O Filho do Alquimista de Aço escrita por animesfanfic


Capítulo 21
As consequências


Notas iniciais do capítulo

No capítulo de hoje as consequências do dia anterior só está começando!
Boa leitura. (:



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Os dois estavam no caminho para casa e Havoc não abria a boca.

Roy- Nunca vi você tão indignado.

Havoc- Só estou pensando como as coisas são engraçadas.

Roy- Pelo menos começou a ver pelo lado bom.

Havoc – Estou sendo irônico. – Virou indiferente para o amigo.

Roy- Escuta Havoc, eu sei que você tem razão sobre tudo. Sou um egoísta que para ficar bem sempre tem que acabar magoando quem está perto. Você é o meu melhor amigo, não quero que fique chateado por uma coisa assim.

Havoc – Não estou chateado.


Roy- Então o que é, pode me explicar?


Havoc – Não quero que magoe a Ellen, entendeu? É para ficar longe dela.


Roy- Eu sei que você gosta dela.


Havoc – Eu não gosto dela!


Roy- Claro que gosta, caso contrário não agiria assim! – Sinalizando
para ele.


Havoc – Ela é minha irmã! – Batendo a mão no volante.


Roy- O que? – Olhando-o incrédulo. – Do que você está falando?


Havoc- É isso mesmo que você ouviu. Eu não convivo com minha meia irmã, não temos uma relação boa. Resolvemos nos manter afastados e ninguém precisa saber do nosso parentesco. Mas mesmo assim, eu a amo e não a quero sofrendo. E eu sei que ela sempre quis estar com você.

Roy- Eu não fazia a menor ideia.


Havoc – Você nunca falou nada, achei que não tinha nenhuma intenção!


Roy- Mas como assim uma irmã? – Chocado. – Conheço-o há anos e nunca me falou nada disso.

Havoc – Era uma coisa familiar e não nos víamos há muito tempo, então
não tinha o porquê de contar. Ela voltou ano passado para o mesmo quartel que eu. Tentamos voltar a se falar, mas não conseguimos manter. Escuta aqui, cara: Ellen sempre gostou de você, achava-o o mais perfeito dos homens, embora eu dissese que não estava perdendo nada, ela insistia nessa história. E agora finalmente conseguiu o que queria. Mas eu sei que você não se importa e vai magoá-la. Não o quero perto dela. Nem pense nisso!


Roy- Ela sempre gostou de mim? Como assim? Havoc, você é meu amigo, sabe como sou. Jamais faria algum mal a ela. – Havoc o olhara feio. – Bom, talvez involuntariamente, mas também não precisa exagerar. Não foi algo tão horrível assim. De qualquer forma você sabe que a probabilidade de termos algo sério é quase nula.


Havoc – Como assim quase nula? Você está querendo dizer que ela não é para namorar?


Roy- Por favor, Havoc! Está sendo infantil. Eu entendo o seu lado, mas a
Ellen é bem grandinha e sabe muito bem medir os atos dela. Não precisa tentar defendê-la, ela fará isso muito bem!


Havoc – Ah, eu sei muito bem como ela se defende de você. – Roy arfara,
desgostoso. - Só estou com raiva de você, Roy, porque traçou a minha irmã!


Roy- Eu lamento. Realmente lamento. Mas essas coisas acontecem. Se você tivesse me dito que era sua irmã, teria me mantido longe. Jamais poderia imaginar.


Havoc – Conheço você. – Olhando-o como se ele tivesse acabado de dizer uma blasfêmia.


Roy- Está sendo muito radical comigo. A culpa não é só minha!


Havoc – Ah, claro! Você bebe que nem um louco, traça a empregrada e
depois a minha irmã e ainda quer jogar a culpa em mim?


Roy- Não me julgue, Havoc! Não fiz nada sozinho, alias não fiz muita
coi...


Havoc- Uou, cale a boca! – Falando enojado.


