O Filho do Alquimista de Aço escrita por animesfanfic


Capítulo 11
As Visões Sombrias do Passado


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, neste capítulo Riza será atormentada novamente pela sombra que vive debaixo da Central! Confiram!



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Logo no fim da noite, Roy desistira de esperar Edward e já tinha terminado mais cedo seu trabalho. No entanto, decidiu não pedir a ajuda "auto-estimal" para seu braço direito, como haviam combinado horas antes. Seu convívio já havia sido demasiadamente explorado, não queria abusar.

Roy- Já estou cansado, amanhã logo cedo damos um jeito de descobrir onde está o do aço e explicamos tudo o que vem acontecendo. Afinal ainda temos um tempo.

Riza- Você o assusta a toa, Coronel.

Roy- Não, eu não o assustei, só fui apressá-lo. E prepará-lo. Não sabemos quando essa guerra vai estourar. – Riza continuava nos afazeres. Roy ficou a fitá-la por alguns segundos.

Roy- Eu não entendo essa sua calma, Tenente. – Falava realmente sério. Riza parou de escrever e franziu um pouco a testa.

Riza- Se desesperar não vai resolver, Coronel. – Voltando a escrever. O homem ficou a olhá-la por mais alguns segundos, compenetrado.

Roy- Bom, você me leva? - Mudando a feição, colocou o casaco enquanto falava.

Riza- É o meu trabalho. - Terminando de escrever algo, sem nem sequer levantar a visão. Já estava totalmente recomposto da conversa que fizeram mais cedo.

Roy- Tudo bem. Eu vou descendo então. Vai demorar muito? - Já com o casaco, agora arrumava os cabelos que estavam desalinhados.

Riza- Pouco. Pode ir na frente, já o acompanho.

Roy- Devia terminar isso amanhã, está tarde. - Virando-se pra ela, que não parecia nem um pouco inclinada a ouvir suas dicas. – Não demore. – E se fora pela porta.

Se o Fuhrer não é o centro do problema, e sim a criança, quem eles chamam de grande pai é o menino Selim? Isso não faz sentido. Alguma peça está faltando. Homúnculus, o seres humanos forjados, os criados pela pedra filosofal, súditos do grande pai. Quem é verdadeiramente este pai? Não pode ser a criança. Se eles usaram alquimia, tem de haver a troca equivalente. E a troca do corpo de uma criança pela de um adulto não pode ser válida. Mesmo se ele tivesse conseguido isso, para que se disfarçaria de uma criança? Podia se manter na escuridão para controlar  os homúnculus. Por que ele fez questão de aparecer? Isso é...”

Quando se deu conta, já havia passado uns bons minutos e continuava na sala do quartel. Levantou-se rápido e deixou o trabalho por fazer em cima da mesa. Pegou seu casaco, sua bolsa e as chaves. Dirigiu-se para trancar a porta e percebeu estar mais tarde do que pensara. Definitivamente era difícil manter a ordem às vezes. Depois que terminou de trancar, foi passando pelos corredores escuros e vazios. Quando saia tarde assim, todavia junto a Roy, nem percebia como era assustador aquele corredor. Sempre dialogavam assuntos aleatórios até chegarem no carro. Mas naquela hora, sem ele, tudo parecia extremamente comprido e tenebroso. Riza acelera o passo, mas sente algo vindo de encontro a ela. O pânico começou a invadí-la. Tentou manter a calma, não vendo o que vinha na direção. A sorte era que as armas estavam carregadas em sua cintura. Colocou a mão em uma delas e tirou-a de forma brusca.

Sombra- Não adianta, querida Riza, sabe que não vai fazer diferença isso que está usando em suas mãos de porcelana. - Sua voz era bizarramente trêmula e oca. Assustadora.

Riza- O que quer? - Apontava a arma para todos os lados.

Sombra- Você sabe, não conte a ninguém que te deixarei viver tranquila. Só está sendo atormentada porque tagarelou isso com o seu Coronel. Está ciente de onde vai parar caso continuar me desobedecendo, não sabe?

