Meu Trono escrita por Fan_s


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Bem, eu demorei outra vez.
Peço mil desculpas! Eu tenho que para de fazer isso...
Fico tão triste, mas realmente o tempo é apertado... mas nunca irei abandonar esta fic.
Mesmo que demore mil anos a postar, eu vou postar de certeza.
Então, lamento o tempo que fiz vocês, meus queridos leitores, esperar.
Espero que ainda se lembrem de mim e da história, e que sigam até ao fim.



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Ino dava voltas na cama a pensar nas palavras de Gaara.

Quando chegou a casa, exausta do trabalho e pronta para se atirar para a sua cama não feita, o coração quase parou ao ver a televisão destruída no meio da sala.

O ecrã fora reduzido a pedaços mínimos de vidro espalhados pelo chão, e partes que Ino podia jurar que nunca se partiriam estavam feiras em pó.

Agora, deitada nos lençóis, Ino chegou á conclusão que se não vivesse com Gaara, a reacção dela teria sido pegar na frigideira mais pesada que encontrasse e procurar a pessoa que tivera coragem de entrar na casa dela. Porém, naquele momento, tudo o que Ino conseguiu pensar foi em Gaara, e se ele estaria bem.

Não que ela não soubesse que aquele humano especial tinha a capacidade de se cuidar sozinho, para além de possuir a força de destruir cidades inteiras, mas quando o coração bate tão forte por uma pessoa, a lógica deixa de ser lógica, e os sentimentos, por mais absurdos que sejam, tomam o controlo do corpo.

Gaara ouviu os passos apressados dela a subir as escadas e, mesmo antes de ela bater –caso ela fosse bater – ele abriu a porta do seu quarto para a encontrar com a respiração ofegante.

“Gaara!” ela aproximou-se dele e tocou-lhe no rosto. O coração de Ino acalmou um pouco. “Estás bem, não estás?!” As suas mãos iam descendo pelo pescoço e pelo tronco despido de Gaara, que olhava para ela sem compreender a sua reacção.

A pulsação de Gaara, que desde que Ino saíra para trabalhar não tinha acalmado, ficou ainda mais descontrolada quando esta o tocou.

“Graças a Deus…” Ino suspirou quando conferiu que Gaara não tinha nem um arranhão. Depois de segundos de silêncio, que Ino aproveitara para acalmar os seus batimentos encostada à parede, Ino voltou a olhar para Gaara. “O que raios aconteceu à televisão?!”

“Destruía” Ele respondeu, e enquanto o espanto dominava Ino, Gaara permanecia com o mesmo rosto de sempre.

Um momento de silêncio reinou entre eles, enquanto Ino tentava encontrar uma justificação para o comportamento dele.

“Porquê?” Perguntou sem ter encontrado nenhuma única razão.

“Não gosto de te ver chorar”.

As mãos dela, que dantes tocavam Gaara, caíram para o lado do seu corpo enquanto Ino era inundada com uma onda de sentimentos.

Todos os sentimentos que ela estava a conter há anos caíram sobre ela com apenas uma frase. Raiva, por sua família nunca se ter dado ao trabalho de ter feito nada quando ela chorava. Felicidade, por alguém lhe ter demonstrado que se importava. Frustração, por esse alguém tão querido viver isolado do mundo por pessoas estupidas o temerem. O monstro aqui não era ele. E nesse misto de emoções, Ino desabou em lágrimas. Por apenas uma frase, uma frase apenas que lhe fez sentir como que, finalmente, alguém se importava com ela.

Se dantes a pulsação estava descoordenada, agora ele quase a perdera quando viu Ino chorar à sua frente. Teria sido alguma coisa que ele fizera?

“O-obrigada…” As palavras de Ino saíram como um sussurro, mas foram suficientemente altas para que Gaara as ouvisse. E compreendesse.

O coração dele acalmou, e este ficou em frente de Ino, sem saber o que fazer, até que esta parasse de chorar. Foram os minutos mais desconfortáveis que Gaara alguma vez viveu.

