Meu Trono escrita por Fan_s


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Olá querido leitores :3
Aqui está mais um capítulo!
Este ficou mais pequenino...
E eu estou tao cansada que não lhe fiz a revisão... então é muito provável ele estar cheio de incorreções...
Por favor perdoem esses errinhos, pois eu prometo que venho aqui mais tarde vou ler tudinho de novo e corrigir cada virgula'zinha!
Boa leitura
Espero que gostem



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Gaara olhou para o espelho do armário do seu quarto. Há quantos dias estava naquela casa? Perdera a conta.

Brincava com os carrinhos que o irmão lhe dera, fingindo acidentes e imitando o barulho do motor com a boca. O seu ursinho estava ao seu lado. Ouviu risos de crianças, crianças que em tudo se pareciam com ele, a passarem os vidros da janela. Tímido, levantou-se da cama e pôs-se em biquinhos de pés para conseguir espreitar lá para fora.

As crianças estavam a brincar com uma bola mesmo à frente da sua casa. Sorriu, talvez eles deixassem que ele se juntasse à brincadeira, se pedisse com jeitinho.

Com um sorriso tímido de criança, Gaara desceu as escadas e, com as suas mãozinhas pequeninas, abriu a porta.

“Hum… olá” Gaara tentou falar através da timidez “posso brincar também?”

Três segundos de silêncio bastaram para que a confiança da pequena criança ruiva ficasse despedaçada na rua.

“Vejam! O monstro quer brincar!” _“Sai daqui!” _“Não devias estar nesta cidade!” _“Ninguém quer brincar contigo!” E mais um monte de frases impróprias para dizer a uma criança que se sentia sozinha e apenas queria brincar com alguém.

E depois apareceu o pai.

oOoOoOo

Gaara acordou sobressaltado, suado, com o coração tão pesado que fazia com que o resto do corpo tremesse sem o consentimento dele. Há tanto tempo que não se sentia assim… e, apesar de os seus sentimentos estarem em desuso e deteriorados, tanto que Gaara já nem se lembrava como é que era sentir, reconheceu de imediato o sentimento culpado por todos aqueles sintomas desagradáveis: o medo.

Há anos que não sonhava com o pai. Há anos que o rosto duro e confiante do pai não lhe passava na memória. Estava surpreendido como o seu subconsciente ainda tinha a imagem dele tao bem guardada.

Levantou-se da cama e foi abrir a janela. Deixou entrar o frio de Inverno no quarto demasiado abafado.

Sentia-se inquieto desde que saíra de casa com Ino. A ansiedade que o consumia parecia não acalmar, e piorou imenso depois de ter sonhado com o pai.

O pai…

A pessoa que ele mais temia no mundo.

Por medo dele Gaara deixara de sair de casa. Ficara fechado num quarto na companhia dos seus inanimados brinquedos, sempre com medo que o pai se zangasse com ele, por um motivo que nem ele compreendia. Estremecia só de ouvir passos a aproximarem-se da porta.

Gaara relembrou todas essas memórias quando Ino lhe falou em sair de casa. Foi como se uma bomba o atingisse. O pensamento dele tornou logo a resposta negativa, queria gritar-lhe que nunca sairia daquela casa para um mundo que só o sabia magoar.

Mas segundos depois outra voz, esta mais adulta, cortou a outra voz frágil de criança. “O teu pai está morto” disse-lhe a voz “agora quem manda és tu”.

O seu estomago contraiu-se como se tivesse sido atingido por um golpe forte e a sua garganta apertou quando se apercebeu que o motivo do seu medo não existia mais. Nada o impedia de ir lá para fora. Porquê ficar em casa?

“As pessoas são más para ti” disse-lhe a voz de criança assustada “em casa, ninguém te pode magoar” enquanto Ino remexia no seu armário e o deixava desarrumado. “Ela não me magoa” respondeu à voz.

Quando se viu com a roupa nos braços, Gaara pensou em todas as vezes que tinha ficado em cima do telhado a desejar viver lá fora, ou a espreitar pela janela e ver as pessoas que lhe atiravam pedras falarem e sorrirem entre si… pareciam tao felizes.

Se ele voltasse a aparecer… voltariam elas a magoá-lo?