Riza- Não sei do que você está falando. Não contei nada a ele.

Sombra- E acha que sou inocente? Andei lhe mostrando algumas lembranças. As das mais fracas. Imagine se eu começar a pegar pesado? – Riza arregala os olhos ao lembrar das cenas que ele havia passado em sua cabeça.

Riza – Seu monstro. – Mirando a arma em direção ao olho central.

Sombra - Vai parar em um hospício...  – Dando uma risada.

 Riza- O que você quer?! – Aumentando o tom de voz, irritada e ao mesmo tempo amedontrada.

Sombra - Você anda muito espertinha. Eu acho até que não entendeu. Estou sendo gentil. Gosta de sofrer, não é? De um pouco de brutalidade, não é assim que o Coronel a trata? - Riza gela completamente.

Riza- Maldito... – A arma começou a tremer em suas mãos.

Sombra - Nada é tão obscuro que ninguém saiba, Tenente. Nada. E é por isso que eu tomo minhas precausões. Sei que anda pretendendo conversar com o Fullmetal amanhã. Esqueça. Se ousar a testar minha paciência mais alguma vez, vou ser cruel, minha Riza. - Passando seus vários braços de sombra ao redor do pescoço dela.

“Como você sabe disso?! Ninguém poderia ter contado. Se nós fomos até lá para não dar margens. Como ele poderia?” Sua pupila dilatara, sua respiração ficara forte.

Riza – Você está confundindo as pessoas, não contei nada a ninguém!

Sombra - Está querendo me enganar? Eu sei de tudo que acontece por aqui, não adianta querer me passar a perna.

“Mas você não sabe o que passa dentro da minha mente!”

Riza – Já disse que não contei a ninguém! – Atirando aonde permanecia o grande olho. Roy no estacionamento escutou o tiro e virou bruscamente.

Roy- Tenente! – Largou o casaco e saiu correndo.

Sombra – Não adianta, não adianta. Eu não vou morrer. Está perdendo o seu tempo.

Riza- Se você foi criado de um jeito, é desse mesmo jeito que você deve morrer. Eu só preciso descobrir qual a forma certa! – Enquanto corria das várias mãos a perseguindo.

Sombra – Você... – Enfureceu-se. - Não está cooperando comigo! - Conseguindo pegá-la pelo pé. Riza cai no chão e sua arma é lançada longe. Puxou-a para bem perto de seu imenso olho. – Agora você vai ver umas historinhas!- Abrindo o olho até dilatar-se todo. Riza paralisa.

“De novo não!”

 E o turbilhão de memórias guardadas de guerras e horrores são abertas aos olhos de Riza.

Riza- Isso é... – Estava em um mundo paralelo, onde presenciava todas as cenas de novo. É como se estivesse no portal.

Sombra – Isso mesmo, o massacre de Ishval,1905. Você lembra, não?

Riza – Como...

Sombra – Acho que nunca te contei o verdadeiro motivo que desencadeou aquela guerra. Envy se disfarçou de um soldado Amestrino e matou a criança ishbaliana. Vê? – Repassando a cena na frente da mulher.

Riza- Não pode ser...  – Colocando a mão na boca, de horror.

Sombra- Está triste? Calma, ainda quero te mostrar mais uma cena de cinema. Que tal quando nós destruímos Xerxes para criar a Pedra Filosofal?

Riza – O que?! – Olhou-o absolutamente incrédula. – Isso não pode, você está blefando!

Sombra – A prova está aqui. – Mostrando a imagem do portal sendo aberto e o grande olho engolindo todas as pessoas.

Riza – Que... horror... – Sacudindo a cabeça de um lado para outro.

Riza- Até quando vai continuar me perseguindo? Até quando? Quer me enlouquecer? Saia daqui! Saia! - Dizia em completa esteria, gritando ao leo. Atirava no chão, aonde os braços do monstro iam se encolhendo até o obscuro. Batia-se compulsivamente tentando tirar os braços de seu pescoço. Ajoelhou-se gritando. Seus beros ecoavam na escuridão, o que fez-la tapar os ouvidos.

