O Filho do Alquimista de Aço escrita por animesfanfic


Capítulo 30
A atitude de Mustang


Notas iniciais do capítulo

Neste capítulo Edward, Roy, Havoc, Ellen, Riza e as chimeras terão que suar a camisa para convencer Greed a ficar ao lado deles. Mustang e Hawkeye decidem ter uma conversa "séria".



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Edward e as duas chimeras chegaram perto de Greed através dos ataques que ele fazia.

Darius - Acha mesmo que ele está sozinho? – Enquanto corriam.

Heinkel - Tenho quase certeza. Está sendo usado apenas um ataque, não pode ser de pessoas diferentes.

Ed- Eu conheço aquele cabeçudo. Adora fazer um alarde! – Viraram a esquina.

Heinkel- Deve estar por aqui.

Darius- Me dá cobertura, Urso! – O homem fora na frente.

Edward fizera sinal de silêncio.

Ed- Ele está ali. – Apontando para o segundo andar da casa.

Greed- Ora! Veja só quem veio me visitar. Fullmetal, que prazer! – Virara-se exageradamente.

Ed- Greed. – O homem pulara da altura da casa. O impacto quebrara um pedaço do chão.

Greed- Vejo que está particularmente me procurando.

Ed- A sua aliança conosco, mais precisamente. – Desviara-se de uma braçada longa do homem.

Greed- Você cresceu, pirralho. O que quer com a minha presença?

Ed- Por que mudou de ideia em estar ao nosso lado?

Greed- Eu não ganho vantagem nenhuma. - Dando outra braçada, mas Edward pulara dela. – Não vai lutar? Está se esquivando! – Dando-lhe uma braçada no ombro. O garoto voara longe.

Darius - Edward! Está bem? –Aproximando-se do garoto.

Ed- Eu estou bem. – Falara truncado, enquanto sinalizava para os dois não se aproximarem.

Ed- Não vim lutar, Greed. Vim pedir para nos ouvir.

Greed- Ouvir por quê? Vocês não tem nada de interessante para me falar. – Dando outra braçada, mas Ed conseguira desviar.

Ed- Deixe a oportunidade lhe dizer! – Afastara-se um pouco, mas percebera que seu braço perdera uma das peças na trombada com o chão.

“Droga, preciso encontrar Winry o quanto antes!”

Ed- Vamos, Greed. Você sabe o que pode ter nas mãos. Escute-nos pelo menos! – O homem parara de atacá-lo.

Greed- O que eu ganho com isso?

Ed- Se você não aceitar a proposta, terá oportunidade de aniquilar todos nós de uma vez.

O homem pensara e aceitara. Não haveria armadilha que o matasse, de qualquer maneira.

Greed- Tudo bem. – Dera uma risada longa. – Você é cheio de planos, Fullmetal. Então vamos!

O garoto respirara aliviado por ter saído do problemão de enfrentar Greed com seu auto-mail quebrado.

Ed- Vamos. – Todos seguiram em frente e Greed ia pelos telhados, acompanhando os demais.

Greed- Espero que não tenha nenhuma dama no local, me ver nesse estado não é nada atraente. – Falara displicente, voltando a caminhar com eles.

Ed- É melhor voltar a sua forma, terá algumas damas. – Enquanto virara a esquina.

Greed- Fullmetal, podia ter avisado. Teria vindo com uma roupa mais apropriada para a ocasião. – Voltara ao normal e ajeitara-se no caminho.

Edward não entendia esse jeitão de Greed. Quando não lutava era o mais debochado e mulherengo dos homens.

Ed- Por que resolveu mudar de ideia?

Greed- Não estava vendo vantagem em ficar com vocês.

As chimeras deram um rosnado pela declaração.

Greed- Larguem disso, bichos. Vamos nos manter bonitos que veremos donzelas. Quer dizer, não mais donzelas imagino, mas ainda damas.

Edward revirara os olhos de tédio.

Ed- Pare de falar asneiras.

Chegaram ao local em seguida. Era fechado e havia grandes rochas envolvendo o ambiente. Tudo planejado para proteger a cidade.

Na frente estavam Roy, Riza e Havoc. Ellen permanecia escondida próxima ao local.

Greed- Ora, ora. Cavalheiros, o que temos aqui? – Fazendo uma reverência aos dois.

Fora pessoalmente até Riza, que permanecia firme mirando a arma em sua direção, pegara delicadamente a mão desocupada e beijara. Roy assistira desgostoso.

