O Filho do Alquimista de Aço escrita por animesfanfic


Capítulo 23
A assassina de Maes Hughes


Notas iniciais do capítulo

No capítulo de hoje a assassina de Hughes vai finalmente pagar pelo que fez.



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O fim de semana finalmente se aproximava e todos no Quartel General pareciam alegrar-se com a ideia. O resto da longa semana foram conversas e fofocas de Ellen com todas as alas sobre a grande festa de seu chefe Kill Liberton no sábado anterior. Os boatos corriam soltos e as meninas pareciam cada dia mais encantadas com o charmoso Kill.

Quando o assunto era Coronel Roy Mustang, Ellen desviava gradativamente da resposta sem lhes dizer muita coisa. Promesa era dívida para a garota. Além de o objetivo ser o próprio moreno e não os holofotes por ter passado a noite com ele. Apesar de que ela
não gostaria de não levar as honras, o momento com certeza valera por sua eternidade.

Elisa parecia cada dia mais mergulhada nos processos para resolver e mal falava com Ellen. Mantinha contato apenas com Havoc, sem ninguém saber. Afastava-se de Roy o maior tempo que pudesse. Ficar ao lado dele era, sem dúvidas, um combustível para uma longa
discussão.

Enquanto isso, Roy Mustang permanecia vigilante sobre os passos da moça e não deixava de cumprir seu trabalho rigorosamente. Depois de muitos anos de “vadiagem”, o homem aprendera à duras penas como se portar diante de prazos de entrega.

Sheska- Coronel, por hoje é só. – Levantando e esticando-se da cadeira.

Roy- Não, ainda temos esse para terminar. – Folheando o papel compenetrado.

Sheska- O senhor não acha que trabalhamos demais por hoje?Depois de amanhã vai ser feriado, podemos pegar mais leve.

Roy- Nada disso. Todos querem fazer viagens longas, é bom deixar tudo pronto. Está de corpo mole? – Levantando o cenho, nada amistoso.

Sheska- Não, claro que não. – Fazendo uma continência rápida. – Ao trabalho! – E voltara-se para os papéis.

Coronel Roy Mustang havia descoberto apenas dois meses depois da morte de Riza Hawkeye que Sheska havia sido transferida para o sul do país. Tudo isso graças à ação do Fuhrer King Bradley. Depois do ocorrido fora de forma gradativa trazendo sua estada de novo para a Central. Logo depois disso, colocou-a em sua sala, junto de seus subordinados. Atualmente a mulher trabalhava para ele.

Sheska- Coronel, encerrei o último processo.

Roy- Ótimo trabalho, Sheska. – Levantou-se cansado.

Sheska- O senhor parece cansado. – Debruçando-se sobre a mesa.

Roy- Confesso que ando exausto. – Pegando seu casaco.

Sheska- Talvez essa viagem seja decisiva para todos nós. – Olhara-o de relance enquanto dava a última passada nos papéis. O homem observou-a por um tempo.

Roy- Sheska. – Sentando-se na mesa frente a ela.

Sheska- Sim. – Protinficando-se de imediato.

Roy- Você... – Dera uma pausa, respirando fundo. – Lembra do dia em que a Primeira Tenente faleceu, não lembra?

Sheska- Sim, perfeitamente. – Abaixara o cenho.

Roy- E você se recorda que um pouco antes de encontrá-la na garagem, eu conversei com você no corredor?

Sheska- Sim, eu lembro disso.

Roy- E a nossa conversa foi sobre a morte de Hughes. Certo?

Sheska- Certo.

Roy- Você me disse, na época, que vinha pesquisando há bastante tempo sobre a morte dele. Logo depois foi transferida para o Sul do país. O Fuhrer soube de alguma forma sobre a sua pesquisa?

Sheska- Não, jamais contaria, Coronel. O senhor sabe que essa era uma missão sigilosa.

Roy- Entendo. E não comentou com ninguém?

Sheska- Absolutamente ninguém.

Roy- E onde estão as suas pesquisas?

Sheska- Guardadas na casa de uma pessoa especial.

Roy- Uma pessoa especial? – Inclinando-se para frente.

Meia hora depois estavam na casa de Gracia, viúva de Maes Hughes.

Gracia- Ora, ora, mas que surpresa agradável vocês aqui. Entrem! – Abrindo espaço para os dois.