Riza- Não pode ser... A pedra filosofal é... Não pode ser! - Ajoelhada em um movimento frenético para um lado e para o outro. Sentiu algo quente pegar suas costas e girou apontando a arma.

Roy- Está tudo bem, sou eu. Ele já foi embora, calma. - Pegara a arma da mão dela. Foi quando a pertubada mulher se atirou chorando em seus braços, apertando-os com força. Definitivamente estava em pânico, em choque total, em extremo desespero. O homem não fazia a menor ideia do que aquela coisa queria, mas a estava enlouquecendo. Aos poucos.

Roy- Respire, está tudo bem, vamos sair daqui. – Erguendo-a com cuidado, mas Riza estava trêmula para conseguir ficar de pé.

Riza- Eu vi. De novo. – Olhava em um ponto fixo. Roy lamentava com os olhos.

 Caminharam lentamente até a garagem, onde o moreno pegara seu carro. Não possuía a menor condição de deixá-la em casa naquele estado. Resolveu com o próprio consentimento, meio pertubado, da moça, de pernoitar na residência do mesmo até se recompor.

Roy- É melhor ficar aqui hoje. Está um pouco melhor? - Ela continuava com a visão fixa. Não estava nada bem, mas suas lágrimas já haviam secado.

Roy- Quer tomar um banho, talvez? - Levantou-se para ir até a cozinha, mas ela segurou em sua mão.

Roy- Está tudo bem agora, Riza. - Passou a mão na ruga que fazia sobre a testa da bela mulher. Avisou-a que iria pegar umas roupas limpas para que vestisse.

Roy- Se quiser um banho, vou deixar umas camisas para você usar. - Não obteve resposta.

Roy- Tenente. Quero que me escute. - Ela possuia uma expressão dolorosa. Uma de suas mãos escorava a testa. Seu pescoço estava avermelhado. A moça que havia feito silêncio desde que partiram da Central, levantara o rosto, desesperançada.

Roy- Você sabe que é isso que ele quer. Te deixar confusa. – Riza o olhava.

“Eu não posso contar. Ele não pode saber por mim dessa vez. Eu preciso jogar alguma pista...” Continuava pensando a mulher.

Roy- Quero que você tire desse episódio apenas o extritamente essencial. Tente esquecer todo o resto. O seu exercício mental será esse até se sentir recuperada. Entenda isso como uma ordem, Tenente.

“Preciso achar um jeito para que aquele monstro não desconfie que ele sabe.” Desviou o olhar tentando pensar e viu a penumbra que a luz da cozinha fazia na sala onde estavam. Fraziu a testa de raiva.

 Os dois se conheciam há muito tempo. Apenas ele seria a pessoa mais ideal para colocar seus nervos no lugar. Algo no moreno trazia realidade para seu espírito. Ficaram então, uma boa parte do período envolvidos nisso. Quando o tardar da noite já era de extrema evidência, a moça demonstrou vontade de tomar um banho. Roy deixou-a tranquila. Apenas ensinou o caminho e o quarto onde ficaria. Enquanto a mulher limpava seu corpo, o homem aproveitou para fazer uma ligação:

Roy- Havoc? Sou eu. Preciso de um favor.

Havoc – Hum. A essa hora do noite? Poxa, estou aqui com minha namorada. Vá curtir sua vida de boêmio um pouco. – Com a voz arrastada.

Roy- Quero que vá até a Central e leve o carro da Primeira Tenente para a casa dela.

Havoc – O carro da Hawkeye? Que confusão é essa? – Já mais acordado. Sua companheira na cama lhe fazia carinhos no abdomen, ele a pedia pra parar. - Espera um pouco, é melhor você parar com isso, deixe-me falar com meu chefe. Ei, Vanessa..

Roy- Havoc! Estou ordenando que faça isso!

