhas miguxas Lyn Spinucci e Láh Longatto, que fizeram de hoje (dia 6 de outubro de 2011) o melhor feriado Do dia das BFF s sem fazer nada. Haha amo vocês maluquinhas.



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Ambos andavam calmamente pelo corredor. Ela parecia retraída, desconfortável. Ele parecia imerso em pensamentos. O silêncio que pendia entre os dois, era constrangido da parte dela. Ela olhava para os lados, e às vezes suspirava baixinho. Ele mantinha o olhar fixo à frente.

Por um minuto ele a olhou. Ela corou, mas empinou o nariz, olhando para o lado, quase que imediatamente. Ele suspirou, e agradeceu mentalmente por todos os alunos estarem em salas de aulas.

― Hogwarts mudou muito, não? – ele tentou puxar assunto.

Ela olhou-o desconfiada. Apenas assentiu, nenhum ruído saindo de sua boca. Ela desviou o olhar para os jardins, e seu olhar prendeu-se em uma parte do jardim perto do lago. Ela encarou seus sapatos, pequenas lágrimas formaram-se em seus olhos.  Ele olhou para onde ela havia olhado há pouco tempo, e então ele pareceu compreender.

― Já vi você ali com o Black. – ele disse. – Você sente falta dele?

Ela não respondeu, as lágrimas em seus olhos pareciam ter se multiplicado. Ela voltou a olhar o jardim. Ele suspirou.

― Você ainda não me desculpou por aquilo, não é mesmo?

― Não. – ela murmurou, abrindo a boca pela primeira vez em que ficara sozinha com ele. – Não o desculpei.

Ele suspirou novamente. Ela desviou o olhar, seu tom dava a entender que o assunto estava encerrado. Eles continuaram a andar em silencio. A sala de Dumbledore estava mais perto agora, e Snape dava a entender que não queria deixá-la. Ela parecia estar perdida novamente em pensamentos.

― No que você está pensando? – a pergunta saltou de sua boca, sem que ele pudesse contê-la.

A garota não olhou-o, apenas murmurou:

― No meu mais puro e venenoso ódio por Marlene McKinnon.

Ele arqueou o cenho.

―Por quê? – ele perguntou.

Ela sorriu. Um sorriso duro e desprovido de qualquer vestígio de humor.

― Porque a McKinnon me pediu para testar a porcaria do Vira-Tempo dela, e isso fez com que eu viesse parar aqui. – ela disse.

― E você não gosta daqui. – Snape disse. Um pouco em duvida.

― Ah, não. Imagine, não está enxergando o quanto eu amo estar no futuro? – ela murmurou sarcástica. Novamente ela encerrava a conversa. Sua face estava de poucos amigos.

Ele olhou para a porta da sala, que se aproximava cada vez mais. Snape começou a reduzir o passo, até que por fim, parou. Ela continuou andando, e quando percebeu que ele havia parado também parou. Vitória olhou-o por alguns segundos, questionando-o com os olhos.

― Esqueci a senha. – ele murmurou. Estava evidente que era mentira.

― Ora, não seja por isso, Severo. A senha é Hidromel. – A voz de Lupin soou.

Vitória olhou para onde Lupin estava e sorriu. Ele retribuiu, sorrindo mais abertamente explicou:

― Resolvi vim ver se você precisava de algo.

― Obrigada, Aluado. Obrigada mesmo. – ela disse ainda sorrindo. – Mas você não tinha aula?

― Na verdade, eu acho que Severo se confundiu com o meu horário. – ele disse.

Snape desviou os olhos.

― Ótimo, Lupin. Agora você pode ir. Já nos ajudou. – ele disse.

― Apenas vou, pois eu realmente tenho aula agora. – Lupin revidou. – Desejo-lhe sorte com o Dumbledore. – ele acrescentou. Olhando-a.

― Obrigada, Aluado. – ela disse, e então olhou para Snape.

Snape suspirou, e aproximando-se da gárgula, que guardava a sala do diretor disse:

― Hidromel.

 A gárgula girou, e revelou uma escada oculta. Ela subiu, sem esperar convite, e entrou na sala do diretor. Dumbledore levantou os olhos, que antes fitavam Fawkes, a Fênix, e olhou-a.

― Srta. Redbird! – ele exclamou surpreso.

― Prof. Dumbledore. – ela disse cordialmente.

― Sem querer ser grosseiro... Mas, o que faz aqui? ― ele perguntou.