Sheska- Obrigada por nos receber. – Os dois se posicionaram para sentar no safá frente a Gracia. Roy mantinha-se afastado da casa de seu velho amigo, tudo trazia lembranças dele. O homem pigarreou, incomodado.

Gracia- Vocês querem algo para tomar?

Roy- Estou bem. – Sentando na ponta do sofá.

Sheska- Eu aceito um copo de água. – Sentando-se também.

Gracia- Claro, já vou buscar. – Saindo da sala.

Roy virara o rosto e vira na mesinha, ao lado do sofá, duas fotos de Maes, Gracia e Elisha.

Sheska- É por isso que está incomodado, Coronel? – O homem virou-se para ela, quieto. – Eu sei que é difícil estar aqui, mas o senhor mesmo insistiu.

Roy- Sim, quero ver os papéis. – Gracia voltara da cozinha logo em seguida.

Gracia- Aqui está. – Dando um sorriso. – Então, o que traz você aqui, Roy?

Roy- Os papéis de Sheska, viemos buscar. – Sheska engasgara com a água.

Sheska- Não, na verdade, é que... – Fora interrompida.

Roy- Não precisa fazer delongas com ela, Sheska. – Olhando Gracia, severo. A viúva dera um sorriso entendedor.

Gracia – Entendo. Volto já. – Levantando em seguida.

Sheska- Coronel! – Estupefada, colocara o copo na mesa. – O senhor me desculpe a petulância, mas deveria ser mais delicado. – Fazendo movimentos negativos com a cabeça.

O homem virou-se para a moça, sem paciência.

Roy- Não me diga como devo tratar pessoas que conheço a mais tempo do que você está no exército. – A moça calara-se.

Sheska- Desculpe. – Fechara-se. Gracia voltara na mesma hora.

Gracia- Aqui está. – Entregando tudo a Roy.

Roy- Obrigado. – Levantando-se logo em seguida. – Vamos. – Olhando Sheska ainda sentada. A garota levantara-se em um rompante.

Gracia- Tão cedo? – Levantando-se também.

Roy- Sim. Até logo. - Colocara a mão no bolso procurando as chaves, mas deixou-as escapar logo que as tirou do bolso. O barulho fez acordar Elisha, a filha do casal.

Elisha – Mamãe, que barulho é esse? – Apareceu dentre as portas do corredor, coçando o olho esquerdo com firmeza.

Gracia- Querida, volte para a cama. É assunto da mamãe. – Saindo em direção à filha e dando pequenas apalpadê-las em sua frauda. – Vá, vá.

Os dois visitantes olharam, estáticos.

Elisha- Achei que era o papai. Ele prometeu que voltaria, mamãe. – Falou em uma voz arrastada, chegando de novo na porta de onde saíra.

Sheska virara o rosto, segurando uma lágrima. Roy movimentara o cenho. Sua cara era terrivelmente fechada.

Roy- Estamos indo. Obrigado, Gracia. – Saindo apressado. A mulher pegara a criança no colo e fora em direção a porta para fechá-la.

Sheska- Eu sinto muito. – Parando na porta, enquanto Roy já havia saído, sem esperar. – Acho que ele está mexido em vir aqui.

Gracia- Não se desculpe por isso, Sheska. Conheço esse ranzinza. – A menina adormecera no colo da mãe, reconstando-se em seu ombro.

Sheska – Ela é mesmo uma gracinha. – Tirando uma lágrima que descera. – Sinto muito. De verdade. Estou fazendo tudo que está ao meu alcance para tentar... – Falava rápido, mas a viúva interrompera novamente.

Gracia- Sheska-san... Não se preocupe com isso. - Falara calmamente, sua voz era quase cantada de tão doce. – Todos sentem muito, mas a verdade é que as coisas não vão mudar. – Abaixara o cenho, triste.

Sheska- Sim. – Abaixara o cenho, fincando os olhos em suas mãos.

Gracia – Meu marido não vai voltar para casa. Minha filha vai crescer sem o pai. Esse é o destino que Deus reservou para nós. – Deixando uma pequena lágrima cair por seus olhos.

Gracia- Não tente descobrir mais nada, Sheska. Sabe que sou contra essa sua pesquisa. Se está fazendo isso por nós, desista.

Sheska- Não! Mesmo que o senhor Hughes não volte mais, temos que lutar por sua memória, por sua vida que se foi por algum motivo. Deixar isso de lado é ignorar tudo o que ele vinha fazendo! Eu não vou descansar até descobrir toda a verdade. E quando eu descobrir, vamos achar um jeito de destruir quem fez isso. Acredite em nós, Gracia-san! – Olhando-a segura do que falava.