Greed- Uma dama de ferro, senhores. Achei que já estava morta ou vivendo a eternidade ao lado da sombra.- Roy dera dois passos furioso, mas fora impedido por Havoc.

Riza piscara duas vezes, irritada. Os outros permaneceram em silêncio, acreditando que o show iria acabar por ali. Greed voltara calmamente ao seu lugar.

Greed– Riza, os olhos de falcão da central. Adoro mulheres corajosas. – Olhara-a. – Enfrentou os próprios medos, você sabe do que estou falando? Alias, acho que vocês dois sabem. – Apontando o dedo indicador em direção a Roy Mustang, que aparentava estar muito descontente com o tom da conversa.

Greed começara a andar novamente em direção a mulher.

Greed - Achei bacana essa coisa de vocês superarem o passado. Algo tão vil que Roy fez com você, não é, querida Riza? - A loira aterrorizara-se com o segredo que Greed parecia conhecer bem.

As chimeras se olharam interrogativas.

Riza- O que você está dizendo? - Seus olhos agora pareciam mais assustados e a arma em seu braço direito começara a tremer. A loira juntou-a com a outra mão, para mantê-la firme.

Greed - O segredinho de vocês. - Apontando para os dois, displicente. - Você não foi um cavalheiro para ela, não é Alquimista das chamas? - Dera uma risada. - Depois falam que eu sou o monstro sem coração.

Roy - Cale essa boca imunda. - Havoc avistara Roy incomodado, de um jeito ferido, como se realmente o que Greed dizia afetasse seu ego.

Havoc - Coronel, o que ele está dizendo?

Greed - Aí está a prova, querida Riza, que ninguém é tão bom assim. Ninguém é tão confiável para que você entregue sua alma.

Roy - Já chega! - Seus olhos ainda mais enegrecidos, queimavam de raiva. Havoc tentava segurar a força que emergia de Roy.

Havoc - Calminha aí, Coronel!

Ed- Vamos à proposta? - Falara, entendiado e não entendendo as acusações.

Greed- Não, calma. Por que não apreciar a beleza da protegida de Roy Mustang? - Riza voltara a franzir o cenho, irritada. - Pode parecer fria e calculista, mas é maternal e dócil. Na cama parece ser um furacão!- Dera um sorriso malicioso. Roy respirava forte, enquanto Havoc o controlava.

Havoc - Coronel, é isso que Greed quer: irritar. Não se deixe levar pelo ódio. Olhe para mim! - Puxando a cabeça do alquimista para si. - Fique frio.

O homem voltou a aproximar-se dela.

Riza – Você realmente sabe ser desagradável. - Tirando a arma da mira do homunculus.

Greed - Cheira floral amadeirado. Delicada como flores, mas firme como as madeiras – Chegara a milímetros da mulher.

Greed- Me olha nos olhos. Gosto disso! – Batera uma mão na outra, em sinal de satisfação.

Dera uma volta até estar atrás dela. Olhara-a de cima a baixo.

Greed– Tem um belo corpo, mas as roupas não fazem jus.

Ed- Já chega, Greed. – Falara, revirando os olhos.

Greed- Está bem, está bem. Mas Riza querida, – Ela voltara a apontar a arma para ele. – Seu coração está ocupado por ele. Acho que não está sozinha. - Olhando para Roy que esbravejava perto de Havoc. Riza corara, abaixando a arma novamente.

Greed- Ainda assim, gostaria de parabenizar por sair viva da sombra. - A loira fizera uma feição indiferente.

Greed caminhara calmamente até chegar ao lado de Edward.

Greed- Por que não mostram a outra que está aí? Eu sei que tem outra mulher. – Havoc revirara os olhos e parara de impedir Roy, que a esta altura parecia mais calmo.

Ellen saíra do esconderijo e Greed estacara no chão. Seus olhos arregalaram tanto que pareciam saltar do rosto.

Ellen- Acho que é a hora que eu digo "oi"? – Andara até perto dele. Todos ficaram aflitos. Qualquer movimento e ele mataria Ellen.

Ele começou a cheirá-la e parara ao encostar em seu nariz.

Greed- Ellen... – Fechara os olhos. – meu amor. – Havoc passara as mãos nos cabelos, irritado.

Ellen – Não sou seu amor coisa nenhuma! – E afastara-se, displicente.

Todos gelaram e mantiveram-se em movimento de alarde. A garota realmente não sentia medo do homunculus, só estava ansiosa com a situação.

Ellen- Não acredito que vocês me colocaram nessa enrascada! – O homem andara rápido até ela, cheirava e rodava ao redor da garota, enquanto ela falava sem parar.