Roy – Desculpe. Mas estou me defendendo: Ela quis, em primeiro lugar. A
culpa é sua  também porque não me avisou nada sobre ela, em segundo. E eu e ela somos adultos também, não tem cabimento isso. – Vencendo-o pelo argumento, enquanto o amigo continuavo com cara fechada.


Roy- Ah, vamos lá, Havoc. – Tentando encorajá-lo a perdoar.


Havoc- Tudo bem, tem razão. Você é um homem caçador que vive a procura de uma mulher atraente e sexualmente ativa! Só esqueça a minha irmã!


Roy- De onde saiu isso? – Roy o olha estranho pelas palavras.


Havoc- Esquece. – Sempre com descaso.


Roy- Bom, já chegamos, obrigado por me perdoar.


Havoc- Quem lhe disse isso? – Olhando-o indeferente com o cigarro na
boca.


Roy- Tudo bem, tudo bem. Até, amigo. – Riu e fechou a porta do carro.

-
Roy chegou em casa enjoado, cansado e com sono. Não queria ver ninguém e muito menos conversar. Sua dor de cabeça estava voltando.


Roy- Eu realmente espero que Lia não esteja aqui. – Apesar de ser
domingo, Roy sabia a possibilidade da menina estar ali para conversar sobre o que tinha acontecido. Quando abriu a porta, surpreendeu-se. Ninguém estava lá. – Obrigado.

Subiu as escadas e a primeira coisa que viu foi sua cama. Jogou-se nela
e dormiu.

--


No dia seguinte a ressaca ainda imperava sobre grande parte das pessoas que haviam ido na festa, além, é claro, do grande problema moral que a maioria parecia enfrentar. Roy chegara no quartel e nada aparentemente fora do normal. Comprou seu café com tranquilidade e subia as escadas calmo e com sono.


Ellen – Roy! – O homem ouviu uma voz vinda em direção contrária da que
andava. – Eu queria falar com você. – Ofegante por ir atrás dele. – Nossa,
estou exausta, você anda rápido!


Roy – Temos que conversar mesmo. – Olhando-a meio sem saber o que fazer. Era uma situação extremamente embaraçosa. Ela era o tipo de mulher na qual via de maneira exclusiva para o meio profissional. Imaginá-la da forma como haviam ficado há duas noites atrás lhe causava calafrios. Sentia-se terrível por isso, mas não conseguia vê-la com desejo, a não ser bêbado.


Ellen – Escute, sobre aquela noite, não precisa se assustar.


Roy – Como assim assustar? – Olhando-a estranho.


Ellen- Eu sei que você nunca reparou em mim como mulher. Não sou burra, Mustang.  – O homem não sabia o que dizer. Estava sem ação.


Roy- Escute, é que...


Ellen- Não precisa se justificar. Nós dois somos adultos e sabemos que
isso acontece entre um homem e uma mulher. E apesar de você não me ver como uma, bêbado há algo a mais, pelo menos. – Dando uma risada.


Roy – Ellen, essa situação é muito estranha para mim, confesso. Escute,
a última coisa que quero é machucar você.


Ellen- Fique tranquilo quanto a isso. Não estou magoada, Roy. Não sou
mais uma criancinha. – Levantando as duas sobrancelhas.


Roy- Eu sei, mas é que Havoc disse que...


Ellen- Espera, espera! Ele te contou sobre nós? – Interrompendo.


Roy- Contou da relação de vocês como irmãos. Mesmo que nós quiséssemos manter isso, não poderíamos, por ele.


Ellen – Óh, por deus Roy! Abrir mão de um relacionamento porque terceiros vão ficar chateados é coisa de colegial! – Já irritada. Mudara
completamente. – Não posso acreditar que aquele idiota contou pra você. – Fazendo gestos negativos com a cabeça. – Falou mais alguma coisa?


Roy- Não disse. – Mentindo para a garota. Se ela já estava estranha,
imagina se soubesse que Havoc havia contado sobre a paixão secreta que ela tinha por ele.