Gracia- Sheska-san... – Olhando-a surpresa. – Obrigada... – Suavizando sua expressão.

A nova secretária de Mustang assentira com a cabeça, segurando lágrimas. Dera um leve carinho na criança, que adormecia nos braços de Gracia. Saíra convicta: iria descobrir tudo. Sem dúvidas.

Roy deixara Sheska em sua casa e fora para o Quartel. Precisava estudar os papéis, não conseguiria esperar mais nenhum minuto.

Já era noite e seu escritório estava fechado. Decidiu ir até a biblioteca do lugar. Havia duas pessoas em mesas distantes, além da bibliotecária.

Roy- Senhorita Clarsters, quero todos os livros sobre homúnculus que tiver.

Clarsters – O que o senhor procura em exato?

Roy- Quero todos os livros, apenas faça isso para mim. – Sentando-se em uma das mesas.

Clarsters – Claro. – Saira depressa. Poucos minutos depois aparecera com muitos livros. Colocou-os na mesa, pesadamente. – Aqui estão. Existem muitos outros, mas separei os mais importantes.

Roy- Que ala fica isso?

Clarsters- Fica na Ala B, setor 435. Lá vai achar mais coisas. – Colocando uma de suas mechas para trás da orelha.

Roy- Obrigado. – Voltando-se para os livros.

Clarsters- A biblioteca fechará logo. Aconselho o senhor pegar todos esses livros como empréstimo.

Roy- Está muito cedo para fechar.

Clarsters – É véspera de feriado, Coronel. – Enfatizando bem a parte final.

Roy- Estou percebendo a moleza das pessoas para trabalhar. Isso tem que mudar. Um feriado não é o fim do mundo. – Falou, irritado.

A mulher dera um suspiro estressado.

Clarsters- Se o senhor não tem para onde ir e nem família para visitar, não impeça que outros façam o mesmo. – Falou, irritada.

O homem a fitara com olhos quietos.

Roy- O que disse? – Virando-se para a moça, dando outra chance de consertar o que havia dito.

Clarsters- Se acha que vou retificar o que disse, esteja enganado. É isso mesmo que ouviu. – Arrumando seus óculos sobre o nariz. A mulher possuía belos olhos azuis, acompanhados de lábios tipicamente franceses, o que a deixava ainda mais bonita.

O homem apoiara os cotovelos sobre a mesa, esfregando as mãos duas vezes. Dera um pequeno sorriso de canto de boca.

Roy- Você está querendo ser transferida, senhorita Clarsters? – Fincara os olhos nela.

Clarsters- Não tenho medo de suas ameaças, se quiser usar o seu poder para coisas inutéis como essa, faça bom proveito. – Lee Clarsters possuía mais caráter e coragem que muitos da Central, mesmo assim, preferia trabalhar no setor bibliotecário, onde a maioria era literária e pacífica.

Roy- Você é petulante. – Mudando o cenho, irritado.

Clarsters – Enumerando defeitos ou qualidades? – Dando um sorriso. – Se for por isso, acredito que o senhor não fique atrás. Sua arrogância é notória.

Roy- Saia daqui. – Voltando a olhar os livros.

Clarsters – Fecharei a biblioteca querendo o senhor ou não.

Roy- Coronel, senhor não. – Levantando uma sobrancelha para a mulher.

Clarsters- Coronel, esteja pronto para sair daqui a meia-hora.

Roy- Saia. – A mulher fizera um pequeno cumprimento com a cabeça e saíra.

Elisa pouco tinha para fazer depois de passar semanas debruçada em mais processos que já vira na vida. Estava exausta, mas preferia continuar estudando para não perder o ritmo. O feriado não seria de interesse para ela, já que não tinha quem visitar. Ficaria estudando e pesquisando. Chegara à biblioteca e vira Clarsters no balcão.

Elisa- Clarsters, como vai? – Aproximando-se do balcão.

Clarsters- Bem, Elisa. E você, como está indo os estudos?

Elisa- Indo bem, apesar de devagar. – Falara desgostosa.

Clarsters- Não acredito em suas palavras, vem aqui quase todos os dias. Impossível isso ser lento para qualquer um que estude. – Apontando o lápis para a mulher.