“Olha bem para ti, criança…” disse-lhe a voz dentro dele, a que não era de criança nem de adulto, mas sim da criatura que ele guardava “ninguém consegue agora magoar-te… não me digas que não consegues ver o escudo que te protege”

“Que escudo?” Perguntou Gaara à voz. Mas esta remeteu-se ao silêncio e não respondeu ao confuso Gaara.

No entanto, com a camisa preta de mangas comprida que Ino lhe tinha atirado nas mãos, ele viu-se com o imenso desejo de sair lá para fora. Não porque tinha algum sítio para ir, mas porque queria mostrar ao mundo que estava cansado de se esconder. Estava farto de ter de ficar fechado em casa quando nada tinha feito para isso.

Estava farto de cumprir a vontade do pai.

E, com aqueles pensamentos revolucionários que nunca antes tivera, Gaara vestiu o que Ino disse, e saiu do quarto preparado para sair pela porta.

oOoOoOoOo

Naruto sorria em frente ao espelho. Desistira há muito de tentar controlar o grande sorriso selvagem que lhe aparecia nos lábios. Relembrava o encontro com a Hinata.

Depois se despedirem da amiga loira dela e do rapaz ruivo – que o Naruto achara muito estranho – andaram de mãos dadas durante muito tempo, até chegarem à zona alta das montanhas, onde se podiam ver todas as constelações de Inverso quando a noite chegasse.

Ficaram a conversar em cima de uma mesa de pedra, com um ar que tinha sido colocada ali há muito anos atrás, até a noite cair e a escuridão fazer com que as estrelas brilhassem.

Era lindo. Longe das luzes da cidade, o céu tinha a sua hipótese de brilhar e, na opinião de Hinata, emitia uma luz muito mais valiosa do que qualquer candeeiro de rua.

“Aquelas estrelas são a constelação de Oríon. Ali é a lira” disse-lhe o Naruto, enquanto apontava o dedo e indicava o local a Hinata “e ali é gémeos”.

Ela ouvia-o maravilhada.

“Sabes as lendas delas?” Perguntou Hinata, interessada nos feitos de todas aquelas representações e nas coisas maravilhosas que essas teriam feito para merecerem um lugar no céu.

“Sei” Naruto respondeu com um sorriso apaixonado dirigido ao céu.

“Conta-me uma história bonita”

“Uma história bonita?”

“Sim… a tua preferida”

Naruto olhou para as estrelas e ponderou.

“A minha história favorita… não é bem a lenda de uma constelação” disse Naruto, deitando-se de costas na mesa.

“Conta na mesma” pediu Hinata, imitando o gesto dele.

Naruto ficou uns segundos em silêncio “eu gosto da lenda do Orfeu e da Eurídice…” Hinata ouvi-o atenta “não tem um final feliz… mas é uma história bonita”

Hinata aproximou-se mais dele “conta”.

“Bem… Orfeu era o filho do Deus do Sol. Ele tinha uma lira e a lenda diz que a melodia da lira tocada por ele era tão bela que era capaz de fazer qualquer um chorar, de acalmar as feras mais ferozes e fazia até com que as árvores se curvassem…” Naruto sorriu “Um dia ele conheceu uma mulher incrivelmente bela chamada Eurídice. Ele apaixonou-se por ela, ela por ele e casaram. Ele tocava para ela todos os dias…” fez uma pausa “…mas um dia ela foi mordida por uma cobra e morreu”

Hinata agarrou o braço de Naruto.

“Orfeu ficou tão triste… amava tanto a Eurídice que desceu até ao Inferno para a ir buscar. Ele convence o Caronte a leva-lo às entradas do Inferno com uma canção triste… ele adormece o cão de três cabeças e chega à sala onde está Hades. Ele toca… e Hades, devido a tão bela melodia, ouviu e concedeu o pedido de Orfeu “Por favor, deixai-me levar Eurídice comigo para o mundo dos vivos” implorou.

Naruto fez outra pausa.

“Deixar-te-ei levar a tua amada, com uma condição” disse-lhe Hades “até teres visto a luz do sol, não podes olhar para ela”

“Ele conseguiu salvá-la?” Perguntou Hinata, ansiosa para ouvir o resto da história.