Ellen – Ok, Roy. Descarte Havoc, ele não pensa!


Roy- Bom, acho que isso é o que ele mais faz. Reconsidere. – Tentando
dar um ar mais leve para o ambiente.


Ellen – O que eu vim aqui para dizer, antes de me estressar com esse
problema estúpido que anda chamado Havoc, é que não precisa se preocupar. Não vou correr atrás de você, nem te ligar como todas as suas mulheres fazem. Eu queria essa noite e foi maravilhosa. Muito mais do que eu poderia imaginar, você é incrível. Sou adulta. Mesmo sendo um pouco espalhafatosa, sei que não passará disso, mas ainda podemos ser amigos. – Estendendo a mão com um sorriso de lábios.


Roy- Claro! – Estendendo a mão. Ficara surpreso com a conduta da moça. Ela era realmente muito mais sensata e madura que Havoc caricaturara para ele. Além de ser bem mais discreta e direta do que normalmente era com os colegas e amigos.


Roy- Obrigado por tudo, Ellen. De verdade. Confesso que estou um pouco
surpreendido. Foi uma noite maravilhosa realmente, e digo o mesmo: você é uma mulher incrível. Espero que encontre uma pessoa bacana. – Os dois se abraçaram.


Ellen- Claro, Roy. Somos colegas, sem problema nenhum. Então, a gente se vê. – Dando um tchau.


Roy- Sim, nos vemos. Até. – Despedindo-se com um aceno. – Nossa, foi bem mais fácil do que imaginei. – Suspirando aliviado.


“Mas nada impede de repetirmos a dose, meu manjar dos deuses!”

Falou para si, rindo entre dentes enquanto se distanciava.

 Roy continuou andando em direção a sua sala, pensando na sandice que sua vida se transformara:


“Como pude deixar as coisas chegarem nesse ponto? Eu deveria ser mais enérgico. O pior é que nem sei como será e depois
...” O pensamento foi cortado.


Seu olhar chocou-se de maneira irreversível. O ar sumiu. Todo o espanto era notório. Os sentimentos nos quais retornaram de forma absolutamente inesperada, deixou-o sem qualquer reação.


“Não é normal! Não é normal! Não é normal! Não é normal!”
Pensava
insensantimente.


 Só via uma imagem em sua mente. Riza Hawkeye. A assistente do Coronel Kill Liberton era inacreditavelmente parecida com a tenente, já falecida. Possuía algo de extrema semelhança. Nunca havia ficado
tão em choque, sem reação, pensando milhares de coisas ao mesmo tempo. O que poderia ser? O que significava aquilo?


A moça passou por ele, apenas cumprimentando-o com a cabeça. Não parecia o conhecer de lugar algum. Além disso, seus cabelos tinham a cor castanha e um pouco diferentes. Seus olhos também eram acastanhados e não de cor ‘’mel’”, como seu saudoso braço direito os tinham.


Roy- Desculpe-me, mas não a conheço de algum outro lugar?


Elisa- Não acredito que seja possível.


Roy- Você é muito parecida com uma pessoa.


Elisa- Realmente pessoas parecidas existem, não é?


Roy- Não creio que até a personalidade seja tão idêntica. - Completamente chocado.


Elisa- Bom, de qualquer forma: prazer em conhecê-lo. Elisa Kamizuki. –
Esticando a mão.


A massa imóvel a frente da mulher ficou olhando-a, não era possível. Suas mãos eram parecidas também. Não obstante, a moça usava detalhes diferentes. Tinha sinais que Riza não tinha. Mas o que ele queria com todas essas comparações?

Roy- Desculpe-me senhorita, mas você é realmente parecida com uma pessoa muito importante de minha vida que já partiu. Estou um pouco abalado. - Fez uma cara de dor misturada com dúvida. Passou os dedos pelos cabelos, confuso. - Com licença.