Elisa- Tenho meia-hora? – Falou, duvidosa.

Clarsters- Tem 26 minutos agora. – Olhando o relógio, rápida. Elisa dera um sorriso.

Elisa- Sem problemas, não serei um estorvo para você. Até mais. – Entrando na biblioteca.

Clarsters- Que bom. Menos um. – Falou para si, voltando-se para os papéis.

Elisa colocara sua bolsa em cima de uma das mesas e fora direto a Ala B. Sua pesquisa profunda sobre homunculus estava cada dia melhor, apesar de lenta.

Passeava pelos corredores à procura do livro que precisava. Encontrou-o na última prateleira, na última fileira. A mulher abaixou-se para pegá-lo, mas um sapato parara ao seu lado. Gradativamente levantou a visão e dera de cara com Roy Mustang.

Elisa- Coronel. – Fazendo uma reverência rápida, puxara o livro e levantara.

Roy- O que faz aqui?

Elisa- Pegando alguns livros.

Roy- Isso eu estou vendo. – Falou, colocando as mãos no bolso.

Elisa- Que bom. – Saindo pelo lado dele. O homem tirara a mão do bolso e segurara seu braço.

O calor da mão sobre sua pele fez-la estacar no chão. Abaixara o cenho, nervosa, tentando não transparecer seu estado.

Roy- Estou percebendo... – Aproximara-se dela devagar, falando baixo.

A mulher não gostava da atmosfera do homem. Não estava com sua farda, e sim com um terno alinhadamente ao seu corpo. Seus cabelos não estavam jogados como sempre e sim penteados perfeitamente para trás. O conjunto o deixava intimidante.

Roy- Que você está estudando a mesma coisa que eu. – Olhando os livros rapidamente. A mulher suspirara, virando o rosto para ele. Com a penumbra era ainda mais bonito e intimidante.

Elisa- Estou? – Tentando incansavelmente manter a respiração calma. Ele perceberia se a visse nervosa.

Roy- Sim, inclusive esse é um dos livros que procurava. Se incomoda de dividi-ló comigo? É o único que tem. – Ainda a segurava. Parecia testá-la.

Elisa- Não sei, Coronel. A biblioteca fechará logo.

Roy- No tempo que resta. – Arrastara sua mão pelo antebraço da mulher. Aquilo realmente deixou-a nervosa, sua respiração começara a alterar-se. Elisa rapidamente pigarreou, soltando-se dos braços do homem. Começou a andar, o barulho do salto enganaria seu estado.

Elisa- Claro, podemos. – Ele a seguia. Pelo visto não percebera nada.

Roy- Ótimo. – Chegaram à mesa do homem. – Onde que estão as suas coisas? – Olhando as laterais.

Elisa- Pode ficar com o livro, não estou tão necessitada dele agora. Já está tarde, não vou ficar. – Mesmo parada, batucava o salto com o pé. – Tudo bem? – Dava longos respiros para o homem não reparar. Olhava para os lados, inquieta, precisava sair dali.

Roy- Você está bem? – Elisa pela primeira vez parara e olhara diretamente nos olhos do homem. Ficaram assim por alguns segundos até um fio de seu cabelo cair-lhe sobre o rosto. Aquilo colocara a razão da mulher no lugar.

Elisa- Estou ótima. Mas preciso ir, não posso ficar. – Deixando o livro e saindo apressadíssima. Só não corria porque era totalmente inadequado para a ocasião.

Roy fitou-a, quieto. Colocara uma das mãos no bolso.

A bibliotecária voltara em sua mesa.

Clarsters- Hora de ir. – Apontando para o relógio que estava em seu pulso.

Roy- Ainda está aqui? – Sentara, revirando os olhos.

Clarsters – Trabalho aqui. – Dando um sorriso leve. Começava a separar os livros da mesa do homem.

Roy dera uma pequena panorâmica pelo lugar e percebera que só ele estava ainda no local.

Roy- Você não desiste?

Clarsters – De que? – Falou sem entender a indagação. Segurava alguns livros. O homem arfara e olhara para os lados.

Roy- Realmente você é desagradável.

Clarsters- Não sou paga para ser agradável. – Voltando a pegar os livros.

Roy continuou olhando-a. Reconstara-se na cadeira, balançando o lápis em sua mão. Ficou fitando-a compenetrado, franzindo as sobrancelhas. Voltara a escorar os cotovelos na mesa e desencostara do descanso da cadeira, puxando o braço da mulher. No movimento, ela deixara todos os livros caírem no chão.