No fim de ter todas aquelas emoções expulsadas com lágrimas, Ino soltou um enorme suspiro e limpou as lágrimas restantes na cara “Gaara” disse, assim que teve os olhos secos. Os olhos de ambos encontraram-se “eu vou dizer-te o que deves fazer quando alguém chorar”

Os braços de Ino envolveram a cintura de Gaara. Estando perfeitamente consciente que Gaara não estava familiarizado com demonstrações de carinho ou qualquer outro contacto físico, esperou pela reacção dele antes de encostar a cabeça ao seu peito.

Ino apertou Gaara num abraço. Esperava que ele entendesse os sentimentos dela por detrás do abraço. Entre eles reinava o silêncio, e ambos conseguiam ouvir o coração um do outro a bater descoordenadamente. “Agora pões os braços à minha volta” Ino disse.

Ele levantou os seus braços e, lentamente, pousou as suas mãos nos ombros dela, e esperou a sua reacção. Ela não o repeliu.

Todos os sentimentos que passaram por Ino pouco tempo atrás, passavam agora por Gaara, pelas mesmas e diferentes razões. Os sentimentos que Ino queria que chegassem a Gaara atingiram o seu destino, e os sentimentos de Gaara com certeza que também alcançaram Ino.


–_-_-_-_-_-_-_-_-_-


Quando no seu quarto, todo o cansaço que dominava Ino quando chegara a casa desaparecera, e esta não conseguia dormir.

No passar da noite, conseguiu ouvir Gaara no chuveiro. Este também não conseguia dormir, e o cheiro atraente que Ino tinha deixado na sua pele desconcentrava-o de tudo o que não fosse ela.

Debaixo da água fria, Gaara finalmente percebeu o que as palavras do ser dentro de si queriam dizer.

“Ela vai ser a tua queda”

Ele repetia.

E Gaara, no fundo, sabia disso. Mas ele também não se importava em cair.

–_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-


Era manhã agora e, Ino, que passara a noite em claro, levantava-se da sua cama para preparar o pequeno-almoço. Um delicioso prato de panquecas que iriam comer os dois juntos, quando Gaara decidisse sair do quarto.


oOoOoOoOoOoOoOoOoOoO


Naruto entrava no café de sempre pronto para comer o que quer que fosse que Hinata lhe tinha preparado.

Sentou-se ao balcão e olhou em volta. Não viu Hinata em lado nenhum.

“Ela está na cozinha a preparar o teu almoço rapaz” o chefe respondeu, antes que o coração de Naruto pudesse ter algum tipo de reacção à ausência de Hinata.

Naruto suspirou “Humm.. eu vou esperar” e que nem uma criança, Naruto balançava o corpo de um lado para o outro, com um enorme sorriso na cara, ansioso pelo prato que Hinata iria fazer.

“Hey, rapaz” chamou o chefe “Hinata está entusiasmada com o nono planetário que abriu há pouco tempo” atirou dois bilhetes para cima da mesa “convida-a para irem lá os dois”.


OoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoO


Ino estava pensativa em frente do fogão. Os acontecimentos da noite anterior ainda estavam bem vivos na mente dela.

Ela sentira-se tão bem quando ouviu as palavras de Gaara. Embora partir a televisão – que ainda estava desfeita no chão da sala – não fosse a maneira ideal para o demonstrar. Sorriu. Mas fora um gesto a pensar no bem dela.

Não se lembrava da última vez que alguém fizera algo bom por ela. Nem se lembrava que alguma vez fizeram. Afinal, ela não passava que uma amostra de alguém que não conseguia atingir as espectativas esperadas pelos outros. Não, não. O problema não estava nela, estava nos…

… a mão de Ino estava a ficar cada vez mais quente.

Ino parou os seus pensamentos e quase teve um ataque ao ver o pano em que estava a segurar para pegar na panela pegar fogo.

“AH AH AH” Ino gritava, em pânico, e procurava às voltas de si mesmo a torneira que estava mesmo ao seu lado. Desorientada, e depois de várias voltas sobre si, abriu a torneira e apagou o fogo do pano com a água.

Assim que o viu controlado, suspirou e encolheu-se no chão,.

Pensar em família fazia-lhe mal. Quantas provas mais ela precisava para o deixar de fazer?


oOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOo



Sasuke não sabia porquê, e até podia ser imaginação sua, mas nos últimos dias parecia que as raparigas da sua classe o andavam a evitar. Não que Sasuke falasse com todas elas, mas normalmente não era daquela maneira que os seres do sexo oposto reagiam com ele.