Naruto suspirou “Não… antes de ver a luz do Sol, Orfeu olhou para trás. E, nesse momento, o corpo de Eurídice foi transformado em Pedra.” Ouviu-se o exclamação triste de Hinata “Orfeu nunca mais se conseguiu perdoar. E também ele não voltou à superfície. Deve estar até agora ao lado da estátua de pedra, a tocar uma bela melodia na sua lira…”

Hinata sorriu tristemente.

“É uma história triste… mas é tão bonita…”

“Eu compreendo o Orfeu. Nunca deixaria alguém que amo sozinho no Inferno…”

“Eu acho que a Eurídice não ia querer que o Orfeu ficasse no Inferno com ela… gostava de o ver feliz”

“Ele não podia ser feliz sem ela”

E a conversa continuou até as grandes horas da madrugada – quando o sol já estava a tirar o protagonismo das estrelas.

Naruto levara Hinata a casa. Andaram de mãos dadas até casa dela e, quando se iam despedir, Hinata pôs-se em bicos de pés para lhe dar um beijinho na cara. Logo a seguir fugiu e escondeu-se em casa.

Naruto sorria que nem um idiota desde esse momento. E escusado será dizer que não dormir quando chegou a casa. Nem ele, nem ela.

Ela, por sua vez, estava agarrada às almofadas da cama, com o mesmo sorriso idiota de Naruto.

E ambos olhavam para o relógio das suas casas, e esperavam que a hora de almoço chegasse, pois Hinata sabia que Naruto ia aparecer no café para almoçar, e Naruto sabia que Hinata ia estar no café para lhe dar um dos seus deliciosos pratos.

Porém, agora, ainda eram nove horas da manhã.

oOoOoOo

Eram nove horas da manhã.

O despertador de Ino tocou e, ao contrário de todas as outras vezes, Ino estava cheia de energia e parecia que a força da gravidade não existia por onde ela passava.

Nem cinco minutos se tinham passado, e ela já estava vestida com o seu fato de treino, determinada a perder todas as calorias a mais que tinha consumido desde que tinha entrado naquela casa. Ia buscar toda aquela vontade à sua imagem ao espelho, vestida com o vestido preferido que, devido aos seus descuidos, estava-lhe agora a destruir a auto-estima.

Desceu as escadas pronta para pegar numa saudável maça e sair de casa a correr. Mas, por seu espanto, encontrou Gaara sentado no sofá da sala – a televisão ainda estava desfeita lá no chão – a ler um livro.

“Oh… bom dia!”

“Bom dia” Disse Gaara, e Ino questionou-se divertida a partir de que momento é que ele lhe tinha começado a dizer os bons dias.

“Já tomaste o pequeno-almoço?” Perguntou-lhe.

“Não”

“Oh, tomamos o pequeno-almoço juntos?”

“Vais fazer panquecas?”

Panquecas… chocolate… açúcar… calorias… gorduras… nunca mais poder usar o vestido… ficar cada vez mais gorda… nunca mais poder sair à rua… morrer gorda e sozinha…

“NãO!” A voz de Ino saiu estranha, de tão confusa estava a sua cabeça “Mas podemos comer os dois fruta…”

Gaara olhou para Ino confuso “Vais sair?” Perguntou-lhe ao vê-la vestida e calçada, em vez de estar com o seu habitual pijama e com os pés descalços.

“Sim… vou correr… fazer exercício… impedir o meu futuro horroroso…” Ino viu o olhar confuso de Gaara “Ah, vou correr um bocadinho pelas redondezas, queres vir?”

Nada podia preparar Ino para o que ia ouvir a seguir.

“Quero” disse-lhe Gaara.

Três minutos mais tarde estavam os dois a correr pelas duas desertas. E dez minutos mais tarde estava Ino deitada de exaustão numa rua qualquer ali perto, enquanto Gaara continuava com a sua resistência e com a sua respiração inabaláveis, ao lado dela.

oOoOoOoOoOoOo

Sakura passeava pela cidade, de braço dado com um homem com pelo menos 10 anos mais velho que ela. Tinha inúmeros sacos das lojas mais caras da cidade e não parecia ter acabado as suas compras.

