Meu Trono escrita por Fan_s


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Demorei... de novo...
Queridos leitores, eu peço desculpa por demorar séculos a postar os capítulos. Mas tempo é realmente uma coisa rara para mim. E quando eu penso que finalmente vou ter um tempo livre, PIMBA, lá vêm 101 centenas de coisas para eu fazer. Eu chego a ter os capítulos escritos no caderno e só não posto mais cedo porque não tenho tempo de os passar para o computador.
Mas por mais ocupada que eu esteja, eu nunca desistirei da fic, e espero que vocês compreendam o meu problema e continuem comigo :)
Obrigada pela paciência ^3^/
Sejam honestos nos comentários, e tenham uma boa leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/157501/chapter/7

O despertador que Ino tinha posto tão determinadamente na noite anterior no seu telemóvel tocou.

A determinação que ela tinha no momento em que se deitou desaparecera por completo naquela manhã. Onde ela tinha a cabeça?

Devido ao trabalho, ela chegara a casa às duas e meia da manhã, e pusera despertador para as dez horas. O plano que definitivamente iria cumprir era levantar-se, colocar a sua roupa de treino e correr durante uma hora e meia, para queimar as calorias que tinha ingerido durante o dia de ontem - que estavam nas deliciosas panquecas e no delicioso chocolate que ela colocara exageradamente para recheio – depois, regressaria a casa e tentaria fazer um almoço como deve ser. Utilizaria o livro de receitas simples que Hinata lhe emprestara.

Mas… naquela manhã as pernas de Ino estavam mais pesadas que nos outros dias, e a força da gravidade estava demasiado forte para Ino se conseguir levantar com as suas forças.

Mentalmente, e enquanto tentava desligar o despertador de olhos fechados, metade de Ino dizia para ela se levantar e fazer o exercício físico, outra metade dizia para ela mandar tudo à merda e deixar-se dormir.

Aquela luta interna deixava Ino ainda mais exausta.

Para além disso, o Inverno acabara há pouco tempo, devia estar frio lá fora. E ali, na sua caminha, estava calor e fofinho. Atirou o telemóvel para longe e deixou-se estar onde estava.

Quando voltou a abrir os olhos, a hora de almoço já tinha passado.

oOoOoOoOoOoOoOoO

“Fazes o melhor Ramén de sempre, Hinata!” O loiro disse, com a boca cheia. Algumas pessoas podiam ter achado aquilo rude ou mal-educado, mas a verdade é que para Hinata aquilo era fofo. “Mais!” Ele pediu, o que fez com que o sorriso dela aumentasse.

“Aqui.” Ela disse enquanto entregava outro prato de Ramén a Naruto. “Não queres provar outros pratos da ementa?” Ela perguntou, lembrando-se que ele pedia sempre o mesmo prato desde que o conhecera.

“Hum… não. Eu realmente gosto do Ramén que tu fazes!” Ele respondeu com um sorriso.

Com o sorriso dele, ela sorriu também, achando que aquele era o sorriso mais bonito que ela já vira. “Se eu… fizesse novos pratos…”

“Eu os provaria de certeza!” Naruto exclamou, com a boca cheia do delicioso Ramén, antes que ela pudesse terminar a sua frase.

Com as mãos juntas junto ao peito, Hinata fez com que o coração de Naruto conseguisse bater mais depressa do que já estava. “Irei fazê-los, Naruto!”

oOoOoOoOoOoOoOoOoOo

Ino ofendia-se mentalmente enquanto descia as escadas daquela casa. Fraca. Cobardolas. Inútil. Sim, serviam todos.

Encontrou Gaara no sofá, como no dia anterior, a ler o mesmo livro quase a chegar à última página. Caminhou até ele e inclinou-se no sofá. A cabeça dela estava baixa, e ela só conseguia pensar que se ele fosse alguém com a formação de uma pessoa comum, estaria agora a fazer-lhe julgamentos e a chamar-lhe nomes piores do que os encima ditos.

Ou talvez não. Talvez fosse ela que tivesse uma anormal formação por viver no seio de uma família que julgava todas as suas imperfeições, que nem sequer era a família dela.

E por essa razão, talvez fosse apenas Ino a julgar-se a ela própria.

“O que almoçaste?” A pergunta de Ino fora feita, ela não sabia bem por que motivo. Mas fosse qual fosse, a cobardolas que não consegue levantar-se de manhã não iria ter qualquer tipo de reacção. Afinal, ela já sabia a resposta. ‘Porcarias gordurosas e calóricas’ seria ela. E seria isso que Ino iria comer também. Pequena punição por ser como é.

“Ainda não almocei” ele respondeu, indiferente, a virar o livro para a sua última página.

O astral de Ino levantou-se tão depressa quanto o corpo dela do sofá. E numa mistura de emoções contraditórias às que sentia segundos atrás, ela correu para a quarto e revirou-o à procura do livro de receitas de Hinata lhe tinha emprestado.

oOoOoOoOoOoOoOoOoOo

Sakura não estava feliz. Nada feliz.

O corpo que ela vinha a seguir desde o fim das aulas na faculdade encontrava-se agora a almoçar com um rapariguinha que sorria a cada frase dele. Rapariguinha feia, para se dizer.

E a menina bonita de cabelos rosas era demasiado gananciosa para admitir que o seu alvo conversasse com… rapariguinhas feias.

E não foi preciso muito para demonstrar o seu descontentamento àquela garota de baixo nível. Assim que ela saiu daquele estabelecimento, e aproveitando o facto de Sasuke ter saído primeiro que ela, Sakura chamou a garota de baixo nível, e uma frase bastou para que esta não voltasse a olhar para o Sasuke daquela forma.

“Ele é meu”.