Perdido nos seus pensamentos, nem reparou que o professor abrira o livro para explicar a matéria.

“Oi, em que página é?” perguntou à rapariga à sua frente.

Esta tremeu no momento em que ouviu a voz dele. Virou-se para trás, o nervosismo que ela sentia via-se à distância.

Os olhos dela iam dele para o outro canto da sala, e assim repetidamente. “203” Ela disse, e voltou-se para a frente. Sasuke nunca estivera tão confuso. Qual seria a razão que deixará a rapariga tão nervosinha assim? Aquela situação deixava-o irritado. Os seus olhos tomaram a direcção que a rapariga à sua frente olhara há pouco tempo atrás. Sasuke olhou para o outro canto da sala.

E um monte de emoções e arrepios passaram por ele quando viu os olhos verdes a olharem exclusivamente para ele. Nenhum desses sentimentos era bom.

oOoOoOoOoOoOoOoOoOo

Todas as pessoas por quem eles passavam paravam e ficavam a olhar. E Naruto não sabia se ficava envergonhado ou zangado com aqueles olhares. “O que ela faz com ele?”, “Ele vai magoá-la” e entre outras coisas era o que chegava aos ouvidos de Naruto.

As pessoas estavam doidas! Porque ele a magoaria?! Quem conseguiria magoar um ser tão belo como ela?!

E Naruto tinha a certeza que tais frases também chegavam aos ouvidos de Hinata. E tudo o que ele temia era que ela acreditasse nesses rumores e fugisse dele. Mas isso não acontecia. Ela continuava a sorrir, a falar com ele com uma leva cor nas bochechas e a andar quase aos saltinhos, sempre ao seu lado.

E quando o planetário já se avistava ela entrelaçou o seu braço no braço dele e arrastou-o para a entrada.

Quando Naruto foi entregar os bilhetes, de braço dado com Hinata, também ele não conseguiu disfarçar o vermelhão das suas bochechas.

OoOoOoOoOoOoOoO


Ino ainda não sabia como um dia poderia passar tão depressa. Quando deu por si, já eram horas de voltar ao trabalho. E ela estava exausta. Mas não se podia dar ao luxo de faltar nos seus primeiros dias.

Quando se viu à porta, pensou em dizer um “vou trabalhar” a Gaara, mas lembrou-se que a sala estava vazia, e que ele tinha ficado o dia todo no quarto, tirando as partes das refeições. Estava a evitá-la.

Suspirou e saiu de casa. Ela entendia-o perfeitamente. Ino tinha-o assustado. Gaara, vivendo isolado sem nunca ter conhecido nenhum tipo de amor, não sabia como lidar com um gesto carinhoso como um abraço.

Embora, Ino lembrava-se, não tenha sido o primeiro. No primeiro dia em que o vira, quando entrara em casa dele a meio da noite, depois de terem dormido juntos, Ino abraçara-o na manhã seguinte, sem vergonha nenhuma. Ora, ele fugira assustado.

Pensava nessa cena enquanto caminhava em direção ao trabalho. E Ino nunca se sentira tão estupida por ter tomado uma atitude tão sem pensar e… tão típica dela! Que mania era a dela de agir que nem uma louca antes de conhecer a pessoa!?

Puxou um pouco os cabelos e soltou um grito de vergonha. Admitiu, porém, que o primeiro abraço que ela lhe dera e o que tinha acontecido na noite anterior, nada tinham a ver. Este abraço recente, aquele contacto corporal tinha significado tanto mais… e, para além disso, ele também a abraçara!

As bochechas de Ino ganharam cor. Ele também a abraçara!

E, embora não tivessem falado quase nada durante o resto do dia, Ino chegou no trabalho com o maior sorriso na cara.


oOoOoOoOoOoOoOooO


Gaara estava no telhado, a sentir o vento frio na pele. O coração tinha acalmado, e ele sentia-se… tão em paz. Mesmo que ele não conseguisse descrever bem o que ele sentia, sabia que era algo extremamente bom, e que Ino desencadeara essa sensação.

