O Filho do Alquimista de Aço escrita por animesfanfic


Capítulo 22
A nova secretária de Kill Liberton


Notas iniciais do capítulo

No capítulo de hoje a personagem de Elisa Kamizuki se desenvolve um pouco melhor. Algumas surpresas! Boa leitura. (:



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Roy se dirigiu para a sua sala o mais rápido possível. Seu coração batia em uma velocidade quase incontrolável. Depois de tantos meses, de repente suas lembranças resolveram voltar. Dilacerava seu peito, seu estômago já queimava com as memórias. Seu semblante era o dos piores. Entrara na sala como um raio, depositara-se em sua mesa ainda com olhos arregalados.

Havoc- O que houve, cara? – Tirando o cigarro da boca, do outro lado da
sala.

Não obteve resposta. Colocou o cigarro no cinzeiro e largou o jornal das
mãos, dirigindo-se à mesa do amigo.



Havoc- Ei, cara. Você está passando bem? – Aproximando-se da mesa.


Roy- Como? – Com uma feição desatenta.


Havoc – Coronel, eu perguntei se o senhor está bem. – Erguendo uma
sombrancelha.


Roy- Mais ou menos.


Havoc – iiii – Sentou-se na cadeira. – Discorra sobre.


Roy- Não é nada demais.


Havoc- Tem certeza? – Fazendo uma expressão desconfiada. Não obteve
resposta.


Havoc- Você que sabe, não sou o tipo de cara que fica insistindo por uma
fofoca.

Roy- Eu acho que vi Riza. – Enquanto o amigo já se levantava.


Havoc o olha estático.


Roy- Eu sei, pode parecer loucura. Mas é como se ela estivesse muito
perto. Até suas mãos eram parecidas. Não sei, a aura era a mesma. A gente sempre sabe a presença que cada um prescreve e...


Havoc- Fale de uma maneira que eu possa entender, Coronel. Do que você está falando?


Roy- Da nova assistente do Kill, a Elisa Kamizuki.


Havoc- Sim, mas o que tem ela?


Roy- Se soubesse não estaria nessa aflição. Não sei explicar, pode
parecer uma loucura, mas simplesmente senti ser ela. Não posso dar detalhes.


Havoc- Realmente difícil explicar e mais ainda acreditar. – Com ar indiferente.


Roy – Estou lhe dizendo, Havoc! É ela, não sei. É ela! Sinto! Se não for
ela, é alguém muito próximo de gestos, personalidade e beleza. O que é muito difícil de realizar-se, você sabe. Ter duas pessoas exatamente parecidas e com uma personalidade peculiar como essa é surreal.


Havoc – Cara, eu acho que você está precisando é de um café bem forte. – Começando a se levantar da cadeira.


Roy- Eu sei o que vi. – Olhando-o com um ar severo, deixando o amigo
paralisado.

Havoc- Cara, o pior é que você está falando sério.


Roy- Sim, estou.


Havoc – Você tem certeza? – Sentando novamente.


Roy – Não sei ao certo, voltei para a sala, não consegui ficar lá.


Havoc – Isso é estranho. – Com a mão no queixo.


Roy- Sim, muito! Olha, estou realmente confuso. Você não tinha notado
nada de diferente nela?


Havoc- Não olhei com atenção. As únicas vezes que a vi foram de
cumprimentos de colegas.


Roy – Não sei mais o que pens... – Olha assustado o amigo saindo porta
afora.


Roy – Ei, Havoc! Aonde você vai? – Ainda sem entender.


O silêncio permanece.

–---


Havoc – Ei, Elisa. – A morena vira, atendendo ao chamado.


Elisa- Hey. Como vai? – Dando um sorriso.


Havoc – Vou bem, obrigado. Posso te ajudar com esses livros? – Já os
pegando.


Elisa- Claro. – Andando um ao lado do outro.


Havoc- E então, como está sua nova vida?

Elisa – Está indo tranquila, apesar do cansaço de arrumar o meu dia a
dia.

Havoc – Imagino a sua dificuldade. – Olhando-a sugestivo, o que a deixou
sem graça.


Elisa – E você, o que anda fazendo?


Havoc – Tentando descobrir porque uma amiga anda mentindo tanto. –
Olhou-a seco. Elisa congelou completamente. Suas maças do rosto ficaram rosadas de tanto desconforto.


Elisa- É mesmo? Mas então ela deve ter os seus motivos. – Tentando
disfarçar.