Com as mãos na cabeça, olhava o corredor da central. Cinza. Cinza. Coisa nublada. Parecia mesmo ela. Mas ainda assim, às vezes, não parecia ser. Andava para o mais longe da moça possível. Não estava bem. De uma certa maneira, havia trancado qualquer sentimento de esperança em relação ao caso de Riza, mas quando avistou Elisa, todos
os pensamentos que o apeteciam ocultamente apareceram ferozes sobre sua mente. O resultado seria descontrole. Por este motivo retirou sua presença frente a moça. Precisava pensar. Ir para casa e tentar montar as peças.

Sheska – Algum problema, Elisa? – Olhando Coronel Mustang sair atordoado.


Elisa – Nenhum problema. Só este homem que disse ser parecida com alguém que conhecia. Estava bem abalado.


Sheska – Coronel Mustang? – Analisando perplexa.


Elisa – Creio ser esse seu nome mesmo. Sou nova aqui, não é? – Dando um leve sorriso.


Sheska – Ele está jogando charme pra você?


Elisa- Logicamente que não. Ele apenas coincidiu-me com outro alguém.


Sheska - Nossa, se você for a escolhida dele, agradeça. Todas as mulheres deste quartel estão de olho nele, desde que sua tenente morreu.


Elisa- Não estou compreendendo.


Sheska - É, o braço direito, Riza Hawkeye seu nome. Os dois eram amigos desde a infância. O avô da mulher dedicou toda sua pesquisa sobre alquimia de Amestris para o Coronel. Uma relação de cumplicidade absoluta. Na Guerra de Ishval, Riza não precisava ter ido a grosso modo. No entanto, esteve presente ao lado dele, fazendo seu trabalho cruelmente. Muitos diziam que ela não tinha coração quando o assunto era Roy Mustang. Estava sempre junto a ele em qualquer circunstância. Mesmo se aquilo machucasse seu orgulho. Mas de forma triste, ela
veio a falecer. Irá fazer um ano daqui uns meses. Morreu carbonizada dentro de seu próprio carro. Alguns dizem ser acidente, outros dizem ser assassinato.

Elisa- Assassinato? Como assim? – Olhando como se aquilo fosse a coisa
mais sem cabimento do mundo.


Sheska – Shii, não vamos falar muito alto. Você sabe, as paredes têm
ouvidos. Mas sim, alguns suspeitam que ela foi morta. Sabe como é, desavenças políticas e mais meia dúzia de famílias revoltados com a morte de um inocente no Massacre de Ishval. Enfim, o de sempre. A carga que todos tem que carregar quando entram aqui, né? – Falava as cruéis palavras como se ditasse a lista do supermercado.


Elisa- Sim, mas foi só esse o motivo que desconfiaram do assassinato?


Sheska- Mais ou menos. Houve bem poucos que comentaram ser o próprio Roy quem matou. Chamas, fogo... – Elisa a olhara com um ar de estranhamento. – Sim, eu sei. Não faz sentido algum isso. Concordo com você.


Elisa – As pessoas costumam ser bem superficiais, não? – Baixando o
cenho com um ar triste.


Sheska - Por isso que te digo: se ele está puxando conversa é porque
está interessado por você. Ele mudou muito de repente. De uma forma estranha, mas real. Sentimos por o que aconteceu com Riza, mas agora ele está solteiro e a mulherada está marcando em cima.


Elisa – Ele sempre esteve solteiro. – Falou mal humorada.


Sheska – Achei que você não o conhecia. – Olhou-a surpesa.


Elisa – Mas não o conheço mesmo. Só deduzi pela característica da
personalidade. – Falou em um rompante.


Sheska – Enfim, as meninas do quartel estão ansiosas com isso! Depois
nos conte se a fama dele é verdade na cama, mas com detalhes! – A garota revira os olhos, ignorando o comentário.




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Notas finais do capítulo

Bom, aí está mais um capítulo da história.
Não esqueçam de fazer comentários, eles me ajudam muito na história!!!
Beijos, seus lindos! E obrigada por estarem seguindo meu texto! (:



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