― Confusões com um vira-tempo. – ela deu de ombros e tirou uma corrente de dentro da blusa. – Eu... Eu queria saber se o Sr. poderia concertá-lo e me mandar de volta para o meu tempo. Para a época dos marotos.

Dumbledore pegou o vira-tempo da mão da menina, e observando-o atentamente disse:

― Bem, vejo que há como reverter à situação. – ele sorriu. – No entanto... Acho que levará duas semanas.

― Duas semanas?! – ela exclamou. – Não, Prof. Dumbledore. Eu não tenho esse tempo todo!

Dumbledore suspirou.

― Certo. Eu posso encurtar o tempo. – ele olhou para Snape. – Lamento, Severo, ela não ficara aqui por muito tempo. Você terá de conquistar o seu perdão em pouco tempo. – e então Dumbledore se virou novamente para ela. – Concerto-o em uma semana.

Ela suspirou, mas assentiu.

― E onde eu ficarei nesses sete dias?

― Aqui no castelo. – Dumbledore disse, amável como sempre. – Pode ficar na torre da grifinória.

Ela assentiu, e mordeu o lábio.

― Pode dizer, Srta. Redbird. – Dumbledore disse.

― Bem... Nessa semana... Eu terei que ir às aulas? – ela disfarçou a pergunta.

― Sim. Mas tenho a impressão de que não é essa a pergunta que a Srta. Gostaria de me fazer. – ele disse.

― Ah... Bem, é que quando eu estava vindo para cá. Quando eu vinha falar com o senhor, eu cruzei com um garoto que era muito parecido com Tiago.

― Deve ter sido com Harry. O Filho de Lílian e Tiago. – Dumbledore disse.

― Uhm... Sim, foi. Ele me disse... Que eu era a madrinha dele. – ela murmurou.

― É verdade. Lembro-me do dia em que Lílian me disse que você seria madrinha, não só de casamento dela, mas também de batizado do filho que ela trazia no ventre. – os olhos de Dumbledore se iluminaram por instantes. – Prossiga.

― E Sirius? Desde que cheguei aqui, ninguém tocou no nome dele. Onde ele está? – ela perguntou.

Dumbledore sorriu.

― Há uma longa história para lhe ser esclarecida, minha cara. Bem, este é o quarto ano de Harry aqui. Você deve ter notado, que a escola está com outros alunos aqui, não notou?

― Sim. Reparei que há alguns alunos com trajes que reconheci serem de Beauxbatons. – ela disse.

― Pois bem, ocorrerá este ano, o torneio tribruxo. Ele será sediado por Hogwarts. Uma honra para a escola. Mas não vou falar sobre isso. Na realidade, vou lhe contar o que aconteceu ano passado. – Dumbledore disse. – Antes de eu lhe contar, pedirei a gentileza de que a Srta. Permita que eu lhe conte tudo, sem que fique interrompendo, certo?

― Claro. – ela respondeu prontamente.

― Há catorze anos atrás, Sirius Black foi injustamente condenado a passar o resto de sua vida em Azkaban. O motivo? Uma falsa acusação de ter matado Lílian, Tiago, Pedro Pettigrew e mais uma multidão de trouxas. Depois de treze anos, Sirius conseguiu fugir. Ele veio atrás de Harry, explicou-lhe que na verdade, Rabicho, como Pettigrew era conhecido, havia se transformado em animago, cortado seu dedo e fugido, logo depois de ter delatado onde Lílian e Tiago estavam se escondendo. Quando Sirius fugiu e explicou tudo a Harry, eles reencontraram Rabicho, que infelizmente conseguiu fugir. – Dumbledore narrou. – Mas Sirius escapou de ir para Azkaban novamente graças a Harry. Bem, hoje Sirius é foragido, e nós estamos buscando provas para alegar sua inocência, o que seria mais fácil se encontrássemos Pettigrew, mas como este ainda está fugido...

― Sirius tem que ficar escondido. – a garota completou.

― Exatamente, Srta. Redbird. – Dumbledore murmurou. – Exatamente. Ele ainda consegue sair, com sua forma animaga.

― Ah, Sim. Ele me contou, que se transforma em um animago. Mas não me contou o que era. – A menina disse.

― Ele assume a forme de um sinistro. Um enorme cão preto. – Dumbledore disse.

Vitória olhou para o longe.

― Eu queria tanto vê-lo novamente. – ela confidenciou, esquecendo-se da presença de Snape.

