Meu Trono escrita por Fan_s


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oii! ^^
Ainda se lembram de mim?
Pois, eu fiquei uns tempos sem postar, mas isso deveu-se à falta de tempo, que agora deixou se ser um problema. Mas não foi só isso, eu não sei porquê, sempre que eu tento postar uma história nova os um novo capítulo aqui os parágrafos acabam ficando cortados a meio e o espaço entre eles é enorme. Fica tudo uma confusão, e mesmo quando eu estou acabando de concertar acontece alguma coisa e volta tudo ao mesmo T^T
Alguém sabe o que se passa?
Alguém se diga o que fazer Onegaii!
Espero que não tenham desistido da fic e que tenham uma boa leitura!!



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Justificações. Ino nunca gostara de as dar. Essa foi uma das
razões que a levara a sair da casa dos pais assim que fizera dezoito anos.

Nem nos seus namoros mais sérios ela se justificava de alguma
coisa. A vida dela só a ela lhe dizia respeito. Que motivo tinha ela para dizer onde ia?

Sempre pensara assim.

O que mudara?

Ino ficara às voltas na cama à procura da resposta. Acabou
por adormecer sem encontrar nenhuma, o que levou a que voltasse a pensar no assunto quando acordou. Porque ficou ela o dia todo preocupada com o facto de não ter dito onde ia a Gaara?

Chegando à conclusão que não iria chegar a lado nenhum, Ino
levantou-se revoltada da cama.

De pijama, despenteada e descalça desceu as escadas com
cuidado e encontrou Gaara sentado na ponta do sofá, na sala a ler o livro que Temari lhe trouxera da última vez.

“Bom dia.” Disse enquanto se aproximava. Ele não retribuiu o
cumprimento. “Já almoçaste?”

“Já.” Ele disse, sem desviar o olhar do livro.

“Hum…” Não era a resposta que ela estava à espera.

Mas… do que estava ela à espera afinal? Não precisou de
olhar para o relógio pendurado na parede da sala para saber que a hora de almoço já passara á muito.

Repensando na palavra almoço, lembrou-se que ele comera o
arroz que ela fizera. Se bem que aquilo não se podia chamar de arroz.

Mas naquela mesma noite, ela deitou o resto do arroz fora.
Não vá ele apanhar uma indigestão por culpa do seu arroz.

“O que comeste?” Acabou por perguntar.

“Porcarias gordurosas e calóricas.” Ele respondeu,
utilizando as mesmas palavras que ela proferiu ontem, quando saíra chateada sem dar nenhuma explicação.

E sem saber muito porque, Ino sentiu aquilo como um ataque.
“Idiota.” Disse, e dirigiu-se à cozinha.

Olhou para o relógio da sala antes de sair. Três e meia da
tarde. Óbvio que ele já tinha almoçado. Se ele não o tivesse feito, ela mesma ralharia com ele e diria que ele tinha de se alimentar.

Ino suspirou. Visto dessa forma ela ficaria chateada de
qualquer das maneiras. Ofendeu-se mentalmente.

Abriu os armários e acabou por retirar um pacote de babatas
fritas. Não estava com espirito para cozinhar. “Amanhã acordo mais cedo para ir correr.” Prometeu ela, vendo as calorias que iria colocar no seu organismo.

Suspirou de novo. Ela não tinha o direito de ficar chateada
com ele. Afinal, ela merecia o olhar acusador de ontem. Ela não sabia cozinhar. Era um facto. E ficar chateada com as pessoas que constatavam esse facto, não o iria alterar.

 Que tipo de mulher não sabe cozinhar?! E ainda fica chateada quando ele diz que comeu porcarias? A culpa era toda dela. Se ela tivesse dado ouvidos á sua mãe quando ela lhe quis ensinar a cozinhar, agora ela seria uma mulher independente que não precisava sair de casa sempre que quisesse comer uma refeição decente.

Merda. Ela tinha feito tanta coisa errada.

Do nada, a moral de Ino começou a ficar em baixo. “Talvez
esteja naquela altura do mês…” reflectiu ela.

Talvez devesse pedir desculpas… de novo.

Voltou para a sala com o pacote de batatas fritas na mão e
sentou-se na outra ponta do sofá em que Gaara estava. Cruzou as pernas e colocou a almofada no colo.

Observou-o. Seria muito esquisito pedir desculpas agora?

“O que estás a ler?” Ino acabou por perguntar, quebrando o
silêncio que reinava na sala.