Ao virarem para mais outra rua, Sakura olhou e sorriu amável e interesseiramente para o homem de fato com quem andava de braço dado. Ele sorriu também e preparou-se para entrar noutra loja, enquanto retirava a carteira do bolso.

E foi então que Sakura o viu. Não demorou mais que meio segundo, um relance daquele que era igual a ela. Um homem loiro, alto e extremamente bonito que entrava num café sem renome nenhum. Teve a imensa vontade de ir atrás dele, teve a imensa vontade de o ter… mas o homem a quem tinha o braço dado estava à espera que ela entrasse na loja e escolhesse o que quer que fosse que ela queria, pois ele ia comprar.

Aquele rapazinho lindo ia ter que esperar mais um tempo.

OOoOoOoOo

O ambiente daquele bar estava igual a todas as outras noites. Lotado, imensa gente ao balcão, ansiosos por depositarem quantidades excessivas de álcool no seu organismo, matar todos os neurónios que lhes restavam – que não pareciam ser muitos.

Ino e Tenten estavam ambas atarefadas, mas tinham tempo para comentar qualquer coisa uma com a outra que não fosse “passa-me essa garrafa” ou “podes ir buscar mais cervejas lá dentro?”

Não que as duas estivessem com vontade de falar.

Ino estava a ser consumida por dentro pela vergonha e pela humilhação que tinha sofrido de manhã, quando foi correr com Gaara e mostrou o tão mal que estava o seu corpo. Ela sentia-se quase a morrer, e Gaara estava tão cansado com se tivesse acabado de ter o melhor sono da sua vida.

Tenten, por sua vez, tremia sempre que via alguém de cabelos compridos. Até agora todas tinham sido mulheres, mas não conseguia deixar de pensar que aquele homem estaria ali, à espera de uma oportunidade para dizer a toda a gente que a vira trabalhar num clube de strip.

O que diria Ino? O que diria Hinata?! Com certeza teriam vergonha da amiga que tinham. Conheciam-se há tantos anos… ela faria tudo para que nenhumas delas descobrisse.

Continuaram as duas assim, a esforçarem-se para entregarem todas as bebidas num limite de tempo razoável, até que chegou a hora de fechar, e as pessoas saíram todas procurar um outro bar que tivesse toda a noite aberto.

“Tenten… preciso que sejas sincera…” Ino disse a Tenten enquanto as duas faziam as últimas limpezas ao bar – que quase todas as noites ficava meio destruído cheios de bebidas entornadas e os copos de plástico partidos.

Tenten sentiu o coração cair aos seus pés. Ino sabia?! Aquele homem estupido e metediço já lhe fora contar?! O que diria Ino agora? Ela nunca entenderia as razões dela para…

“… Achas que estou gorda?” Ino perguntou, extremamente séria “sê sincera, estou gorda, não estou?”

E o coração de Tenten voltou ao lugar, indignado por ter sofrido tanto em vão.

“A sério, Ino?” Tenten teve vontade de se rir se não tivesse apanhado um susto tao grande “Tudo porque achas que esta gorda?”

Ino olhou um pouco confusa para a amiga morena.

“O meu estado é muito mau?” Perguntou, ansiosa e com medo da resposta.

“Oh, por amor de Deus, Ino!” Tenten suplicou “Estás óptima! Continuas a mesma sexy bomb que sempre foste, ok?” Tenteu riu-se “Assustaste-me para nada, parva…”

Ino sorriu com o insulto da amiga.

“Engordei um bocadinho nestes últimos dias…”

“Fica descansada que não se nota…”

E a conversa ficou mais animada.

“Então… essas idas a casa de um ‘amigo’…” Ino estava ansiosa que Tenten lhe contasse mais coisas. Quando andavam juntas na escola nunca, nunca tinham deixado de contar o que quer que fosse.

Sentia saudades desses tempos.

“Já disse que é só um amigo” Tenten mentiu “e hoje vou directa para casa!”

“Hum…” Ino riu “sabes que um dia vou descobrir tudo, não sabes? Tu nunca conseguiste esconder nada de mim!”

Apesar do interior de Tenten estar feito num grande nó, ela fez um esforço para se rir também.

oOoOoOoOo

Saíam as duas do bar. Finalmente tinham acabado as limpezas. Vestiam os seus casacos e deram o braço, como se fossem um casal.