Roy- O que você é? – Quase colado em seu rosto. Alguns fios de cabelo caíram por seus olhos.

Clarsters- Me solte. – Falou calmamente.

Roy- Está demitida. – Soltando-a. Levantou-se, arrumando os cabelos, pegara o casaco do terno e colocara.

Clarsters- E por que isso? – Falou, pegando os livros do chão. Com um dos pés, ele chutou longe um deles.

Roy- Maldita! – Puxando-a pelos dois braços, até encostá-la na estante.

Clarsters- Está louco?! Solte-me! Está me machucando! – Tentando se soltar do homem.

Roy- É mesmo? – Falou irônico. – Está desconfortável? Que tal assim? – Virara o pulso da mulher, torcendo-o. Ela gritara de dor.

Clarsters- Você! Idiota! – Desviara-se dele. – Quebrou meu pulso! – Arfava de dor.

Roy- Ordinária, como pôde fazer isso? É pouco para o que você merece! – Puxou-a rápido pelo pulso quebrado, arrastando-a pelo chão.

Clarsters- Você é um louco! Perdeu a razão! - Enquanto seus gritos ecoavam pela biblioteca. – O que está fazendo? – O homem jogara a garota com violência na parede, enquanto tirara o terno e puxava a gravata de sua camisa.

Roy- Vadiazinha. É isso que você é. – Enquanto amarrava com a gravata os dois pulsos da garota na mesa que havia perto.

Clarsters- O que pensa que está fazendo?- Gritou quando o homem apertou o nó. – Seu lunático!

Roy- O que estou fazendo? – Dera uma risada. – Hora de confessar o que você fez. – Pisando em uma de suas pernas. A garota gritara mais uma vez. – Por que não se defende, em? – Gritara.

Clarsters- Solte-me! Agora! Maldito... – Suava e gritava. – Você quebrou minha perna...

Roy- Está doendo, é? – Abaixou-se, pressionando mais a perna da mulher. Ela agonizara de dor. – Óh, é bem aqui, não? – Passando a mão por sua perna. – Eu sinto, foi bem aqui. – Pressionando no lugar onde havia quebrado. A mulher desmaiara de dor.

Roy- Maldita, já desmaiou foi? – Berrava. Pegara um pouco de álcool na recepção e voltara em seguida. Passou por sobre o nariz da morena, no qual acordara em um rompante, um pouco depois. Já arfava de dor.

Clarsters- Meu deus, você me quebrou toda... – Dera um sorriso.

O homem estava de pernas cruzadas, tomando um gole de whisky no refil (tinha em seu casaco). Lee já estava com as mãos amarradas em uma cadeira frente a dele.

Roy Mustang soltara a garrafa no chão e descruzara as pernas, roçando a dela no caminho. A mulher suspirara de dor, inclinando a cabeça para trás.

Roy- Hora de falar... Homunculus! – Puxando uma de suas pernas para perto dele, até ficar a milímetros de seu rosto.

A mulher dera um sorriso debochado.

Clarsters- Então você finalmente descobriu...

Roy- Por quê? O motivo! Qual é?

Clarsters- Não ache que vou te dizer alguma coisa... – Arfando de dor novamente.

Roy- O que é você... – Olhando-a enojado. – Sente dor, não se defende, mas é imortal.

Clarsters- Não gosto de brigas. – Voltando a cabeça para frente.

Roy- Porque você nunca ganha nenhuma! – Jogando-a, junto da cadeira, para longe. A mulher gemera de dor.

Clarsters- Maldito... Isso dói! – Arfava.

Ele fora em direção a ela, desamarrando-a.

Roy- Se você não vai dizer, eu vou saber! –Levantando-a com as mãos. – Vamos, fique em pé! – Dando-lhe um tapa. – Não consegue? Quão inútil você é! – Soltando-a dos braços, a mulher despencara no chão novamente.

Clarsters- Ah, como você ousa... – Respirava com dificuldade. – Meu deus, isso dói muito... – Dando outro sorriso.

O homem andara de um lado a outro, com uma das mãos na cabeça.

Roy- Como eu não percebi isso antes! Como! – Berrava insandecido. – Foi você o tempo todo! Foi você que viu a pesquisa de Maes! Claro, a bibliotecária, sabe exatamente quem estuda o que! Foi você que falou ao Fuhrer sobre Sheska também! Vadia! – A mulher ria incontrolavelmente.