“Um livro.” Ele respondeu, continuando a leitura.

“Oh… isso eu sei. Não era bem isso que eu queria saber.”

“Mas foi isso que perguntaste.”

“…” A única coisa que Ino ponderou antes de actuar, foi se
lhe deveria atirar a almofada ou o pacote de batatas fritas. A almofada
pareceu-lhe a melhor opção. “É mesmo impossível falar contigo!”

E, pondo o pacote de babatas fritas de lado, Ino saiu de casa
e bateu com a porta.

Deixando dentro de casa um Gaara muito confuso, de novo.

Primeiramente, ele pensara que ela não iria aparecer até
altas horas da noite, o que fez com que ele se sentisse estranho, mas, depois, com um sorriso meio irónico, ele sabia que ela voltaria em uma questão de segundos.



 ...



Boa. Voltara a sair de casa depois de uma atitude que de
certeza ele não entendera o porquê. Se ela continuasse a fazer isso, eles nunca se iriam entender.

Ino não tinha andado muito quando sentiu o chão da rua
deserta demasiado frio em seus pés. Ela não se tinha calçado. Ela nem sequer se tinha vestido.

“Merda.” Falou demasiado alto.

Porque ela acaba sempre por fugir em vez de enfrentar os
problemas?!

E a única que ela agradecia naquele momento, era ao facto de
Gaara não ter vizinhos.



 ...

Gaara não demorou a ouvir as batidas demasiado fortes na
porta.

E, assim que a abriu, uma Ino entrou disparada em casa. E,
sem lhe dirigir uma palavra, subiu as escadas e trancou-se no quarto.

Estava, sem dúvida, naquela altura do mês.

Se Ino tivesse visto a reacção de Gaara assim que este ouviu
a porta do quarto a fechar-se, não teria ficado mais surpreendida que o mesmo.

Ele tinha rido.

Independentemente de todos os pontos de vista, aquele som
saído que tinha saído do fundo da garganta de Gaara, tinha sido mesmo uma risada.

Surpreendido, ou até mesmo assustado, Gaara levou a mão à
frente da boca, como para impedir que o som voltasse a sair.

Olhou para as escadas, como se pudesse olhar para a pessoa
responsável por aquilo.


O coração pesou quando ela desapareceu a noite passada,
acelerou quando a viu de novo em casa, e agora… a sua respiração ficara
descoordenada e ele rira. Ele não sabia o que ela lhe estava a fazer.

Mas agora sabia que rir é quase doloroso de tão bom.



 ...



“Posso perguntar-te uma coisa, Hinata?” Perguntou o seu
chefe.

Era hora de almoço, e Hinata estava na cozinha na companhia
do seu superior, a preparar um delicioso Ramén, pela primeira vez.

“Claro.” Sorriu.

“Porque te interessante em aprender a preparar Ramén tão de
repente?”

As bochechas de Hinata ganharam um tom vermelho.

O superior entendeu tudo.

“Tenho a certeza que ele vai gostar.” Disse, tentando
acalmar o coração frágil da menina do sorriso de anjo.

Hinata suspirou. Nos últimos dias, ele aparecia sempre no
mesmo horário para almoçar. Talvez devido a isso, o café estivesse sempre vazio a essa mesma hora.

O seu coração quase parou quando ouviu o som da porta a
abrir.

“Olha quem chegou…” Ouviu o chefe dizer. “Bem-vindo, rapaz!”
Cumprimentou o loiro que se sentava ao balcão. Este contribuiu com um aceno de cabeça. “Vai atendê-lo, Hinata.”

Com todo o cuidado, Hinata pegou na tigela recém preparada e
dirigiu-se ao balcão. Porque as suas mãos tremiam tanto?

Aliviada por não ter deixado cair a tigela a meio do caminho, Hinata colocou-a à frente do rapaz loiro.

“Bom apetite.”

“Obrigado.”

Mesmo com ela tentando disfarçar, Naruto conseguiu perceber
o nervosismo dela.

Estaria ela com medo dele? O que tinha mudado?

Essa perspectiva afectou-o mais do que devia.

“É a primeira vez que ela cozinha. Sente-te honrado rapaz,
és o primeiro a provar um Ramén feito pelas mãos da Hinata.” O chefe
prenunciou-se, enquanto secava um copo acabado de lavar.

As bochechas de Hinata coraram ainda mais, e Naruto abriu o
maior sorriso.