Havoc- Se ela resolvesse dizer a verdade, seria muito proveitoso para
todos. Já que não conseguirá manter o disfarce por muito tempo.


Elisa – Pois é, não sei ao certo como é a situação.


Havoc – Sabe, com toda certeza. – Olhou-a bem no fundo dos olhos.


Elisa – Não sei realmente do que você está falando. - Desviando o olhar.


Havoc – Bom, tudo bem. Esquece. O importante é que devo parar de fumar, estou morrendo com isso na boca.

Elisa- Ah, sim. Tem mesmo. Finalmente você resolveu me ouvir, já cansei
de... - Seus olhos já o fitavam arregalados.


Havoc – Game over. – Dando um sorrisinho satisfatório.


Um silêncio gutural se impôs entre os dois. Elisa sentia que a qualquer momento seu corpo quebraria em pedaços, como barro seco. Sentia-se oca por dentro. Possuía a nítida impressão que se um vento
batesse naquele momento, despedaçaria na mesma hora.


Havoc- Não precisa ficar com essa cara de terror. Cara feia para mim é
fome.

Elisa- Como... Como você descobriu? – Ainda com os pés fincados no chão.


Havoc- Não ponha o mérito na minha conta. Apenas fui mais enérgico que
alguns por aí, você me entende. – Pegando uma carteira de cigarros no bolso.


Elisa- Roy...

Havoc- Sim. Ele ficou louco quando você morreu. – Acendendo um cigarro. – Não que ele já não fosse. – Soltando a fumaça.


Elisa – Imagino... – Com uma aflição em seu rosto.


Havoc- Você sabe, não preciso contar a ele. Apesar de ser engraçado por
ter contado a mim, não preciso fazer o mesmo, hum? – Olhando-a sugestivamente alegre.

Elisa- Do que está falando? – Com uma expressão espantada.

Havoc – Cara, morrer não fez bem pra você. – Revirando os olhos de
decepção. – Escuta com atenção: estou lhe dizendo que não pretendo contar a Roy sobre você, Riza. Entendeu?


Elisa – Você não faria isso por mim. – Olhando-o surpresa.


Havoc – Olha cara, se não começar a mudar esse semblante assustado, vou mudar de ideia. – Soltando a fumaço do cigarro.


Elisa- Fica difícil saber de que forma eu como “Riza” agiria perante
isso. – Sorrindo tristemente.


Havoc – Não agiria como está agindo agora. – Olhando-a friamente.


Riza ficara por olhá-lo calma.


Havoc- A Riza que conheci é destemida, corajosa, forte e principalmente
firme. Sempre uma pedra inviolável, o que a corromperia? Confesso que estou assustado em ver você tão frágil. Jamais imaginei ver uma cena assim. Sempre me disse o que fazer, sempre me deu ordens. Mas agora? Agora vejo uma mulher atordoada, estática e sem saber o que fazer. Essa não é você. Foi por isso que não a reconheci como Riza. Só mesmo o Roy poderia perceber. Sei que estou sendo duro, mas é para que acorde. Vá buscar sua alma de novo. Onde a deixou? Porque aqui não está. – Com os braços mostrou ao redor. Sua expressão era realmente gélida.


A mulher o olhou com uma mistura de ódio, susto e tristeza. Não conseguia reagir aquilo. Encontrava-se definitivamente perdida em seus “eus”.

Havoc- Você me conhece. Sou extremamente prático, comigo não tem
sentimentalismo. Meu raciocínio é rápido e odeio gente burra. Então escute uma única vez o que vou lhe dizer: Se continuar assim, para mim, ainda estará morta. – Ela o olhara espantadíssima com a declaração. Ele estava realmente exagerando.


Elisa – Escute, posso estar perdida em meio aos meus problemas. Que vão de identidade falsa a enganar eu mesma. Mas ainda sei quem sou e como devo agir. Portanto, em vez de vomitar críticas a meu respeito, você deveria ser meu amigo e tentar me apoiar. Não quero de forma alguma sua ajuda se for para me deixar pior. Você não tem a menor, mas a menor ideia do que passei para estar viva agora. Você não sabe de nada! Ouviu? Absolutamente nada! Então pare de agir como se fosse o dono da razão só porque sabe meia dúzia de coisas! Cresça! – Movimentava-se exaltada.

Havoc- Obrigado. – Ainda possuía a expressão fria, soltando uma tragada
de seu cigarro.