Mas depois de cinco passos ouviram alguém que as fez parar.

“Tenten!”

Viraram-se para trás. Um homem alto, vestido com fato e gravata espera encostado a um carro. E que carro. Até Ino percebeu que aquele carro não era apenas um carro, mas o ultimo modelo da marca mais cara do mercado.

“Ena… Tenten… é o teu amigo?!” Perguntou Ino surpreendida “Nunca pensei que gostasses de homens com o cabelo comprido… mas… ena…”

Tenten não tinha respondido. Ficara de braça dado com Ino, a olhar para trás parada e sem saber o que fazer. Queria fugir. O que estaria aquele homem ali a fazer? E se ele começasse a contar…

O homem avançou na direção delas.

“Muito boa noite, meninas” ele disse, educado “é a amiga da Tenten, suponho?” Ele perguntou a Ino, com um sorriso encantador - que Tenten viu como se fosse a sua guilhotina.

“Sou, sim…” respondeu Ino com um sorriso malandro, olhando para a amiga de lado “deve ser o ‘amigo’ que a Tenten anda a visitar todas as noites?”

Ino tinha dito aquilo de tal forma que toda a gente que ouvisse sabia exactamente o que ela estava a insinuar.

O homem de cabelos compridos tossiu “Hum, pois” houve um momento de silêncio “bem, vim buscar a Tenten, se a poder roubar por um bocadinho…”

“Oh!” Ino soltou logo o braço de Tenten, divertida, e empurrou ligeiramente a amiga para cima do homem “Aqui a tem! Não me quero intrometer, além disso tenho que ir para casa!” Depois inclinou-se sobre o ouvido de Tenten, de maneira a que o homem não a ouvisse “Tens tanta coisa para me contar…”

E, assim, Ino deixou Tenten sozinha com o último homem que queria ver à frente.

“Bem…”

“O que é que queres?!” Tenten gritou antes que ele pudesse dizer qualquer coisa.

“Entra primeiro no carro, falamos lá. Eu levo-te… onde queiras ir”

“Eu não vou fazer strip hoje, se é isso que estás a insinuar, e não vou entrar num carro de um desconhecido!”

“Só te quero fazer algumas perguntas…”

“Não quero responder”

“Mas nem é sobre ti, se me ouvisses….” O homem continuava implacavelmente educado, enquanto Tenten fervia em raiva e frustração.

“Então não é a mim que deves perguntar”

Tenten virou as costas ao homem e afastou-se em passos rápidos. Ele seguiu-a e agarrou-lhe no braço “Espera, é import-“

As palavras dele foram cortadas pelo forte soco que Tenten lhe tinha dado no nariz, fazendo o homem de cabelos compridos levar as mãos à cara e contorcer-se um pouco com dores.

Se não fosse educado, com certeza Tenten já tinha ouvido umas quantas e boas. Mas ele fora treinado para manter a calma e, sobretudo, a educação.

“Não quero falar contigo. Não te quero ver por aqui. E não quero que fales com a Ino sobre nada do que tu sabes!” Tenten disse-lhe, com a voz mais baixa.

E antes que Neji pudesse dizer alguma coisa, ela desatara a correr. E ele podia jurar que nunca tinha visto ninguém correr tão depressa. Tentou ir atrás dela, mas assim que virou onde ela tinha virado, só encontrou uma rua vazia.

Um pouco desiludido, porque a conversa que queria ter com aquela rapariga tinha sido adiada – sim, adiada, porque ela iria responder de uma forma ou de outra – Neji voltou ao carro, instalou-se no lugar do condutor e puxou o espelho para baixo.

O seu nariz sangrava.

Aquela não tinha sido uma boa noite.


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Notas finais do capítulo

Já sabem, qualquer erro avisem-me.
E há uma coisa que eu gostava de esclarecer sobre o último capítulo: recebi comentários a falar do Sasuke... acho que dei a entender que ele também estava no club de strip... mas, ele não participou no capítulo anterior (e também não participa neste).
Não sei o que levou os leitores a pensar isso, mas gostaria de esclarecer o mal entendido :/
Qualquer dúvida sobre o capítulo, por favor digam, eu derreto-me toda a ver os vossos comentários xD
Até ao próximo ♥