Clarsters- Vocês são muito lentos... Foi fácil acabar com eles.

O homem lhe dera um tapa que chegou a cortar o lábio da mulher. Subira nela e começava a rasgar sua roupa.

Roy- Você tem o símbolo! Cadê? – Tirando a saia de Clarsters, sem cerimônia. Olhara na frente e atrás. A mulher estava quase imóvel de dor, só conseguia rir e falar.

Clarsters- Olha só, Roy Mustang arrancando minha roupa... – Tocira sangue. – Quantas mulheres dariam tudo por isso... – Tocira novamente.

Roy- Cala a boca, sua nojenta. – Procurava algum desenho pelas coxas e pernas. Olhava e pegava-as sem qualquer cerimônia e delicadeza.

Clarsters- Você é bruto... – Tocira novamente, dando um sorriso.

O homem a virara, deixando-a de frente para o chão. Puxava suas peças íntimas à procura do símbolo, mas não achara nada.

Clarsters- Hum, está ficando quente... – Dera outro sorriso.

Virou-a de novo de frente para ele, puxando sua camisete branca do corpo. Procurou pelo ventre da mulher, virou-a para ver as costas e não achara.

Roy- Onde que está? Fala!- Apertando sua perna.

Clarsters­- Seu maldito... Como... Pode tratar uma mulher assim? – Arfara, dando outro sorriso. – Não vai achar, está em um lugar seguro.

O moreno dera mais um tapa de raiva. Ficara em cima da mulher, pensando onde estaria. Pegou seus lábios, puxou seus olhos, mas nada encontrara.

Clarsters- Você acha... – Suspirando com dificuldade. – Que ficaria em um lugar visível? Como você é tolo... Se quiser achar a minha marca, terá que se esforçar.

Ele puxara seu sutiã vinho, olhando por onde estaria o símbolo.

Clarsters- Meus peitos são mais bonitos que de Lust, não acha? – Dando um sorriso, mas o homem lhe dera outro tapa.

Roy- Cala a boca, sua suja! Só fale quando eu perguntar! Se você não falar, vou tirar uma orelha sua fora! Ouviu? – A mulher dera outra risada.

Clarsters- Não fará isso. – O homem estalara os dedos, queimando o lóbulo direito da orelha de Lee. A mulher berrara por alguns minutos, debatendo-se.

Roy- Onde está? – Estalando os dedos novamente. A mulher gritara.

Clarsters­- Tudo bem! Tudo bem! Eu falo... – Tocindo.

Clarsters- É uma marca em auto-relevo, apenas com o toque saberá!

Roy- Auto-relevo? – Passando as mãos pelo corpo da mulher.

Clarsters- Está em um lugar onde não podem saber. Dentro de mim. – Dera uma risada, mas tocira em seguida.

Roy- Dentro de você? – O homem ficara possesso, teria que matá-la para saber seu tipo de homunculus. Com os ferimentos que tinha, não aguentaria outra lesão ou corte. – Onde? – Pegando seu pulso e torcendo novamente. A garota dera outro berro.

Clarsters­- Chega... – Arfando. O homem parara. – Está onde você está sentado. - Dando um sorriso.

“Onde estou sentado?” Roy gradativamente descera os olhos e vira que estava sentado em sua anca, na mesma posição em que um homem e uma mulher se uniam.

O moreno suspirara, revirando os olhos.

Roy- Está dentro de você. – Dera um risada irônica. – Claro! Auto-relevo. Vou ter que tocá-la para saber. Que sujeira vocês são. – Fazendo gestos negativos com a cabeça.

Clarsters- Não vou achar ruim nós fazermos isso... Prometo... – Respirara. – Falar bem de seu desempenho depois.

Roy- Calada! Você acha mesmo que vou te possuir, sua nojenta? – Puxou-a para perto. – Não tenho nem animo para consumar isso.  Está sentido, não? Uma suja como você não me
instiga.

Clarsters- Se... – Tocira ao ser jogada ao chão novamente. – Você não tivesse me quebrado toda, talvez pudesse dar uma ajudada nisso...

O homem levantara, enojado. Teria que tocá-la, não havia outro jeito. Andara de um lado a outro do local.

“Vou ter que fazer isso, não há outro jeito.”

Aproximou-se da garota e tirou-lhe a parte de baixo, deixando o resto em seu corpo. Puxou seu braço, jogando-a na mesa.