Ellen– O negócio é o seguinte, Greed. Nós queremos que você entre para o nosso time, imagina o quanto de mulher não vai poder ter? Se ficar ao lado deles vai acabar morrendo. Eles não perdoam traidores. Aqui a gente dá um jeito. Você só tem chance conosco. Lá está ferrado! Olha, pode parar de rodar na minha frente? Que coisa desagradável!

Havoc- Estamos perdidos, olha o jeito que ela fala com ele? – Fizera um gesto negativo com a cabeça.

Roy- É o jeito dela, vai funcionar. - Já recomposto da irritação anterior.

Greed- Você não gosta que eu rode perto de você, minha Ellen? Faço o que você quiser. – Pegara sua mão, puxando-a para uma valsa.

Todos aproximaram-se preocupados.

Ellen- Você está dançando comigo? Não acredito nisso. Vamos ao que interessa!

Greed- Vamos! – Puxando-a para si. Todos ficaram atentos. Um passe para atacá-lo.

O homem congelou os olhos nos dela e abrira bem até sua pupila dilatar-se totalmente. A garota olhara fundo em seus olhos e tivera a visão que ele mostrava.

Havoc- Mas o que ele está fazendo? – Riza aproximara-se rápido e abaixou-se, apontando a arma para o pé do homem.

Riza- Visões!

Roy- Visões! – Falaram ao mesmo tempo. Riza atirara no pé de Greed, mas ele protejera com o escudo. Enquanto isso, Roy e Havoc tiraram Ellen de seus braços.

Havoc- Ellen, olha pra mim! – Sacudia a cabeça da moça até acordá-la.

A menina matinha-se com os olhos arregalados, mas não falava. Havoc começou a tagarelar com ela sem resultado.

Riza- Não se preocupe, Havoc. Ela está em choque, mas se recupera.

Havoc- O que são essas visões? – Enquanto tirava alguns fios de cabelo do rosto da moça.

Riza- Ela provavelmente viu o passado com Greed. Ellen agora tem tudo o que passou com ele na mente. É como se tivesse dado uma quantidade de experiência que ela não tinha antes de memória.

Havoc- Isso quer dizer que esse cretino fez isso para ela ter sentimentos verdadeiros por ele?

Riza- Sim, assim ela lembrará de tudo e irá ser leal. Esse é o temor das reencarnações. – Continuava sussurrando e mirando a arma para Greed, enquanto Roy lutava com o escudo.

Havoc- Não acredito nisso! Ellen, meu amor, olha pra mim. – Focava o rosto da moça no seu, mas ela não parecia fazer qualquer movimento.

Riza- Melhor deixar ela com alguém. A quantidade de memória que foi dada a ela não foi pouca. Até se recuperar, continuará letárgica. Não vamos conseguir cuidá-la. Só vamos nos certificar que Greed aceitará.

Havoc- Ainda fala nisso? Está na cara que não, olha como ele está brigando. Ellen? Ellen?- A mulher começara a voltar ao normal.

Riza- Dura na queda, você. – Sussurrara contente. Dera dois tiros, mas o homem protegera. – Tenho certeza que vai dar certo.

Roy e Edward afastaram-se da briga.

Ed- Ellen está conosco. E ela tem razão, Greed. Você tem mais chances com a gente!

Greed- Pretensão a de vocês! - Dera uma risada gostosa.

Ed- No fundo sabe disso. Não vai vingar seus companheiros? – Greed franzira a testa. – Foi Dante que matou eles, não foi? Vai se aliar a pessoas que são contra o companheirismo? Você preza tanto a amizade.

Greed- Estou me unindo a eles só pra mata-los! – Apontando o dedo para Ed. – Já ouviu falar que quando estamos mais fracos que o inimigo nos juntamos a ele?

Ed- Você pode se juntar a gente. Também temos um propósito para matá-los! Conosco ficará mais fácil, Greed.

O homem sabia que era verdade. Suas chances de conquistar o mundo não eram tão grandes ao lado dos homunculus e companhia. Precisava se juntar a eles e depois daria um jeito.

Ellen- Eu vi tudo o que você me mostrou. – Levantara-se entre Riza e Havoc e aproximara-se dele. Todos ficaram atentos.

Ellen- Nada mal. – Dera um sorriso debochado. – Mas as coisas mudaram e não são como antes. Ficar ao nosso lado talvez seja uma vantagem agora. Por nosso passado, Greed. – Olhara-o com ternura.