Então é por isso que ela estava nervosa.

“Está delicioso. Vou querer repetir!”

Aquele era o sorriso mais bonito que Hinata já vira.

Com as mãos a tremerem muito menos, Hinata sentou-se em
frente a Naruto, e observou-o a comer o Ramén com muito apetite. Sorriu.

...

O mundo era demasiado complexo para Sasuke. E pior, ele foi
dotado com a qualidade de entender toda a sua complexidade. Devido a isso, seu pai esperava muito dele, os professores esperavam muito dele, toda a gente esperava demasiado dele.

E tudo o que ele queria era ter um emprego normal, ganhar um
ordenado normal, viver numa casa normal com uma mulher normal. Ter filhos, uma família normal. Longe da complexidade que era o mundo.

Mas quem se importava com o que ele queria?

Teve a sorte, ou quem sabe o azar, de ser dotado com beleza
e inteligência. Alguém assim não está destinado ao normal.

Especialmente quando o seu sobrenome é Uchiha.

Mas não é que o seu sobrenome interessasse à rapariga de
cabelos rosas, sentada umas filas atrás dele. A sala da Universidade era
enorme, e montes de seres masculinos encontravam-se naquela sala.

Mas os olhos de Sakura só miravam um único.

Uchiha Sasuke.



 ...



“Hoje é por conta da casa.” Disse o chefe daquele café
quando Naruto ia retirar o dinheiro da sua carteira em forma de sapinho.
“Aceite isto como um pedido de desculpas aos julgamentos de que lhe fiz.”

Naruto voltou a por a carteira no bolso.

Aparentemente calmo, no entanto, todo ele gritava no seu interior.

Ser aceite, nem que seja por uma só pessoa, era sem dúvida,
a melhor sensação que alguém como ele poderia sentir.

“Qual é o teu nome?” Perguntou o chefe. Não é que ele não o
soubesse. Afinal, toda a gente conhecia Naruto, o Demónio da Ira, mas achou que seria um bom começo começar por serem apresentados normalmente.

“Naruto.” O rapaz loiro respondeu.

“Bom nome. Eu sou o Teuchi.” Apresentou-se o chefe. “E aqui
tu és muito bem-vindo.”



 ...



Ino voltou a descer do seu quarto à hora do lanche, assim
que se sentiu mais controlada. Desta vez iria ter uma conversa decente, e mesmo se ele for desagradável ela irá lembrar-se que ele nunca teve contacto com pessoas, e vai explicar-lhe que o que ele disse era... bem, feio de se dizer.

Encontrou-o na cozinha, a retirar dos armários um pacote de
batatas fritas.

“Hey, hey, hey!” Apressou-se a dizer. “O que pensas que vais
fazer?!”

“Lanchar.” Ele respondeu.

“Sim... mas… senta-te na mesa.” Ino retirou o pacote de
batatas fritas da mão de Gaara. “Eu sei fazer lanches. Vou fazer panquecas.”

Meio hesitante, Gaara sentou-se na mesa. “Nunca comi
panquecas.”

Ino sorriu. Enquanto retirava os ingredientes necessários
dos respectivos armários Gaara observava os movimentos dela. “Queres ajudar?” Ino perguntou, vendo na hipótese de ele dizer sim um boa maneira de aprenderem a conviver.

Sem resposta, Gaara levantou-se e colocou-se ao lado de Ino.
Aquilo era uma resposta afirmativa. “O que eu faço?”

Gaara nunca sentira necessidade de cozinhar. Nunca se dera
ao trabalho de abrir os imensos livros de culinária de sua irmã lhe trazia. Ele mantinha-se saudável com batatas fritas e todas as outras coisas que para comer só se precisa de abrir um pacote.

Ele só conhecia o mundo exterior pelos livros. Afinal, desde
novo ele foi isolado naquela casa. Mas ele lembrava-se dos tempos em que vivia com seus irmãos e seu pai. Embora estivessem todos na mesma casa, ele sempre comia sozinho, no seu quarto. Aquelas memórias eram vagas e estavam em risco de desaparecer de tão distantes, mas ele lembrava-se que, naquela altura em que ainda sentia, comer sozinho era muito doloroso.

E se calhar foi por essa razão que estranhou estar ali
agora, na casa onde devia estar isolado, com uma mulher á sua frente na mesa, a comer um delicioso prato de panquecas feito por ambos.

Então era assim que era comer com alguém.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?