― Talvez isso seja possível. Bem, quando vocês forem a Hogsmeade... – Dumbledore disse. – Espere, Srta. Redbird?

― Sim, prof. Dumbledore?

― Quando a Srta. Voltar à Hogwarts na época dos marotos a Srta. Poderia me fazer o favor de avisar a Lílian e Tiago... Para tomarem mais cuidado com o que confidenciam à Pettigrew? – Dumbledore disse. – Não só a eles, mas também a Lupin e a Black. Eles também podem ser prejudicados pela covardia de Pettigrew.

― Farei o que estiver ao meu alcance, não se preocupe, senhor. – ela disse.

Dumbledore sorriu.

― Obrigada, Srta. Redbird. – ele disse. – Isso poderá mudar muitas coisas que acontecerão no futuro, que logo virá. Algo me diz que não foi uma mera coincidência a Srta. Vir para o futuro. Agora, acho melhor a Srta. Ir comer algo, e depois se preparar para amanhã. Suas aulas serão as mesmas das turmas do quinto ano.

― Certo. – ela murmurou se levantando. – Obrigada, professor Dumbledore.

― Disponha. – ele disse sorrindo, quando ela ia saindo dos aposentos.

Snape saiu em seguida. Ela a observou andar, indo atrás, mantendo certa distância. Ela certamente saberia o caminho para o salão principal. Hogwarts não mudara tanto. Foram apenas dez anos.

Severo Snape suspirou. Sim, apenas dez anos. Dez longos anos. Nesses dez anos, Lílian morrera, deixara um filho para ele cuidar, Black havia escapado da cadeia... Apenas uma coisa não havia mudado: Ele não havia conseguido reconquistar a amizade que antes prevalecia entre ele, Lílian e Vitória.

Ela continuou caminhando, dando pouca atenção à Snape que estava atrás dela. Justamente quando estava a um corredor do salão principal, ela estacou. Snape observou-a confuso.

― O que houve?

― O Sinistro. – ela murmurou. Seus olhos estavam fixos no majestoso cão negro. Ele estava parado sobre uma pedra, ao longe, seu rosto estava virado em direção a ela, e ele latiu, como se estivesse sorrindo. – Sirius... – Vitória não evitou sorrir também.

― Vamos. As pessoas já estão começando a olhar. – Snape disse.

Ela deu mais uma longa olhada no animago, que retribuiu o olhar e então continuou andando, com um suspiro. Sirius observou-a sumir enquanto adentrava no salão principal e uivou.

Vitória se sentou à mesa da grifinória, observando o salão. Alguns rostos lembravam pessoas que haviam estudado com ela. Um garoto loiro da Sonserina lembrava Narcisa Black e Lúcio Malfoy. Um garoto da lufa-lufa, lembrava Amos Diggory.

― E então? – Hermione perguntou, sentando-se ao lado dela.

― Vou ter que ficar aqui durante uma semana. – ela disse.

― Acho que você se acostuma. – Hermione disse. – Pelo menos, por uma semana.

Vitória assentiu, ainda olhando para a pedra, onde instante antes Sirius havia estado. Ela agüentaria por ele. Ela conseguiria.


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Notas finais do capítulo

*//Espanta uma aranha virtual, e limpa a teia com o mouse* Sou só eu, ou vocês também perceberam que está virando minha experiência acabar capts. Com frases clichês? Muahaha. É para deixá-los cada vez mais curiosos, meus amorezinhos. Ah, obrigada a todos que se preocuparam e me desejaram melhoras, agora eu só tomo os antibióticos. *//olha para os Reviews do capt passado* Poxa, se continuar assim, logo chego aos 100 reviews! *//pula* Uhn, como puderam ver, o Lupin ainda é prof. De DCAT! Eu acho que ele ficaria muito melhor, do que o Moody. Mas... Então, por isso eu fiz essa maluquice de colocá-lo de volta na profissão de professor de DCAT. Ah, gente, só mais uma coisa inútil: Eu fiz o capt. Todo escutando: The Phantom Agony, do 0 Epica. É uma música um tanto sinistra. Ela é meio rock, meio metal. Para quem quiser baixar, e escutar... Eu recomendo. A música me deixou inspirada, pois ela é sinistra (de novo), e eu amo músicas assim. Tipo, não sei por que, mas eu fico achando que ela é música de cemitério, como diz a Lyn. Música de morte. Por isso eu gosto dela. =D Reviews, ou puxo seus pés de noite. Muahaha. *//sinistro*



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