Greed- Ora, ora. Vocês fizeram de tudo mesmo para me colocar nessa gangue! – Rindo e afastando-se. – Mas o mundo é o meu limite, amigos!

Ed- Com eles seu mundo estará limitado, Greed!

Greed- Tá bom, tá bom. – Pendurara-se em um pedaço da parede. Dera uma risada gostosa. – Me encontrem na igreja. – Olhara para trás. – Pessoal.

Greed desaparecera em menos de um segundo.

Havoc- Então ele aceitou?

Ed- Parece que sim.

Riza- Ele pode trazer seu pessoal para matar-nos nessa tal igreja.

Roy- Pode acontecer.

Ed- Não, ele já teria nos matado se fosse essa a vontade.

Darius- Estávamos vulneráveis. Foi um plano bem arriscado.

Ellen- Mas deu certo, gente. – Afastara os cabelos e começava a andar. – Deixem de frescura.

Ed- Vocês vão na frente, preciso encontrar os outros. – E fora em direção à saída.

Ellen saía do local escorada por Havoc. Riza, que caminhava ao lado deles, fora interrompida por Roy Mustang.

Roy - Podemos conversar em particular? - A loira olhara Havoc e Roy, surpresa.

Havoc - Vai lá, Riza. Só não demorem. - Dera de ombros e seguira com Ellen.

Riza - O que o senhor quer tratar? - Parara de andar, enquanto Roy continuava se afastando.

Roy - Sobre o que Greed disse... - Pousando o dedo indicador horizontalmente sobre os lábios, parecendo pensar no que ia dizer.

Riza- Coronel, seja lá o que o senhor for dizer, não é o melhor momento para falarmos sobre isso. Tem uma guerra lá fora. - Cruzando os braços.

Roy - Riza, não sabemos se daqui a meia hora ainda estaremos vivos, eu preciso que saiba isso por mim. - Aproximara-se dela novamente.

Riza - Coronel, eu realmente acho que não é o melhor momento, está todo mundo lá fora nos esperando... - Mas fora interrompida pelos lábios ávidos e quentes de Roy Mustang. Aquela ação fez Riza descruzar os braços na procura de algo para se equilibrar, tamanha a velocidade do ato.

–--

[No lado de fora]

Todos esperavam Roy e Riza, que permaneciam dentro do local.

Havoc - Eles estão demorando demais. - Enquanto abaixava para entregar uma garrafa de água a Ellen. - Você está bem?

Ellen - Sim, obrigada. - Pegara a garrafa e passara a mão carinhosamente pela face do loiro. Ele sorrira.

Darius - Eu vou lá chamá-los.

Heinkel - Eu vou com você.

Havoc - Não, não. Melhor ficar aqui conosco, caso venha algum meliante.

Darius - Ok, eu volto em um instante.

Ellen, Havoc e Heinkel assentiram com a cabeça.

–--

[dentro do saguão]

Roy pegara na cintura da mulher com uma mão, enquanto a outra depositara na nuca da loira. Aprofundara o beijo e Riza tentava com todas as forças não corresponder àqueles lábios quentes e macios puxando e invadindo os seus, mas falhou brilhantemente quando o moreno apertou seu corpo contra o dela. Naquele instante ela se deixou levar retribuindo o voluptuoso desejo.

Quando se dera conta, os dois já estavam encostados na parede, beijando-se sem parar. As carícias ousadas fizeram com que o prendedor de cabelo da loira caísse, libertando seus longos fios pelos ombros. Uma das mãos do homem descia pelo quadril da loira, mas parara bruscamente. Roy interrompera o beijo tão rapidamente quanto a agarrou, Riza sem entender mal teve tempo de respirar até Darius entrar pelo saguão.

Darius - Finalmente achei vocês... - Estacara no chão assim que percebera os dois estarem descompostos, um arrumando o cabelo e outro limpando os lábios. - Eu acho que vim na hora errado.

Roy - Tudo bem, já estávamos indo. - Riza ficara estarrecida, seu rosto queimava de vergonha.

Um silêncio pairou no local, e a chimera (já em sua forma adulta), não saía do lugar.

Roy - Mais alguma coisa, Darius? - Enquanto colocava a mão no bolso, displicente. Riza tinha a impressão de que o moreno nunca se envergonhava das coisas que fazia.

Darius pigarreara, saindo da estática posição que permaneceu ao chegar.

Darius - Estou saindo. - Saíra em um rompante, atordoado com o que acabara de ver.