Talvez nem tenham sido as palavras que fizeram a garota temer, literalmente, o ser à sua frente. Mas as palavras em conjunto com a atitude, a aura de superioridade, e claro, a beleza tão incomum faziam com que toda a gente que olhasse visse quem dominava ali. A garota afastou-se, como se a sua vida dependesse disso, e olhou mas uma vez para os olhos verdes do ser que emanava poder.

Aquele ser tinha qualquer coisa de perigoso, chegou à conclusão.

A rapariguinha feia desviou o olhar de Sakura, e virou as costas com a cabeça baixa.

Sakura riu para si mesma enquanto via a garota desaparecer. “Amaldiçoar-te-ei se te vir perto dele outra vez” disse para se mesma.

OoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOo

A cozinha já estava toda desarrumada e Ino não tinha sequer começado a cozinhar. Corria de um lado para o outro à procura de mais uma panela, de ingredientes que ainda não sabia se iria usar e de especiarias que nem o nome sabia.

Gaara, encostado à porta da cozinha, seguia os movimentos dela com os olhos.

“Hum, gostas de massa com cogumelos? Ou preferes arroz? Podemos fazer uma salada… ou então carne. Eu sei fritar carne. Embora da última vez… bem, não importa se pegou fogo ou não, desta vez sairá melhor. Tens alguma preferência?” Gaara estava tão perdido na voz alegre de Ino que nem reparou que as perguntas lhe estavam a ser dirigidas.

Porém, não pensou de pensar muito para lhe responder.

“Quero panquecas”.

O sorriso de Ino demorou segundos a reagir às palavras dele. “Mas… isso não é um almoço como deve ser…” ela explicou.

“Porque?”

“Porque… “ Ino não sabia explicar “… não é saudável” acabou por dizer.

Gaara pode nem ter reparado na cara que fez, mas Ino viu. Gaara parecia tanto uma criança tristonha de Ino teve de se controlar para não se ir apertar as bochechas. “Mas eu garanto que massa com cogumelos também é bem boa! Melhor que panquecas!” Ela exclamou com o sorriso de novo na cara, com a voz de tal modo como se estivesse a falar com uma criança.

“Melhor?”

“Muito melhor” Ino sorriu e estendeu-lhe a panela que tinha na mão juntamente com um avental que tinha tirado da gaveta recém-descoberta “queres ajudar?”

E assim, duas pessoas com personalidades difíceis tentavam entender-se cada vez mais, enquanto faziam juntas o almoço no meio da tarde.

oOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoO

A personalidade de Ino sempre fora muito desequilibrada. Por exemplo: nenhum dos seus romances tinha sido verdadeiramente romântico. Ino não se achava grande apreciadora dessas coisas. Ela nunca usou nenhum dos anéis oferecidos por alguns dos seus namorados. Nem nunca gostou de mostrar afecto em público. Nem nunca sentiu o desejo de dançar juntinha com o seu par ao som de um slow. Sempre fora assim, no entanto, lá estava ela, a desfazer-se em lágrimas diante da televisão raramente ligada daquela casa.

Gaara estava no andar de cima a tomar banho - acto necessário depois de Ino ter derramado, nem ela sabe bem como, a água da massa para cima dele – e Titanic passava no ecrã. Não era a primeira vez que Ino o via, no entanto, a reacção dela era sempre idêntica á reacção que tivera quando o vira pela primeira vez: um enorme monte de lágrimas.

Quando desceu, o coração de Gaara parou uma batida quando viu a loira encolhida no sofá, a afogar-se nas próprias lágrimas.

Talvez de todos os sentimentos, tristeza seja o único do qual Gaara ainda se lembre. Não se lembrava da última vez que sentira tal coisa, nem da última vez que chorara, mas lembra-se do motivo de o ter feito e da dor que isso lhe causara.

E por mais que Gaara se inquieta-se por não saber o porquê, ver aquele ser feminino chorar mexia demais com ele.

Ela punha-o a sentir das mais diferentes maneiras. E sentimentos não eram coisa com que Gaara soubesse lidar. Também não sabia como aliviar a dor de alguém, pois nunca ninguém tinha tentado aliviar a sua, e Ino acabou por sair de casa para o trabalho sem este lhe dirigir uma palavra.  

Mas sentimentos não passam assim tão depressa, e Gaara continuou a sentir tempos depois de ela saiu de casa com um “vou trabalhar!” bem alegre, já sem vestígios das lágrimas que momentos antes de molhavam os olhos.


“Acalma a tua aura, garoto. Não consigo ter um momento descansado desde que essa mulher entrou nesta casa”

Gaara não respondeu há voz dentro dele. O seu quarto estava completamente livre de qualquer ponto de luz, não havia nada para além de negro diante dos seus olhos. E mesmo assim, tudo o que Gaara conseguia ver era a loira encolhida no sofá, a chorar.

“Tudo bem, não me respondas. Mas ouve o que eu te digo, essa mulher vai ser o motivo da tua queda”.

OOoOoOoOoOoOoOoOoOo

Quando Ino chegou a casa, depois do trabalho, a televisão estava completamente destruída.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, a parte final eu acrescentei no último momento, para o capítulo não ficar assim tão pequeno. Por isso, não sei como ficou, não tive muito tempo para analisar e explorar a ideia. Quanto ao resto, acho que a parte da Sakura pode ter ficado meia "esquisita" para alguns... às vezes é difícil escrever o que nos vai na cabeça com palavras, e eu ainda tenho muito pela frente para conseguir passar a minha ideia aos outros em palavras. Só os bons é que conseguem fazer isso U_U que inveja que eu senti agora.
Bem, parando com o meu desabafo, espero que tenham gostado, e fico aguardando a vossa opinião :)
Beijinhos ♥