Elisa – Pelo que?! – Olhava-o absolutamente em chamas. Iria matá-lo a
qualquer momento.


Havoc – Você que deveria me agradecer, mas sou um cavalheiro mesmo
assim. Acho que só precisava ouvir “meia dúzia” de coisas estúpidas para se tocar. Tudo bem que precisamos ter brigado para cair na real, mas fico feliz pelo resultado. Para mim, então, você está ressuscitada. – Dando um sorriso, apagou o cigarro. Jogou-o longe e saiu a caminhar calmamente. – Estou feliz que esteja de volta. – Falou pelas costas. Riza o olhava, incrédula.


Riza- Esse cara.... – Dando um enorme suspiro. Virou o rosto e viu a montanha de livros em cima do banco. De todos os ângulos, Havoc era um cara difícil!

–-


Elisa Kamizuki ou Riza Hawkeye descansou um pouco, afinal a briga tinha
sido consumidora de energias. Resolveu subir e voltar ao trabalho, tinha alguns afazeres.


Ellen – Hey, você demorou! Temos uma papelada gigante para entregar
daqui a pouco. Eu estava pensando em mudar o setor de compras, o que acha? – Sem nem mesmo olhá-la nos olhos, escrevia sem parar.


Elisa- Claro, vamos abusar desse recurso sim. – Agradecendo por ter uma
companheira de trabalho tão relapsa perante suas emoções.


Ellen – Ótimo, porque o chefe vem em... – Nem precisou terminar, pois
Kill Liberton já havia chegado.


Kill – Sou rápido, não meninas? – Dando um sorriso largo.


Ellen- Sem dúvidas! Mas escute, os relatórios estão prontos, só falta
anexar ao protocolo. O senhor quer que façamos isso agora?


Kill- Ah, não tenham presa. Isso pode ser feito amanhã. Já está no
horário de irem embora, aproveitem! Afinal hoje é segunda-feira, hum? – Dando uma risada. Para ele era festa todo dia.


Ellen – Nossa, isso seria ótimo, senhor! Eu estava acelerando o processo, mas já que existe a chance de descansarmos, não vamos recusar! - Sorria amistosa.


Kill Liberton era o tipo de chefe que todos pediram a Deus. Não cobrava
quando não devia, mas mesmo assim mantinha o pulso firme e as coisas
organizadas. Trazia tudo com antecedência para ser resolvido e sempre mantinha o bom humor. Muito opostamente a seu antigo chefe, Roy Mustang, que trazia tudo em cima da hora para ser feito, além do mau humor causado por encontros desmarcados e sua mania terrível de largar as decisões para a própria Riza.


Ellen – O Kill é um bom chefe, não acha?


Elisa – Sim, era o que estava pensando. Ele sabe como controlar os
subordinados, não? – Dando um sorriso.


Ellen- Sem dúvidas, além de ser um gato! Vai me dizer que não? Estava eu esses dias na sessão do café dos subordinados do Steven e pasme: todas as mulheres caem de amores pelo Kill. Mas ele é discreto, você sabe! Só fiquei sabendo de um rolo dele até hoje. É a Major Generala de Briggs , como é mesmo o nome dela? Olívia Armstrong!


Elisa- Você está falando sério? – Chocada.

Ellen- Lógico! Pelo menos foi o que eu ouvi lá. A história é antiga ao
que parece. A Major conheceu ele na época em que participava do exército. Não sei os detalhes da separação, mas ficaram anos juntos. Acho que foram quase cinco. Depois disso, eles se separaram e ninguém mais ouviu falar da relação. Tanto é que hoje, com 10 anos passados desde a época do exército, não vemos absolutamente nada referente a isso. Confesso que também acho estranho, deve ter sido doloroso. Hoje os dois estão sozinhos, desde daquela época. Que tenebroso, né?


Elisa- Que história... – Ignorando alguns comentários desnecessários da
colega.


Ellen- É! Mas bem, já que estamos de folga, que tal um Dry Martini para
fechar a noite, que acha?


Elisa- Oh, não! Você não me mataria tanto por hoje.


Ellen – Sem delongas, vamos vamos! – Puxando-a da cadeira.




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Notas finais do capítulo

Bom, aí está mais um capítulo da história.
Não esqueçam de fazer comentários, eles me ajudam muito na história!!!
Beijos, seus lindos! E obrigada por estarem seguindo meu texto! (:



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