Havoc- Tudo bem, tudo bem. Que nervossismo. - Com típico ar desleixado, mas muito consciente. O moreno sabia do jeito largado de seu subordinado, mas era em quem mais confiava. Agiria discretamente como precisava.

Roy – A primeira Tenente teve uns problemas e vai ficar na minha residência até o amanhecer. Pra não levantar insinuações, quero que pegue o carro dela e leve até o apartamento. A chave está no compartimento traseiro, deixei a vista pra você, não vai ser difícil achar. Amanhã nós passamos lá e pegamos o carro de novo. Entendido?

Havoc – Não posso acreditar, você finalmente conseguiu o que queria? - Rindo gozadamente. – Quem diria, em Coronel? Nunca pensei que o escudo dela fosse resistir tanto tempo. - Afastou sua amada e se levantou da cama, indo a um local mais reservado. - Escute. Como ela é? Você sabe... Na cama? Sempre achei que ela fosse meio selvagem. Sabe como é, controlada em sociedade, selvagem em quatro paredes.

Roy- Havoc, está querendo ser rebaixado? Não tenho que lhe dar satisfações de minha vida privada. Não está havendo nada. Estamos com sérios problemas. Não venha com suas brincadeiras de mau gosto. Faça o que eu digo e não questione mais. Até. – Desligando o telefone em seguida. Estava com raiva da forma como seu amigo se referiu a Riza. Ela não era esse tipo de mulher, no qual podiam vomitar pensamentos e palavras atrevidas.

 Roy estava na estante do corredor quando telefonara. Riza continuava no banheiro, no qual ficava em diagonal ao local onde o homem se encontrava. Ele, sentado na poltrona, tinha os cotovelos debruçados sobre as pernas e as mãos na cabeça. Eram 02h30 da manhã. O silêncio pairava em absoluto. Roy ouvia o tic tac do relógio. O outro único som notório eram gotas colidindo no chão. Ouvia a constância da água de olhos fechados. Concentrava-se no barulho. Bem lentamente. Letargicamente. Os ruídos mudaram de maneira brusca e Roy levantou de imediato. Riza. Riza. Só conseguia pensar nela. Caminhou ligeiro ao banheiro. A porta estava entre aberta:

Roy – Riza? – Deu uma batida e com a outra mão na maçaneta, abria a porta devagar. - Estou entran ... - Seus olhos congelaram. - O que está fazendo?!

 Avistou a mulher se esfregando compulsivamente. Pretendia tirar algo de seu corpo. Parecia se sentir suja. Fazia movimentos de forma ríspida. Lembrava a cena que tinha visto a 6 intermináveis anos atrás:

Roy- Vamos, pare. - Segurou-a pelo braço. Tentou se manter frio.

Roy- Calma, não fique se machucando assim. – Falava de maneira dócil.

Riza- Estou toda suja! Cheia de mortes nas minhas costas. - Permanecia se machucando veemente. Logo em seguida, suas pernas não aguentaram. Ajoelhou-se no chão, derrotada. Lágrimas caiam silenciosamente. Praste para aquela mulher. Tudo de maneira discreta, até mesmo a pior das psicoses. Roy ficou olhando paralisado a mesma cena que vira anos atrás. Era torturante. Não avistava um fim nada próximo.

Roy- Quando eu resolvi ser escoltado por você, lembra-se do nosso acordo? - Abaixou-se. Riza não fez menção a uma resposta. Seu olhar estava caído, sua alma estava longe.

Roy- Você fez um acordo de me proteger, Tenente. Mas se continuar agindo assim, você falhará em breve. – Esperou uma resposta, mas a mulher nua a sua frente estava completamente distante. Os pingos caiam por seu corpo, sem piedade. Roy desligou o chuveiro, que molhava os dois. Pegou um roupão branco que estava pendurado perto.

Roy – Coloque isso. – A loira não se mexia. O homem a olhou tristemente. – Precisamos dar um jeito nisso bem rápido. – Puxando-a até se levantar, colocando o roupão sobre a moça. – Vamos, você precisa vestir algo quente.