Desde o seu primeiro contacto corporal com ela, na noite em que ela dormira com ele no seu quarto. Quando partilhou a cama com ela, não esperava que algo despertasse assim que ela o tocara. Mas algo tinha despertado e, desde aí, o seu coração nunca tinha tido um dia de completo sossego.

E, talvez, mesmo não querendo admitir, Gaara tenha deixado Ino entrar naquele dia porque está cansado de viver em solidão.

E mais uma vez a sensação teve um auge de intensidade que fez Gaara suspirar, e deitar-se no telhado com um pequeno, mas existente, sorriso.


oOoOoOoOoOoOoOoOoOoOo


“Estás bem, Ino?” Tenten perguntava. Ino enganara-se outra vez na bebida que o cliente pedira. E não era o primeiro erro da noite. Ino trocara bebidas, enganava-se nos trocos e entregava as bebidas aos clientes errados.

Não. Ino não estava bem. A música estava muito alta e as vozes dos clientes a gritar só piorava a sua dor de cabeça. Já se tinha esquecido do quão importantes eram as suas horas de sono.

Suspirou. Sentia-se como se estivesse na escola a uma segunda de manhã “Que horas são?! Perguntou a Tenten.

“Faltam 3 horas para fechar” Tenten respondeu.

“Só mais 3 horas…” pensou Ino.

Ino quase desesperava, mas as 3 horas acabaram por passar, e ela saiu do bar em que trabalhava juntamente com Tenten.

“Não vais para casa?” Ino pergunta a Tenten ao ver que ela não estava a ir pelo caminho habitual. Normalmente, as duas iam juntas para casa até certo ponto do caminho.

“Desta vez não, vou visitar um amigo” Tenten explicou com um sorriso.

“Amigo… sei…”

“É só um amigo Ino!” Riram-se as duas.

“Tudo bem, diverte-te na casa do teu… amigo…”

“Pára de fazer essa cara de perversa!”

As duas amigas separam-se e seguiram caminhos opostos.

Depois de meia hora que pareceu uma eternidade, Ino chegou a casa. Estava determinada a deitar-se e dormir até que lhe apetecesse acordar, horas depois. Mas quando viu as escadas que tinha de subir até ao quarto, todas as energias dela sumiram, e Ino desabou no sofá.


Gaara estava no seu quarto, acordado, quando Ino chegou a casa. Estranhou que os passos de Ino tivessem parado assim que ela fechou a porta. Normalmente, ela subiria as escadas a correr.

Desceu para ver o que se passava e encontrou-a encolhida no sofá, calçada, e ainda com a bolsa na mão.

Gaara lembrou-se talvez do único carinho que alguém teve para com ele, e que estava escondido nas mais fundas e esquecidas memórias: seu tio a levar-lhe ao colo para a cama, depois de ter sido desprezado pelo pai e ter adormecido a chorar num canto escuro da casa.

Com cuidado para não a acordar, Gaara pegou Ino nos braços. Os sapatos dela caíram e a sua bolsa foi largada, e Ino foi levada nos braços de Gaara para o seu quarto.


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Notas finais do capítulo

Obrigada a quem continuou a ler apesar dos mil anos que eu demoro a postar um novo capítulo!
Deixem um comentário com a vossa opinião sobre a história, e podem insultar-me pelo tempo que eu demoro a postar, eu não me importo ^^

E, bem, desta vez eu não revi. Ainda dei uma vista de olhos, e corrigi alguns erros de distracção, mas tenho a certeza que quando ler com mais atenção encontrarei mais... se encontrarem, não se esqueçam de me dizer :) eu irei corrigi-los logo logo!

E acho que vou aproveitar este tempinho para passar para o computador o próximo capítulo, devo? º_^

Sobre o capítulo... eu tenho-o escrito há muito tempo. Foi só mesmo a falta de tempo para me sentar no computador e passá-lo.
Bem, não tem muita acção Gaaino, mas bem que a história avançou, não acham?
Começo também a desenvolver a parte Sasusaku, e olhem ali o Naruto e a Hinata ;D (é meio que a primeira vez que eu escrevo sobre estes dois casais de maneira séria, então me perdoem se não tiver nada de jeito e.e espero que compreendam ^^)

Mas... como ficou? :D
(Se tiver ficado mal é culpa do CAFÉ! e.e café...)


Aishiteru ♥