Roy- Você não vai se mexer, ouviu? Se mexer, eu quebro seu outro pulso!– Pegara um papel e uma caneta e colocara do lado do corpo fraturado de Lee Clarsters.

Se inclinou sobre a mulher, invandiando-a calmamente procurando pelo auto-relevo. Ela arfara de dor por sua perna ter sido afastada. O homem aprofundava mais e não achava nada.

Roy- Você não mentiu pra mim, não é? – Virando para o rosto da mulher.

Clarsters- Não se presuma tão encantador... – Tocira. – Mas você não está indo no lugar certo. – Tocira mais uma vez. – Se você virar um pouco para a esquerda vai reparar.

Roy arfara com raiva e fora atenciosamente indo em direção à esquerda.

Clarsters- Mais fundo. – O moreno empurrou mais e finalmente encontrara o relevo. – Aí mesmo.

Ele começou a rodar o dedo à procura do formato do desenho enquanto anotava no papel. A mulher suspirara, pegando com seu braço saudável, o ombro do homem.

Roy- O que pensa que está fazendo? Não me toque! Não se mexa.

Clarsters- Não pare... – Roy ficara enojado de estar dando prazer àquela mulher desprezível, mas não havia jeito. – Você é bem delicado nessa parte... – Dando um suspiro de dor e prazer.

Roy- Falei para não se mexer. – Quase terminando de anotar o formato de seu círculo.

Clarsters- Quase... – Respirando forte, mordia os lábios.

O Coronel não ficara surpreso com o prazer da garota, o símbolo era em seu ponto g, impossível não sentir nada. A morena respirara forte ao atingir o que queria.

Roy- Não se mexa, não contraía seus músculos! Não consigo anotar assim.

Clarsters- Desculpe... – Dera uma risada. – Foi mais forte do que eu. – O homem arfara por a mulher está mais úmida que antes.

Conseguira o último pedaço do desenho e tirara a mão, irritado.

Clarsters- Nossa, isso já valeu por ser espancada.

Roy- Cala a boca. – Saíra dela, limpando sua mão na camisa. Pegara o papel, levantando-o para a luz. – Ouroboros. – Olhando-a novamente.

Clarsters- Sou o homunculus do símbolo ouroboros. Fiquei entre o céu e o inferno, mas meu símbolo significa a eternidade.

Roy- Você não é a líder. – Afastando-se dela, voltando a andar de um lado a outro da sala.

Clarsters- Não, a líder é Dante.

Roy- Quem matou Hughes? – Estacando a sua frente, puxou-a por um braço.

Clarsters- Fui eu... – Dera um sorriso. – Você está se vingando muito bem. – O homem a soltara, enojado.

Roy- Você vai morrer, vai para o inferno, lugar que nunca deveria ter saído. Mas antes, tenho outras perguntas.

Roy- Quem é o mostro com os grandes olhos?

Clarsters- É o pride. Ele é forte... E cruel. – Pigarreando.

Clarsters- Riza...  – O homem parou de andar de um lado a outro e fitou-a.

Roy – O que tem ela? Fale! – Aproximou-se.

Clarsters- Ela não morreu. – Os lábios do homem se abriram lentamente. Estacara no chão e não respirava.

Roy- Onde... Está? – Olhou-a, tensíssimo. Seus olhos eram aterrorizantes.

Clarsters- Você sabe mais do que ninguém. - Tocira dificultosamente, já não lhe restava muito tempo.

Roy- Fale claramente! – Puxando-a pelo braço.

Clarsters- Você sabe... – Tocira mais uma vez, saindo-lhe uma parte grande de sangue.

Roy- Você não presta mais pra nada. – Largando-a longe.

Roy- Que o diabo lhe perdoe. – A mulher olhava a chama nas mãos do homem. Era o seu fim, finalmente. – Vá para o inferno. – E jogara as chamas em Lee Clarsters.

O fogo a consumiu silenciosamente. Roy olhara tudo, atencioso. Dois chumbos pareciam ter acabado de sair de suas costas.

Matara a assassina de seu amigo e Riza Hawkeye estava viva. Viva!






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Notas finais do capítulo

Bom, aí está mais um capítulo da história depois de milênios sem postar.
Não esqueçam de fazer comentários, eles me ajudam muito na história!!!
Beijos, seus lindos! E obrigada por estarem seguindo meu texto! (:



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