 Levou-a até seu próprio quarto, pois era o mais próximo do banheiro e também o mais confortável. Sentou-a na cama, enquanto seus cabelos molhados pingavam no roupão.

Roy – O que vai querer vestir? – Com outra toalha, secava os cabelos. Abriu o armário com uma mão e pegou uma camiseta sua. A maior que tinha.

Riza permanecia com os olhos tristes, mas levantara-os momentaneamente. O viu com uma toalha na cabeça, molhado, oferecendo-a uma camisa. Deu um leve sorriso com os lábios.

Roy – O que foi? – Olhando-a interrogativo.

Riza – Você está engraçado.

Roy- Ah, é isso. – Sentou ao lado dela e deu-lhe a camisa. – Vista isso, vai se sentir melhor. - Riza pegou a camisa e lembrou repentinamente do que a sombra havia lhe dito.

“Está triste? Calma, ainda quero te mostrar mais uma cena de cinema. Que tal quando nós destruímos Xerxes para criar a Pedra Filosofal?” Os olhos da loira se estreitam.

Roy – Agora que você está mais calma. – Riza continuava olhando a camisa. Nesse meio tempo, o homem havia trocado de camisa e já estava seco. – O que tem a pedra filosofal? – A mulher continuou olhando a camisa.

Roy – Você não achou que isso passaria despercebido, não é? – Riza suaviza a expressão.

Riza – Não.

Roy – O que descobriu?

“Não posso dizer a verdade. Não posso hesitar. Ele vai descobrir.”

Riza – Algumas visões.

Roy – De que?

Riza – Da Guerra de Ishval.

Roy – Entendo. – Continuou olhando para ela. – E o que ele mostrou exatamente?

Riza – O motivo pelo qual a guerra teve início.

Roy – Sim, a criança que um de nossos soldados mataram.

Riza- Isso mesmo. – Estreitou um pouco os olhos.

 Roy – Mas você já sabia disso, por que ele te fez vê-la?

Riza – Não sei.

Roy – Entendo. – Estreitando os olhos sobre ela, depois de alguns segundos de silêncio.

Riza – E o desaparecimento de Xerxes. Foram eles que desimaram a população. – Roy com um dos cotovelos apoiados nos joelhos e a mão no queixo, ouvia atento o que ela falava, mas não a olhava.

Riza – Foi isso. – Olhando-o de relance.  Roy virou o rosto, ainda com uma das mãos sobre o queixo, olhou-a por alguns segundos.

“Ela está mentindo. Tem algo muito grandioso por detrás disso. Ela não pode me contar.”

Roy – Entendo. – Levantando e dando um longo respiro. – É bom você descansar um pouco, amanhã trabalhamos logo cedo. A mulher assentiu com a cabeça.

Roy – Vou estar no quarto ao lado, se precisar de alguma coisa.

Riza – Obrigada. – Levantando da cama, enquanto Roy se afastava do quarto. Deu uma volta na chave, e fechou os olhos.

“Sinto muito, Coronel. Mas não posso lhe envolver mais nisso.”

Trocou suas roupas por algumas limpas e percebera que estava no quarto dele, e não no de hóspedes. Entrou no banheiro do quarto e abriu a torneira.

“Não posso mais atrapalhar a vida dele dessa forma. Eu prometi protegê-lo, mas a única coisa que faço é envolvê-lo em mais problemas. Desculpe papai, eu lhe fiz essa promesa quando decidi ser um cão do exército, mas não estou cumprindo-a com sucesso. Será que essa sua filha só veio para trazer mortes e destruição?”

A torneira ainda escorria. Riza jogara água um pouco em seu rosto e pegara a toalha para limpá-lo, mas viu sangue quando retirou-a da face.

Riza – Tenho que me cuidar por enquanto. – Olhando triste para o sangue. Abriu o armário do banheiro à procura de algum remédio que protegesse o machucado contra inflamações. Conseguiu achá-lo, faltando apenas os curativos.