Riza fechara os olhos, não acreditando que tudo aquilo havia acontecido em um espaço tão curto de tempo. Olhara Roy com lábios inchados de tanto beijá-la.

Roy - O que foi? - Oferecendo a ela um lenço. Riza aceitara.

Riza - Eu não acredito que Darius viu tudo isso.

Roy - Não era bem o que eu tinha planejado também. - Dera de ombros e aproximara-se dela novamente. - Ele não viu muito coisa, parei antes que ele pudesse ter esse privilégio. - Passando a mão pela cintura da loira, mas ela afastara-o.

Riza - Eu definitivamente não sei de onde você tirou essa intimidade toda, Coronel. Não é porque estou viva que o senhor pode sair por aí me beijando como bem entender.

Roy - Eu gosto de você. - A loira parara de limpar os lábios e olhara para o moreno assustada.

Riza - O que?

Roy - Não é porque o seu pai me pediu no leito de morte para cuidar de você.

Riza - Pare com isso, Coronel. O senhor vai estragar tudo o que ainda temos.

Roy - E nem pelo fato de ter me perdoado.

Riza - Eu disse para parar de dizer essas coisas!

Roy - Pare você de negar o que sente!

Riza - O que eu sinto é um dever de protegê-lo, Coronel.

Roy - Tudo o que Greed disso é verdade. Você é meiga e dócil e ao mesmo tempo tão forte e fria. Eu apenas decidi parar de perder tempo e ir direto ao que estava desejando. Antes que seja tarde.

Riza - Estou estarrecida.

Roy - Riza, não é possível que você não tenha mudado. Você já morreu uma vez, ou quase. Não é possível que isso não seja motivo o suficiente para querer se entregar e confiar em mim finalmente.

Riza - Você acha que não confio em você? - Afastando-se da parede. - Eu confiei e confio por toda uma vida, Coronel. Como posso oferecer minhas costas para protegê-lo se não confio no senhor?

Roy - Então seja honesta consigo mesma.

Riza - Eu... - Sentia-se angustiada por realmente amá-lo, mas ter escondido isso de si mesma.

Roy - Mesmo que você não queira me dizer, eu percebi nesse beijo... - Riza levantara o cenho. - o que sente por mim. Não vou desistir de você, Hawkeye.

Os olhos da loira ficaram parados no tempo, enquanto o homem que atravessara sua alma e coração partia pelo saguão. A atitude fizera-a lembrar de dias anteriores, quando Roy tentava descobrir sua verdadeira identidade.

[Dois dias antes]

Roy - Olá, senhorita Joana, estou procurando pela Elisa, ela se encontra? - perguntando a recepcionista, depois de visualizar o nome em seu crachá.

Joana - Qual apartamento, por favor? - Roy puxara um pequeno papel amassado do bolso.

Roy - 201.

Joana - Só um instante. - O moreno passeou os olhos pelos quadros do simples prédio, todos de artistas desconhecidos. Não era um espaço pomposo.

Joana - Parece que ela está em casa. O senhor pode se identificar.

Roy - Diga que é o Roy... - Pigarreara rapidamente. - diga que é o seu chefe, Kill Liberton.

Joana - Um momento. - O homem batucava os dedos no balcão. - Ela disse que o senhor pode subir.

Roy - Obrigado. - Fizera uma suave reverência.

Subindo as escadas, pensava estar tudo muito simples para encontrá-la. Talvez aquilo era uma invenção da cabeça de Havoc e uma mentira do homunculus. Riza viva? Tinha medo de ser uma esperança vazia e sem qualquer sentido. Precisa vê-la nos olhos e perguntá-la. Se fosse sua tenente, ela não teria como negar.

Chegara ao segundo andar, tocara a campainha. Ouviu uma correria dentro do apartamento e alguém girando o trinco da porta.

Alice - Pois não? - Permanecia com parte do corpo por trás da porta. Uma corrente de ferro matinha a porta entre aberta.

Roy - Olá, estou procurando a oficial Elisa, ela se encontra?

Alice - O senhor é quem? - Olhando-o de cima a baixo, maliciosamente.

Roy - O chefe dela.

Alice - Não mora aqui não. - Roy fizera uma cara interrogativa.

Roy - Como assim não mora? Mas então você a conhece?

Alice- Sim, há alguns meses atrás ela alugou este apartamento de mim, ficou uma semana e depois devolveu as chaves.

Roy - Estou procurando ela para um serviço urgente. O endereço dela consta aqui.