Riza- Ele deve guardá-los nesse outro armário. – Abriu o outro lado do armário, que era dividido por um espelho. – Ah, está aqui. – Pegou o pacotinho, vizualizando atrás dele um conjunto de camisinhas.

Riza- Coronel... – Fechou o armário o mais depressa possível, totalmente sem graça. Olhou-se no espelho, mas seu machucado não parecia tão vermelho perto de seu rosto. – Que mulherengo. – Arfou, saindo do banheiro.

 Fez o curativo e colocou a camiseta que ele havia lhe dado. Ficara grande o suficiente para ser usada como vestido.

Riza – Nossa, nunca tinha reparado como ele era grande. – Deitou-se na cama, acomodando-se embaixo dos lençóis brancos e suaves. – É tão confortável.  – Ao deitar, percebera como estava tensa, seus ombros permaneciam rígidos.

“Até quando isso vai durar? Não vou aguentar muito tempo.” Pensava enquanto o sono a invadia, embalada pela fragância inebriante de Roy Mustang nos lençóis.

Roy estava na sala de estar, sob o escuro, sentado em uma poltrona, bebendo um belo copo de whisky puro.

“O que ele queria dizer mostrando a visão de Xerxes para ela? Não faz sentido. Só se estivesse ligado a alquimia. E a alquimia dos homúnculos é sempre para destruição, portanto... Houve participação deles na destruição de Xerxes. Não, eles destruíram toda a população do país. Para algum propósito...” Tentava ligar as coisas, mas aquilo parecia cada vez menos fazer sentido.

Roy – Isso não faz sentido. – Enquanto encorava as duas mãos na cabeça, os cotovelos apoiavam no joelho. De repente, um flash passou por sua mente.

“Roy – Mas como eles mostram tudo isso?

Riza – Pelo o que eu entendi, ele só pode mostrar coisas que presenciou ou participou Ou então que os homúnculos tenham mostrado para ele.”

Roy arregala os olhos.

“Então ele estava na hora que mataram a criança em Ishval. Isso é impossível, eu mesmo que cerquei o local. Na hora só havia o soldado e a criança ishbaliana.” Seus olhos se estreitam. “Ele era o soldado ou então alguém forjou ser o soldado... Eles que desencadearam a guerra.” Voltou a se encostar na poltrona. Bebeu um gole do whisky.

“Então se eles desimaram a população de Xerxes e causaram o Massacre de Ishval foi com um mesmo propósito. E o que tem de incomum com os dois episódios são as mortes. Ele precisava de uma grande quantidade de pessoas mortas, mas para que? Por prazer? Não, não pode ser isso...”

Roy – O que ele queria com isso? – Lembrou de Hughes momentaneamente, fechando o cenho.

“Hughes – Eles queriam criar a pedra filosofal. Você lembra que o Kimberly, o Alquimista Camersim, usou a pedra filosofal no Massacre de Ishval?”

“Ed – O princípio da alquimia é a troca equivalente, o que eles trocavam pela pedra filosofal?”

Riza - Não pode ser... A pedra filosofal é... Não pode ser!”

“Riza - Estou toda suja! Cheia de mortes nas minhas costas.”

Seus olhos se estreitam e sua pupila contrai.

Roy – Não pode ser. Impossível! A pedra filosofal... – Abriu mais os olhos, incrédulo. – É feita de humanos! A troca equivalente, um peso por outro peso. Então Xerxes foi destruída para criarem uma pedra filosofal. Nas ruínas daquele país que foi entregue aos alquimistas o poder de matar milhares em Ishval. O exército estava por detrás disso, o Fuhrer comandava tudo! – Falava ainda não acreditando em suas próprias palavras.  – Agora tudo faz sentido! – Ria ironicamente da grandiosidade que tudo aquilo representava.


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Notas finais do capítulo

Bom, aí está mais um capítulo da história.
Quem quiser dar dicas e sugestões, ficarei agradecida.
Beijos, seus lindos!
E obrigada por estarem seguindo minha história! (:



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