Alice - Ela me deu dois aluguéis adiantados e disse que precisava de dois meses fingindo aqui ser o endereço oficial dela. Aí eu não alugo para ninguém. Está tudo no nome dela. Não sei mais de nada.

Roy - E porque será que ela faria isso?

Alice - Isso não é problema meu. - Começando a fechar a porta.

Roy - Espera um pouquinho.- Colocara o pé para impedir. - Será que eu posso entrar?

Alice- Acho que não. - Com um sorriso debochado.

Roy - Acho que você não tem opção. - Mostrando o relógio de alquimista federal. A moça arregalara os olhos.

Alice - Você é o alquimista das chamas? Roy Mustang?

Roy - Se não abrir, vou explodir esse prédio em mil pedacinhos. - Falara de olhos fechados. Era óbvio que o homem blefava, mas a artimanha sempre funcionava com mulheres.

A moça tirou a porta da corrente e deu espaço para ele entrar. Roy adentrara o apartamento, bem pequeno e desconfortável. Com uma televisão ligada, ouvira sons de uma criança no cômodo ao lado. Olhara para a moça interrogativo.

Alice - É minha filha. A propósito, meu nome é Alice, muito prazer. - Esticara as mãos tatuadas para o homem que não se dera ao trabalho para cumprimentá-la.

Roy - Não tenho tempo para ser cordial. Vamos direto ao ponto: onde está Elisa?

Alice - Não faço a menor ideia. - Sentando no sofá displicente.

Roy - Eu não estou para brincadeiras. - Colocando as mãos no bolso e dirigindo-se às janelas.

Alice - Estou jurando a você, Alquimista das chamas. Ela nunca mais esteve aqui depois de me dar dois meses de aluguel adiantado.

Roy estreitara os olhos ao ver uma morena andando pela rua de capuz. Estava escuro e chuvoso, não podia ter tenta certeza, mas acreditava ser Elisa.

Descruzara os braços e saíra em um rompante pela porta de entrada do apartamento.

Elisa - Eu ia oferecer uma xícara de café... - Levantando-se para fechar a porta. - Esses coronéis são todos loucos.

Roy saíra do prédio e correra em direção a moça de capuz, que andava devagar pelas ruas, mesmo com a chuva caindo em sua roupa.

Roy - Com licença. - Puxara o ombro da moça, mas fora surpreendido por outra mulher. - Me desculpe, achei que era outra pessoa.

No beco, próximo a onde Mustang retornava, completamente encharcado, Elisa respirava aliviada.

"Por pouco, mas agora ele sabe por onde finjo estar morando...", pensara a Elisa.

–---

[ No lado de fora do sanguão]

Roy aparecera primeiro, e na sequência Riza com os cabelos amarrados, em vez de presos em um coque. No canto, calado, permanecia Darius.

Heinkel - Agora podemos ir.

Havoc olhara Mustang e Hawkeye e estranhara.

Havoc - Tudo bem com vocês? - Enquanto ajudava Ellen a levantar.

Riza- Tudo certo. - Dera um longo respiro e arrumara os fios soltos pelo rosto.

Roy - Perfeitamente bem para uma guerra. - Colocara as mãos no bolso e partiu na frente, junto de Heinkel.

Heinkel - Darius, vamos, o que houve, por que está tão calado?

O alquimista das chamas olhara de canto de olho para Darius, que o encarou sério. Os dois desviaram, inquietos. Riza andava logo atrás, junto de Havoc e a irmã, que era levada nas costas do loiro.

Ellen- Não precisa disso, estou bem.

Havoc- Conversa sua. Está tonta e pensando um monte de coisa.

Ellen- Eu sempre penso um monte de coisa.

Havoc- Você ainda está assustada com as lembranças daquele cara?

Ellen- Na hora o susto foi grande. Sua pessoa vivendo algo que está fora da sua concepção, não é nada fácil.

Havoc- Fiquei com medo de que você não voltasse ao normal. – Arrumando-a melhor em suas costas.

Ellen – Até parece! Você está me estranhando, Havoc? – Dera um pequeno tapa em suas costas. O homem sorrira.

Havoc – Que bom que está aqui. – A moça sorrira e abraçara-o pelas costas.

Riza vira tudo de canto de olho e tivera a certeza: a relação deles não era fraternal.


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Notas finais do capítulo

Está aí mais um , pessoal! Espero que gostem!
Estou intercalando durante os capítulos alguns acontecimentos dos dias anteriores para Roy e Riza, quando ele resolve desistir da viagem para investigar sobre Elisa.